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Livro - Nocoes de Administracao e Supervisao Escolar (1)

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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.01
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
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Módulo II
2 CURSO A DISTÂNCIA
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.01
CURSO A DISTÂNCIA 3
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.01
SUMÁRIO: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E
SUPERVISÃO ESCOLAR
APRESENTAÇÃO ............................................................................7
ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ........................................................9
UNIDADE I
Gestão Escolar ............................................................................. 13
1.Conceito de Gestão Escolar .................................................................................. 13
2. O papel do Gestor Escolar .................................................................................. 15
3. O Supervisor Escolar ........................................................................................... 16
3.1. Atribuições do supervisor escolar ....................................................................... 16
4. Planejar .............................................................................................................. 17
4.1. Planejamento ................................................................................................... 17
4.2. Planejamento na Educação ............................................................................... 18
4.3. Planejamento Escolar ........................................................................................ 19
4.3.1. Descrição do contexto escolar ........................................................................ 19
4.3.2. Definição dos objetivos, estratégias e metas ................................................... 20
 4.3.3. Importância do planejamento escolar ........................................................... 21
4.3.4. Planejamento educacional, curricular e de ensino ........................................... 23
5. O plano da Escola .............................................................................................. 24
5.1 Roteiro para elaboração do plano da escola: ..................................................... 24
6. Planejamento de Ensino ....................................................................................... 25
6.1. Etapas do Planejamento de ensino .................................................................... 25
6.2. Conhecimento da realidade: ............................................................................. 26
6.3. Requisitos para o planejamento: ....................................................................... 26
6.4. Elaboração do plano: ...................................................................................... 26
6.5. Execução do plano ........................................................................................... 27
6.6. Avaliação e aperfeiçoamento do plano ............................................................. 27
6.7. Componentes básicos do planejamento de ensino ............................................. 27
6.7.1. Exemplo de planejamento de ensino .............................................................. 28
ATIVIDADE I ............................................................................................................ 33
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.01
UNIDADE II
Reuniões Pedagógicas ................................................................. 37
1. Planejamento de reuniões pedagógicas ................................................................ 37
2. Estratégias para a realização de reuniões pedagógicas ......................................... 37
2.1. Roteiro de trabalho........................................................................................... 38
3. Condução de reuniões ......................................................................................... 40
3.1. Só realize reuniões relevantes. ........................................................................... 40
3.2. Sempre agende a reunião com antecedência. .................................................... 41
3.3. Peça ao secretário ou coordenador do grupo para controlar o relógio e anunciar os
horários-chave. ....................................................................................................... 41
3.4. Procure não chamar “figurões” para reuniões operacionais. ............................... 41
3.5. Faça sua parte como o responsável pela reunião: .............................................. 41
4. O Coordenador Pedagógico/ Diretor de Ensino .................................................... 42
4.1. O Diretor de Ensino e as funções da reunião pedagógica .................................. 42
4.2. Funções específicas do Diretor de Ensino nas Reuniões Pedagógicas .................... 43
ATIVIDADE II ........................................................................................................... 45
UNIDADE III
Avaliação de Desempenho............................................................ 47
1. O processo de avaliação de desempenho ............................................................ 47
2. Aplicações da avaliação de desempenho ............................................................. 48
3. Pressupostos da Avaliação de Desempenho .......................................................... 51
3.1. Definindo competências .................................................................................... 51
3.1.1. Análise das variáveis ..................................................................................... 52
3.2. Os participantes do processo ............................................................................ 52
4. Benefícios da Avaliação de Desempenho.............................................................. 53
5. Comprometimento .............................................................................................. 54
6. Objetivos ............................................................................................................ 54
6.1. Objetivos gerais ............................................................................................... 54
6.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 54
7. Metodologia ....................................................................................................... 55
ATIVIDADE III .......................................................................................................... 56
UNIDADE IV
Estatística .................................................................................... 59
1. Conceito básico de Estatística .............................................................................. 59
2. O uso da Estatística ............................................................................................. 59
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.013. Conceitos e Fundamentos .................................................................................... 59
3.1. Medidas de tendência central ............................................................................ 60
3.2. Medidas de dispersão ...................................................................................... 60
4. População e amostra ........................................................................................... 60
4.1. População finita ............................................................................................... 61
4.2. População infinita ............................................................................................. 61
5. Frequencia absoluta e frequência relativa ............................................................. 61
6.Porcentagem ........................................................................................................ 62
6.1. Razão centesimal:............................................................................................. 63
7. Média Aritmética Simples .................................................................................... 64
ATIVIDADE IV .......................................................................................................... 65
UNIDADE V
Regimento Escolar .......................................................................67
1. Introdução .......................................................................................................... 67
2. O Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico ............................................ 68
ATIVIDADE V ........................................................................................................... 70
UNIDADE VI
Estrutura e Funcionamento do Centro de Formação de Condu-
tores ...........................................................................................73
1. Resolução Nº 358 - CONTRAN, de 13 de agosto de 2010 ................................... 73
ATIVIDADE VI ........................................................................................................ 103
UNIDADE VII
Dificuldades de Aprendizagem .................................................... 105
1. A aprendizagem ................................................................................................ 105
1.1. O processo de Aprendizagem ........................................................................ 105
2. Histórico ........................................................................................................... 107
3. Definições de aprendizagem .............................................................................. 108
4. Processos de Aprendizagem ............................................................................... 109
5. O papel da memória na aprendizagem ............................................................. 110
5.1. Memória de curto prazo ................................................................................. 110
5.2. Memória de longo prazo ................................................................................ 110
6. As influências e os processos .............................................................................. 111
7. A motivação ..................................................................................................... 111
8. Os conhecimentos anteriores .............................................................................. 111
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Versão 10.10.01
9. A quantidade de informação ............................................................................. 111
10. A diversidade das atividades............................................................................ 112
11. A cooperação ................................................................................................. 112
12. Estilos de aprendizagem .................................................................................. 112
13. Aprendizagem Associativa............................................................................... 112
14. Aprendizagem Condicionada ........................................................................... 113
15. A aprendizagem reflexiva como estratégia para a formação profissional ............ 113
ATIVIDADE VII ....................................................................................................... 114
UNIDADE VIII
Andragogia ................................................................................ 115
1. Conceito ........................................................................................................... 115
2. Pedagogia x Andragogia ................................................................................... 115
2.1. Modelo Andragógico...................................................................................... 116
2.2. Aplicação da Teoria Andragógica ................................................................... 117
2.3. A experiência acumulada pelos adultos ........................................................... 118
2.4. Propondo problemas sincronizadas com a Vida Real ........................................ 118
2.5. Justificando a utilidade de cada conhecimento................................................. 118
3. A pirâmide da aprendizagem ............................................................................ 119
ATIVIDADE VIII ...................................................................................................... 120
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES.................................................... 122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 131
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Versão 10.10.01
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Seja bem vindo ao Programa de Ensino a Distância para Formação,
Capacitação e/ou Reciclagem de Recursos Humanos da Área de Trânsito.
Este Programa foi elaborado especialmente para você, que pretende
ser uma pessoa capacitada na área de trânsito.
Ao elaborarmos este Programa de Ensino a Distância, bem como o
material didático a ser usado, tivemos o cuidado e a seriedade de fazê-lo
atendendo às suas necessidades e, acreditamos que você poderá ter sucesso
se, efetivamente, estudar e seguir as orientações apresentadas aqui.
Cada um dos Cursos a Distância possui várias disciplinas, este mate-
rial que você está recebendo é da disciplina de Noções de Administrração
Geral, que trará conteúdos sobre as formas de administrar uma empresa.
Antes de iniciar esta disciplina, leia todas as informações sobre o Pro-
grama de Ensino a Distância para Formação, Capacitação e/ou Reciclagem
de Recursos Humanos da Área de Trânsito, em especial as Orientações para
Estudo, que se encontra nas páginas seguintes.
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Versão 10.10.01
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Versão 10.10.01
ORIENTAÇÕES PARA ESTUDOORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Leia com atenção !
Neste Curso você será capaz de aprender, assimilando por si só todos
os conteúdos necessários à sua formação.
.Lembre-se!Lembre-se!Lembre-se!Lembre-se!Lembre-se!
Como você ira estudar sozinho, antes de iniciar os seus estudos, pro-
cure tomar todas as providências descritas abaixo.
Horário
Escolha de preferência, sempre o mesmo horário
para estudar e na medida do possível, isto deve ser feito de
segunda-feira a sábado.
Ambiente
Escolha o local para estudar que seja do seu agrado, mas lembre-se:
televisão deve estar sempre desligada;
rádio, aparelho de som, etc, também sempre desligados;
não atenda ao telefone, campainha, etc;
alimente-se antes de iniciar seus estudos, mas sem exageros,
você precisa de concentração máxima para estudar;
vá ao banheiro antes de iniciar os estudos.
Material pedagógico
Feito isso, leve para o local escolhido de estudo:
a apostila, lápis, caneta, borracha, régua;
dicionário, enciclopédia, livros que possam auxiliá-lo, etc.;
não esqueça de levar também o Código de Trânsito Brasileiro.
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Versão 10.10.01
Atenção!Atenção!Atenção!Atenção!Atenção!
Para estudar prefira os Códigos de Trânsito que contenham seus
Anexos bem como as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN.
Como estudar
1) Faça uma leitura global de cada unidade para se familiarizar com
o vocabulário (palavras, expressões, etc.) e conteúdos (matéria a
ser estudada).
2) Faça uma segunda leitura, bem mais detalhada, sublinhando con-
ceitos, definições e palavras que não são do seu
entendimento e anote-as ao lado da página.
3) As palavras ou expressões de difícil entendimento
devem ser anotados em uma folha e, com o auxí-
lio de um dicionário ou enciclopédia, procure
seus significados. Desta forma, você estará cons-
truindo um amplo vocabulário que irá auxiliá-lo em seus estudos.
4) Após a segunda leitura, você deverá ter entendido conceitos, defi-
nições, palavras e expressões.
5) Isto feito, você com certeza terá compreendido melhor os textos,
as definições e os conceitos. Enfim, você já iniciou o seu próprio
processo de aprendizagem.
6) Antes de avançar para a próxima unidade, resolva as atividades
propostas, sempre com bastante atenção. Certamente, você não
terá dúvidas.
7) Para conferir as respostas dos exercícios, há uma folha de respos-
tas ao final da apostila.
8) Confira as respostas; se houver algum erro, refaça com atenção e
lembre-se de que só estudando com muita atenção é que você
conseguirá sucesso em seus estudos e em sua vida profissional.
Atenção!Atenção!Atenção!Atenção!Atenção!
Estude no mínimo quatro horas por dia, de segunda a sábado, com
um intervalo de vinte minutos a cada duas horas.
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Versão 10.10.01
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
E SUPERVISÃO ESCOLAR
Módulo II
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Versão 10.10.01
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Versão 10.10.01
UNIDADE I
Gestão Escolar
1. Conceito de Gestão Escolar
O conceito de Gestão Escolar é relativamente recente e caracteriza a
importância da escola desempenhando um papel que atenda às atuais exi-
gências da vida social, quais sejam:
· formar cidadãos;
· oferecer a possibilidade de apreensão de competências e habilidades;
· facilitar os processos de inserção social.
A Gestão Escolar pode ser classificada em três áreas, que funcionam
interligadas, de modo integrado ou sistêmico, são elas:
· Gestão Pedagógica;
· Gestão de Recursos Humanos;
· Gestão Administrativa.
No desempenho dos papéis que permeiam a gestão escolar, cabe ao
gestor escolar assegurar que a escola realize sua missão: ser um local de
educação, entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de ha-
bilidades e formação de valores.
Considera-se a Gestão Pedagógica o lado mais importante e signifi-
cativo da gestão escolar, pois é responsável por gerir a área educativa pro-
priamente dita da escola e da educação escolar.
A Gestão Pedagógica tem como área de atuação:
· estabelecer objetivos, gerais e específicos, para o ensino.
· definir as linhas de atuação de acordo com os objetivos e o perfil
da comunidade e dos alunos;
· propor metas a serem atingidas;
· elaborar os conteúdos curriculares;
· Acompanhar e avaliar o rendimento das propostas pedagógicas,
dos objetivos e o cumprimento das metas.
· Avaliar o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe
escolar como um todo.
Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no
Projeto Político-Pedagógico, também denominado Proposta Pedagógica, da
escola.
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Versão 10.10.01
No caso dos Centros de Formação de Condutores - CFCs - a legisla-
ção não prevê a existência do Projeto Político Pedagógico em seu escopo de
credenciamento da Instituição, mas pode ser construído por ser um elemento
fundamental na estrutura do processo educativo por agregar todos os instru-
mentos legais das ações pedagógicas da Escola, como:
- Instrumento de garantia de qualidade no ensino;
- Comprometido com as múltiplas necessidades sociais e culturais;
- Constitui-se como processo democrático de decisões;
- Contribui com o trabalho pedagógico no que diz respeito a supe-
ração dos conflitos, eliminando as relações competitivas,
corporativas e autoritárias;
- Prepara o docente para entender, desenvolver e usar metodologias
de ensino com conteúdos curriculares abordados de forma dife-
renciada para responder aos diversos estilos e ritmos de aprendi-
zagem;
- Prepara o gestor para apoiar o desenvolvimento docente na pro-
moção do sucesso escolar.
Existem duas dimensões no Projeto Político Pedagógico de uma Escola:
a) Dimensão Política:
reside na efetivação da intencionalidade da escola, na formação
do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e
criativo, enquanto prática especificamente pedagógica.
b) Dimensão Pedagógica:
se define no sentido das ações educativas e das características ne-
cessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade..
O Projeto Político Pedagógico é um poderoso instrumento de ação
educativa e tem como finalidade:
- Nortear e documentar as ações educativas desenvolvidas na esco-
la.
- Tem caráter político, pedagógico, administrativo e organizacional
que oferece aos alunos, condições efetivas de desenvolvimento e
aprendizagem.
- Refletir sobre as iniciativas que a Escola pretende desenvolver. To-
das as reflexões, finalidades, objetivos, metas, procedimentos
metodológicos e formas de avaliação.
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A Gestão Escolar também inclui elementos da gestão pedagógica:
- objetivos gerais e específicos;
- metas;
- plano de curso;
- plano de aula;
- avaliação;
- treinamento da equipe escolar.
O diretor é o grande articulador da Gestão Pedagógicae o primeiro
responsável pelo seu sucesso, auxiliado, nessa tarefa, pelos apoios pedagógi-
cos.
2. O papel do Gestor Escolar
O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o estabele-
cimento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de progra-
mas de ensino e de programas de desenvolvimento e capacitação de funcio-
nários, incentivando a sua equipe a descobrir o que é necessário para dar
um passo à frente, auxiliando os profissionais a melhor compreender a reali-
dade educacional em que atuam, cooperando na solução de problemas pe-
dagógicos, estimulando os docentes a debaterem em grupo, a refletirem so-
bre sua prática pedagógica e a experimentarem novas possibilidades, bem
como enfatizando os resultados alcançados pelos alunos.
As responsabilidades do gestor escolar são várias, pois ele é respon-
sável pelas questões pedagógicas, financeiras e administrativas e precisa co-
ordenar e controlar todos os setores do ambiente escolar, compreendendo
sua atribuição como gestor, motivador e agente de transformação.
Na análise de Andrade (2004), para organizar melhor o seu trabalho
e a escola o gestor e a sua equipe podem classificar as questões mais desafi-
adoras dos processos de ensino e de aprendizagem.
É importante que esses desafios sejam periodicamente revistos, avali-
ando-se em qual questão a atuação da gestão da escola tem sido mais ou
menos expressiva, fazendo uma auto-correção e buscando novas propostas,
junto à comunidade escolar, para reelaborar as ações quando necessário.
O gestor escolar tem o dever de organizar reuniões com os demais
profissionais, para que todos possam sugerir novas idéias de como melhorar
o acesso, a socialização e a produção do conhecimento entre os profissio-
nais e os alunos da escola, colocando o conhecimento, como o centro da
atividade pedagógica. Pretende-se, assim, desenvolver ao máximo o potenci-
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al dos profissionais da escola e promover diálogos abertos com os interessa-
dos, dando ciência de todas as propostas de ações, qualificando-os para a
tomada de decisões e para a geração de conhecimento mais elaborado.
3. O Supervisor Escolar
A palavra Supervisão é formada pelos vocábulos super (sobre) e visão
(ação de ver). Indica a atitude de ver com mais clareza uma ação qualquer.
Como significação estrita do termo, pode-se dizer que significa olhar de
cima, dando uma “idéia de visão global”.
Conforme Alarcão (1996), no contexto brasileiro, a supervisão apre-
senta-se como uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e
surgiu no cenário sócio-político-econômico, historicamente, como a função
de controle..
3.1. Atribuições do supervisor escolar
O trabalho do Supervisor escolar influencia diretamente no dia-a-dia
de educadores e alunos. Saber mediar as práticas do professor não é tarefa
fácil, exige do supervisor uma avaliação sistematizada e constante da atua-
ção do docente dentre outras questões. Ao Supervisor Escolar compete fazer
a leitura dos percursos de vida institucionais, provocar a discussão e a nego-
ciação de idéias, promover a reflexão e a aprendizagem em equipe, organi-
zar o pensamento e a ação do coletivo das pessoas como indivíduos. Um
supervisor deve estar disposto a aprender o tempo todo, a pesquisar, a inves-
tir na própria formação utilizando a criatividade, a inteligência, a sensibilida-
de e a capacidade de interagir com outras pessoas que estejam ao seu redor.
Podemos atribuir como funções do supervisor escolar:
- Coordenar e organizar os trabalhos de forma coletiva na escola,
oferecer orientação e assistência aos professores, bem como for-
necer aos mesmos materiais e sugestões de novas metodologias
para enriquecer a prática pedagógica;
- Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento dos
conteúdos, bem como sugerir novas metodologias que os avaliem
na prática pedagógica e aperfeiçoem seus métodos didáticos;
- Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da es-
cola e o trabalho do professor junto ao aluno auxiliando em situa-
ções adversas.
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4. Planejar
O ato de planejar sempre foi uma realidade que acompanhou a tra-
jetória histórica da humanidade. O homem sempre pensou suas ações, em-
bora não soubesse que deste modo estaria planejando. Ele pensa sobre o
que fez, o que deixou de fazer, sobre o que está fazendo e o que pretende fa-
zer no futuro; ele usa sua razão, sempre imagina o que pretende fazer, ou
seja, suas ações. O ato de imaginar, pensar, não deixa de ser uma forma de
planejamento.
O planejamento está presente em nosso dia-a-dia, mesmo que implí-
cito, como o caso da pessoa que, ao levantar-se pela manhã, pensa no seu
dia, no que vai acontecer ao longo dele. Como não se tem certeza do que
realmente irá acontecer no passar dessas vinte e quatro horas, a pessoa obri-
ga-se a pesar, prever, imaginar e tomar decisões, contudo, ela sempre espera
tomar as decisões mais acertadas, para que sua ação alcance os objetivos
esperados; mesmo não tendo consciência de que está realizando um plane-
jamento, esta pessoa está fazendo o uso do ato de planejar.
Segundo Vasconcelos (2001), planejar, em sentido amplo, é um pro-
cesso que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios
que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previs-
tos, pensando e prevendo necessariamente o futuro", mas considerando as
condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais
e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja
e com quem se planeja. Planejar é uma atividade que está dentro da educa-
ção, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação,
prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriada-
mente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avalia-
ção da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.
4.1. Planejamento
Com a ajuda de um dicionário, buscaremos tornar o mais claro pos-
sível o conceito de planejamento. O dicionário utilizado é o dicionário mais
popular da Língua Portuguesa no Brasil que é o Aurélio Buarque de
Holanda, 2º edição, 1986.
PLANO - (Do latim planu) projeto ou empreendimento com fim deter-
minado. Conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreen-
dimento (...).
PLANEJAR. -V. T. D. 1. Fazer o plano de; projetar; traçar. Um bom ar-
quiteto planejará o edifício. 2. Fazer o planejamento de; elaborar um plano
ou roteiro de; programar, planificar: planejar um roubo. 3. Fazer tenção ou
resolução de; tencionar, projetar (...).
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PLANEJAMENTO - S. M. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de
preparação para qualquer empreendimento, seguindo roteiro e métodos de-
terminados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemora-
ção (...).
PROJETO- (do lat. Projectu, lançado para diante) S. M. Idéia que se
forma de executar ou realizar algo, no futuro, plano, intento, desígnio. 2.
Empreendimento a ser realizado dentro de um determinado esquema. (...).
Segundo Vasconcellos (2000) o conceito de planejar fica claro, pois:
“Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser
realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar nãoé, pois, apenas algo
que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pen-
sa.”
Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, en-
tre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, ins-
tituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades hu-
manas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de de-
cisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização
de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à
concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a
partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001).
4.2. Planejamento na Educação
As idéias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas
nos dias atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de
planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos pla-
nejamentos. Cabe ressaltar que, neste breve texto, não se pretende abordar
todos os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin
(2001), é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessá-
rios à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana conde-
nada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está
sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade.
Planejamento Educacional é o processo contínuo que se preocupa
com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo
em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvi-
mento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as
do indivíduo.
Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre
a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a
vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um
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instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é
com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve
oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares
(VASCONCELLOS, 1995).
Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação con-
creta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo
as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e en-
tre os próprios alunos (PADILHA, 2001). Esse nível de planejamento trata do
"processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionaliza-
ção das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendi-
zagem".
Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo
o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e
a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, or-
ganização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar
e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992).
4.3. Planejamento Escolar
Na literatura sobre planejamento, gestão, organização escolar, etc.
são encontrados modelos diversos de planos e projetos. Muitas vezes, os ro-
teiros apresentados pelos autores recebem nomes variados e, em muitos ca-
sos, geram certa confusão para aqueles que buscam orientações para ela-
borar esse instrumento. Independentemente do autor ou de como ele deno-
mina o plano, existem elementos da sua estrutura que são invariáveis, ou
seja, estarão sempre presentes e terão sempre a mesma definição, mesmo
que ditos e apresentados de formas diferentes. Por isso, apresentamos, a se-
guir, um roteiro simplificado de um plano de trabalho, com os elementos co-
muns a qualquer tipo de instrumento de planejamento, comentando os prin-
cipais passos para a sua elaboração.
4.3.1. Descrição do contexto escolar
É o diagnóstico das principais características da organização e da
gestão escolar. O diagnóstico consiste no levantamento de dados e informa-
ções que possibilita uma visão global das necessidades e problemas enfren-
tados pela escola. Deve ser elaborado de tal forma, que favoreça, com base
no conhecimento das características da comunidade escolar, suas expectati-
vas e necessidades em relação ao processo de ensino e de aprendizagem, a
escolha de alternativas de solução para os problemas identificados. Os da-
dos a serem levantados são de natureza qualitativa e quantitativa. A seguir,
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são indicados alguns aspectos imprescindíveis ao diagnóstico do plano de
trabalho do Centro de Formação de Condutores:
a) Caracterização sócio, política, econômica e cultural da comuni-
dade onde a escola se insere e da comunidade escolar.
b) Estrutura física , mobiliário e material: prédio escolar; salas de
aula; sanitários; ; carteiras; mesas; computadores; televisor;
vídeo; cartazes; mapas; e outros recursos didático-pedagógicos.
c) Recursos financeiros: verbas de que a escola dispõe; formas de
efetuar as despesas e de controle..
d) Pessoal: número de professores, funcionários e especialistas.
e) Organização geral da escola: organograma, atribuições e funcio-
namento dos setores, distribuição de horários, enturmação, nú-
mero de alunos por sala, aspectos administrativos gerais.
f) Secretaria escolar: organização e funcionamento, registros, docu-
mentação dos alunos, etc.
g) Relacionamento com o Detran.
h) Sistemática de produção e organização de dados e de estatísticas
educacionais.
i) Instrumentos de gestão e de organização do trabalho pedagógico
(regimento, projeto político-pedagógico, planos de aula).
4.3.2. Definição dos objetivos, estratégias e me-
tas
Após o diagnóstico realizado, devemos traçar os objetivos, estratégias
e metas para a operacionalização do plano de trabalho. De maneira simples,
esses elementos podem ser definidos da seguinte forma:
- Os objetivos são indicações da situação ideal a ser atingida para
superação de problemas identificados, elaborados, cuja formula-
ção deve utilizar verbos que expressam ação (exemplo : reduzir os
altos índices de reprovação nos exames do Detran, atualizar o re-
gimento escolar, elaborar uma sistemática de informações educa-
cionais, etc ).
- As estratégias necessárias para se atingir cada um dos objetivos
estabelecidos. As estratégias são formas de intervenção a serem
utilizadas durante a execução de um plano, ou seja, são as alter-
nativas de solução criadas em coerência com os desafios e pro-
blemas identificados.
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- As metas indicarão se os objetivos traçados foram atingidos ou
não. As metas são os resultados a serem obtidos, considerando a
quantidade e o tempo.
É importante lembrar que todos os elementos do plano de trabalho
devem estar perfeitamente articulados. Isso significa que, para determinado
problema identificado a partir do diagnóstico, deve-se buscar um objetivo
correspondente, uma estratégia que represente uma possível alternativa de
solução para tal problema e uma meta que indique o quanto e em quanto
tempo se conseguiu alcançar o objetivo previsto.
 4.3.3. Importância do planejamento escolar
A metodologia do planejamento escolar enquadra-se no cenário da
educação como uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das ativida-
des didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos
objetivospropostos; quanto a sua previsão e adequação no decorrer do
processo de ensino.
Segundo Libâneo (1994) o planejamento tem grande importância por
tratar-se de: “Um processo de racionalização, organização e coordenação
da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do con-
texto social”.
Ao se definir a importância do planejamento, fica evidente uma preo-
cupação em integrar a coordenação da ação docente à problemática do
contexto social em que o seu público alvo está inserido, visando, sobretudo
com essa integração, um maior rendimento escolar, pois facilitará e muito
aos alunos, verem conteúdos que falem sobre a realidade que eles vivenciam
em seu dia -a –dia.
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento
de formulários para controle administrativo, é, antes, a atividade consciente
da previsão das ações político – pedagógicas, e tendo como referência per-
manente às situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, eco-
nômica, política e cultural) que envolve a escola, os professores, os alunos,
os pais, a comunidade, que integram o processo de ensino.
Tendo em mente a importância de uma metodologia que direciona o
processo educativo, precisamos ainda mais saber que planejar é tomar deci-
sões, mas essas decisões não são infalíveis, o planejamento sempre está em
processo, portanto em evolução.
Sendo assim, podemos dizer que cabe aos Centros de Formação de
Condutores a elaboração de seus planos curriculares, partindo da orienta-
ção dada pela legislação, com a finalidade de atender às características lo-
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cais e às necessidades da comunidade e, sobretudo às necessidades do alu-
no.
O trabalho docente é uma atividade consciente e sistemática, em
cujo centro está a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a direção do
professor.
O planejamento é um processo de racionalização, organização e co-
ordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemáti-
ca do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes
da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está
atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracteri-
zam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planejamento
escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações
sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão, o planeja-
mento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se
não pensarmos detidamente sobre o ruma que devemos dar ano nosso tra-
balho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses domi-
nantes na sociedade. A ação de planejar é uma atividade consciente de pre-
visão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas,
e tendo como referência permanente situações didáticas concretas (isto é, a
problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os
professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo
de ensino).
O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções:
· Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente
que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do
contexto social e do processo de participação democrática.
· Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-
pedagógico e profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar em
sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas
organizativas de ensino.
· Assegurar a racionalização, organização e coordenação do traba-
lho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao pro-
fessor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e roti-
na.
· Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das
exigências propostas pela realidade social, do nível de preparo e das condi-
ções sócio-culturais e individuais dos alunos.
· Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez
que torna possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem
o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que
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ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e téc-
nicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente relacionada aos
demais.
· Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoan-
do-o em relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, ade-
quando-os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técni-
cas e recursos de ensino que vão sendo incorporados na experiência cotidia-
na.
· Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em
tempo hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar, replanejar
o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, de-
vem ser como um guia de orientação de devem apresentar ordem
seqüencial, objetividade, coerência, flexibilidade.
4.3.4. Planejamento educacional, curricular e de
ensino
Se qualquer atividade exige planejamento, a educação não foge dessa
exigência. Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento:
a) Planejamento educacional:
Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do
desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento re-
quer a proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da
educação. É o realizado pelo Governo Federal, através do Plano Nacional
de Educação e da legislação vigente.
b) Planejamento de currículo:
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos
educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nes-
se sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos
órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado em li-
nhas gerais, cabe à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A es-
cola deve procurar adaptá-los às situações concretas, selecionando aquelas
experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alu-
nos, das suas famílias e da comunidade.
c) Planejamento de ensino:
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do
planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e
operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos
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a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino
deverá prever:
· Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educaci-
onais.
· Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido de-
terminado pelos objetivos.
· Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e
promovem as atividades de aprendizagem.
· Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qua-
lificação e a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cum-
prindo pelo menos a função pedagógico-didática, de diagnóstico
e de controle no processo educacional.
5. O plano da Escola
O plano da escola é o plano pedagógico e administrativo da unida-
de, onde se explicita a concepção pedagógica do corpo docente, as bases
teórico-metodológicasda organização didática, a contextualização social,
econômica, política e cultural da escola, a caracterização da clientela esco-
lar, os objetivos educacionais gerais, a estrutura curricular, diretrizes
metodológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, a estrutura
organizacional e administrativa.
O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do
processo de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano
abrangente, não só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir
a unidade teórico-metodológica das atividades escolares.
5.1. Roteiro para elaboração do plano da escola:
· Posicionamento sobre as finalidades da educação escolar na soci-
edade e na nossa escola
· Bases teórico-metodológicas da organização didática e administra-
tiva: tipo de homem que queremos formar, tarefas da educação, o
significado pedagógico-didático do trabalho docente, relações en-
tre o ensino e o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos
alunos, o sistema de organização e administração da escola.
· Caracterização econômica, social, política e cultural do contexto
em que está inserida a nossa escola.
· Características sócio-culturais dos alunos
· Objetivos educacionais gerais da escola
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· Diretrizes gerais para elaboração do plano de ensino da escola:
sistema de matérias – estrutura curricular; critérios de seleção de
objetivos e conteúdos; diretrizes metodológicas gerais e formas de
organização do ensino e sistemática de avaliação.
· Diretrizes quanto à organização e a à administração: estrutura
organizacional da escola; atividades coletivas do corpo docente;
calendário e horário escolar; sistema de organização de classes,
de acompanhamento e aconselhamento de alunos, de trabalho
com os pais; atividades extra-classe; sistema de aperfeiçoamento
profissional do pessoal docente e administrativo e normas gerais
de funcionamento da vida coletiva.
6. Planejamento de Ensino
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do
planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e
operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos
a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino
deverá prever:
· Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educaci-
onais.
· Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido de-
terminado pelos objetivos.
· Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e
promovem as atividades de aprendizagem.
· Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qua-
lificação e a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cum-
prindo pelo menos a função pedagógico-didática, de diagnóstico
e de controle no processo educacional.
6.1. Etapas do Planejamento de ensino
As etapas do planejamento de ensino consistem em abordagens acer-
ca do conhecimento da realidade, de requisitos para a elaboração do plano
de ensino e de sua elaboração, da execução e avaliação.
6.2. Conhecimento da realidade:
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às
necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem
se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa
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do processo de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustra-
ções, necessidades e possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fa-
zendo uma Sondagem, isto é, buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar cuidadosamente os
dados coletados. A conclusão a que chegamos, após o estudo dos dados
coletados, constitui o Diagnóstico. Sem a sondagem e o diagnóstico corre-
se o risco de propor o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou,
ainda, o que já foi alcançado.
6.3. Requisitos para o planejamento:
· Objetivos e tarefas da escola democrática: estão ligados às neces-
sidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar
as crianças e jovens para a vida e para o trabalho.
· Exigências dos planos e programas oficiais: são as diretrizes ge-
rais, são documentos de referência, a partir dos quais são elabo-
rados os planos didáticos específicos.
· Condições prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo
nível de preparo em que os alunos se encontram em relação ás
tarefas de aprendizagem.
6.4. Elaboração do plano:
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo di-
agnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançarem o
que julgamos possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos a
elaborar o plano através dos seguintes passos:
· Determinação dos objetivos.
· Seleção e organização dos conteúdos.
· Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados.
· Seleção de recursos tecnológicos.
· Organização das formas de avaliação.
· Estruturação do plano de ensino.
6.5. Execução do plano
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organiza-
da, todas as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no
desenvolvimento das atividades previstas.
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Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às
vezes, a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o pla-
nejamento, pois, uma das características de um bom planejamento deve ser
a flexibilidade.
6.6. Avaliação e aperfeiçoamento do plano
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o
próprio plano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação
do ensino-aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de
avaliar os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a quali-
dade do nosso plano, a nossa eficiência como professor e a eficiência do
sistema escolar.
6.7. Componentes básicos do planejamento de
ensino
O plano de ensino é um roteiro organizado das unidades didáticas
para um ano ou semestre. É denominado também de plano de curso, plano
anual, plano de unidades didáticas e contém os seguintes componentes:
ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação ao objetivos gerais
da escola e do curso; objetivos gerais; objetivos específicos, conteúdo (com
a divisão temática de cada unidade); tempo provável (número de aulas do
período de abrangência do plano); desenvolvimento metodológico (métodos
e técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos tecnológicos; for-
mas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites, etc).
6.7.1. Exemplo de planejamento de ensino
PLANEJAMENTO DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES
CURSO: ____________________________________________
DISCIPLINA: _________________________________________
 PROFESSOR: _______________________________________
TURNO:___________ CARGA HORÁRIA: _____ horas/aula
TURMA:_________ ANO: __________
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I. EMENTA
II. JUSTIFICATIVA
III. OBJETIVOS
IV.CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
V. METODOLOGIA DE ENSINOVI . RECURSOS TECNOLÓGICOS (DIDÁTICOS)
VII. AVALIAÇÃO
VIII. REFERENCIAL TEÓRICO
IX. INDICAÇÃO DE LEITURAS PARA ALUNOS.
I. Ementa:
É uma descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual ou
conceitual/procedimental de uma disciplina.
II. Justificativa:
A justificativa deverá responder a três questões básicas do processo
didático: o por quê?, o para quê e o como.
III. Objetivos:
É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da
nossa atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade,
da família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno.
Os objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.
Os objetivos educacionais ou gerais são as metas e os valores mais
amplos que a escola procura atingir a longo prazo, e os objetivos
instrucionais, também chamados de específicos, são proposições mais espe-
cíficas referentes às mudanças comportamentais esperadas para um determi-
nado grupo-classe.
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primei-
ro cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham corres-
pondência com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez, de-
vem estar coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de cur-
rículo. E os objetivos educacionais, conseqüentemente, devem estar coeren-
tes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se destina.
Na redação dos objetivos específicos, o professor pode indicar tam-
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bém as atitudes e convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relaciona-
mento humano, à realidade social (atitude científica, consciência crítica, res-
ponsabilidade, solidariedade, etc.)
Deve ser redigidos com clareza, ser realistas, corresponder à capaci-
dade de assimilação dos alunos, conforme seu nível de desenvolvimento
mental e sua idade.
IV. Conteúdo:
Refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas suas
próprias regras. Abrange também as experiências educativas no campo do
conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola.
O conteúdo é um instrumento básico para poder atingir os objetivos.
Em geral, os guias curriculares oficiais oferecem uma relação de con-
teúdos das várias áreas que podem ser desenvolvidos em cada série. Pode-se
selecionar o conteúdo com base nesses guias. Não devemos esquecer, no
entanto, de levar em conta a realidade da classe.
Outros cuidados que devem ser observados na seleção dos conteú-
dos:
· Devemos delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a
divisão temática de cada uma. Unidade didática é o conjunto de
temas inter-relacionados que compõem o plano de ensino para
uma série ou módulo. Cada unidade didática contém um tema
central do programa, detalhado em tópicos.
· Conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os objetivos
definidos. Devemos escolher os conhecimentos indispensáveis
para que os alunos adquiram os comportamentos fixados.
· Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteú-
dos mais importantes, mais centrais e mais atuais, com base no
programa oficial da matéria, no livro didático adotado pela insti-
tuição.
· É importante é o fato de o mestre estar apto a levantar a idéia
central do conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocor-
rência se verifique, é indispensável que o professor conheça em
profundidade a natureza do fenômeno que pretende que seus alu-
nos conheçam.
· Conteúdo precisa ir do mais simples para o mais complexo, do
mais concreto para o mais abstrato.
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Finalmente faça uma última checagem para verificar:
· As unidades formam um todo homogêneo e lógico.
· As unidades realmente contêm o conteúdo básico essencial.
· O tempo para desenvolver cada unidade é realista.
· Os tópicos de cada unidade possibilitam o entendimento da idéia
central.
· Os tópicos de cada unidade podem ser transformados em tarefas
de estudo para os alunos e em objetivos e habilidades.
V. Desenvolvimento metodológico ou metodologia de ensino:
Procedimentos de ensino são ações, processos ou comportamentos
planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com coi-
sas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em
função dos objetivos previstos.
Indica o que o professor e os alunos farão no desenrolar de uma aula
ou conjunto de aulas. Sua função é articularem objetivos e conteúdos com
métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e
prática dos alunos (resolução de situações problemas, trabalhos de elabora-
ção mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de conhecimen-
tos e habilidades em situações distintas das trabalhadas em classe, etc.)
O professor, ao organizar as condições externas favoráveis à aprendi-
zagem, utiliza meio ou modos organizados de ação, conhecidos como técni-
cas de ensino. As técnicas de ensino são maneiras particulares de organizar a
atividade dos alunos no processo de aprendizagem.
O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos estabele-
ce a linha que deve ser seguida no ensino (atividade do professor) e na assi-
milação (atividade do aluno) da matéria de ensino.
Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma
listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula expositiva, trabalho diri-
gido, excursão, trabalho em grupo, etc. Devemos prever como utilizar o con-
teúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. As técnicas estão in-
cluídas nessa descrição. Os procedimentos têm uma abrangência bem mais
ampla, pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da atividade de
ensino propriamente dita. Os procedimentos de ensino selecionados pelo
professor devem:
· Ser diversificados;
· Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de
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aprendizagem previsto nos objetivos;
· Adequar-se às necessidades dos alunos;
· Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às des-
cobertas;
· Apresentar desafios.
Exemplos:
· aulas interativas, projetos de aprendizagem, etc.
· ensino individualizado (módulos de ensino, instrução
audiotutorial, estudo através de fichas, solução de problemas,
etc.),
· métodos didáticos (expositivo, interrogativo, intuitivo, etc.),
· técnicas (discussão circular, debate, painel integrado, mesa-redon-
da, seminário, etc.)
VI. Recursos tecnológicos (didáticos, audiovisuais ou de ensino):
As tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar primei-
ramente porque estão presentes na vida, mas também para:
· Diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento.
· Serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao co-
nhecimento, já que trazem embutidas em si mensagens e um papel
social importante.
· Permitir ao alunos, através da utilização da diversidade de meios,
familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes na socie-
dade.
· Serem desmistificadas e democratizadas.
· Dinamizar o trabalho pedagógico.
· Desenvolver a leitura crítica.
· Ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca
dos diferentes saberes.
Exemplos: álbum seriado, cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fi-
chas, estudo dirigido, flanelógrafo,gráficos, história em quadrinhos, ilustra-
ções, jogos, jornal, livro didático, mapas, globos, modelos, mural, peça tea-
tral, quadro-de-giz, quadro de pregas, sucata, textos, terrário, aquário,
maquetes, equipamentos esportivos, computador, vídeo, dvd, cd, internet,
sites, correio eletrônico, softwares, rádio, slide, TV, transparências para
retroprojetor, etc.
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VII. Avaliação:
Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade
de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto
das condições em que o trabalho foi desenvolvido.
No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade
de:
· Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno.
· Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os
objetivos propostos.
· Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação.
· Registrar os dados da avaliação.
· Aplicar critérios aos dados da avaliação.
· Interpretar resultados da avaliação.
· Comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feed-
back).
· Utilizar dados da avaliação no planejamento.
O feedback deve ser encarado como retroinformação para o profes-
sor sobre o andamento de sua atuação. Dessa forma, a avaliação desloca-
se do plano da competição entre professor e aluno, para significar a medida
real do conhecimento, tornando-se assim menos arbitrária.
VIII. REFERENCIAL TEÓRICO
Refere-se as fontes de informações teóricas e práticas utilizadas para
a execução do planejamento de ensino.
IX. INDICAÇÃO DE LEITURAS PARA ALUNOS.
Indicação de bibliografia extra para o aprofundamento de estudos
dos alunos.
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ATIVIDADE I
01) Sobre o conceito de Gestão Escolar e as exigências da vida
social, é correto afirmar:
a) ( ) forma cidadãos;
b) ( ) oferece a possibilidade de apreensão de competências e habilidades;
c) ( ) facilita os processos de inserção social;
d) ( ) Todas as alternativas anteriores.
02) A Gestão Escolar pode ser classificada em três áreas, que funci-
onam interligadas, de modo integrado ou sistêmico, são elas:
a) ( ) Gestão Pedagógica, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Admi-
nistrativa.
b) ( ) Gestão Sistêmica, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Acadêmi-
ca.
c) ( ) Gestão de Processos, Gestão Administrativa e Gestão Pedagógica.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
03) São funções da Gestão Pedagógica:
a) ( ) definir as linhas de atuação de acordo com os objetivos e o perfil da
comunidade e dos alunos;
b) ( ) propor metas a serem atingidas;
c) ( ) elaborar os conteúdos curriculares, acompanhar e avaliar o rendi-
mento das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento
das metas e avaliar o desempenho dos alunos, do corpo docente e
da equipe escolar como um todo.
d) ( ) Todas as alternativas anteriores.
04) Assinale a alternativa correta:
a)( ) O Projeto Político Pedagógico (PPP) é o único instrumento de garan-
tia de qualidade no ensino;
b) ( ) No caso dos Centros de Formação de Condutores - CFCs - a legisla-
ção não prevê a existência do Projeto Político Pedagógico em seu es-
copo de credenciamento da Instituição.
c) ( ) Prepara o docente para entender, desenvolver e usar metodologias de
ensino com conteúdos curriculares abordados de forma padronizada
para responder aos estilos e ritmos de aprendizagem;
d)( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
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05) A Gestão Escolar também inclui elementos da gestão peda-
gógica, são eles:
a) ( )Plano de aula e plano de curso.
b) ( )Processos administrativos e organização escolar.
c) ( )objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula,
avaliação e treinamento da equipe escolar.
d)( )Nenhuma das alternativas anteriores.
06) Qual o papel do Gestor Escolar na Instituição?
07) São funções básicas do supervisor escolar:
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08) Como podemos definir o Planejamento Educacional?
09) Quais são os elementos básicos do Planejamento escolar?
10) Cite alguns aspectos imprescindíveis ao diagnóstico do plano
de trabalho do Centro de Formação de Condutores:
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11) Defina:
a) Planejamento educacional:
b) Planejamento de currículo:
c) Planejamento de ensino:
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UNIDADE II
Reuniões Pedagógicas
1. Planejamento de reuniões pedagógicas
As reuniões de planejamento são necessárias para que se estabele-
çam as metas para o trabalho educacional da instituição.
Uma reunião proveitosa deve ser pautada em aspectos humanos e
operacionais. É importante o acolhimento da equipe, dando-se as boas vin-
das e motivando os profissionais ao início de uma nova jornada, enfatizando
as competências já adquiridas pelo grupo, demonstrando respeito pelo tra-
balho docente.
A reunião deve ser elaborada com expectativas claras, com o objetivo
de traçar metas e planejar a forma de trabalho, porém, não se pode criar
metas sem antes analisar resultados precedentes. Para tanto, deve-se elabo-
rar um perfil da clientela recebida, da hipótese de aprendizagem em que se
encontram, das dificuldades apontadas e de avanços e fracassos.
Uma avaliação de desempenho profissional pode ser uma das ferra-
mentas utilizadas pela equipe gestora para avaliar o grupo e proporcionando
uma retomada do planejamento.
Os registros são imprescindíveis, pois testificam todo o processo de
planejamento, e selam um acordo entre os participantes, portanto, a reunião
deve ser lavrada em ata e assinada por todos.
As análises também devem seguir parâmetros, para isso, o coordena-
dor poderá optar por planilhas que norteiem o discurso dos profissionais a
cerca das análises necessárias para a elaboração do Plano de Gestão e dos
Planos de Curso, utilizando também, quando a escola possuir, os índices ob-
tidos nas avaliações realizadas na Instituição.
Os resultados indicam as ações que deverão ser tomadas, e essas
ações trarão novos resultados, criando uma linha progressiva. O objetivo
central da reunião é focado na aprendizagem, no aluno, nas práticas peda-
gógicas, no currículo do curso.
2. Estratégias para a realização de reuniões pe-
dagógicas
Esta orientação sobre estratégias deverão ser adaptadas a realidade
de cada Centro de Formação de Condutores, dando continuidade ao trata-
mento do tema com aprofundamento e descrição de algumas estratégias di-
dáticas.
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2.1. Roteiro de trabalho
1º passo – Para abordar o tema é importante analisar as estratégias
utilizadas pelo grupo de instrutores em cada um dos segmentos: observar se
estão focadas no ensino, no instrutor, no método, nos alunos, etc.
2º passo – Solicitar aos professores que relatem quais as estratégias
mais utilizadas em suas aulas e as consideradas mais eficazes. Essa atividade
pode ser realizada em grupos compostos por instrutores de diferentes seg-
mentos para troca de experiências.
3º passo – Rever as orientações sobre o planejamento e situar a es-
tratégia didática como um dos momentos do planejamento.
4º passo – Realizar uma apresentação (de preferência em power
point) para os instrutores, com o quadro geral dos dados solicitados acima.
Alguns aspectos devem ser abordados na reunião de planejamento,
quais sejam:
* Levantar questionamentos sobre o tema.
Relacionar as estratégias com a concepção de ensino e métodos a
serem utilizados no processo educativo.
* Através das informações da lâmina podem ser tratadas as dimen-
sões que compõem a formação do instrutor.
Lembrar que as dimensões não se restringem à formação acadêmica,
mas a uma formação permanente em função do modelo de educação, es-
cola e sociedade em que estamos inseridos.
* Ao tratar da dimensão técnica é relevante falar da dimensão hu-
mana e política do educador.
Exemplificar que, ao escolher uma forma de abordar um assunto, o
profissional está fazendo também escolhas de como lidar com os alunos, e a
sua atuação (ação, atitudes) refletem o seu posicionamento político. Ex.
abordar um tema através de um estudo de caso que viabilizem a troca de ex-
periências, a valorização de diferentes pontos de vistas, a problematização, a
demonstração, a busca de solução etc. Toda ação educativa traz também
uma intencionalidade de valores, ideologias, percepções que conduzirão a
sua prática educativa. Então, podemos dizer o trabalho do instrutor, assim
como o do aluno, é carregado de significados socialmente construídos e que
serão determinantes em sua prática.
* Situar a estratégia como um componente do planejamento, a sua
importância e o seu conceito.
Alguns autores utilizam a terminologia como estratégia de aprendiza-
gem, outras estratégias de ensino e mais comumente os termos, estratégia
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didática, estratégia ou método. É importante ressaltar as estratégias como
um caminho para aprendizagem de habilidades e competências, da organi-
zação de uma seqüência didática e como formas para problematizar, abor-
dar, avaliar temas.
* A escolha e o uso da estratégia didática tem passos que, se segui-
dos, facilitam o processo de ensino e aprendizagem.
Nesse momento, falar das etapas do planejamento e a importância
de escolher estratégias adequadas para cada momento. Através de estudos e
pesquisas têm se constatado que a estratégia mais utilizada para a aborda-
gem de conteúdo é a exposição oral. Falar da importância da variação, da
especificidade das atividades e refletir sobre a dificuldade de construir conhe-
cimento, informar e formar conceitos, procedimentos e atitudes sem a possi-
bilidade de intervenção dos alunos e sem a utilização de recursos diferencia-
dos.
* Esse conjunto de procedimentos favorecerá uma discussão sobre
os pressupostos de ensino e aprendizagem.
* Cada momento de um planejamento prevê um conjunto de ope-
rações mentais que poderão desencadear a construção do co-
nhecimento e a metacognição (aplicação das operações mentais
em outras situações de aprendizagem).
O uso de estratégias diferenciadas favorece também a aprendizagem
de habilidades e competências, conforme segue:
a) conceitual (verbal) - trata-se de como acessar, selecionar, usar e
aplicar os conceitos e informações.
b) procedimental - que se refere a aprender a fazer. Como por exem-
plo: fazer leituras de diversos tipos de texto, fazer pesquisa, relató-
rios, experimentações, relações do que se estuda com a aplicação
na vida, analisar gráficos e mapas.
c) atitudinal - que se refere a aprender a conviver. Habilidade para
trabalhar em dupla e em grupo, respeitar as diferenças, saber emi-
tir opiniões, saber trocar idéias e informações sem preconceito,
saber ser solidário e colaborador, saber ser empreendedor.
Com as sugestões da apresentação, o coordenador pedagógico po-
derá:
* levantar conhecimento do grupo de instrutores sobre as estratégi-
as citadas;
* propor uma pesquisa de como utilizar as estratégias e sugerir uma
apresentação na próxima reunião;
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 * montar uma proposta de utilização de estratégias e orientar no
planejamento e aplicação das mesmas.
 As estratégias didáticas não podem ser entendidas como sofisticação
e devem ser adaptadas e escolhidas utilizando a percepção da realidade, os
recursos do ambiente, os recursos materiais disponíveis, os objetivos previs-
tos. É muito comum quando existe uma situação de pouco êxito, buscar pro-
curar um “culpado”, vale nesse momento, falar que o sucesso ou fracasso é
fruto de um conjunto de ações. Ex. resultado escolar deve ser analisado nos
seguintes aspectos: conteúdo, estratégia, forma de estudo do aluno, avalia-
ção, abordagem do instrutor, fatores emocionais, fatores externos, etc.
 A dinâmica pode ser trabalhada com a ajuda do orientador educaci-
onal ou psicólogo, pois trata-se dos fatores internos e externos que interfe-
rem na aprendizagem, e o aluno como sujeito desse processo. Falar da im-
portância da motivação, planejamento e organização dos estudos, do traba-
lho com Propósito (o que se pretende), Metas (caminhos para se alcançar o
propósito) e Ação (fazer do aluno).
O professor pode estimular a participação e despertar o interesse dos
alunos na abordagem inicial, nas atividades e na avaliação e estabelece uma
relação entre a condução do trabalho do instrutor com o estímulo e moti-
vação dos alunos para aprendizagem.
3. Condução de reuniões
Manter os horários marcados nem sempre é possível, mas você pode
e deve transformar isto em uma meta da sua equipe com estas 10 técnicas
simples.
Quando uma reunião atrasa para começar, as pessoas que chega-
ram na hora estão perdendo seu tempo. E se ela se prolonga além do horá-
rio marcado, todos os presentes ficam prejudicados em seus outros compro-
missos.
As dicas a seguir podem ajudar você a aumentar a produtividade da
sua equipe, no que diz respeito a reuniões internas. Aplique as técnicas que
puder, e comente sobre as que não são possíveis na sua organização, ou so-
bre alguma dica adicional que você tenha empregado com sucesso.
As dicas são as seguintes:
3.1. Só realize reuniões relevantes.
Nada de “cumprir tabela”, nem de chamar a equipe inteira para um
assunto que poderia ser resolvido em um grupo de 3 pessoas, com as deci-
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sões comunicadas posteriormente. Se o assunto for relevante, as pessoas se
sentirão motivadas a estar presentes na hora certa e pelo tempo necessário.
3.2. Sempre agende a reunião com antecedência.
Marque o horário de início e término da reunião: para quem já tem
este hábito, parece óbvio. Mas quem nunca foi chamado para uma reunião
em cima da hora, ou não teve de sair de uma reunião porque

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