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peça prática 1 Queixa Crime

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QUEIXA CRIME: 
AÇÃO PENAL - artigo 100 do C.P.
A AÇÃO PENAL, levando-se em conta o sujeito que a promove, pode ser PÚBLICA OU PRIVADA.
a) Ação Penal Pública: é promovida pelo Ministério Público, com o oferecimento da denúncia e constitui a regra do nosso Direito. A denúncia oferecida pelo M.P., é a petição inicial da ação penal pública, será incondicionada ou condicionada à representação, à requisição do Ministro da Justiça.
b) Ação Penal Privada: e promovida pelo particular. Sua peça inicial é a queixa crime oferecida pelo ofendido ou seu representante legal, por meio de seu advogado, será privada propriamente dita, personalíssima ou subsidiária da pública.
			 QUEIXA CRIME:
Queixa crime é a peça inicial da ação penal privada ( tanto faz se é exclusivamente privada, personalíssima ou subsidiária da pública). Será oferecida pelo ofendido ou seu representante legal. 
REQUISITOS: Estão no art. 41 do CPP
PRAZOS DECADENCIAIS
Decadência é a perda do direito de ação em face do decurso de prazo sem o oferecimento da queixa.
06 meses - representação (ação penal pública condicionada)
06 meses - ação penal privada
06 meses - ação penal privada subsidiária da pública a contar do término do prazo para o promotor oferecer a denúncia
01 mês - ação penal privada personalíssima:
Induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento - art. 236 do Código Penal: 01 mês a contar do trânsito em julgado que anulou o casamento no cível.
O prazo de oferecimento da queixa é de 6 meses, contados da data do conhecimento do autor dos fatos (CPP, art. 38, e CP, art. 103). 
Para a queixa, o prazo pode ser importante de duas maneiras. No corpo da peça, é interessante que seja mencionado que a queixa foi oferecida dentro do prazo decadencial, com menção aos dois dispositivos acima citados. Pode ocorrer de a FGV atribuir algum ponto a isso. Além disso, pode ser que a OAB peça para que a queixa seja oferecida no último dia de prazo. Se isso acontecer, lembre-se: por ser prazo decadencial, deve ser contado o dia de começo e descartado o último dia. Feriados e finais de semana não prorrogam o prazo. Exemplo: a vítima descobre a autoria do delito no dia 4 de fevereiro de 2018. Como o último dia de prazo deve ser descartado, o prazo encerra no dia 3 de agosto de 2018. Pouco importa se o dia 3 cai em um feriado ou no final de semana. O prazo não será prorrogado para o dia útil seguinte. Vem, então, a pergunta: como saberei se é final de semana ou feriado sem um calendário? O enunciado terá de dizer. Se nada disser, não invente.
Por fim, duas regras importantes sobre o prazo para o oferecimento da queixa: 
a) se cair hipótese de ação penal privada subsidiária da pública, o prazo deve ser contado após o encerramento do prazo do MP; 
b) no caso de morte ou ausência do ofendido, o prazo deve ser contado do momento em que o sucessor tomar conhecimento da autoria.
PEREMPÇÃO: È uma sanção aplicada ao querelante, consistente na perda do direito de prosseguir na ação penal privada, em razão de sua inércia ou negligência processual. (art. 60 do CPP)
Renúncia do direito de queixa: o direito de queixa pode ser renunciado antes de proposta a ação penal. A renúncia pode ser expressa, através de declaração assinada, ou tácita, pela prática de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa (art. 104 do CP e 50 do CPP).
A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, se estenderá a todos (art. 49 do CPP).
 Perdão do querelante : o querelante pode perdoar o querelado, desistindo da ação penal privada já proposta, de modo expresso ou tácito.
Se forem dois ou mais querelados, o perdão concedido a um deles aproveita a todos, face ao princípio da indivisibilidade da ação penal (art. 51 do CPP), não produzindo efeito, todavia, em relação ao que recusou.
0 perdão é um ato bilateral, podendo ser recusado pelo querelado (art. 106, III do CP). A aceitação do perdão pode ser expressa ou tácita. No caso do perdão não ser aceito pelo querelado a ação penal prossegue.
0 perdão pode ser dado até o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 106, § 2º do CP).
Retratação do Agente: em alguns casos a pena pode ser afastada pela retratação do agente (art. 107, VI do CP). A retratação cabe nos seguintes casos:
- na calúnia ou difamação (art. 143 do CP);
- no falso testemunho ou falsa perícia (art. 342, § 3º do CP);
Não depende de aceitação do ofendido. Deve ser reduzida a termo nos autos. Não se comunica aos co-autores.
FUNDAMENTO LEGAL: 
Ação Penal Privada Propriamente dita e personalíssima: art 30 e 41 do CPP e art 100§ 2º do CP
Ação penal Privada subsidiária da pública: (art. 100, §3º, do Código Penal e art. 29 do Código de Processo Penal). 
Cabimento: nos crimes de ação penal ou na ação penal privada subsidiária da pública.
Teses: como é peça de acusação, a tese está restrita a demonstrar a prática do delito. Também é importante demonstrar que a queixa-crime deve ser recebida, nos termos do art. 395 do CPP.
Endereçamento: em regra, ao juízo criminal, devendo ser observadas as disposições do CPP e da CF a respeito da competência (art. 69 do CPP e 109 da CF). Por ser peça inicial deve ser oferecida ao juiz criminal. Se for crime de menor potencial ofensivo, encaminhar ao Juizado Especial Criminal.
Regra geral: VARA CRIMINAL.
Crimes de menor potencial ofensivo – Lei nº 9099/95: JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL.
Crimes e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER.
Partes:
Querelante é a Vítima/ofendido
Querelado é o agente/ofensor.
Procuração com poderes especiais
Geralmente, para a representação de um cliente, o advogado faz uma procuração genérica, outorgando poderes para a atuação em juízo. Entretanto, para o oferecimento da queixa, o CPP exige poderes especiais na procuração (CPP, art. 44). Evidentemente, se cair uma queixa, você não terá de fazer uma procuração na prova. Basta dizer na qualificação: “procuração com poderes especiais anexada, conforme art. 44 do CPP”. No XV Exame de Ordem, a simples menção à procuração foi pontuada em 0,30.
PROBLEMAS - Sobre a matéria
1) Donaldo da Silva, presidente do sindicato desta Capital, teve a sua honra aviltada por opositores políticos. Os senhores Antonio, Benedito e Carlos que costumeiramente fazem a gestão, enviaram uma circular aos associados do sindicato, no mês passado, onde fizeram sérias acusações a pessoa do Sr. Donaldo. Entre outras coisas, escreveram que o presidente não prestava contas adequadamente e havia se apropriado de todo dinheiro da categoria.
QUESTÃO: Como advogado do Sr. Donaldo, adote medida cabível para o caso.
2) No dia 1º de maio de 2019, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e Genebra, Maria da Luz teve seu relógio subtraído por João da Paz, que se utilizou de violência e grave ameaça, exercida com uma faca. Descoberta a autoria e formalizado o inquérito policial com prova robusta de materialidade e autoria, os autos permanecem com o Ministério Público há mais de trinta dias, sem qualquer manifestação. 
QUESTÃO: Como advogado de Maria da Luz, atue em prol da constituinte.
3) Maria dos Santos no dia 10.04.19 ofendeu a honra de seu vizinho Antônio da Silva, dizendo ter ele no dia 09.01.19 entrado, no supermercado e subtraído uma garrafa de vinho, sabendo não ser verdadeira a imputação. Antônio da Silva, no dia 15.04.19, requereu, por meio de um advogado (no caso você) a abertura de Inquérito Policial contra Maria dos Santos. 0 Inquérito Policial foi instaurado e no dia 20.04.19, foi remetido ao Fórum, devidamente terminado e relatado. Você como advogado de Antônio foi intimado da remessa dos autos ao Fórum em 12.09.18. Intente a medida cabível. 
4) Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma dasredes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 31/05/2019, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Guarulhos, no estado de São Paulo. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de São Vicente, em São Paulo, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados três meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
QUEIXA-CRIME
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA .............................-.........
(PULAR em média 10 linhas)
 (Nome do querelante), nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº .................. e inscrito no CPF/MF sob o nº .....................,residente e domiciliado na rua______n.º__, bairro ............., cidade ...............Estado........... CEP nº ................., por seu advogado e procurador infra-assinado,conforme procuração, com poderes especiais, (doc. 1), vem, à presença de Vossa Excelência, respeitosamente, com fulcro nos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, oferecer
 QUEIXA-CRIME, 
em face de (Nome do querelado), nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº .................. e inscrito no CPF/MF sob o nº .....................,residente e domiciliado na rua...................................n.º........., bairro ............., cidade ...............Estado........... CEP nº ................., pelas razões a seguir aduzidas:
 I – Dos fatos: 
 0 querelante (copiar o problema, utilizando querelante ou querelado), com suas palavras, sem discutir teses
 II – Do direito: 
Demonstrar a autoria/participação;
Demonstrar a materialidade delitiva:
Indicar que a conduta do(a) querelado(a) configura o crime de ação penal privada;
Mostrar o tipo penal imputado (mencionar o artigo de lei);
Demonstrar que a conduta do(a) Querelado(a) se adequa inequivocamente a tipificação feita;
Mostrar dolo/culpa do(a) querelado(a);
Demostrar eventuais agravantes, qualificadoras ou demais causas de aumento de pena, incidência de concurso formal/material (se houver).
 
Exemplos: 
No dia XXXX, o(a) Querelado(a), XXXXXXX…
No caso em tela, resta evidente a autoria delitiva, inclusive corroborada por prova testemunhal (…)
Ademais, no que tange a materialidade, também é inequívoca (…)
Além disso, a ação dolosa por parte do(a) Querelado(a) (…)
Vale frisar que o delito foi praticado (…) devendo ser aplicada a causa de aumento de pena constante do artigo (…)
Não bastasse, há concurso de crimes, na modalidade concurso XXX (…)
Desta feita, a conduta do(a) querelado(a) se adequa perfeitamente ao(s) crime(s) de XXXXXXX.
Assim, encontra-se o(a) querelado(a) incurso nas penas dos artigos XXXX.
 Merece, pois, ser punido pelo (s) crime (s) cometidos
III. Do pedido: 
 Diante do exposto, requer:
(para casos de competência do JECRim quando a audiência preliminar ainda não ocorreu):
a) Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95
b) em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente para que citado (a) o(a) querelado(a) para responder aos termos da ação penal.
c) ao final, seja julgado procedente o pedido para condenar o(a) querelado(a) como incurso nas penas do(s) artigo(s) XXXXX, 
d) a manifestação do Ministério Público (opcional), 
e) intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
f) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
Ou
(para casos de crime contra honra cuja queixa está sendo oferecida perante uma Vara Criminal):
a) Seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do CPP.
b) em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado (a) o(a) querelado(a) para responder aos termos da ação penal
c) ao final, seja julgado procedente o pedido para condenar o(a) querelado(a) como incurso nas penas do(s) artigo(s) XXXXX,
d) a manifestação do Ministério Público (opcional), intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
e) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
Ou
(Para casos onde já ocorreu audiência preliminar, mas não houve conciliação no JECRim; ou para casos de crime diverso do crime contra honra e que a Queixa-Crime foi oferecida na Vara Criminal):
a) O recebimento da presente Queixa-Crime, para que seja o querelado (a) citado para vir ao processo se defender das acusações que lhe são formuladas, seja processado e ao final condenado nas penas do(s) artigo(s) XXXXX, intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas, manifestação do Ministério Público (opcional).
b) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
 
Rol de Testemunhas:
1 ) Nome e endereço
2) Nome e endereço
3) Nome e endereço
(2 linhas) 
 Nestes termos,pede deferimento.
 Local e data
(2 linhas)
 Nome do Advogado (a)
 				 OAB/SP. Nº

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