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O CASO VLADIMIR HERZOG

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O CASO VLADIMIR HERZOG  
“ Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados.
Componentes: César Cortese, Fabiana Boldt e Isidro Silveira
1. Quem foi Vladimir Herzog 
nasceu Vlado Herzog em 27 de junho de 1937, em Osijek, na Iugoslávia. Hoje, essa cidade pertence à Croácia.
Os pais, Zora e Zigmund Herzog, eram judeus e precisaram fugir para a Itália em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Quando Vladimir tinha nove anos, a família foi encaminhada para um campo de refugiados de guerra. Na ocasião, escolheram morar no Brasil.
Os avós maternos de Herzog foram executados no campo de concentração de Auschwitz e os avós paternos, morreram em um campo de extermínio na Iugoslávia.
A família seguiu para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro e fixando moradia em São Paulo.
Em 1950, Herzog iniciou o curso de Filosofia na Universidade de São Paulo. Após um curso na Argentina, realizado em 1965, começou a atuar no cinema. Entre os filmes que trabalhou está "Maribás", lançado em 1963.
Trabalhou ainda em "Subterrâneos do Futebol", em 1965, e participou da produção de "Doramundo", que só foi concluído após sua morte.
Foi estagiário no jornal “O Estado de S. Paulo” em 1958. Na época, Herzog também trabalhava em uma agência bancária em meio período.
 
Em 1964, casou-se com a estudante de ciências sociais Clarice Chaves. Por conta do Golpe Militar de 1964, o casal partiu para o exílio, em Londres, no ano seguinte. Ainda em 1965, Vladimir Herzog inicia os trabalhos nas transmissões da BBC para ao Brasil.
Ainda em Londres, assistiu ao nascimento dos dois filhos, Ivo e André. Na Inglaterra, o jornalista iniciou mais um curso de cinema e a mulher voltaria ao Brasil em 1968 com os filhos. O retorno de Vladimir foi retardado em duas semanas por conta das notícias do início do Ato Institucional nº5 - AI-5 e seus efeitos.
A partir de 1970, vai trabalhar na revista Visão. Acumulou o trabalho com a direção de jornalismo da TV Cultura após ter o nome aprovado pelo SNI (Serviço Nacional de Informação).
2. LINHA DO TEMPO
24 de outubro de 1975
Vladimir Herzog é citado a comparecer ao DOI-CODI em São Paulo para ser interrogado sobre seus vínculos com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
25 de outubro de 1975
Após se apresentar ao DOI-CODI, Herzog é detido sem ordem judicial. Membros do exército o torturam e matam, porém, a versão oficial do exército diz que a causa da morte foi suicídio.
31 de outubro de 1975
Devido à pressão do público no Brasil, o Comando do Segundo Exército emite ordens para que sejam determinadas as circunstancias do suicídio de Vladimir Herzog. No dia seguinte, é aberto um Inquérito Policial Militar.
8 de março de 1976
O sistema de justiça militar arquiva a investigação da morte de Herzog, declarando que nenhum delito havia ocorrido por parte do DOI-CODI. A investigação é arquivada apesar do fato de que o médico que supostamente havia realizado a autópsia de Herzog testemunhou nunca ter visto o corpo do jornalista.
19 de abril de 1976
Clarice Herzog, esposa de Herzog, e seus dois filhos apresentam uma Ação Declaratória perante a Justiça Federal de São Paulo, requerendo que a corte declare a responsabilidade do Estado brasileiro pela prisão arbitrária, tortura e morte de Herzog. A família de Herzog declara que o Estado havia sido responsável pela segurança física do jornalista por sua presença no DOI-CODI e que a versão oficial de sua morte foi falsa na descrição dos eventos que haviam ocorrido no dia da morte de Herzog.
2 de julho de 1976
O Estado apresenta sua defesa às alegações e pede que a ação declaratória seja inadmitida.
27 de outubro de 1978
O juiz federal emite sentença sobre o caso Herzog declarando que o jornalista foi detido e morto devido a graves torturas.
28 de agosto de 1979
A Lei Nº 6.683, conhecida como “Lei de Anistia”, é aprovada, outorgando anistia aos crimes políticos e aos crimes com eles conexos, praticados entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. A interpretação que se consolidou nacionalmente foi de que os crimes praticados por agentes do Estado do regime seriam conexos aos crimes políticos e portanto amparados pela Lei de Anistia.
27 de abril de 1992
Diante de novas informações publicadas na revista “Isto é, Senhor”, o Ministério Público do Estado de São Paulo requisita a abertura de inquérito policial para apurar as circunstâncias do Homicídio de Herzog.
13 de outubro de 1994
O Tribunal de Justiça de São Paulo determina o trancamento do inquérito policial, por considerar que os crimes descritos teriam sido objeto de anistia.
5 de março de 2008
Com base em fatos novos, procuradores do Ministério Público Federal encaminharam uma representação à divisão criminal da Procuradoria da República, para que fosse instaurada uma persecução penal em face dos responsáveis pelo crime de homicídio e tortura contra Vladimir Herzog.
9 de janeiro de 2009
O pedido de arquivamento é acolhido pela Juíza Federal competente, que defende ainda que os crimes praticados pelos agentes da ditadura militar estariam prescritos.
10 de julho de 2009
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) recebe do CEJIL a petição sobre o caso Vladimir Herzog.
19 de novembro de 2014
O representante do Ministério Público Federal com prerrogativa criminal proferiu seu parecer pelo arquivamento da investigação, argumentando que o trancamento do inquérito policial anterior havia feito coisa julgada material, e não poderia ser novamente processado.
28 de outubro de 2015
A CIDH publica seu Relatório de Mérito nº 71/2015 sobre o caso, no qual conclui que o Estado brasileiro é responsável pelas violações aos direitos à vida, à liberdade e à integridade pessoal de Herzog, e também pela privação de seus direitos à liberdade de expressão e de associação por razões políticas. A Comissão recomenda ao Estado brasileiro que investigue a detenção, tortura e morte de Herzog para identificar os responsáveis.
22 de abril de 2016
A CIDH apresenta o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, devido ao descumprimento do Estado das recomendações feitas pela Comissão.
16 de agosto de 2016
É submetido à Corte Interamericana o Escrito de Petições, Argumentos e Provas dos representantes da vítima e seus familiares.
14 de novembro de 2016
O Estado brasileiro apresenta sua Contestação.
24 de maio de 2017
Realização da Audiência Pública na sede da Corte Interamericana em San José, Costa Rica, com a presença dos representantes da vítima, e do Estado, contando com o depoimento de familiares e peritos.
4 de julho de 2017
Corte interamericana de Direitos Humanos condena Brasil por assassinato de Vladimir Herzog.
3. OAB e Instituto Vladimir Herzog vão denunciar Bolsonaro na ONU por apoio à ditadura
3.1 Retrocessos
	A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladimir Herzog (IVH) anunciaram que vão denunciar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Organização das Nações Unidas (ONU) por apologia à tortura e por seu apoio à ditadura. 
	A denúncia aumenta as tensões no governo brasileiro, que deverá discursar na ONU no dia 24 de setembro. Bolsonaro já havia expressado preocupação quanto às possíveis reações a sua fala no organismo.
	Segundo informações do colunista Lauro Jardim, o mandatário teme que chefes de Estado, sobretudo europeus, se retirem do plenário durante sua fala ou enviem representantes de terceiro escalão.
REFERÊNCIAS 
https://www.todamateria.com.br/vladimir-herzog/ - Acesso em: 07 de setembro de 2019.
https://vladimirherzog.org/casoherzog/ - Acesso em: 07 de setembro
EL PAÍS: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/04/politica/1530734238_207748.html - Acesso em: 07 de setembro de 2019.
https://www.brasildefato.com.br/2019/09/05/oab-e-instituto-vladimir-herzog-vao-denunciar-bolsonaro-na-onu-por-apoio-a-ditadura/ - Acesso em: 07 de setembro de 2019.

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