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Absorção de Fármacos: Fundamentos e Influências

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2
FUNDAMENTOS DE FARMACOCINÉTICA: 
ABSORÇÃO
ABSORÇÃO
Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para 
a corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem da via 
de administração. Para a via IV, a absorção é completa, ou seja, toda a dose do 
fármaco alcança a circulação sistêmica. A liberação do fármaco por outras vias pode 
resultar em absorção parcial e, consequentemente, em menor biodisponibilidade. 
Essa passagem ocorre através de membranas biológicas, altamente lipofílicas, 
sendo o principal mecanismo para esse transporte a difusão passiva através 
dos lipídeos, pois ocorre a favor do gradiente de concentração e não há gasto 
energético.
 
Fonte: Cooper
TRANSPORTE DE FÁRMACOS A PARTIR DO TGI
Dependendo das propriedades químicas, os fármacos podem ser transportados 
do TGI por difusão passiva ou por transporte ativo.
3
• Difusão passiva – a força motriz da absorção passiva de um fármaco é o gradiente 
da concentração através da membrana que separa os compartimentos do 
organismo, isto é, o fármaco se move da região com concentração elevada para 
a que tem baixa concentração. A difusão passiva não envolve transportador, 
não é saturável e apresenta baixa especificidade estrutural. A grande maioria 
dos fármacos tem acesso ao organismo por esse mecanismo.
• Transporte ativo – envolve transportadores proteicos específicos que 
atravessam a membrana. Poucos fármacos cujas estruturas se assemelham às 
de metabólitos de ocorrência natural são transportados através da membrana 
celular usando esses transportadores proteicos específicos. O transporte ativo 
é dependente de energia e movido pela hidrólise de ATP.
• Endocitose e exocitose – transporta moléculas excepcionalmente grandes 
através da membrana celular. Na endocitose, as moléculas do fármaco são 
engolfadas pela membrana e transportadas para o interior da célula pela 
compressão da vesícula cheia de fármaco. A exocitose é o inverso da endocitose 
e é usada pelas células para secretar várias substâncias por um processo similar 
ao da formação de vesículas. Por exemplo, a vitamina B12 é transportada 
através da parede intestinal por endocitose. Certos neurotransmissores (p. ex., 
norepinefrina) são armazenados em vesículas ligadas à membrana no terminal 
nervoso e liberados por exocitose.
Como visto, o mecanismo de difusão depende tanto de características da 
membrana quanto de características do fármaco.
Principais formas pelas quais os 
fármacos atravessam as membranas
Difusão através dos lipídeos
Mediada por transportador
4
Quais os principais fatores que influenciam na absorção de um fármaco?
• Solubilidade
• Grau de ionização
• pH do meio
EFEITO DO PH NA ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
A maioria dos fármacos é ácido fraco ou base fraca. Fármacos ácidos (HA) liberam 
um próton H+ causando a formação de um ânion (A-).
As bases fracas (BH+) também podem liberar um H+. Contudo, a forma protonada 
dos fármacos básicos, em geral, é carregada, e a perda do próton produz a base 
(B) não ionizada.
A passagem entre as membranas lipídicas é facilitada pelo caráter lipofílico do 
fármaco. Assim, para que um fármaco seja absorvido, atravessando as barreiras 
biológicas, é necessário que ele esteja em sua forma molecular (NÃO IONIZADA), 
pois a forma ionizada do fármaco não consegue atravessar as barreiras, em 
decorrência do caráter hidrofílico de íons. 
Para os ácidos fracos, a forma HA não ionizada consegue permear através das 
membranas, mas o (A-) não consegue. Para a base fraca, a forma não ionizada, 
(B), consegue penetrar através das membranas celulares, contudo o (BH+) não 
consegue, dessa forma, a concentração efetiva da forma permeável de cada 
fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas 
entre as formas ionizada e não ionizada.
Sendo assim, um fármaco que é ácido fraco será melhor absorvido em um pH 
ácido, pois estará em sua forma molecular e conseguirá atravessar as barreiras 
lipofílicas. O contrário também é verdade: um fármaco que é uma base fraca será 
melhor absorvido em um pH básico.
Fármaco ácido Melhor absorvido em meio ácido
Fármaco básico Melhor absorvido em meio básico
5
Para determinar a quantidade de fármaco que será encontrada em ambos os 
lados da membrana que separa dois compartimentos que apresentam diferentes 
pHs, por exemplo, estômago (pH 1,0 a 1,5) e plasma sanguíneo (pH 7,4), utiliza-se 
a equação de Henderson-Hasselbalch. Essa equação expressa a relação do pKa 
e da razão entre as concentrações ácido-base com o pH do meio:
• Para ácidos: pH = pKa + log [A-]/[HA]
• Para bases: pH = pKa + log [B]/[BH+]
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
Há diversos fatores que interferem na absorção dos fármacos que podem estar 
relacionados com o próprio fármaco, com o paciente e com a via de administração.
Fatores que 
afetam a absorção 
de fármacos
Relacionados ao 
fármaco
Relacionados ao 
paciente
Relacionados à via 
de administração
Fatores relacionados ao Fármaco
• Solubilidade e Polaridade - quanto mais lipossolúvel e apolar, melhor a 
absorção.
• Peso Molecular - quanto menor o peso molecular mais rápida a passagem 
pela membrana.
• Forma Farmacêutica - soluções são mais rapidamente absorvidas.
6
ATENÇÃO: Para ser absorvido, necessariamente o fármaco deve estar em solução, 
portanto, para formas farmacêuticas sólidas, primeiro o sólido é desintegrado 
(FASE FARMACÊUTICA), o qual, então, fica em solução, para ser absorvido.
FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE
Tempo de Transito do Trato Gastrointestinal 
• O tempo de trânsito do TGI pode ser modificado pelo aumento da velocidade 
do esvaziamento gástrico, aumentando a velocidade de fármacos absorvidos 
no intestino e, em casos de diarreia em queo fármaco passa muito rapidamente 
pelo estômago e intestino e não tem tempo de ser absorvido;
Presença de Alimentos 
• Alguns fármacos podem ter a absorção impedida pela formação de complexos 
insolúveis com determinados componentes de alimentos, e outros podem ter 
a absorção facilitada pela presença de alimentos. Ex: tetraciclinas com leite 
formam complexo insolúvel.
Fluxo sanguíneo
• Quanto maior o fluxo sanguíneo, mais rápido ocorre a absorção. Por exemplo, 
situações de hipovolemia ou insuficiência cardíaca retardam a absorção.
FATORES RELACIONADOS À VIA DE ADMINISTRAÇÃO
A maioria dos fármacos absorvidos no trato gastrintestinal (TGI) entra na 
circulação portal e encontra o fígado antes de ser distribuído na circulação geral. 
Esses fármacos sofrem biotransformação de primeira passagem no fígado onde eles 
podem ser extensamente metabolizados antes de alcançarem a circulação sistêmica. 
Ou seja, antes mesmo de entrar na circulação sistêmica, uma fração do fármaco é 
metabolizada. O fígado é o principal órgão em que ocorre o metabolismo de primeira 
passagem, entretanto, este também pode ser efetuado pelo intestino e pelo pulmão.
A via de administração Sublingual não sofre metabolismo de primeira passagem, 
pois os fármacos passam diretamente para a circulação sistêmica, escapando do 
sistema porta.
Na via Intravenosa não há absorção, já que, o fármaco é administrado diretamente 
na via sanguínea. 
7
Quais as principais características de um fármaco para que seja bem absorvido?
• Lipossolúvel
• Não ionizado (molecular)
Essa foi a nossa aula de Fundamentos de Farmacocinética: Absorção 
Autora: Profa Cá Cardoso
2
FUNDAMENTOS DE FARMACOCINÉTICA: 
DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Logo que o fármaco entra no organismo, a partir de qualquer via de administração, 
ocorre o processo de distribuição em que há a passagem reversível do fármaco 
do sangue para outros fluidos e tecidos. Assim, o fármaco tem o potencial de 
distribuir-se em qualquer um dos três compartimentos funcionalmente distintos 
de água,ou ser sequestrado em um local celular. 
COMPARTIMENTOS DE ÁGUA NO ORGANISMO
• Compartimento plasmático – Acomoda fármacos que apresentam massa 
molecular muito elevada ou se liga extensamente às proteínas plasmáticas 
pois estes são muito grandes para se mover para fora através das fendas 
endoteliais dos capilares.
• Líquido extracelular – Comporta fármacos que apresentam baixa massa 
molecular, mas são hidrofílicos, ou seja, podem se mover através das fendas 
endoteliais dos capilares para o líquido intersticial. Contudo, fármacos hidrofílicos 
não se movem através das membranas celulares lipídicas para entrar na fase 
aquosa do interior da célula. Por conseguinte, esses fármacos se distribuem em 
um volume que é a soma da água plasmática e da água intersticial.
• Água corporal total – Comporta fármacos que apresentam baixa massa 
molecular e são hidrofóbicos, isto é, não só podem se movimentar para o 
interstício através das fendas, como também deslocar-se para o líquido 
intracelular através das membranas celulares. 
• Outros locais - Na gestação, o feto pode captar fármacos e, assim, aumentar o 
volume de distribuição. Fármacos que são muito lipossolúveis, como o tiopental, 
também podem apresentar volumes de distribuição anormalmente elevados.
3
RESERVATÓRIOS DE FÁRMACOS
Trata-se de locais onde o fármaco pode ser encontrado em maior concentração 
em relação ao plasma sanguíneo. Há quatro mecanismos principais que podem 
levar à formação de reservatórios de drogas, tais que são: transporte ativo, 
lipossolubilidade, diferença de pH e ligação a determinados componentes 
biológicos.
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
Um fármaco raramente se associa de forma exclusiva a um único compartimento 
de água corporal. Ao contrário, a grande maioria dos fármacos se distribui em 
vários compartimentos, com frequência ligando-se avidamente a componentes 
celulares, por exemplo, lipídeos (abundantes em adipócitos e membranas celulares), 
proteínas (abundantes no plasma e no interior das células) ou ácidos nucléicos 
(abundantes no núcleo das células).
Pode-se medir a distribuição de um fármaco no organismo através do parâmetro 
chamado Volume de distribuição. Tal que é um volume hipotético de líquido no 
qual o fármaco se dispersa. Embora ele não tenha base física ou fisiológica, é útil, 
algumas vezes, para comparar a distribuição de um fármaco com os volumes dos 
compartimentos de água no organismo.
BIODISPONIBILIDADE
Como sabido, uma parte daquilo que é administrado pela via oral não alcança a 
circulação sistêmica, quer seja por ser destruída no Trato Gastrointestinal (TGI), 
ou por sofrer efeito de primeira passagem no fígado. Faz-se necessário o uso de 
um parâmetro que expresse a parcela do fármaco que chega, de fato, à circulação 
sistêmica e que está disponível para exercer o efeito terapêutico.
4
A biodisponibilidade é o parâmetro farmacocinético que avalia a velocidade 
e a quantidade de fármaco que chega à circulação sistêmica quimicamente 
inalterado e que pode exercer o efeito terapêutico. Por exemplo, se 100 mg 
de um fármaco forem administrados por via oral e 70 mg desse fármaco forem 
absorvidos inalterados, a biodisponibilidade será 0,7 ou 70%. Desse modo, a 
biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio 
ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na 
circulação sistêmica ou sua excreção na urina.
A determinação da biodisponibilidade é feita pela comparação dos níveis 
plasmáticos do fármaco depois de um via particular de administração com os 
níveis plasmáticos do fármaco obtidos por injeção IV, na qual todo o fármaco entra 
na circulação rapidamente (biodisponibilidade de 100%).
Fatores que interferem na distribuição:
Metabolismo de 
1º passagem
Solubilidade e 
características 
físico químicas do 
fármaco
Permeabilidade 
por barreiras 
espessas
Fluxo sanguíneo
Ligação com 
proteínas 
plasmáticas
 
Metabolismo de primeira passagem
• Quando um fármaco é absorvido a partir do TGI, ele entra na circulação 
portal antes de entrar na circulação sistêmica. Se o fármaco é rapidamente 
biotransformado pelo fígado, a quantidade de fármaco inalterado que tem 
acesso à circulação sistêmica diminui. Lembrando que o fígado é o principal 
órgão em que ocorre o metabolismo de primeira passagem, entretanto, este 
também pode ser efetuado pelo intestino e pelo pulmão.
5
Solubilidade e características físico-químicas do fármaco
• Fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos devido à sua inabilidade 
em atravessar as membranas celulares ricas em lipídeos. Já os fármacos 
extremamente hidrofóbicos são também pouco absorvidos, pois são totalmente 
insolúveis nos líquidos aquosos do organismo e, portanto, não têm acesso à 
superfície das células. Para que um fármaco seja bem absorvido, ele deve ser 
basicamente hidrofóbico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas. 
Essa é uma das razões pelas quais vários fármacos são ácidos fracos ou 
bases fracas, em outras palavras, quanto mais lipossolúveis, mais facilmente 
atravessam as membranas endoteliais dos vasos em direção aos tecidos. Além 
disso, fármacos polares e com alto peso molecular dificilmente atravessam a 
membrana endotelial, assim, a velocidade de distribuição torna-se limitada.
Permeabilidade por barreiras espessas
• Na Barreira Hemato-Encefálica (BHE), as células endoteliais são sobrepostas 
de modo que para passar por esta barreira, as moléculas têm que ser 
altissimamente solúveis e com peso molecular muito reduzido.
Fluxo sanguíneo
• A velocidade do fluxo sanguíneo nos tecidos capilares varia bastante como 
resultado de uma distribuição desigual do débito cardíaco aos vários órgãos. O 
fluxo sanguíneo para o cérebro, para o fígado e para os rins é maior do que para 
os músculos esqueléticos, sendo que o tecido adiposo recebe fluxo ainda menor. 
Esse diferencial explica parcialmente a curta duração da hipnose produzida por 
um bolus de injeção IV de tiopental. O elevado fluxo sanguíneo, juntamente 
com a elevada lipossolubilidade do tiopental, permite a esse fármaco mover-se 
de modo rápido para o sistema nervoso central (SNC) e produzir anestesia.
Ligação com proteínas plasmáticas
• A ligação reversível às proteínas plasmáticas sequestra os fármacos de forma 
não difusível e retarda sua transferência para fora do compartimento vascular. 
A ligação é relativamente não seletiva com a estrutura química e acontece 
em locais de proteína onde em geral se ligam compostos endógenos como a 
bilirrubina. A albumina plasmática é a principal proteína ligadora e pode atuar 
como uma reserva de fármaco, pois, à medida que a concentração do fármaco 
livre diminui, devido à eliminação por biotransformação ou excreção, o fármaco 
ligado se dissocia da proteína. Isso mantém a concentração de fármaco livre 
como uma fração constante do fármaco total no plasma, ou seja, a ligação às 
proteínas funciona como um “depósito temporário”, que apesar de diminuir a 
intensidade do efeito, prolonga a duração deste, por retardar a eliminação.
6
Fármaco LIVRE Efeito terapêutico
Fármaco LIGADO À 
PROTEÍNA "Depósito temporário"
O fármaco, quando está ligado à proteína plasmática, não consegue sair do vaso 
sanguíneo e ir para o tecido, onde exercerá seu efeito terapêutico, por isso a ligação 
funciona como um “depósito”. Assim, a forma responsável pelo efeito terapêutico 
é a forma livre. Um fármaco que apresenta alta ligação a proteínas plasmáticas 
apresenta efeito menos intenso e mais duradouro e uma eliminação mais lenta, 
já os fármacos com baixa ligação a proteínas apresentam efeito mais intenso e 
menor duração e é eliminado mais rapidamente. 
Baixa ligação 
à proteínas
Efeito mais
intenso
Menor 
duração
Rápida
Eliminação
Alta ligação 
à proteínas
Efeito menos
intenso
Efeitomais 
duradouro
Eliminação 
mais lenta
• Os fármacos ÁCIDOS, geralmente, ligam-se à albumina;
• Os fármacos BÁSICOS, geralmente, ligam-se à Alfa-1-glicoproteína-ácida.
7
Fatores que interferem na disponibilidade da forma livre do fármaco:
Desnutrição
• Na desnutrição, há hipoalbuminemia, e, portanto, aumenta a fração livre do 
fármaco -> efeitos mais intensos;
Envelhecimento
• Diminui a quantidade de albumina -> Aumenta fração livre -> Efeitos mais 
intensos;
Doença Renal ou hepática
• Diminui a síntese de proteínas -> Aumenta fração livre -> Efeitos mais intensos;
Competição entre fármacos (fármacos competindo pela mesma proteína)
• O fármaco que tiver maior afinidade pela proteína “expulsa” o outro, sendo que 
este fica livre e com efeitos potencializados.
APRENDENDO NA PRÁTICA
QUESTÃO: Um determinado paciente, que tem insuficiência hepática provocada 
por uma esteatofibrose progressiva, ao realizar exames de acompanhamento, 
identificou hipoalbumineima. A partir dessas informações clínicas, assinale a 
alternativa correta:
a) O aumento dos níveis de albumina no sangue deste paciente poderá aumentar 
o risco de intoxicação na utilização de fármacos ácidos.
b) Esta condição clínica poderá expor o paciente ao risco de lesões renais e 
dificuldade de eliminação de fármacos, pois proteínas são macromoléculas 
de alto peso molecular e isso dificulta a filtração glomerular dos fármacos.
c) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos ácidos, sendo assim, esta condição do paciente poderá diminuir 
a eficácia de um tratamento farmacológico com fármacos ácidos fracos e 
aumentar o efeito de fármacos bases fracas.
8
d) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos bases fracas, sendo assim esta condição clínica do paciente, 
poderá aumentar o efeito de todos os fármacos. 
e) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos ácidos, sendo assim, esta condição clínica do paciente poderá 
aumentar o efeito farmacológico, pois aumentará as formas livres do fármaco 
em relação aos fármacos ligados às proteínas plasmáticas. 
RESPOSTA: E
O que pode alterar o volume de distribuição de fármacos?
• Constituição física
• Idade
• Patologia
Qual proteína plasmática tem maior afinidade por fármacos ácidos?
• Albulmina
Qual proteína plasmática tem maior afinidade por fármacos ácidos?
• Alfa-1-glicorpoteína-ácida
Essa foi a nossa aula de Fundamentos de Farmacocinética: Distribuiçao
Autora: Profa Cá Cardoso
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FUNDAMENTOS DE FARMACOCINÉTICA: 
DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Logo que o fármaco entra no organismo, a partir de qualquer via de administração, 
ocorre o processo de distribuição em que há a passagem reversível do fármaco 
do sangue para outros fluidos e tecidos. Assim, o fármaco tem o potencial de 
distribuir-se em qualquer um dos três compartimentos funcionalmente distintos 
de água, ou ser sequestrado em um local celular. 
COMPARTIMENTOS DE ÁGUA NO ORGANISMO
• Compartimento plasmático – Acomoda fármacos que apresentam massa 
molecular muito elevada ou se liga extensamente às proteínas plasmáticas 
pois estes são muito grandes para se mover para fora através das fendas 
endoteliais dos capilares.
• Líquido extracelular – Comporta fármacos que apresentam baixa massa 
molecular, mas são hidrofílicos, ou seja, podem se mover através das fendas 
endoteliais dos capilares para o líquido intersticial. Contudo, fármacos hidrofílicos 
não se movem através das membranas celulares lipídicas para entrar na fase 
aquosa do interior da célula. Por conseguinte, esses fármacos se distribuem em 
um volume que é a soma da água plasmática e da água intersticial.
• Água corporal total – Comporta fármacos que apresentam baixa massa 
molecular e são hidrofóbicos, isto é, não só podem se movimentar para o 
interstício através das fendas, como também deslocar-se para o líquido 
intracelular através das membranas celulares. 
• Outros locais - Na gestação, o feto pode captar fármacos e, assim, aumentar o 
volume de distribuição. Fármacos que são muito lipossolúveis, como o tiopental, 
também podem apresentar volumes de distribuição anormalmente elevados.
3
RESERVATÓRIOS DE FÁRMACOS
Trata-se de locais onde o fármaco pode ser encontrado em maior concentração 
em relação ao plasma sanguíneo. Há quatro mecanismos principais que podem 
levar à formação de reservatórios de drogas, tais que são: transporte ativo, 
lipossolubilidade, diferença de pH e ligação a determinados componentes 
biológicos.
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
Um fármaco raramente se associa de forma exclusiva a um único compartimento 
de água corporal. Ao contrário, a grande maioria dos fármacos se distribui em 
vários compartimentos, com frequência ligando-se avidamente a componentes 
celulares, por exemplo, lipídeos (abundantes em adipócitos e membranas celulares), 
proteínas (abundantes no plasma e no interior das células) ou ácidos nucléicos 
(abundantes no núcleo das células).
Pode-se medir a distribuição de um fármaco no organismo através do parâmetro 
chamado Volume de distribuição. Tal que é um volume hipotético de líquido no 
qual o fármaco se dispersa. Embora ele não tenha base física ou fisiológica, é útil, 
algumas vezes, para comparar a distribuição de um fármaco com os volumes dos 
compartimentos de água no organismo.
BIODISPONIBILIDADE
Como sabido, uma parte daquilo que é administrado pela via oral não alcança a 
circulação sistêmica, quer seja por ser destruída no Trato Gastrointestinal (TGI), 
ou por sofrer efeito de primeira passagem no fígado. Faz-se necessário o uso de 
um parâmetro que expresse a parcela do fármaco que chega, de fato, à circulação 
sistêmica e que está disponível para exercer o efeito terapêutico.
4
A biodisponibilidade é o parâmetro farmacocinético que avalia a velocidade 
e a quantidade de fármaco que chega à circulação sistêmica quimicamente 
inalterado e que pode exercer o efeito terapêutico. Por exemplo, se 100 mg 
de um fármaco forem administrados por via oral e 70 mg desse fármaco forem 
absorvidos inalterados, a biodisponibilidade será 0,7 ou 70%. Desse modo, a 
biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio 
ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na 
circulação sistêmica ou sua excreção na urina.
A determinação da biodisponibilidade é feita pela comparação dos níveis 
plasmáticos do fármaco depois de um via particular de administração com os 
níveis plasmáticos do fármaco obtidos por injeção IV, na qual todo o fármaco entra 
na circulação rapidamente (biodisponibilidade de 100%).
Fatores que interferem na distribuição:
Metabolismo de 
1º passagem
Solubilidade e 
características 
físico químicas do 
fármaco
Permeabilidade 
por barreiras 
espessas
Fluxo sanguíneo
Ligação com 
proteínas 
plasmáticas
 
Metabolismo de primeira passagem
• Quando um fármaco é absorvido a partir do TGI, ele entra na circulação 
portal antes de entrar na circulação sistêmica. Se o fármaco é rapidamente 
biotransformado pelo fígado, a quantidade de fármaco inalterado que tem 
acesso à circulação sistêmica diminui. Lembrando que o fígado é o principal 
órgão em que ocorre o metabolismo de primeira passagem, entretanto, este 
também pode ser efetuado pelo intestino e pelo pulmão.
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Solubilidade e características físico-químicas do fármaco
• Fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos devido à sua inabilidade 
em atravessar as membranas celulares ricas em lipídeos. Já os fármacos 
extremamente hidrofóbicos são também pouco absorvidos, pois são totalmente 
insolúveis nos líquidos aquosos do organismo e, portanto, não têm acesso à 
superfície das células. Para que um fármaco seja bem absorvido, ele deve serbasicamente hidrofóbico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas. 
Essa é uma das razões pelas quais vários fármacos são ácidos fracos ou 
bases fracas, em outras palavras, quanto mais lipossolúveis, mais facilmente 
atravessam as membranas endoteliais dos vasos em direção aos tecidos. Além 
disso, fármacos polares e com alto peso molecular dificilmente atravessam a 
membrana endotelial, assim, a velocidade de distribuição torna-se limitada.
Permeabilidade por barreiras espessas
• Na Barreira Hemato-Encefálica (BHE), as células endoteliais são sobrepostas 
de modo que para passar por esta barreira, as moléculas têm que ser 
altissimamente solúveis e com peso molecular muito reduzido.
Fluxo sanguíneo
• A velocidade do fluxo sanguíneo nos tecidos capilares varia bastante como 
resultado de uma distribuição desigual do débito cardíaco aos vários órgãos. O 
fluxo sanguíneo para o cérebro, para o fígado e para os rins é maior do que para 
os músculos esqueléticos, sendo que o tecido adiposo recebe fluxo ainda menor. 
Esse diferencial explica parcialmente a curta duração da hipnose produzida por 
um bolus de injeção IV de tiopental. O elevado fluxo sanguíneo, juntamente 
com a elevada lipossolubilidade do tiopental, permite a esse fármaco mover-se 
de modo rápido para o sistema nervoso central (SNC) e produzir anestesia.
Ligação com proteínas plasmáticas
• A ligação reversível às proteínas plasmáticas sequestra os fármacos de forma 
não difusível e retarda sua transferência para fora do compartimento vascular. 
A ligação é relativamente não seletiva com a estrutura química e acontece 
em locais de proteína onde em geral se ligam compostos endógenos como a 
bilirrubina. A albumina plasmática é a principal proteína ligadora e pode atuar 
como uma reserva de fármaco, pois, à medida que a concentração do fármaco 
livre diminui, devido à eliminação por biotransformação ou excreção, o fármaco 
ligado se dissocia da proteína. Isso mantém a concentração de fármaco livre 
como uma fração constante do fármaco total no plasma, ou seja, a ligação às 
proteínas funciona como um “depósito temporário”, que apesar de diminuir a 
intensidade do efeito, prolonga a duração deste, por retardar a eliminação.
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Fármaco LIVRE Efeito terapêutico
Fármaco LIGADO À 
PROTEÍNA "Depósito temporário"
O fármaco, quando está ligado à proteína plasmática, não consegue sair do vaso 
sanguíneo e ir para o tecido, onde exercerá seu efeito terapêutico, por isso a ligação 
funciona como um “depósito”. Assim, a forma responsável pelo efeito terapêutico 
é a forma livre. Um fármaco que apresenta alta ligação a proteínas plasmáticas 
apresenta efeito menos intenso e mais duradouro e uma eliminação mais lenta, 
já os fármacos com baixa ligação a proteínas apresentam efeito mais intenso e 
menor duração e é eliminado mais rapidamente. 
Baixa ligação 
à proteínas
Efeito mais
intenso
Menor 
duração
Rápida
Eliminação
Alta ligação 
à proteínas
Efeito menos
intenso
Efeito mais 
duradouro
Eliminação 
mais lenta
• Os fármacos ÁCIDOS, geralmente, ligam-se à albumina;
• Os fármacos BÁSICOS, geralmente, ligam-se à Alfa-1-glicoproteína-ácida.
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Fatores que interferem na disponibilidade da forma livre do fármaco:
Desnutrição
• Na desnutrição, há hipoalbuminemia, e, portanto, aumenta a fração livre do 
fármaco -> efeitos mais intensos;
Envelhecimento
• Diminui a quantidade de albumina -> Aumenta fração livre -> Efeitos mais 
intensos;
Doença Renal ou hepática
• Diminui a síntese de proteínas -> Aumenta fração livre -> Efeitos mais intensos;
Competição entre fármacos (fármacos competindo pela mesma proteína)
• O fármaco que tiver maior afinidade pela proteína “expulsa” o outro, sendo que 
este fica livre e com efeitos potencializados.
APRENDENDO NA PRÁTICA
QUESTÃO: Um determinado paciente, que tem insuficiência hepática provocada 
por uma esteatofibrose progressiva, ao realizar exames de acompanhamento, 
identificou hipoalbumineima. A partir dessas informações clínicas, assinale a 
alternativa correta:
a) O aumento dos níveis de albumina no sangue deste paciente poderá aumentar 
o risco de intoxicação na utilização de fármacos ácidos.
b) Esta condição clínica poderá expor o paciente ao risco de lesões renais e 
dificuldade de eliminação de fármacos, pois proteínas são macromoléculas 
de alto peso molecular e isso dificulta a filtração glomerular dos fármacos.
c) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos ácidos, sendo assim, esta condição do paciente poderá diminuir 
a eficácia de um tratamento farmacológico com fármacos ácidos fracos e 
aumentar o efeito de fármacos bases fracas.
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d) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos bases fracas, sendo assim esta condição clínica do paciente, 
poderá aumentar o efeito de todos os fármacos. 
e) A albumina é uma proteína do sangue que tem afinidade de ligação química 
por fármacos ácidos, sendo assim, esta condição clínica do paciente poderá 
aumentar o efeito farmacológico, pois aumentará as formas livres do fármaco 
em relação aos fármacos ligados às proteínas plasmáticas. 
RESPOSTA: E
O que pode alterar o volume de distribuição de fármacos?
• Constituição física
• Idade
• Patologia
Qual proteína plasmática tem maior afinidade por fármacos ácidos?
• Albulmina
Qual proteína plasmática tem maior afinidade por fármacos ácidos?
• Alfa-1-glicorpoteína-ácida
Essa foi a nossa aula de Fundamentos de Farmacocinética: Distribuiçao
Autora: Profa Cá Cardoso
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Material complementar - Técnica Dietética
PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E 
ARCABOUÇO LEGAL
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE 8.080/90
Após a implementação do Sistema Único de Saúde com a Constituição Fed-
eral de 1988, surgem as Leis Orgânicas do SUS, com o objetivo de organizar 
e regulamentar o SUS, promulgadas pelo então presidente Fernando Collor 
no ano de 1990 e sofrendo alterações nos anos seguintes, sendo elas a Lei 
8.080 que será explanada nesse bloco e a Lei 8.142/90 no seguinte.
 A Lei 8.080 trata das condições para PROmoção, PROteção e REcuperação 
da saúde, organização e funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências.
Artigo 1º. Regulamentação do SUS.
Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, 
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, 
por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
Objetivo desta lei: Regulamentar o SUS.
Em que local essa lei tem validade? Todo território nacional.
A que corresponde esta lei? Ações e serviços de saúde.
Executados de que forma? Isolada ou conjuntamente.
As ações e serviços de saúde deverão ser executados de forma permanente 
ou eventual? De ambas as formas. Permanentes ou eventuais.
Quem deve executar estas ações de saúde? Pessoas naturais ou jurídicas 
de direito público ou privado.
Artigo 2º Saúde como direito dos indivíduos.
A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover 
as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e ex-
ecução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de 
doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que as-
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Material complementar - Técnica Dietética
segurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua 
promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas 
e da sociedade.
ENTENDENDO O ARTIGO 2º
Já foi previsto na constituição, artigo 196, que a saúde é um dever do Esta-
do, então essa Lei Orgânica já trás as responsabilidades do mesmo, que é 
prover as condições para que os indivíduos tenham saúde.
§ 1º Como o Estadovai garantir a saúde aos indivíduos? Formulando e ex-
ecutando políticas econômicas e sociais. 
O que essas políticas devem ter como objetivo? Reduzir os riscos de doenças 
e de outros agravos e o estabelecimento de condições que assegurem o 
acesso universal e igualitário.
Acesso ao que e para que? Ações e serviços para PROmoção, PROteção e 
REcuperação.
§ 2º A pesar de o Estado ter que garantir a saúde, isso não exclui o dever 
das pessoas, família, empresas e sociedade.
Art. 3º Conceito de saúde.
Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, 
tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a ali-
mentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, 
a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos 
bens e serviços essenciais. 
ENTENDENDO O ARTIGO 3º:
Determinantes e condicionantes da saúde: alimentação, moradia, sanea-
mento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física, 
transporte, lazer e acesso a bens e serviços essenciais entre outros. Que 
integram o conceito ampliado de saúde.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força 
do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à cole-
tividade condições de bem-estar físico, mental e social.
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Material complementar - Técnica Dietética
Art. 4º Conceito de SUS.
O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e institu-
ições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e 
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema 
Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas feder-
ais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção 
de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de eq-
uipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), 
em caráter complementar.
ENTENDENDO O ARTIGO 4º
O artigo 4º traz a definição do SUS. Que diferentemente do conceito de 
Seguridade Social, traz a parte “serviços de saúde”, não tem iniciativa da 
sociedade e não asseguram direitos.
Os parágrafos 1º e 2º, abordam sobre outras instituições que estão incluí-
das no SUS além das instituições públicas federais, estaduais e municipais 
e as fundações mantidas pelo SUS.
Art. 5º Objetivos do SUS.
São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes 
da saúde;
II - A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III - A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção 
e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenci-
ais e das atividades preventivas.
ENTENDENDO O ARTIGO 5º:
O artigo 5º trata sobre os objetivos do SUS, que estarão relacionados aos 
determinantes e condicionantes de saúde, previstos no artigo 3º. Diante 
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Material complementar - Técnica Dietética
dos fatores determinantes e condicionantes da saúde, a melhor a atitude 
é divulgá-los e identificá-los nos indivíduos, para que sejam feitas políticas 
públicas visando o conceito de saúde e que haja a melhor assistência á es-
sas pessoas por meio da PROmoção, PROteção e REcuperação da saúde.
Art. 6º Atribuições do SUS.
Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde 
(SUS):
I – Execução de ações:
a) De vigilância sanitária;
b) De vigilância epidemiológica;
c) De saúde do trabalhador; e
d) De assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II - A participação na formulação da política e na execução de ações de 
saneamento básico;
III - A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - A vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho;
VI - A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobi-
ológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na 
sua produção;
VII - O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de in-
teresse para a saúde;
VIII - A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para con-
sumo humano;
IX - A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, 
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radio-
ativos;
X – O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e 
tecnológico;
XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
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Material complementar - Técnica Dietética
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas 
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens 
e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacio-
nem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da pro-
dução ao consumo; e
II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indire-
tamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção 
e controle das doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjun-
to de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemi-
ológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos tra-
balhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de 
trabalho, abrangendo:
I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador 
de doença profissional e do trabalho;
II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos 
potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, 
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substân-
cias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos 
à saúde do trabalhador;
IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do 
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais 
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Material complementar - Técnica Dietética
e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional;
VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de 
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no pro-
cesso de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades 
sindicais; e
VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão com-
petente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente 
de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde 
dos trabalhadores.
ENTENDENDO O ARTIGO 6º Atribuições do SUS.
I. Executar ações de:
II. Participar:
Formulação da política e na execução de ações de saneamento básico.
III. Ordenação:
Formação de recursos humanos na área de saúde.
IV. Vigilância:
Nutricionale a orientação alimentar.
V. Colaboração:
Proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
VI. Formulação:
Política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insu-
mos de interesse para a saúde e a participação na sua produção.
VII. COntrole e FIscalização:
Serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde.
VIII. Fiscalização e Inspeção:
Alimentos, água e bebidas para consumo humano.
Vigilância Sanitária Saúde do Trabalhador Vigilância Epidemiológica
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IX. Participação:
Controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
X. Incremento:
Em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico.
XI. Formulação e execução:
Política de sangue e seus derivados.
§1º Conceito de vigilância sanitária.
2º Conceito de Vigilância Epidemiológica
Vigilância Sanitária
Conjunto de Ações
Eliminar
Prevenir
Diminuir
Meio 
ambiente
Produção e 
circulação 
de bens
Prestação de serviços 
de interesse à saúde
Controle de bens 
de consumo
Controle da prestação 
de serviços
Riscos à saúde de intervir 
nos problemas sanitários 
decorrentes de/da/do
Vigilância Epidemiológica
Conjunto de Ações
Conhecimento
Detecção
Prevenção
Mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes 
de saúde indivisual ou coletiva
Recomendar e adotar as 
medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos.
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§ 3º Saúde do trabalhador
I. Assistência ao trabalhador;
II. Participação em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos ricos e 
agravos;
III. Participação na normatização, fiscalização e controle de produção, ex-
tração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substân-
cias, de produtos, de máquinas e de equipamentos;
IV. Avaliação dos impactos à tecnologia;
V. Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do 
trabalho, resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de 
saúde, de admissão, periódicos e de demissão;
VI. Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de 
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII. Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no pro-
cesso de trabalho;
VIII. Garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão compe-
tente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de 
trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde 
dos trabalhadores.
Artigo 7º Princípios do SUS
Saúde do Trabalhador
Conjunto de Ações
Promoção
Proteção
Prevenção
Através das ações de vigilância 
sanitária e epidemiológica
Da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos 
advindos das condições de 
trabalho,abrangendo:
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Material complementar - Técnica Dietética
As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados 
ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desen-
volvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição 
Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de 
assistência;
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e con-
tínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, 
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade 
física e moral;
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de 
qualquer espécie;
V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde 
e a sua utilização pelo usuário;
VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a 
alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - Participação da comunidade;
IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada 
esfera de governo:
a) Ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e sa-
neamento básico;
XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de 
serviços de assistência à saúde da população;
XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistên-
cia; e
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Material complementar - Técnica Dietética
XIII - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de 
meios para fins idênticos.
XIV – Organização de atendimento público específico e especializado para 
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre out-
ros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas repa-
radoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
ENTENDENDO O ARTIGO 7º 
Serviços públicos e privados do SUS devem seguir as diretrizes do artigo 
198 da constituição e os seguintes princípios:
I. Universalidade de acesso:
 Acesso para todos, contribuintes e não contribuintes e em todos os níveis 
de assistência.
II. Integralidade de assistência:
Conjunto articulado de ações e serviços, preventivos e curativos, individuais 
e coletivos, que visem à assistência, de acordo com a necessidade do in-
divíduo e sua complexidade, sendo que se for resolvido na atenção primária 
foi integral do mesmo jeito do que se tiver maior complexidade, vai de indi-
viduo para indivíduo.
III. Preservação da autonomia:
 Visa o respeito ao indivíduo, quanto à realização de procedimentos.
IV. Igualdade da assistência:
Todos têm acesso, independente de cor, religião e etc; sem privilégio nen-
hum.
V. Direito à informação:
Todos têm direito de saber como está a sua saúde, que medicamentos vai 
tomar etc.
VI. Divulgação de informação:
Divulgação dos serviços de saúde do município.
VII. Utilização da epidemiologia:
Todo planejamento é pautado na epidemiologia, prioridades, alocação de 
recursos, orientação programática.
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Material complementar - Técnica Dietética
VIII. Participação da comunidade;
Através das conferencias e conselhos de saúde; melhor explicada na Lei 
8142/90.
IX. Descentralização político-administrativa:
A falta de direcionamento e planejamento das ações, as ações sanitárias e 
o contexto histórico estudado, fez surgir à descentralização, possibilitando 
assim uma ação direcionada a cada setor do Brasil, com ênfase nos mu-
nicípios (Municipalização).
a) Regionalização e hierarquização.
O SUS é organizado em forma de rede, por meio de hierarquias e region-
alização, que é quando o SUS passa a ser organizado por regiões afim de 
planejamento, organização e gestão, facilitando assim a descentralização.
X. Integração em nível executivo:
Integração da saúde, meio ambiente e saneamento básico, para que esses 
dois fatores não tenham implicação na saúde dos indivíduos. 
XI. Conjugação dos serviços:
Para que o SUS funcione, é necessária a conjugação dos recursos finan-
ceiros, tecnológicos, materiais e humanos de cada esfera de governo.
XII. Capacidade de resolução dos serviços:
Resolver os problemas existentes no nível de complexidade existente e ref-
erenciar para outro nível caso necessário, sendo resolutivo da mesma for-
ma.
XIII. Organização dos serviços públicos:
A organização dos serviços de serviços de saúde não deve permitir a dupli-
cidade de informações.
XIV. Organização do atendimento público específico e especializado.:Atendimento específico e especializado para mulheres e vítimas de violên-
cia, em geral, ao que tange a: atendimento, acompanhamento psicológico e 
cirurgias plásticas reparadoras.
Observações: 
1. A equidade não entra na Lei 8080/90, mas é importante para organi-
zar os serviços de saúde, pois se deve sempre analisar quem precisa mais 
daquele serviço, isso configura justiça social.
2. Toda diretriz é um princípio.
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Material complementar - Técnica Dietética
Divisão Teórica dos Princípios do SUS
Art. 8º Regionalização e Hierarquização
As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde - 
SUS, seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciati-
va privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em 
níveis de complexidade crescente.
ENTENDENDO O ARTIGO 8º
As ações e serviços de saúde;
Devem ser organizadas de forma regionalizada e hierarquizada.
Complexidade do SUS:
Atenção Primária: Unidades básicas de saúde (UBS)
Atenção Secundária: Especialidades
Atenção secundária: Hospitais de grande porte
Art. 9º Direção do SUS
A direção do Sistema Único de Saúde - SUS é única, de acordo com o inci-
so I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de 
governo pelos seguintes órgãos: 
• Universalidade;
• Integralidade;
• Equidade.
Doutrinários
• Regionalização e Hierarquização;
• Descentralização e Comando Único;
• Participação Popular e os outros.
Doutrinários
Atenção Terciária
Atenção Secundária
Atenção Primária
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Material complementar - Técnica Dietética
I - No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
 
II - No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria 
de Saúde ou órgão equivalente; e 
III - No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão 
equivalente.
ENTENDENDO O ARTIGO 9º
A direção do SUS, por meio da descentralização é feita por meio das três 
esferas de governo e seus órgãos subsequentes.
Art. 10. Consórcios e Distritos
Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto 
as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. 
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da 
direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua ob-
servância. 
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde - SUS poderá organi-
zar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práti-
cas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
ENTENDENDO O ARTIGO 10º
União - Ministério da Saúde;
Estados e Distrito Federal- Secretaria 
de Saúde ou órgão equivalente;
Municípios - Secretária de 
Saúde ou órgão equivalente.
• Entre municipios;
• Por meio de contrato;
• Estabelecimento público X Estabelecimento público;
• Geralmente por meio de troca de serviços.
Consórcios
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Material complementar - Técnica Dietética
Art. 12º. Comissões intersetoriais
Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas 
ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos com-
petentes e por entidades representativas da sociedade civil. 
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular 
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva 
áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
ENTENDENDO O ARTIGO 12º.
Comissões intersetoriais ações que não são do setor saúde, mas que a 
ausência delas causa impactos na saúde e gera junção com outros setores.
SUBORDINADAS ao Conselho Nacional de Saúde.
INTEGRADAS pelos Ministérios e órgãos competentes; por entidades repre-
sentativas da sociedade civil.
EM ÂMBITO NACIONAL.
Art. 13º.
A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetori-
ais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: 
I - Alimentação e nutrição; 
II - Saneamento e meio ambiente; 
III - Vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; 
• No mesmo município;
• Descentralização de planejamentos, 
ações e organização;
• Divisão por caracteristicas 
epidemiológicas, sociais etc;
• Recursos, técnicas e práticas voltadas 
para cobertura total das ações de saúde;
• SILOS- Sistemas Locais de Saúde.
Distritos
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Material complementar - Técnica Dietética
IV - Recursos humanos; 
V - Ciência e tecnologia; e 
VI - Saúde do trabalhador.
ENTENDENDO O ARTIGO 13º
As comissões internacionais abrangerão em especial as seguintes ativi-
dades:
Art. 14º. 
Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços 
de saúde e as instituições de ensino profissional e superior. 
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor 
prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continu-
ada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde - SUS, na esfera 
correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica 
entre essas instituições.
ENTENDENDO O ARTIG0 14º. 
Comissão permanente entre serviços de saúde e instituições de ensino su-
perior.
Com finalidade de: 
• Propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação 
continuada;
• Relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
Alimentação e Nutrição Recursos Humanos
Ciência e Tecnologia Saúde do Trabalhador
Vigilância Sanitária e 
Farmacoepidemiologia
Saneamento e 
Meio Ambiente
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Material complementar - Técnica Dietética
Duas comissões.
Intersetorial X Permanente de saúde e ensino
 Não tem controle social.
Art. 14-A.
As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como 
foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos op-
eracionais do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripar-
tite terá por objetivo: 
I - Decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da 
gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da políti-
ca consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de 
saúde; 
II - Definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a res-
peito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principal-
mente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações 
e serviços dos entes federados; 
III - Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração 
de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à 
integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (Artigo 
acrescido pela Lei nº 12.466, de 24/8/2011) 
ENTENDENDO O ARTIGO 14-A
COMISSÕES INTERGESTORAS BIPARTITE E TRIPARTITE
 Não tem participação da comunidade.
 Município e Estado.
 Município, Estado e Governo Federal.
 Foros de negociação e pactuação quanto a aspectos operacionais.
OBJETIVOS:
Decidir sobre os aspectos 
operacionais,financeiros e administrativos 
da gestão compartilhada do SUS;
Definir diretrizes a respeito das 
ações e serviços de saúde;
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Material complementar - Técnica Dietética
Art. 14-B. 
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacio-
nal de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como 
entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de 
matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de rele-
vante função social, na forma do regulamento. 
§ 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da 
União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de 
suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a 
União. 
§ 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são recon-
hecidos como entidades que representam os entesmunicipais, no âmbito 
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. 
(Artigo acrescido pela Lei nº 12.466, de 24/8/2011)
ENTENDENDO O ARTIGO 14-B
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)
CONASS CONASEMS
Entidades dos entes estaduais e municipais: utilidade pública e relevante 
função social.
Receberão recursos provenientes do orçamento da União (Fundo Nacional 
de Saúde), podendo ainda fazer convênios com a União.
CONASS: Secretários do município em âmbito nacional.
COSEMS: Secretários do município em âmbito estadual.
 Vinculado ao CONASEMS.
Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, 
distrito sanitário, integração de territórios, 
referência e contrarreferência e demais 
aspectos vinculados à integração das ações e 
serviços de saúde entre os entes federados.
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Material complementar - Técnica Dietética
Art. 15º. Atribuições comuns.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu 
âmbito administrativo, as seguintes atribuições: 
I - Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscal-
ização das ações e serviços de saúde; 
II - Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em 
cada ano, à saúde; 
III - Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da popu-
lação e das condições ambientais; 
IV - Organização e coordenação do sistema de informação de saúde; 
V - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de quali-
dade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde; 
VI - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qual-
idade para promoção da saúde do trabalhador; 
VII - Participação de formulação da política e da execução das ações de 
saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio am-
biente; 
VIII - Elaboração e atualização periódica do plano de saúde; 
IX - Participação na formulação e na execução da política de formação e 
desenvolvimento de recursos humanos para a saúde; 
X - Elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde - 
SUS, de conformidade com o plano de saúde; 
XI - Elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados 
de saúde, tendo em vista a sua relevância pública; 
XII - Realização de operações externas de natureza financeira de interesse 
da saúde, autorizadas pelo Senado Federal; 
XIII - Para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, 
decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de 
irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa 
19
Material complementar - Técnica Dietética
correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas natu-
rais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; 
XIV - Implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
XV - Propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais 
relativos à saúde, saneamento e meio ambiente; 
XVI - Elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuper-
ação da saúde; 
XVII - Promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício 
profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a 
definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de 
saúde; 
XVIII - Promover a articulação da política e dos planos de saúde; 
XIX - Realizar pesquisas e estudos na área de saúde; 
XX - Definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes 
ao poder de polícia sanitária; 
XXI - Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e 
de atendimento emergencial.
ENTENDENDO O ARTIGO 15º
Cabe a todas as esferas do governo (União, Estado, DF e municípios):
Definição: das instâncias e mecanismos de controle; das instâncias e me-
canismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária; 
Avaliação e de fiscalização: das ações e serviços de saúde; 
Acompanhamento, avaliação e divulgação: do nível de saúde da população 
e das condições ambientais; 
Organização e coordenação: plano de saúde;
Elaboração: de normas técnicas; da proposta orçamentária do Sistema Úni-
co de Saúde - SUS, de conformidade com o plano de saúde; de normas para 
regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua 
relevância pública; normas técnico-científicas de PROmoção, PROteção e 
REcuperação da saúde; 
20
Material complementar - Técnica Dietética
Estabelecimento: de padrões de qualidade e parâmetros de custos que 
caracterizam a assistência à saúde;
Participação: de formulação da política e da execução das ações de sanea-
mento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;
EXECUÇÃO MUNICIPIOS 
Realização: de operações externas de natureza financeira de interesse da 
saúde, autorizadas pelo Senado Federal; pesquisas e estudos na área de 
saúde;
Para atendimento: de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, 
decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de 
irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa 
correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas natu-
rais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; 
Implementar: o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
Propor: a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais rel-
ativos à saúde, saneamento e meio ambiente; 
Promover: articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profis-
sional e outras entidades representativas da sociedade civil para a definição 
e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde; a 
articulação da política e dos planos de saúde; 
Fomentar, coordenar e executar: programas e projetos estratégicos e de 
atendimento emergencial.
OBSERVAÇÕES: Definir o sistema de informação governo federal.
Artigo 16º Atribuições da União (Ministério de Saúde)
A direção nacional do Sistema Único da Saúde - SUS compete: 
I - Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; 
II - Participar na formulação e na implementação das políticas: 
a) De controle das agressões ao meio ambiente; 
b) De saneamento básico; e 
21
Material complementar - Técnica Dietética
c) Relativas às condições e aos ambientes de trabalho; 
 
III - Definir e coordenar os sistemas: 
a) De redes integradas de assistência de alta complexidade; 
b) De rede de laboratórios de saúde pública; 
c) De vigilância epidemiológica; e 
d) Vigilância sanitária; 
IV - Participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão 
afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham 
repercussão na saúde humana; 
 
V - Participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle 
das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde 
do trabalhador; 
VI - Coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemi-
ológica; 
VII - Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aero-
portos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, 
Distrito Federal e Municípios; 
VIII - Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qual-
idade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso hu-
mano; 
IX - Promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização 
do exercício profissional, bem como com entidades representativas de for-
mação de recursos humanos na área de saúde; 
X - Formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política 
nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articu-
laçãocom os demais órgãos governamentais; 
XI - Identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional 
para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde; 
XII - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de inter-
esse para a saúde; 
XIII - Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Fed-
eral e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; 
22
Material complementar - Técnica Dietética
XIV - Elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de 
Saúde - SUS e os serviços privados contratados de assistência à saúde; 
XV - Promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os 
Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangên-
cia estadual e municipal; XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o 
Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
XVII - Acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, re-
speitadas as competências estaduais e municipais; 
XVIII - Elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em 
cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; 
XIX - Estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação 
técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação 
técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológi-
ca e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos 
inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do 
Sistema Único de Saúde - SUS ou que representem risco de disseminação 
nacional. 
ENTENDENDO O ARTIGO 16º
A União Compete:
FORMULAR, AVALIAR E APOIAR políticas de alimentação e nutrição;
PARTICIPAR na formulação e na implementação das políticas de:
DEFINIR E COORDENAR os sistemas de:
Controle das agressões 
ao meio ambiente
Saneamento
básico
Condições aos 
ambientes de trabalho
Vigilância epidemiológica Vigilância sanitária
Redes integradas de assitência 
de alta complexidade
Rede de laboratórios 
de saúde pública
23
Material complementar - Técnica Dietética
Participar:
Da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de 
agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham reper-
cussão na saúde humana;
Da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e 
dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador; 
Coordenar e Participar:
Na execução das ações de vigilância epidemiológica; 
Prestar: 
Cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-
nicípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; 
Elaborar:
Normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde - SUS e os 
serviços privados contratados de assistência à saúde; 
Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação 
técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal
Promover:
Descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos 
serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e 
municipal;
Normatizar e Coordenar:
Nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
Acompanhar, Controlar e Avaliar:
As ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e 
municipais; 
Estabelecer:
O Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e finan-
ceira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os 
Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Art. 17º. Atribuição dos Estados:
À direção estadual do Sistema Único de Saúde - SUS compete: 
 
24
Material complementar - Técnica Dietética
I - Promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações 
de saúde; 
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema 
Único de Saúde - SUS; 
III - Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletiva-
mente ações e serviços de saúde; 
IV - Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: 
a) De vigilância epidemiológica; 
b) De vigilância sanitária; 
c) De alimentação e nutrição; e 
d) De saúde do trabalhador; 
V - Participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio 
ambiente que tenham repercussão na saúde humana; 
VI - Participar da formulação da política e da execução de ações de sa-
neamento básico; VII - participar das ações de controle e avaliação das 
condições e dos ambientes de trabalho; 
VIII - Em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a 
política de insumos e equipamentos para a saúde; 
IX - Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas 
públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional; 
X - Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocen-
tros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administra-
tiva; 
 
XI - Estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e aval-
iação das ações e serviços de saúde; 
XII - Formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de 
procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de 
consumo humano; 
XIII - Colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras; 
 
XIV - O acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de 
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada. 
ENTENDENDO O ARTIGO 17º.
25
Material complementar - Técnica Dietética
PROMOVER a descentralização para os Municípios dos serviços e das 
ações de saúde; ACOMPANHAR, CONTROLAR e AVALIAR as redes hier-
arquizadas do Sistema Único de Saúde - SUS; 
PRESTAR apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletiva-
mente ações e serviços de saúde;
 
COORDENAR e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
PARTICIPAR:
Da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; 
Das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de tra-
balho; 
Junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que 
tenham repercussão na saúde humana; 
FORMULAR, EXECUTAR, ACOMPANHAR e AVALIAR a política de insumos 
e equipamentos para a saúde, em caráter suplementar;
IDENTIFICAR estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas 
públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;
 
COORDENAR a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocen-
tros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administra-
tiva; 
ESTABELECER normas, em caráter suplementar, para o controle e aval-
iação das ações e serviços de saúde; 
 
FORMULAR normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de 
procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de 
consumo humano; 
 
COLABORAR com a União na execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras; 
 
ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO E DIVULGAÇÃO dos indicadores de 
Vigilância epidemiológica
Alimentação e Nutriçã
Vigilância sanitária
Saúde do Trabalhador
26
Material complementar - Técnica Dietética
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada. 
Art. 18.
À direção municipal do Sistema de Saúde - SUS compete: 
I - Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e 
gerir e executar os serviços públicos de saúde; 
II - Participar do planejamento, programação e organização da rede region-
alizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde - SUS, em articulação 
com sua direção estadual; 
III - Participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às 
condições e aos ambientes de trabalho; 
IV - Executar serviços: 
a) De vigilância epidemiológica; 
b) Vigilânciasanitária; 
c) De alimentação e nutrição; 
d) De saneamento básico; e 
 e) De saúde do trabalhador; 
V - Dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamen-
tos para a saúde; 
VI - Colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham 
repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, 
estaduais e federais competentes, para controlá-las; 
VII - Formar consórcios administrativos intermunicipais; 
VIII - Gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; 
IX - Colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sani-
tária de portos, aeroportos e fronteiras; 
X - Observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convê-
nios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como 
controlar e avaliar sua execução; 
XI - Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde; 
XII - Normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde 
27
Material complementar - Técnica Dietética
no seu âmbito de atuação. 
ENTENDENDO O ARTIGO 18º.
PLANEJAR,ORGANIZAR,CONTROLAR E AVALIAR as ações e os serviços 
de saúde e GERIR E EXECUTAR os serviços públicos de saúde; 
PARTICIPAR:
Do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hi-
erarquizada do Sistema Único de Saúde - SUS, em articulação com sua 
direção estadual; 
Da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos 
ambientes de trabalho; 
 
EXECUTAR serviços:
DAR EXECUÇÃO, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamen-
tos para a saúde; 
COLABORAR:
Na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão 
sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e 
federais competentes, para controlá-las; 
Com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras; 
FORMAR consórcios administrativos intermunicipais; 
GERIR laboratórios públicos de saúde e hemocentros; 
 
CELEBRAR contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços 
privados de saúde, bem como CONTROLAR E AVALIAR sua execução; 
CONTROLAR E FISCALIZAR os procedimentos dos serviços privados de 
saúde; 
NORMALIZAR complementarmente as ações e serviços públicos de saúde 
no seu âmbito de atuação. 
Vigilância epidemiológica
Alimentação e Nutrição Saneamento básico
Vigilância sanitária
Saúde do Trabalhador
28
Material complementar - Técnica Dietética
DE FORMA GENERICA:
UNIÃO VERBOS AMPLOS, FAZER
ESTADOS MEIO TERMO
MUNICIPIOS EXECUTOR
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Esta-
dos e aos Municípios.
SUBSISTEMA DE SAÚDE ÍNDIGENA
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das 
populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individ-
ualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Artigo acrescido pela Lei nº 
9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, com-
ponente do Sistema Único de Saúde - SUS, criado e definido por esta Lei, 
e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em 
perfeita integração. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Sub-
sistema de Atenção à Saúde Indígena. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.836, 
de 23/9/1999) 
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por 
esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País. (Artigo 
acrescido pela Lei nº 9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não 
governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução 
das ações. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade 
local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser 
adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma 
abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistên-
cia à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, de-
marcação de terras, educação sanitária e integração institucional. (Artigo 
acrescido pela Lei nº 9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o 
SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. 
29
Material complementar - Técnica Dietética
§ 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Dis-
tritos Sanitários Especiais Indígenas. 
§ 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à 
Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e or-
ganização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para 
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, 
sem discriminações. 
§ 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âm-
bito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas ne-
cessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à 
saúde. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.836, de 23/9/1999) 
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organis-
mos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas 
de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estadu-
ais e Municipais de Saúde, quando for o caso. (Artigo acrescido pela Lei nº 
9.836, de 23/9/1999) 
ENTENDENDO O SUSBSISTEMA DE SAÚDE ÍNDIGENA.
A lei desse subsistema valera em todo território nacional;
Ações e serviços de saúde individualmente e coletivamente;
A União deverá financiar com recursos próprios esse subsistema;
O SUS promoverá a articulação do Subsistema com os órgãos responsáveis 
pela Política Indígena do País;
Podendo os Estados, Municípios e organizações participar de caráter com-
plementar no custeio e execução das ações;
O SUS deverá levar em consideração a realidade local, as especificidades 
da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado, devendo-se pau-
tar por uma abordagem diferencial e global contemplando os aspectos de 
assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambi-
ente, demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional;
Esse subsistema deverá ser: descentralizado, hierarquizado e regionaliza-
do;
30
Material complementar - Técnica Dietética
Deverá conter Distritos Sanitários Especiais Indígenas;
O SUS deverá propiciar atenção à saúde dos indígenas em todos os níveis, 
ocorrendo para isso adaptações na estrutura e organização do SUS nas 
regiões onde residem as populações indígenas, para propiciar essa inte-
gração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem discriminações;
As populações indígenas devem ter acesso à saúde em todos os níveis de 
atenção à saúde;
As populações indígenas terão direito a participar Conselho Nacional de 
Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.
SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o aten-
dimento domiciliar e a internação domiciliar. 
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares 
incluem se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fi-
sioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessári-
os ao cuidado integral dos pacientes em seu domícilio. 
§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes 
multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêu-
tica e reabilitadora. 
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados 
por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua 
família. (Artigo acrescido pela

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