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APELAÇÃO MODELO PRÁTICA PENAL ESTÁCIO 2019

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCAR DE___
APELAÇÃO
João, já qualificados no caderno processual, vem por seu advogado, com
endereço profissional na rua__, (bairro), (cidade), (Estado), que indica para os
fins do artigo 77, inciso V do Código de Processo Civil Pátrio (CPC) aplicado
analogicamente no Processo Penal, inconformado com a sentença
condenatória de fl.__, e com fundamento nos artigos 386, incisos V, VI e VII,
593, inciso I, todos do Código de Processo Penal Brasileiro- CPP (Decreto-Lei
nº. 3.689/41) e artigos 181, inciso II e artigo 183, inciso III, todos do Código
Penal Brasileiro -CPB (Decreto-Lei nº. 2848/1940), Interpor APELAÇÃO,
PELOS SEGUINTES FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSARÁ A
EXPOR.
Requer seja recebida, processada e encaminhada a apelação, com as razões
ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nestes termos, pede deferimento
Local, data
Assinatura
Nº. OAB/UF
1
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ___
RAZÕES RECURSAIS
 Colendo Tribunal de Justiça
TERMOS DA DECISÃO RECORRIDA
O Juízo da Vara Criminal da Comarca de__, em sentença de piso,
condenou o apelante pela prática do crime de furto simples nas penas de 1
(um) ano de reclusão e 10 dias-multa, no valor mínimo, substituindo a pena de
reclusão pela restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à
comunidade.
DA REFORMA
Em que pese a mencionada sentença proferida pelo Douto Magistrado,
entretanto, não merece prosperar e manter-se com seus efeitos pelas razões a
seguir expostas.
DAS RAZÕES DE FATO E DO DIREITO
João, ora Apelante, foi acusado de ter subtraído, no dia 5 de janeiro de
2018, vinte mil dólares de seu pai, Fábio, este ainda com cinquenta e oito anos
de idade. Houve proposta de suspensão condicional do processo, não aceita
pelo acusado. 
Na instrução do feito, foram ouvidas duas testemunhas de acusação, as
quais disseram que, realmente, houve a subtração, por elas presenciada. O
pai, vítima, confirmou o fato e a propriedade dos dólares. Por outro lado, o
Apelante e duas testemunhas de defesa afirmaram que os dólares não
pertenciam ao seu pai, mas à sua mãe, que, antes de falecer, os dera para o
filho. 
2
Não houve a juntada da prova documental a respeito da propriedade do
dinheiro. No julgamento, o juiz, no dia 4 de janeiro de 2019, condenou João
pelo crime de furto simples às penas de 1 (um) ano de reclusão e 10 dias-
multa, no valor mínimo, substituindo a pena de reclusão pela restritiva de
direitos consistente em prestação de serviços à comunidade. 
Era o que se tinha de mais a relatar, passa-se agora a exposição do
mérito da causa. 
DA CARÊNCIA DE JUSTA CAUSA POR OCASIÃO DA ISENÇÃO DE PENA 
DO APELANTE
Ínclito Julgador, como se nota, o Apelante deve ser absolvido no caso
em questão por ocasião da circunstância de isenção de pena que deve ser aqui
reconhecida e aplicada, visto que o Sr. João é filho da pretensa vítima, e que
na data do ocorrido, o pai de João ainda restava-se com cinquenta e oito anos
de idade. Cumprindo salientar que no caso em tela não se sabe, efetivamente,
a qual dos dois ascendentes do Apelante pertenceria o dinheiro supostamente
furtado, devendo haver com isso, em face da dubiedade dessa circunstância, a
aplicação do princípio do indubio pró réo.
 Vejamos nesse mesmo sentido os dizeres dos artigos pertinentes do direito
penal e processual penal pátrio:
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
 I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural. 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave
ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos. (CPB)
3
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts.
20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver
fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de
2008)
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (CPP)
Portanto, em vista do exposto, requer-se a absolvição do Apelante por
decorrência da aplicação da isenção da pena, por ser este filho da vítima com
menos sessenta anos, conforme é disposta nos artigos 181, inciso II e artigo
183, inciso III, todos do Código Penal Brasileiro (CPB). 
DO REQUERIMENTO FINAL
Diante do exposto, requer-se o provimento deste recurso de Apelação a
fim de que se promova a ANULAÇÃO da Sentença de Primeira instância,
declarando-se a absolvição do Apelante por decorrência deste ser filho da
pretensa vítima com menos sessenta anos, conforme isenção de pena que é
disposta nos artigos 181, inciso II e artigo 183, inciso III, todos do Código Penal
Brasileiro (CPB), e com fundamento no artigo 386, incisos V, VI e VII, do
Código de Processo Penal Pátrio- CPP. 
4
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local, segunda-feira, 18 de janeiro de 2019i.
Advogado
OAB/UF nº.
5
i Súmula 310 do STF

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