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Assistência de enfermagem ao paciente neurológico I Profª Luciana Nogueira Avaliação Neurológica / Enf° Enfermeiro Nível de Consciência Reflexos Respostas Motoras Padrão Respiratória resposta sensorial Padrões neurológicos Proteção neurológica Avaliação do conteúdo da Consciência e orientação No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações: ➢Atenção e concentração; ➢Memória; ➢Estado afetivo; ➢Linguagem; ➢Raciocíneo e orientação. Nível de Consciência NÍVEL DE CONSCIÊNCIA CARACTERÍSTICAS CONSCIENTE • Individuo ativo • Responde aos mínimos estímulos, e na ausência está desperto • Perceptível ai meio LETARGIA OU SONOLÊNCIA • Lento ou hesitante ao falar • Responde apropriadamente ai estimulo tátil e verbal • Pode apresentar confusão diante de problemas complexos ESTADO CONFUSIONAL AGUDO OU DELIRIUM • Sintomas de início agudo, caráter flutuante com intervalo de lucidez • Pode apresentar: intenção aos estímulos, redução concentração, pensamento desorganizado e incoerente, desorientação de ligar e tempo, aumento ou redução da capacidade psicomotora • Durante a noite, pode apresentar agitação psicomotora …continuação OBNUBILAÇÃO • Sonolento, necessita de estimulo auditivo e tátil mais intenso • Reponde com uma ou duas palavras • Pode responder a comando simples ESTUPOR OU TORPOR • Sonolento, não responsivo ao estimulo tátil e verbal, necessita de estimulação dolorosa • Responsa com som incompreensível e/ou abertura ocular • Pode apresentar movimento inespecífico a estimulo dolorosos (decorticação ou descerebração) COMA • Não interage com o meio e aos estímulos externos • Permanece de olhos fechados • Apenas resposta de reatividade Avaliação no NC • Maneira simples, rápida e fácil = Escala de Coma de Glasgow (ECG) •CTI local de maior incidência de clientes com alterações do nível de consciência; •ECG observa o comportamento do cliente; •Quanto menor for a pontuação maior a gravidade e pior o prognóstico do cliente; Quando a pontuação for < ou = 8: “Intubação orotraqueal + VM”. COMA SCORE GRAVE <8 MODERADO 9-12 LEVE >12 Escala de Coma de Glasgow (ECG) Observações acerca do NC • Somente utilizados em paciente sem sedação • Estimulo da responsa = verbal, tátil, doloroso (ungueal, supraorbital menos em trauma de face, pinçamento do trapézio ) … esternal e mamilo sendo desestimulado • Paciente impossibilitado de abertura ocular (ex. edema orbital) deve ser registrado “N/A” (Não Avaliavel); •Paciente impossibilitado de resposta verbal em razão de tubo regitra-se “T” ;em paciente disfágico resitra-se “D” ESCALA DE FOUR Benefícios : • Utilizada em pacientes com NC flutuantes; • Pode ser utilizado em pacientes sedados , entubados e em delirium ( o que contrasta com ECG); • Não necessita de uma resposta verbal ; • Não há necessidade de atribuir pontuação substitua . Avaliação sedação ESCALA DE RAMSAY ESCALA DE RICHMOND AGITATION SEDATION SCALE (RASS) Avaliação pupilar Revelam lesões cerebrais de proximidades com o tronco cerebral. Avaliar: •Diâmetro (pupilômetro); •Simetria (isocoria / Anisiocoria); •Reflexo fotomotor (Luz). Reflexos Diâmetro normal: 3,5mm adulto; Exame da movimentação ocular extrínseca • Realizado em clientes comatosos; • Avaliam-se os movimentos dos nervos cranianos (oculomotor, troclear e abducente); Avaliação realizada em 5 etapas: • Movimentos oculares espontâneos; • Manobra dos “olhos de boneca” • Manobra vestíbulo-ocular (solução a 4°C); • Reflexo córneopalpebral (Qdt Inf. Da córnea); • Pálpebras. Reflexos REFLEXO OCULOCEFÁLICO REFLEXO OCULOVESTIBULAR REFLEXO corneoalpebra Testes específicos para anomalidade : Preensã palmar – caso dificuldade em afastar, lesão sugestiva de lobo frontal (Alzheimer ou doença talâmica bilateral Sinal de Babinski – elevação ou dorsoflexão do hálux ao afastar a região plantar, indicativo de lesão piramidal Sinal de Brudzinski- Flexão involuntário do quadril e do joelho quando o pescoço é flexionado, utilizado no diagnóstico de meningite Reflexo motores e Cerebrais Reflexos Decorticação – Flexão anormal e rotação interna dos braços e punhos; Descerebração- extensão e rotação externa do braço e do punho (Prognóstico ruim ) Reflexo motores e Cerebrais Reflexos Função Motora BILATERAL ( 2 lados e 4 membros) • Avaliar a marcha – caso paciente deambule • Avaliar equilíbrio e coordenação – solicitação de junção do calcanhar com o dedo de outro pé • Obserar movimentos involuntários – (tremores, savalancos, fasciculação) e a postura geral Testa a integração que deve existir entre os sistemas motor, sensitivo, cerebelar e musculoesquelético • Avaliar força muscular por escala Respostas Motoras Resposta inferior a 5 = fraqueza muscular considerável Avaliação Respiratória •Comandada pelo SNC; •Avaliação diagnóstica e prognóstica; •Avaliar ritmo, frequência e amplitude. RESPIRATÓRIO Tipos de Padrões Respiratórios ICC grave, AVE, TCE, Intoxicações. Meningites, neoplasias, lesões do CR Cetoacidose diabética, uremia, acidose metabólica. Insuficiência Respiratória Avaliação Sensorial Déficit sensorial ocorre quando existe LESÃO ou EDEMA Avaliar: • percepção SIMÉTRICA E BILATERAL do toque, dor, temperatura e vibração (se possível) • Estímulos acentuados X atenuados ( agulha x cotonete) A MELHORA DA AVALIAÇÕA MOTORA E SENSORIAL PODE SER VISTA COMO DIMINUIÇÃO DO EDEMA CEREBRAL Monitorização da Pressão Intracraniana - PIC O volume craniano de um adulto é de, aproximadamente 1900ml, e é ocupado com 80% de cérebro, 10% de sangue e 10% de LCR; MASSA LCR SANGUE Hipertensão Intracraniana (HIC) Pressão Intracraniana (PIC) • Valor normal = até 15 mmHg • Devendo ser tratada quando sustentada por mais de 5 min a 20mmHg RISCO ? PPC PIC (HIC) Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) • PPC = PAM – PIC •PPC norma= 60-70 mmHg Alterações: ✓ Leve = 11 a 20mmhg; ✓ Moderada = 21 a 40mmhg; (> 20HIC/ =>25 HIC refratária) ✓ Grave = acima de 41mmhg. HIC Causa mais comuns: o TCE; oAVE’S; oHidrocefalia; o Tumores cerebrais; oCirurgias intracranianas; oInfecções; oHipoxia , entre outros Quadro clínico (causa dependente e da velocidade do surgimento): o Cefaléia; oNáuseas e vômitos em jato; oPapiledema ; oAlt força morora: Paresia, plegia; oAlt. Mentais : déficit memoria, orientação, depressão…) oCrises convulsivas (alter nervos cranianos) Na HIC aguda: •alteração nível consciência •Tríade de Cushing ( bradicardia, bradipnéia e hipertensão arterial); •Cheyne-stokes HIC Indicações de monitorização da PIC # Clientes # Sem abertura ocular, ausência de resposta verbal e postura motora inadequada (Glasgow ≤ 7); Estudo tomográfico de lesão expansiva e com resposta motora de descerebração e/ou decorticação; Lesões difusas, para seguimento de tratamento da HIC e alterações das medidas terapêuticas; Politraumatizados, com alteração do nível de consciência; Seguimento após procedimentos neurocirúrgicos para tratamento de lesões expansivas intracranianas. Contra-indicações (relativas) Clientes conscientes; Clientes com coagulopatias, frequentemente observadas em politraumatizados graves. Considerações • A monitorização da PIC permite uma abordagem terapêutica adequada; • Elevações da PIC podem ocorrer com a tosse, espirro, durante aspiração de secreções, rotação excessiva da cabeça (por compressão unilateral da jugular), cadarços fixadores de TOT (por compressão da jugular bilateral).Complicações Infecção superficial no local da inserção (pouco frequente); Meningite, encefalite e ventriculite (graves); Hemorragia intracerebral ou intraventicular. ◦ Atualmente pode-se considerar que a monitorização da PIC diminui a mortalidade e a morbidade, facilita a orientação terapêutica, melhora o prognóstico e os riscos do procedimento não excedem os benefícios. Monitorização da PIC • Necessidade de atenção quanto as ondas do traçado (caso tenha) • normal: P1>P2>P3 •Alteração complacência cerebral : P2> P1 e P3 • Eliminar causa primária do aumento da PIC; • Reduzir o volume intracraniano. •A maior parte do tratamento é clinico, porém algumas condições podem ser cirúrgico Objetivo tto: manter PIC menos 20 mmHg e PPC entre 60-70 mmHg Tratamento da HIC Hematometabolismo cerebral Extração Cerebral de Oxigênio (ECO2) CATETER JULGO BUBULAR A ECO² identifica o grau de acoplamento entre o consumo e a oferta de O². PERFUSÃO/METABOLISMO A ECO² é calculada através da equação: “ECO² = Sat O² Arterial – Sat. Jug.O²” Valores normais = entre 24 à 42% < 24% hipoxia > 69% hiperperfusão INDICAÇÕES PARA ECO2 • TCE, grave , com glasgow <= 8 e HIC •Monitorização da PIC, especial pact hiperventilação •Durante anestesia para procedimento neurocirúrgico e cardiovasculares de grande porte •HIC não responsiva a tto •Se indicado deve ser rapidamente instalado em 24-48h •Após 72h a ECO2 se mantem elevado constantemente Manejo de enfermagem na HIC objetiva redução PIC Medidas Justificativa Elevação cabeceira 30° Facilita retorno venoso Alinhamento cabeça (mento-esternal) Facilita drenagem sangue venoso Atenção cadarços TOT/TQT Reduz compreensão jugular (RV) Manter oxigenação (SatO2 >96% e PaO2 >60 mmHg) Hipoxemia aumenta lesão cerebral isquêmica e a PIC Intubação com Glasgow ≤ 8 ou alteração respiratória com hipoxemia Garantir oxigenação cerebral Evitar hipertermia (T > 37,5ºC) Pra reduzir consumo metabólico e a PIC Remoção líquor da DVE Reduzir a PIC Hiperventilação Induzida (PaCO2 25-30mmHg) Indicação: herniação cerebral Reduzir a vasodilatação causada pelo CO2 Obs: risco de redução do FSC- monitorar ETCO2 Sedação (FTN, MDZ, prorpofol) associada ou não a relaxante muscular Prevenir tosse na aspiração, dor ou manobra de aumento da PIC Obs: Pode causar redução do PPC e aumento da PIC (atenção constante) Redução do edema com solução hipertônica e manitol Manitol : 1 a 5 min apos adm/ Pico 20-60 min (aumenta Posm intravascular –reduzindo líquido parênquima p/ vaso) Gerar hipotermia leve (T 32-35°C) Redução metabólica – consumo o2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RELACIONADO A HIC Destacam-se: • Capacidade adaptativa intracraniana diminuída ; •Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz ; •Risco de aspiração; •Risco de padrão respiratório ineficaz . Principais intervenções de enfermagem Principais intervenções de enfermagem • Atentar e evitar manobras que elevem a PIC (Reflexo tosse, vomito, manobra valsava (principalmente na evacuação) • Avaliar parâmetros ventilatórios, ausculta pulmonar, posicionamento da canula traqueal e raio x de tórax e parâmetros da VM e adaptação do pacientes • Avaliar gasometria principalmente pH, PaO2 e PCO2 e SatO2 • Avaliar exames laboratoriais principalmente Na+ sérico e urinário e osmolaridade • Trocar diariamente curativo da IC (PIC e DVE), registrar volume, aspecto e quantidade, além de sinais flogístico (caso ocorra) • Avaliar e registrar posicionamento da sonda enteral, e função intestinal • Avaliar deglutição (caso haja) • Realizar avaliação neurológica diária e a cada alteração (NC, exames neurológico , reflexos , moviemtação, convuçsões função motora) e registra continuação Principais intervenções de enfermagem • Aplicar sedação (RAMSAY, RASS, SAS) • Avaliar PA, frequência e ritmo cardíaco e respiratório, Temperatura, parâmetros hemodinâmicos, BH, PVC, diurese (atentar diabetes insípido) • Checar o sistema de monitorização da PIC, garantindo leitura correta • Avaliar sinais e sintomas de meningite e evitar tração ou compressão do DVE • Manter cabeceira elevada • Manter pescoço retificado • Documentar medidas da PIC e PPC h/h – até estabilizar 2/2h- se PIC estável CHEGAAAAAAAA!!!!