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CASO 16 Pratica Simulada Civil 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DO FORO DA COMARCA DE FORTALEZA – ESTADO DE ... 
Processo autuado sob o n° ... 
CIRO SANTOS, nacionalidade ..., estado civil ..., servidor público, RG nº ..., CPF nº ..., com o endereço eletrônico ..., reside e domiciliado na Avenida Beira Mar, 1.000, apartamento 1.301, na cidade de Fortaleza, por seu advogado cuja procuração segue em anexo, nos autos do processo em epígrafe da AÇÃO DE ALIMENTOS que lhe move CAMILA SILVA, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
DA EXORDIAL 
A Autora propôs a presente demanda para se ressarcir de danos no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em face da parte ré, para que ganhe 50% (cinquenta por cento) de seu salário. A parte ré percebe por salário de R$ 8.000,00 (oito mil reais) por ser servidor público, sendo que não é suficiente a quantia paga pelo menor incapaz, a parte ré deposita um valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) de forma regular, para a criação do filho do casal separado. Foram juntados todos os documentos que compravam que a despesa com o filho não chega a R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Com o devido respeito, afigura-se impossível acolher as alegações feitas pelo autor, posto que improcedentes e equivocados. 
PRELIMINARMENTE 
ILEGITIMIDADE DA PARTE 
Ninguém pode pleitear em juízo em nome próprio, assim como a parte autora fez, não é parte legítima para tanto, como o alimento é para o menor incapaz, o mesmo deveria entrar coma a ação tratando sim nos artigos 17 e 18 do Novo Código de Processo Civil. 
Deve a parte autora ser intimida por esse Douto Juízo para que proceda à correção da irregularidade, sob pena de extinção do feito sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, VI do Novo Código Processo Civil. 
Conforme dispõe também o ilustre artigo 339 do Novo Código de Processo Civil, que provém ainda da parte autora, sobre sua ilegitimidade dentro da ação. 
Dando procedimento no artigo 1.696 do Código Civil, aduz que, é direito de pai e mãe cuidar do menor incapaz, não somente um dos mesmos citados. 
Cumprindo o ônus da impugnação especificada, os alimentos devem ser fixados em conformidade com o artigo 1.694, § 1º do Código Civil. 
DOS FATOS 
Os casais viveram em união estável durante 12 (doze) anos, tendo um filho chamado Caio, com 6 (seis) anos de idade. A parte autora reside na Rua Jequitibá, 1.890, apartamento 301, na cidade de Sobral e a parte ré, reside na Avenida Beira Mar, 1.000, apartamento 1.301, na cidade de Fortaleza. 
Em novembro do ano passado, a parte ré deixa o lar conjugal, mas não deixa o filho desamparado, deposita todo mês a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para sustento de Caio, em conta corrente da parte autora, que demonstram os comprovantes. 
A parte autora por não estar satisfeita, por perceber mensamente R$ 10.000,00 (dez mil reais) líquidos, propôs ação pelo rito especial contra a parte ré, na 1ª vara da família da Comarca de Fortaleza, em nome próprio, pleiteando a receber 50% (cinquenta por cento) de seu salário, por ser servidor público, a parte ré, percebe a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais), aquela quantia sendo paga pelo o mesmo não estava dando conta das despesas do filho do casal, sendo comprovado que não ultrapassava R$ 4.000,00 (quatro mil reais). 
DOS FUNDAMENTOS 
Estabelece nos artigos 17 e 18, caput do Novo Código de Processo Civil que:
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo o ordenamento jurídico. 
A parte autora, entro com a ação de alimentos em face da parte ré, grande equívoco em nome próprio, sem autorização do ordenamento jurídico, sem ter interesse e legitimidade, ou seja, por seu filho menor incapaz dentro do processo, o que expressa ainda o ilustre artigo 339 do Novo Código de Processo Civil. 
Art. 339. Quando alegar a sua ilegitimidade, incube ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
Tende em vista a proporcionalidade da necessidade de que pleiteia com a possibilidade de quem arca com o pressionamento. Os alimentos são recíprocos entre pais e filhos, ou seja, a parte autora também tem o dever de sustento do filho, e não apenas o réu, seguindo os artigos 1.694, § 1º e 1.696 ambos do mesmo Código Civil. 
Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
§ 1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
Art. 1696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. 
O processo deve ter extinguido sem resolução do mérito, por ausência de legitimidade da parte autora ou de interesse processual, que estabelece até ao presente o artigo 485, VI do Novo Código Processo Civil. 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual.
Entretanto, não restam dúvidas quanto à responsabilização decorrente de tal ato.
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer Vossa Excelência: 
Pede, inicialmente, o acolhimento da preliminar de legitimidade da parte, com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, VI do Novo Código Processo Civil. 
Diante do exposto, e a presente para requerer a improcedência total do feito, condenando o autor em honorários sucumbenciais, custas processuais e demais cominações de estilo. 
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pelo depoimento pessoal do Autor, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, perícia e outras que se fizerem necessários à instrução do presente feito.
Termos em que
Pede e espera deferimento. 
Local ..., data ... 
ADVOGADO... 
OAB/ ..., Nº ...

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