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Internacional resumo aula 1 e 2

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Aula 02 e 03 – Pessoas Internacionais e Fontes do DIP
As Pessoas Internacionais
- Conceito de pessoa: personalidade e capacidade   Conceito
- Classificação das pessoas internacionais
- As pessoas na contemporaneidade
Conceito de pessoa: personalidade e capacidade  
A noção de sujeito de DI tem uma dimensão histórica, sociológica e lógico-jurídica. A primeira dela decorre do fato de que a personalidade internacional é a matéria que oferece a existência de uma das forças sociais influentes e atuantes. A segunda se materializa no fato de que a sociedade internacional é mutável, variando ao longo da história. Por fim, a dimensão lógico-jurídica caracteriza-se pelo fato de que não pode existir uma ordem sem destinatários, porque a norma jurídica, sendo, uma regra de conduta, deve dirigir-se sempre a um ente.
“A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional atribui direitos e deveres é transformada em pessoa internacional, isto é, sujeito de DI (Celso Mello). O Estado manteve-se como o centro das atenções da sociedade internacional do século XX, sendo o mais importante ente de DI. No século XX, em virtude das sérias transformações ocorridas no cenário internacional, o Estado passa partilhar a vida internacional com outros entes, as organizações internacionais e o homem, que volta a ter direitos e deveres perante a sociedade internacional. Existência de normas internacionais gerais atributivas de personalidade. A polêmica divide-se em duas correntes, a que admite a existência (Balladore e Pallieri) e a que não admite. 
Celso Mello entende que a primeira corrente seria a mais adequada. Segundo a esta corrente existem normas gerais que estabelecem condições para que determinados entes adquiram personalidade jurídica e assim tornem-se sujeitos de direito, como o Estado, por exemplo. Um exemplo seria a Convenção Panamericana sobre Direitos e Deveres dos Estados (Montevidéu, 1933) que prevê que o Estado, pessoa internacional, deve reunir os seguintes requisitos: povoação permanente, território determinado, governo e capacidade de entrar em relações com os demais Estados. No entanto, outros entes adquirem personalidade jurídica internacional sem que haja norma geral anterior, como o homem. Segundo Celso Mello, o homem só adquire personalidade internacional quando as normas internacionais se dirigem à ele. 
Nas palavras de Celso Mello, “existiria um princípio constitucional no ordenamento jurídico internacional que determinaria quais os entes que, ao preencherem certas condições, se tornariam sujeitos de DI.” Tais condições seriam: “fins compatíveis” com a sociedade internacional, ter uma organização que lhe permita entrar em relações com os demais sujeitos de DI, bem como ser responsável pelos seus atos.” No entanto, na realidade constata-se que o “Estado surge como um fato encarnado de grande poder na SI. Não existe qualquer norma preexistente. É o próprio Estado que se legaliza a priori. As demais pessoas internacionais foram criadas pelos Estados (OI).
Capacidade jurídica: requisitos que tornam um ente, sujeito de DI.
 
Capacidade de agir: realização de atos válidos no plano jurídico internacional.
Observação:
Capacidade # Personalidade
Celso Mello pode determinado ente ter personalidade jurídica internacional, mas não ter capacidade, como a pessoa humana. O homem tem personalidade jurídica internacional - é sujeito de direito internacional - porém não tem capacidade no plano internacional, a não ser em casos excepcionalíssimos. 
Capacidade jurídica: requisitos que tornam um ente, sujeito de DI. Capacidade de agir: realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Embora haja entendimentos em sentido contrário (Sereni, Piero), para Celso Mello pode determinado ente ter personalidade jurídica internacional, mas não ter capacidade, como a pessoa humana.
O homem tem personalidade jurídica internacional - é sujeito de direito internacional - porém não tem capacidade no plano internacional, a não ser em casos excepcionalíssimos. Nas hipóteses de incapacidade, o DI já reconhece o instituto da representação, que seria “a manifestação de vontade de um sujeito internacional produz efeitos que são imputados a outros sujeitos de DI” (Aguilar Navarro, Balladore Pallieri) e cujos elementos, segundo Sereni, seriam: a) o representante, o representado e os terceiros devem ser sujeitos de DI; b) ela deve ser exercida no campo de DIP, c) o representante tem o poder de agir para o representado, e isto em nome e por conta deste.
Personalidade jurídica internacional
Conceito: Característica jurídica fundamental dos sujeitos de Direito Internacional Público, qualidade que confere aos Estados e às organizações internacionais 
capacidade para celebrar tratados; 
capacidade para usufruir de privilégios e imunidades; 
capacidade para patrocinar reclamações internacionais.
Classificada em:
original (ou originária), no caso dos Estados - decorre do próprio surgimento do Estado
derivada (ou não-originária), quando falamos das organizações internacionais - emana das organizações internacionais, as quais não se confundem com os Estados-membros (Estados que se associam para instituir as organizações internacionais).
De acordo com Jorge Bacelar GOUVEIA, a personalidade jurídica internacional deve ser interpretada como um dos três elementos da subjetividade internacional:
Personalidade jurídica internacional: “A personalidade jurídica internacional é a susceptibilidade para ser destinatário de normas e princípios de Direito Internacional, dos quais diretamente decorre a oportunidade para a titularidade de direitos (situações jurídicas ativas) ou para se ficar adstrito a deveres (situações jurídicas passivas).”
Capacidade jurídica internacional: “A capacidade jurídica internacional afere-se pelo conjunto dos direitos e dos deveres que podem estar inscritos na esfera jurídico-internacional da entidade em causa, também se diferenciando entre uma dimensão de titularidade e uma dimensão de exercício dos mesmos.”
Pessoa jurídica internacional: “A pessoa jurídica internacional significa que, numa entidade singular (ESTADO) ou coletiva (Org. Int.), se junta a susceptibilidade para ser titular de direitos e destinatário de deveres (...).”
1.3.3.2 Classificação das pessoas internacionais
1.3.2.3. As pessoas na contemporaneidade
As PI seriam classificadas, segundo Celso Mello (Rousseau) (Critério – referência de Estado – Celso de Mello):
 
Coletividades estatais - Estado
b) Coletividades interestatais – Organizações Internacionais - “Organizações Internacionais são aqueles entes formados por um acordo concluído entre estados e que são dotados de personalidade própria para realizar atividades que são definidas pelos próprios estados que as conceberam. Na qualidade de sujeito derivado, a organização internacional só existe por força de um tratado internacional”. (Guerra)
c) Coletividades não estatais:
– Palestina - A resolução 67/19 de 4 de dezembro de 2012 da Organização das Nações Unidas (ONU) a reconheceu como estado observador não membro da ONU - destinatária de direitos e deveres no plano internacional. Organização para a Libertação da Palestina (OLP), 
Santa Sé (Tratado de Latrão - 1929) - A Santa Sé integra mais de 30 organizações internacionais e mantém relações diplomáticas com mais de 150 Estados. O embaixador da Santa Sé nos Estados estrangeiros recebe o título de “núncio” (do latim nuntiu), palavra que significa “Embaixador do Papa.” A Nunciatura Apostólica (nuntiatus apostolicu) é a residência do núncio; ou seja, a residência do Embaixador do Papa.
- ONGs (Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc) – status consultivo.
d) Indivíduo
 Critério – referência de Estado – Celso de Mello
	Celso Mello:
“A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional atribui direitos e deveres é transformada em pessoa internacional, isto é, ‘sujeito de Direito Internacional” “cuja conduta está prevista direta e efetivamente pelo direito das gentes como conteúdode um direito ou de uma obrigação”.
Critério: ser destinatário das normas do Direito Internacional;
Observação: debate - fato de algumas pessoas não terem capacidade de agir no plano internacional.
ESTADOS:
Estado (perspectiva interna).
Conceito: realidade política construída por força da combinação dos elementos (a) população, (b) território e (c) governo soberano.
Estado (perspectiva externa).
Conceito: sujeito central do Direito Internacional Público, entidade possuidora de personalidade jurídica internacional.
Século XX: outros atores:
Organizações internacionais (intergovernamentais e não governamentais), 
Corporações transnacionais 
Blocos regionais
Pessoa humana
Guerra – Dificuldade de estabelecer critérios ou correntes para classificar em virtude da unidade e multilateralidade de pessoas internacionais.
2. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS.
As organizações internacionais são, para todos os efeitos, sujeitos de Direito Internacional Público. Entretanto, ao contrário dos Estados, as organizações internacionais representam um fenômeno recente do Direito Internacional Público, na medida em que surgiram no final do séc. 19 (considerada a primeira organização internacional, a Universal Postal Union – UPU, ou “União Postal Universal”, estabelecida em 1874, é atualmente integrada por 191 Estados-membros). Entretanto, a doutrina indica 1919 como marco inicial da participação das organizações internacionais na comunidade internacional, ano de fundação da Sociedade das Nações – SDN (também conhecida como “Liga das Nações”), a qual seria extinta de fato em 1939 e extinta de direito em 1946.
Conceito: organizações possuidoras de personalidade jurídica de Direito Internacional Público, formadas pela associação de Estados.
“Pessoas jurídicas de Direito Internacional público são os estados soberanos (aos quais se equiparam por razões singulares a Santa Sé ) e as organizações internacionais”.
Conceito de Ian BROWNLIE: “Associação permanente de Estados, que prossegue fins lícitos, dotada de órgãos próprios.” 
OBSERVAÇÃO: - O que é uma organização internacional? É uma associação formal de Estados. “é permanente, formal (a natureza jurídica é CONSTITUTIVA (documento que dá origem à Organização Internacional), um ex. no Mercosul temos o Tratado, Carta da ONU deu origem à ONU, Constituição é o nome do documento que deu origem à OIT);
- Existem tribunais internacionais que também se constituem em Org. Int. autônoma;
- Alguns órgãos não são Org. Int., mas sim órgãos próprios. 
UPU - União Postal Universal - 1874 – 191 Estados Membros. Uma agência especializada da Organização das Nações Unidas que coordena políticas e serviços postais entre as nações e o sistema postal internacional. Foi estabelecida pelo Tratado de Berna de 1874. A sede da UPU está localizada na capital suíça, Berna. Atualmente, cerca de 190 países e regiões autônomas. Entre as agências internacionais, é a segunda mais antiga (depois da União Internacional de Telecomunicações) e tem como missão a coordenação entre os serviços postais dos diferentes países membros, sem interferir nas políticas próprias dentro dos estados. Assim, cada administração postal é livre de definir como distribuir as correspondências, que serviços efetuar, qual o pessoal necessário para o seu funcionamento, qual o seu plano de edição de selos.
OIT – Organização Internacional do Trabalho – surgiu em 1919 e a doutrina considera como a primeira. A OIT restringiu com sucesso o uso de chumbo em pigmentos, e convenceu vários países a adotarem uma jornada de oito horas de trabalho por dia, e quarenta e oito horas de trabalho semanal. Também trabalhou na erradicação do trabalho infantil, no aumento dos direitos da mulher no local de trabalho, e na responsabilização dos proprietários de embarcações pelos acidentes envolvendo marinheiros. A organização continuou a existir depois do fim da Liga, e tornou-se uma agência das Nações Unidas em 1946. 
Sociedade das Nações Unidas ou Liga das Nações – “Tratado de Versalhes” – documento constitutivo da organização. Criada em Versailhes (Paris), onde as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial se reuniram para negociar um acordo de paz. Sua última reunião ocorreu em abril de 1946. Não obteve sucesso em manter a paz e foi dissolvida em 1942. Sua criação foi baseada na proposta de paz conhecida como Quatorze Pontos, feita pelo presidente estadunidense Woodrow Wilson, em mensagem enviada ao Congresso dos Estados Unidos em 8 de janeiro de 1918. Os Quatorze Pontos propunham as bases para a paz e a reorganização das relações internacionais ao fim da Primeira Guerra Mundial, e o pacto para a criação da Sociedade das Nações constituíram os 30 primeiros artigos do Tratado de Versalhes. Os países integrantes originais eram 32 membros do anexo ao Pacto e 13 dos estados convidados para participar, ficando aberto o futuro ingresso aos outros países do mundo. As exceções foram Alemanha, Turquia e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Estava permitindo, desse modo, o Reino Unido, bem como o seu ingresso e o de seus domínios e colônias, como o exemplo dos Domínios Britânicos (Índia, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia).
ONU – Organização das Nações Unidas – “Carta da ONU” – documento constitutivo da organização. Criada em 1946
OEA – Organização dos Estados Americanos.
BLOCOS REGIONAIS
Novos sujeitos de Direito Internacional, ao lado dos Estados e dos Organismos Internacionais, são sujeitos de direitos e deveres na Ordem Internacional. Apresentam uma nova face do Direito Internacional, que é o Direito de Integração. Estados Nacionais soberanos com territórios vizinhos, unem-se para estreitar suas relações internacionais e buscar a melhor resolução de questão de interesse comum relativo à sua economia e ao bem-estar dos seus povos. 
Tem como precursor a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – CECA, constituída pela Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo, com o objetivo de alcançar maior espaço econômico, para fortalecer o comércio, que na época era de propriedade dos Estados Unidos da América e a extinta União Soviética.
Esses Estados, através da celebração de tratados internacionais, tem o objetivo de abolir as barreiras e consagrar a livre circulação de bens, pessoas, mercadorias e capitais. 
A integração possui 5 fases:
Zona de Livre Comércio (redução dos encargos aduaneiros, equalizando-os). 
União Aduaneira (estabelecimento de taxa externa comum — TEC, para o comércio com países fora do bloco).
Mercado Comum (consagra cinco liberdades no bloco: liberdade de circulação de pessoas, liberdade de circulação de bens, liberdade de prestação de serviços, liberdade de capitais e liberdade de concorrência — nesta fase, já há uma nítida evolução da simples união econômica para uma união econômica, política, jurídica e social entre os países). Também agrega-se ao mercado comum toda coordenação dos setores da economia, uma moeda comum, um planejamento econômico comum, um banco central coordenador das demais instituições — enfim, um aperfeiçoamento do Mercado Comum.
União Econômica e Monetária.
União Política.
Hoje, visualizamos que o Direito de Integração transformou-se no Direito Comunitário (mas nem todos os doutrinadores concordam com essa visão).
* Mercosul – constituído em 26.03.1991, através do Tratado de Assunção, sendo constituído dos países Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 2012, a Venezuela adquiriu a condição de Estado-parte, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do Bloco. Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em processo de adesão. Os demais Estados Associados são Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname.
* Nafta – Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, fazem parte os seguintes países: Estados Unidos,México e Canadá. Tem início em 1994.
* União Europeia – sua origem se remonta à Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Tratado CECA) e Comunidade Econômica Europeia (CEE). Estes grupos se uniram com a Benelux, um pequeno bloco econômico formado por Holanda, Bélgica e Luxemburgo, originando o Mercado Comum Europeu (MCE), com a assinatura do Tratado de Roma em 1957. A CEE foi uma organização internacional criada por um dos dois Tratados de Roma de 1957 (em vigor desde 1958), com a finalidade de estabelecer um mercado comum europeu. Os Estados signatários foram França, Itália, Alemanha Ocidental (na altura, apenas a República Federal Alemã, e não a República Democrática Alemã) e os três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). O tratado estabelecia um mercado e impostos alfandegários externos comuns, uma política conjunta para a agricultura, políticas comuns para o movimento de mão de obra e para os transportes, e fundava instituições comuns para o desenvolvimento económico. Estas instituições fundiram-se em 1965 com as da CECA e as da EURATOM (objetivo em alcançar a independência energética através do uso da energia nuclear,  organização com estatuto legal próprio, à parte da União Europeia mas governada pelos seus Estados-membros. Foi criada a 25 de Março de 1957, juntamente com a Comunidade Económica Europeia, pelo Tratado de Roma. Em 1967 foi enquadrada nas instituições executivas da Comunidade Económica Europeia, mas mantém até hoje uma natureza legal distinta da própria União Europeia), graças ao Tratado de fusão (ou Tratado de Bruxelas).
À CEE aderiram posteriormente o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca (1973), Grécia (1981), e, em 1986, Portugal e Espanha. A CEE foi a mais famosa das três Comunidades Europeias, e depois do Tratado de Maastricht (1992) (ou TUE) mudou o nome para Comunidade Europeia (CE). Também no Tratado de Maastricht se criou oficialmente a União Europeia. Após a criação da União Europeia, a CE (antiga CEE) passou a formar parte do primeiro dos Três Pilares da União Europeia.
Elementos constitutivos: 	
Elemento material (agrupamento de Estados); 
Elemento formal (personalidade jurídica internacional).
Características, estrutura organizacional e processo decisório no âmbito das organizações internacionais.
Características:
(1) competência para celebrar tratados;
(2) personalidade jurídica autônoma e derivada;
(3) multiplicidade de membros;
(4)  duração permanente;
(5)  estatuto próprio;
(6)  sede própria (acordo-sede, tratado bilateral: “país de acolhimento”).
III) Santa Sé - Estado da Cidade do Vaticano
Sediada em Roma, a Santa Sé (nome oficial: Estado da Cidade do Vaticano) é a cúpula de governo da Igreja Católica; a Santa Sé possui personalidade jurídica de Direito Internacional Público (por força de razões históricas). A Santa Sé integra mais de 30 organizações internacionais e mantém relações diplomáticas com mais de 150 Estados. O embaixador da Santa Sé nos Estados estrangeiros recebe o título de “núncio” (do latim nuntiu), palavra que significa “Embaixador do Papa.” A Nunciatura Apostólica (nuntiatus apostolicu) é a residência do núncio; ou seja, a residência do Embaixador do Papa.
O Estado da Cidade do Vaticano teve sua condição de Estado reconhecida pelo tratado de Latrão de 1929. O Tratado (ou Concordata) de Latrão, foi concluído em 11 de fevereiro de 1.929, entre a Santa Sé e a Itália, que reconheceu a personalidade internacional da Santa Sé, e a plena propriedade e a jurisdição soberana sobre o Vaticano. Também, neste Tratado, se deu a neutralidade permanente ao Vaticano.
Observa-se, portanto, que a Santa Sé é a entidade que comanda a Igreja Católica Romana e é chefiada pelo Papa, sendo composta pela Cúria Romana, que é um conjunto de órgãos que assessora o Sumo Pontífice em sua missão de dirigir o conjunto de fiéis católicos na busca de seus fins espirituais.
O poder da Santa Sé não é limitado por nenhum outro Estado e é sediada no Estado da Cidade do Vaticano. O sujeito de direito internacional é a Santa Sé. As relações e acordos diplomáticos (Concordatas) com outros estados soberanos portanto, são com ela estabelecidos e não com o Vaticano, que é um território sobre o qual a Santa Sé tem soberania. 
Na atualidade, o Santo Padre goza de status e prerrogativas de Chefe de Estado e continua a ter certa ascendência na sociedade internacional, como provam suas reiteradas manifestações em assuntos de interesse internacional. Além disso, a Santa Sé pode celebrar tratados, participar de organizações internacionais e exercer o direito de legação (direito de enviar e receber agentes diplomáticos), abrindo missões diplomáticas (chamadas de “nunciaturas apostólicas”) chefiadas por “Núncios Apostólicos” e compostas por funcionários de nível diplomático, beneficiários de
Privilégios e imunidades diplomáticas.
O Vaticano, a Cidade Estado, tem personalidade jurídica de Direito Internacional por ser um ente estatal. Conta com um território pequeníssimo de 0,44 km2, com nacionais e com um governo soberano cuja autoridade é o Papa.
Obs.: O primeiro representante do Brasil em Roma chegou em 1826. A Embaixada do Brasil em Roma está entre as representações mais antigas do Brasil no mundo. O Brasil é o maior país católico.
Em 2008, foi assinado Acordo sobre o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, que consolida regras para a atuação da Igreja no país. O objetivo principal do Acordo é conferir às relações do Brasil com a Santa Sé segurança jurídica reforçada, sempre de acordo com o princípio de laicidade do Estado. O acordo está em vigor desde 2010.
O Brasil já recebeu cinco visitas papais: três de João Paulo II (1980, 1991 e 1997), uma de Bento XVI (2007) e, em julho de 2013, a primeira viagem fora da Itália do Papa Francisco, por ocasião da XXX Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro.
Teoria Geral do Estado o fato de não ter a figura do povo não pode ser superado, de forma que a Santa Sé é considerada como ator. Concordata é o nome do Tratado de ordem religiosa.
A Ordem de Malta
Foi reconhecida como sujeito de direito internacional público em meados do século XVI. Congresso de Viena de 1814 reconheceu Malta como território britânico. Era chamada Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta. Foi fundada durante as Cruzadas à Terra Santa como uma associação militar e médica. Atualmente é uma organização internacional humanitária, de origem cristã, tem status extraterritorial (como as representações diplomáticas). Sua base está em Roma desde 1834.
Micro-Estados
Os micro-Estados possuem personalidade jurídica de Direito Internacional Público. Entretanto, parcela das competências dos micro-Estados é transferida a outros Estados soberanos (via de regra um Estado vizinho), tais como a emissão de moeda e a segurança de fronteiras. Alguns exemplos: (1) Mônaco, (2) Liechtenstein, (3) São Marinho e (4) Andorra. Agora pensem em Andorra: 468 km2. E também em Liechtenstein: 160km2, pequeno Estado que fica entre a Áustria e a Suíça. Não acabamos de falar dos pequenos Estados: há a República de San Marino, com 61 km2, Mônaco, 2 km2. Então todos esses Estados são soberanos? Aliás, são eles Estados mesmo? São sim, pois eles têm território, povo, e um governo soberano, que não se submete formalmente a nenhum outro. São Estados soberanos, portanto. Eles têm pessoa jurídica de direito internacional e têm assento nas Nações Unidas.
Eles muitas vezes não conseguem exercer o conjunto de suas competências, porque são pequenos territorialmente, e dimensão humana reduzida; mas em razão dessa exigüidade como, por exemplo, ter sua própria moeda e sua própria defesa nacional. Mônaco, por exemplo, antes do Euro, usava o Franco Francês. San Marino usava o a Lira Samarinesa, produzida pela Casa da Moeda Italiana. E, em geral, a defesa nacional desses pequenos Estados é assegurada pelos Estados com quem eles têm relações mais próximas. Eles são hipossuficientes, e não conseguem exercer com autonomiao conjunto de suas competências. 
O que acontece quando eles se encontram num fórum internacional, já que por muito tempo não tinham cadeira nas Nações Unidas? Como Mônaco tende a votar? De acordo com o interesse do Estado que lhe protege. Isso gera um cenário em que, praticamente, os votos do Estado protetor têm peso 2. É uma crítica que se faz: os micro-Estados têm soberania formal, mas não conseguem exercer o conjunto de suas competências, e, por essa razão, se tornam dependentes de Estados com os quais tendem a prestar deveres de lealdade.
Empresas transnacionais ou multinacionais
As empresas transnacionais (ou empresas multinacionais) são empresas comerciais (possuem finalidade lucrativa) que exercem suas atividades não apenas nos Estados de origem, mas igualmente em territórios estrangeiros. Empresas como a Kodak, Pfizer, Shell, Toshiba, e Adidas, são empresas transnacionais. Assim como as ONG’s, as empresas transnacionais não possuem personalidade jurídica de Direito Internacional Público.
Indivíduo
O indivíduo não possui personalidade jurídica de Direito Internacional Público. Por outro lado, pode-se afirmar que o indivíduo é destinatário de normas de Direito Internacional Público. Todavia, conforme assinala Fernando Gamboa SERAZZI, “já se reconhece ao indivíduo a titularidade de certos direitos e obrigações internacionais e, excepcionalmente e com bastante limitação, capacidade para fazer valer tais direitos” perante algumas organizações internacionais. Nas palavras de Carolina Ghinato Daoud, “a classificação da doutrina quanto ao tema, no século XX não é uniforme; entretanto, é possível dividi-la em dois grandes grupos: os que negam e os que afirma ser o homem sujeito de Direito Internacional.”
Beligerantes (Cria Novo Estado ou modifica a forma de Governo) (guerra civil, rebelião armada ou luta anticolonialista pela independência)
São movimentos armados da população, politicamente organizados, que utilizem a luta armada (a ponto de constituir guerra civil) para fins políticos. Quando tais grupos mostram ter força suficiente para possuir e exercer poderes similares ao do Estado contra o qual se rebelam, inclusive controlando partes do território do Estado, a sociedade internacional pode reconhecer sua condição de beligerantes, atribuindo-lhes status de Estado, inclusive para submetê-los aos tratados sobre guerra.
O reconhecimento como beligerante é aplicado às revoluções de grande envergadura, em que os revoltosos formam tropas regulares e que têm sob o seu controle uma parte do território estatal, como nas guerras civis, fundamentando o instituto no princípio da autodeterminação dos povos e nos valores humanitários que perpassam as relações internacionais. Exemplo histórico de beligerantes foram os Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861-1865).
O reconhecimento de beligerância é normalmente feito por uma declaração de neutralidade e é ato discricionário. Com as sensibilidades existentes nas relações internacionais, é normal que o primeiro Estado a fazê-lo seja aquele onde atue o beligerante. A prática do ato, porém, não obriga outros entes estatais a fazer o mesmo.
As principais consequências do reconhecimento de beligerância incluem a obrigação dos
Beligerantes de observar as normas aplicáveis aos conflitos armados e a possibilidade de que firmem tratados com Estados neutros. O ente estatal onde atue o beligerante fica isento de eventual responsabilização internacional pelos atos deste, e terceiros Estados ficam obrigados a observar os deveres inerentes à neutralidade. Nas guerras, se sujeitam às leis, inclusive, as aplicadas aos prisioneiros. Os atos praticados pelos beligerantes em atividade não se imputam ao Estado. Os beligerantes que possuem navios não são considerados navios piratas, em razão de inexistir a finalidade lucrativa.
Ex.: FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) – reconhecida por Chávez como Beligerantes em projeto de lei e Exército de Libertação Nacional. Confere tratamento político nas futuras negociações de paz. Deixou de existir em 2017, após entrega das suas armas às forças de paz da ONU. Ex-presidente Juan Manuel Santos, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, foi quem conseguiu a paz entre as FARC e o governo da Colômbia. Acordo de Paz assinado em novembro de 2016 em Cuba. O conflito HYPERLINK "https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/guerras/" armado envolveu guerrilheiros, paramilitares e agentes do Estado, deixando pelo menos 260.000 mortos, 60.000 desaparecidos e 7,1 milhões de deslocados.
Foi uma organização paramilitar de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que operava mediante táticas de guerrilha. Lutaram pela implantação do socialismo na Colômbia e defendiam o direito dos presos colombianos. Existia uma intensa cooperação entre a ELN (Exército de Libertação Nacional da Colômbia e as FARC. Argumentando que elas estariam assim obrigadas a renunciarem a sequestro e atos de terror a fim de respeitarem as Convenções de Genebra. Cuba e Venezuela adotam o termo "insurgentes" para as FARC. Agora são Força Alternativa Revolucionária do Comum, a fim de conseguir poder de forma legal na Colômbia. Em 26 de fevereiro de 1991, um grupo de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se autodenominava "Comando Simón Bolívar", adentrou em território brasileiro, próximo à fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do Exército Brasileiro, que estava em instalações semipermanentes e possuía efetivo muito inferior a coluna guerrilheira que o atacara. Operações de inteligência afirmam que o ataque foi motivado pela repressão exercida pelo destacamento de fronteira ao garimpo ilegal na região, uma das fontes de financiamento das FARC. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e nove ficaram feridos. Várias armas, munições e equipamentos foram roubados. 
Podemos exemplificar os grupos separatistas europeus terroristas que reivindicam o domínio de diferentes territórios como ETA do povo basco no norte da Espanha, este grupo defende a criação de um Estado Basco independente (Euzkadi, Azkatasuna), protesta contra a ditadura franquista do general Francisco Franco, da Espanha, que proibia qualquer tipo de demonstração nacionalista basco. Após a morte do ditador teve mais força o ETA.
O grupo separatista IRA um exército republicano Irlandês, mais conhecido como IRA (do Inglês, Irish Republican Army) é um grupo paramilitar católico que intenciona que a Irlanda do Norte separe-se do Reino Unido e seja reanexada à República da Irlanda.
Alguns grupos separatistas vangloriaram sua separação onde foram bem sucedidas, podemos exemplificar; as repúblicas bálticas da Ex-União Soviética (Estônia, Letônia e Lituânia) em 1991 por referendo.
Os grupos separatistas mais recentes e bem polêmicos ultimamente é da Ucrânia. A Ucrânia é um país localizado com grande divisão ética e cultural, localizado na Europa Ocidental. Era constituída por 24 províncias e a Crimeia, recentemente anexada à Rússia; além de duas cidades com estatuto especial: Kiev, a capital, e Sevastopol. Possui alto poder bélico, tendo uma força significativa do exército da Europa. O conflito entre a Ucrânia e a Rússia, além das devidas considerações acima, é preciso ressaltar que é um país fragmentado tanto do ponto de vista étnico e cultural.
Os Insurgentes (manifestação assume proporções de guerra civil)
Os insurgentes são grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem a proporção da beligerância, como no caso de ações localizadas e de revoltas de guarnições militares, e cujo status de insurgência é reconhecido por outros Estados. A maioria desses grupos que surgem visam a tomada do poder, mas não chegam a constituir uma guerra civil.
Os direitos e deverem dos insurgentes dependem do que lhes é atribuído pelos Estados que os reconhecem. O reconhecimentode insurgência é ato discricionário, dentro do qual são estabelecidos seus efeitos, que normalmente não estão pré-definidos no Direito Internacional e que, portanto, dependem do ente estatal que a reconhece. Em regra, o reconhecimento do caráter de insurgente exime o Estado onde ocorre o movimento de responder internacionalmente pelos atos dos revoltosos e impõe, a todos os lados envolvidos em uma revolta, a obrigação de respeitar as normas internacionais de caráter humanitário. Há uma clara semelhança entre a beligerância e a insurgência.
Entretanto, aquela, a beligerância reveste-se de maior amplitude do que esta, a insurgência. Em suma, segundo Alfred Verdross, os insurgentes são “beligerantes com direitos limitados.
EX.: Movimento Sandinista da Nicarágua, reconhecido pelo Pacto Andino de 1979.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Surge a partir dos escritos de Henri Dunant – “Lembranças Solferino”, que relatou as atrocidades praticadas na Batalha de Solferino, que foi a batalha de Unificação da Itália, onde enfrentaram-se tropas austríacas e franco-sardenhas, com 300 mil homens e 40 mil baixas. Após publicar o livro em 1862, juntam-se outras ésspas Gustavo Moynier, Guillaume-Henri Dufour, Theodore Maunoir e Louis Appia para fundar o Comitê Internacional de Socorro aos Militares Feridos.
Em 1863, foram adotadas 10 Resoluições que forma a base do Movimento Humanitário. Em 1876, adota o nome de Comitê Internacional da Cruz Vermelha – CICV.
Organização imparcial, neutra e independente, que tem como missão precípua proteger a vida das pessoas, bem como levar assistência a todos aqueles que são vítimas de guerra e de violência no âmbito interno dos Estados.
É o grande difusor das normas internacionais humanitário, bem como pela sua observação nos casos de conflitos armados. 
Princípios: da Humanidade, da Imparcialidade, da Neutralidade, da Independência da Unidade, da Benevolência, da Universalidade (todas as sociedades têm direitos iguais e o dever de se ajudar mutuamente).
Neutra com relação aos Estados Beligerantes.
Ato Constitutivo – Convenção sobre Proteção de Prisioneiros de Guerra, realizada em Genebra em 12 de agosto de 1949 – lhe confia atos que estariam a cargo dos Estados.
2005 – Protocolo III – novo símbolo Cristal Vermelho.

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