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Classes de palavras - Degrau

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1 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO: DEGRAU CULTURAL 
MATÉRIA: LÍNGUA PORTUGUESA 
MÓDULO: CLASSES GRAMATICAIS 
PROFESSORA: TATIANA RODRIGUES AGUIAR 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO 5 
 
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 6 
 
3. SUBSTANTIVO 7 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS .................................................................... 7 
3.2. PLURAL DOS DIMINUTIVOS ................................................. 16 
3.3. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS ......................................................... 16 
 
4. ADJETIVO 18 
4.1. PLURAL DOS ADJETIVOS .................................................... 18 
4.2. GRAU DOS ADJETIVOS ...................................................... 20 
4.2.1. GRAU COMPARATIVO ......................................................... 20 
4.2.2 GRAU SUPERLATIVO ......................................................... 20 
4.2.2.1 SUPERLATIVO ABSOLUTO ................................................... 21 
4.2.2.2.SUPERLATIVO RELATIVO .................................................... 21 
 
5. PRONOME 22 
5.1. EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS..................... ............................. 23 
5.2. EMPREGO DO PRONOME DEMONSTRATIVO 26 
5.3. EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS 28 
5.4. PRONOMES RELATIVOS 29 
5.5. ONDE X AONDE 29 
 
6. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 29 
6.1. FATORES DE PRÓCLISE 30 
6.2. MESÓCLISE 32 
6.3. ÊNCLISE 34 
6.4. COLOCAÇÃO PRONOMINAL EM LOCUÇÕES VERBAIS 35 
 
7. PREPOSIÇÃO 36 
 
8. INTERJEIÇÃO 39 
 
3 
 
9. ADVÉRBIO 40 
 
10. ARTIGO 42 
10.1. EMPREGO DOS ARTIGOS 43 
 
11. CONJUNÇÕES INTEGRANTES X PRONOMES RELATIVOS 45 
11.1. FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO 47 
11.2. CONJUNÇÃO INTEGRANTE 48 
 
12. VERBO 48 
12.1. ELEMENTOS MÓRFICOS DO VERBO 49 
12.2. MODOS VERBAIS 50 
12.3. TEMPOS VERBAIS 50 
12.4. FORMAÇÃO DOS TEMPOS SIMPLES DO VERBO 51 
12.4.1. PRESENTE DO INDICATIVO 51 
12.4.2. PRESENTE DO SUBJUNTIVO 53 
12.4.3. IMPERATIVO AFIRMATIVO 55 
12.4.4. IMPERATIVO NEGATIVO 56 
12.4.5. PRETÉRITO PERFEITO 56 
12.4.6. TEMPOS DERIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO 58 
12.4.6.1. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 59 
12.4.6.2. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 60 
12.4.7. FUTURO DO SUBJUNTIVO 62 
12.4.8. INFINITIVO IMPESSOAL 63 
12.4.9. INFINITIVO PESSOAL 63 
12.4.10. INFINITIVO PESSOAL X FUTURO DO SUBJUNTIVO 64 
12.4.11. FUTURO DO PRESENTE 65 
12.4.12. FUTURO DO PRETÉRITO 67 
12.4.13. PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO 68 
12.5. FORMAS NOMINAIS DO VERBO 70 
12.5.1. GERÚNDIO 70 
12.5.2. PARTICÍPIO 72 
12.6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS DO VERBO 74 
4 
 
12.7. VERBOS QUE COSTUMAM OFERECER DÚVIDAS 74 
12.8. VERBOS QUE SOFRERAM ALTERAÇÕES COM A NOVA REFORMA 78 
12.9. TEMPOS COMPOSTOS 80 
12.9.1. FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS 81 
12.10. LOCUÇÃO VERBAL X TEMPO VERBAL COMPOSTO 83 
 
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS 83 
 
14. RESUMO DE AULA 84 
 
15. QUESTÕES 85 
 
16. GABARITO COMENTADO 119 
 
NESTA AULA, VEREMOS O SEGUINTE TÓPICO DO SEU EDITAL: 
MORFOLOGIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
5 
 
Olá, candidato! 
Eu sou Tatiana Rodrigues, professora de Língua Portuguesa, 
especialista em preparação para concursos públicos. Ministro aulas 
preparatórias em diversos cursos no Rio de Janeiro e agora integro a 
equipe do Concurseiro 24h, a fim de oferecer a você, candidato, uma 
ferramenta essencial à sua aprovação: um bom material - completo e 
com gabaritos confiáveis. 
Sabemos que o conteúdo programático da minha matéria é sempre 
muito extenso, envolvendo, direta ou indiretamente, todo o conteúdo 
gramatical, sintático e semântico oferecido em gramáticas, que, nem 
sempre, oferecem uma linguagem de fácil entendimento, que o ajude 
a tornar seu estudo mais prático e objetivo. 
Tenho plena ideia de que sua finalidade, neste momento, é alcançar a 
classificação no concurso, e não se tornar mestre em Língua 
Portuguesa. Com isso, tenha certeza de que encontrará em meu 
material um conteúdo que será o mais prático e claro possível, 
elucidando os enunciados de prova, ensinando-o a gabaritar 
questões. 
Ofereço a você um material de Língua Portuguesa que tem como fim 
facilitar seu aprendizado, e não dificultar com teorias técnicas e 
prolixas. 
Saiba, desde já, que a Língua Portuguesa não é difícil. Apenas é 
repleta de detalhes que devem ser repetidos e revisados 
constantemente. Sem sua repetição e revisão, a tendência é haver o 
esquecimento de conteúdos essenciais à sua aprovação. Para que 
isso não ocorra, sugiro que estude sempre desta forma: avançando e 
revisando. Não se esqueça de que, na sua prova, você deve se 
lembrar do primeiro tópico que estudou com a mesma clareza do 
último – e que ambos contam a mesma quantidade de pontos. 
Boa sorte! 
Tatiana Rodrigues Aguiar 
 
 
 
 
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
6 
 
Olá! Nesta aula, estudaremos o conteúdo de morfologia. A banca 
ESAF aborda esse conteúdo não elaborando uma questão sobre o 
assunto, mas cobrando-o apenas em uma letra de determinada 
questão. Ou seja, o assunto é cobrado de maneira solta em várias 
questões diferentes, sobretudo sobre colocação pronominal. Por isso, 
as questões que encontrará no material será para que você consiga 
treinar os tópicos separadamente, antes de misturá-los. Deixaremos 
para fazer questões inteiras da banca na última aula, já que cada 
questão envolve, em cada alternativa, um tópico diferente da 
matéria. 
Vejo os alunos cometendo o erro de não estudar a parte morfológica, 
porque a julgam muito primária. No entanto, sem essa base, não há 
como se avançar em conteúdos ditos mais complexos. Também, 
como dito anteriormente, não gosto de avaliar os tópicos de prova 
como fáceis ou difíceis. Não se esqueça de que, na sua prova, todos 
os tópicos aparecerão e contarão a mesma quantidade de pontos. 
Logo, nenhum tópico pode ser ―pulado‖ ou desprezado. 
Treinem os conteúdos, todos, com afinco e foco. 
 
Bom estudo! 
 
Tatiana Rodrigues Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. SUBSTANTIVO 
7 
 
É a palavra que se usa para nomear coisas, pessoas, seres, lugares, 
ações, sentimentos, etc. 
 
 Ex.: cadeira, casa, Cláudio, parede, cachorro, peixe, interfone, 
Paris, amor, orgulho, etc. 
 
Também há de se reconhecer o substantivo por aparecer 
acompanhado de um determinante (artigo, pronome ou numeral): 
 
O acontecimento distraiu a todos. 
Essa verdade me incomoda. 
Duas situações aconteceram ontem. 
 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS 
 CONCRETO / ABSTRATO  Segundo Celso Cunha, os 
substantivos concretos designam os seres propriamente ditos, isto é, 
nomes de lugares, de pessoas, de instituições, enquanto que os 
abstratos designam noções, ações, estados e qualidades. 
 
Ex.: homem, praia, hospital, Senado, Brasília, cachorro, tubarão, 
Cecília, etc. (CONCRETOS) 
 Justiça, velhice, paixão, orgulho, otimismo, limpeza, viagem, 
caridade, etc. (ABSTRATOS) 
 
 PRÓPRIOS / COMUNS  Os substantivos comuns designam 
determinada espécie em sua totalidade, são gerais, amplos; os 
substantivos próprios designam individualmente cada ser como único, 
são específicos. 
 
Ex.: homem, cidade, país, planeta. (COMUNS) 
 Marcelo, Rio de Janeiro, Brasil, Terra. (PRÓPRIOS) 
 COLETIVOS  São substantivos comuns que, no singular, 
designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie. 
8 
 
acervo obras de arte 
álbum retratos, autógrafos, selos 
alcateia lobos 
antologia textos 
armada navios de guerraarquipélago ilhas 
arsenal armas 
assembleia 
de parlamentares, de 
membros de qualquer 
associação 
atlas mapas 
baixela objetos de servir à mesa 
banca examinadores 
banda músicos 
bando pessoas, aves, malfeitores 
bateria 
de canhões, de 
instrumentos de percussão, 
de perguntas 
biblioteca livros 
bosque árvores 
buquê flores 
cacho bananas, uvas 
cáfila camelos 
cambada desordeiros, malfeitores 
cancioneiro canções, poemas 
caravana viajantes, peregrinos 
9 
 
cardume peixes 
caterva desordeiros, malfeitores 
cavalgada cavaleiros 
choldra bandidos, malfeitores 
cinemateca filmes 
clero sacerdotes 
colégio eleitores, cardeais 
coletânea textos, canções 
colméia abelhas 
colônia 
imigrantes, bactérias, 
insetos 
comitiva acompanhantes 
comunidade cidadãos 
congresso parlamentares, doutores 
constelação estrelas 
cordilheira montanhas 
corja ladrões, desordeiros 
coro anjos, cantores 
discoteca discos 
elenco atores 
enxame 
abelhas, marimbondos, 
vespas 
enxoval roupas 
esquadra navios 
esquadrilha aviões 
10 
 
exército soldados 
fardo tecidos, papéis, palha, feno 
fato cabras 
fauna animais 
feixe lenha 
flora plantas ou vegetais 
floresta árvores 
fornada pães 
frota navios 
galeria objetos de arte 
grupo pessoas ou coisas 
hemeroteca jornais e revistas 
horda bárbaros, selvagens 
junta médicos, examinadores 
júri 
jurados, pessoas que 
julgam 
legião anjos, soldados, demônios 
manada elefantes, bois, búfalos 
matilha cães 
miríade insetos, estrelas 
molho chaves 
multidão pessoas 
ninhada pintos, filhotes 
nuvem gafanhotos 
orquestra músicos 
11 
 
pilhas 
coisas colocadas umas 
sobre as outras 
pinacoteca quadros 
plantel 
animais de raça, bovinos ou 
eqüinos 
platéia espectadores 
praga insetos nocivos 
prole filhos 
quadrilha ladrões, bandidos 
ramalhete flores 
rebanho bois, carneiros, cabras 
réstia cebolas, alhos 
revoada aves 
saraivada tiros, perguntas, vaias 
seleta textos escolhidos 
tripulação marinheiros ou aviadores 
tropa soldados, animais de carga 
trouxa roupas 
turma 
estudantes, trabalhadores, 
amigos 
universidade faculdades 
vara porcos 
Vocabulário palavras 
 
 BIFORMES  Os substantivos biformes apresentam uma forma 
para o masculino e outra para o feminino. 
Ex.: garoto/garota, conde/condessa, cachorro/cadela, etc. 
12 
 
 UNIFORMES  apresentam uma única forma para masculino e 
feminino. Dividem-se em três: 
 EPICENOS  Denominam os nomes de animais que possuem 
um só gênero. Quando há a necessidade de se especificar o 
sexo do animal, juntam-se então ao substantivo as palavras 
macho e fêmea. 
 
Ex.: águia, mosca, besouro, cobra, polvo, baleia, onça, condor, 
borboleta, pulga, crocodilo, tatu, tigre, gavião, sardinha, jacaré, 
etc. 
 COMUNS DE DOIS GÊNEROS  Apresentam uma só forma 
para os dois gêneros, alterando-se para masculino apenas o 
determinante (numerais, artigos e pronomes). 
 
MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO 
O agente A agente O herege A herege 
O artista A artista O imigrante A imigrante 
O camarada A camarada O indígena A indígena 
O colega A colega O intérprete A intérprete 
O colegial A colegial O jovem A jovem 
O cliente A cliente O jornalista A jornalista 
O compatriota A compatriota O mártir A mártir 
O dentista A dentista O selvagem A selvagem 
O estudante A estudante O servente A servente 
O gerente A gerente O suicida A suicida 
 
 SOBRECOMUNS  Apresentam um único gênero para 
determinar masculino e feminino. 
 
Ex.: o algoz, a criança, a vítima, a testemunha, o apóstolo, o 
indivíduo, a criatura, o carrasco, a pessoa. 
 
 
 
13 
 
Alguns substantivos que merecem destaque quanto ao gênero: 
MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO 
elefante elefanta Governante Governanta 
Infante Infanta Mestre Mestra 
Monge Monja Parente Parenta 
Avô Avó Cônsul Consulesa 
Czar Czarina Poeta Poetisa 
Profeta Profetisa Frade Freira 
Anfitrião anfitrioa, 
anfitriã 
Cavaleiro Cavaleira, 
amazona 
Deus Deusa, deia 
(éi) 
Diácono Diaconisa 
Ermitão ermitoa, 
ermitã 
Embaixador embaixadora e 
embaixatriz 
Ladrão ladra, ladroa, 
ladrona 
Frei Sóror 
Gigante Giganta Maestro maestrina 
Oficial Oficiala Pardal pardoca, 
pardaloca, 
pardaleja 
Sultão Sultana Perdigão perdiz 
 
Alguns substantivos que mudam de sentido quando mudam de 
gênero: 
MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO 
O cabeça A cabeça O caixa A caixa 
O capital A capital O guarda A guarda 
O crisma A crisma O guia A guia 
O moral A moral 
 
Alguns substantivos femininos: 
14 
 
 abusão (engano); 
 alcíone (ave doa antigos); 
 aluvião, araquã (ave); 
 áspide (reptil peçonhento); 
 baitaca (ave); 
 cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
 cólera (doença); 
 derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
 filoxera (inseto e doença); 
 gênese, guriatã (ave); 
 hélice (FeM classificam como gênero vacilante); 
 jaçanã (ave); 
 juriti (tipo de aves); 
 libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); 
 sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
 usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); 
 xerox (cópia). 
Alguns substantivos masculinos: 
 ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
 anátema (excomungação); 
 axioma (premissa verdadeira); 
 caudal (cachoeira); 
 carcinoma (tumor maligno); 
 champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes 
(FeM classificam como gênero vacilante); 
 diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); 
 herpes, hosana (hino); 
 jângal (floresta da Índia); 
 lhama, praça (soldado raso); 
 praça (soldado raso); 
 proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
 suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante); 
 teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
 telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
Alguns substantivos de gênero vacilante: 
 acauã (falcão); 
 inambu (ave); 
 laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos 
dois gêneros, mas que há preferência de autores pelo 
masculino); 
 víspora. 
Plural dos substantivos: 
15 
 
Terminação (regra 
geral) 
Plural Exemplos 
vogal e ditongo acrescenta s mesas, pais 
consoante (r, n, s e z) acrescenta es 
flores, líquenes, 
países, raízes 
Terminação 
(particularidades) 
Plural Exemplos 
-ão 
muda para -ãos, -
ães ou -ões 
mãos, cães, leões 
-m muda para -ns homens, tons 
-al, -oi, -ul 
muda para -ais, -ois, 
-uis 
casais, bois, pauis 
-el, -ol muda para -éis, -óis anéis, faróis 
-il tónico muda o l em s funis, barris 
-il átono muda para -eis répteis, fósseis 
-ás, -ês acrescenta es gases, franceses 
-s, -x não mudam 
lápis, pires, pírex, 
inox 
 
Alguns substantivos em “ão” e seus plurais: 
 alão - alões, alãos, alães; 
 alemão – alemães; 
 aldeão - aldeãos, aldeões, aldeães; 
 anão – anãos, anões; 
 ancião – anciãos, anciões, anciães; 
 capelão - capelães; 
 capitão – capitães; 
 charlatão- charlatães; 
 castelão - castelãos, castelões; 
 cidadão - cidadãos; 
 cortesão - cortesãos; 
 corrimão – corrimãos, corrimões; 
 ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
 escrivão - escrivães; 
 folião - foliões; 
 guardião – guardiães; 
 hortelão - hortelões, hortelãos; 
 pagão - pagãos; 
16 
 
 refrão – refrães, refrãos; 
 sacristão - sacristães; 
 sultão – sultões, sultães, sultãos; 
 tabelião – tabeliães; tecelão – tecelões; 
 verão – verãos, verões; 
 vilão – vilões, vilãos; 
 vulcão – vulcões, vulcãos. 
Alguns substantivos que possuem plural metafônico: 
Mudam o timbre (ô) para (ó), quando variam para o plural. 
Olho, caroço, esforço, osso, contorno, coro, corno, corpo, corvo, destroço, estorvo, 
fogo, foro, fosso, imposto, jogo, miolo, ovo, poço, porco, porto, posto, povo, 
reforço, renovo, socorro, tijolo, troco, troço. 
 
3.2. PLURAL DOS DIMINUTIVOS 
Os diminutivos com o sufixo "-zinho" (e mais raramente "-zito") 
fazem o plural da seguinte forma: o plural da palavra original sem o 
"s" + o plural do sufixo (-zinhos ou -zitos). 
botão + zinho (botõe + zinhos = botõezinhos) 
balão + zinho (balõe + zinhos = balõezinhos) 
pão + zinho (pãe + zinhos = pãezinhos) 
papel + zinho (papei + zinhos = papeizinhos) 
anzol + zinho (anzoi + zinhos = anzoizinhos) 
colar + zinho (colare + zinhos = colarezinhos) 
flor + zinha (flore + zinhas = florezinhas) 
 
3.3. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma 
como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da 
relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem 
hífen comportam-se como os substantivos simples: 
aguardente e aguardentes girassol e girassóis 
 
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres 
17 
 
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por 
hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas 
orientações são dadas a seguir: 
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
 
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando 
formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
 
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados 
de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e 
águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e 
cavalos-vapor 
substantivo + substantivo que funciona como determinante do 
primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. 
Exemplos: 
palavra-chave - palavras-chave 
bomba-relógio - bombas-relógio 
notícia-bomba - notícias-bomba 
homem-rã - homens-rã 
peixe-espada - peixes-espada 
 
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
18 
 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
 
e) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
 
4. ADJETIVOS 
São palavras que especificam substantivos. 
A menina linda caiu. 
(Não foi qualquer menina, mas aquela que linda) 
A palavra seguinte está sublinhada. 
(Especificamente, estamos falando da palavra seguinte, e não da 
anterior; especificamente estamos falando da palavra sublinhada, e 
não de uma outra, em negrito, por exemplo). 
O cordão de ouro arrebentou 
(Estamos falando especificamente do cordão ―de ouro‖, e não do ―de 
prata‖, por exemplo. Neste caso, como o especificador contém mais 
de uma palavra, chamá-lo-emos de LOCUÇÃO ADJETIVA). 
A cadeira da ONU está sendo pleiteada pelo Brasil. 
(Especificamos qual é a cadeira, por isso, há uma locução adjetiva). 
 
4.1. PLURAL DOS ADJETIVOS 
 Em se tratando de adjetivos simples, o adjetivo varia concordando 
com o substantivo a que se refere. No entanto, se a palavra não for 
originalmente um adjetivo, mas um substantivo, deve permanecer 
invariável. 
 
Ex.: Meninos bonitos 
 Alunos estudiosos 
 Gravatas cinza 
19 
 
 Blusas creme 
 
PLURAL DE ADJETIVOS COMPOSTOS 
CASO 
Só o segundo 
vai para o 
plural 
Nenhum 
dos 
elementos 
varia 
Exceções 
Os dois 
elementos 
formadores 
são adjetivos 
questões 
político-
partidárias, 
olhos castanho-
claros, 
senadores 
democrata-
cristãos 
 
surdos-
mudos 
O primeiro é 
adjetivo e o 
segundo 
substantivo 
 
tapetes 
verde-
musgo, 
saias-
amarelo-
ouro, 
olhos azul-
turquesa 
 
 
Também não variam: 
 
 Azul-marinho  bermudas azul-marinho 
 Azul-celeste  camisas azul-celeste 
 Verde-gaio  pijamas verde-gaio 
 
OBSERVAÇÃO: Sempre que se fala em singular e plural, ou 
masculino e feminino de palavras, estamos diante de uma 
matéria de extrema importância para o seu concurso: 
CONCORDÂNCIA. Quando acontece com verbos, chamamos de 
concordância verbal; quando se trata de palavras que não são 
verbos, concordância nominal. Logo, a matéria “plural dos 
substantivos” e “plural dos adjetivos” faz parte da concordância 
nominal. 
 
20 
 
4.2. GRAU DO ADJETIVO 
 O grau do adjetivo demonstra a intensidade com que o adjetivo 
caracteriza substantivo. Há dois graus: 
- comparativo; 
- superlativo. 
 
4.2.1. GRAU COMPARATIVO 
 Estabelece uma comparação entre dois seres de uma mesma 
característica que ambos possuem. Há três tipos de grau 
comparativo: 
 comparativo de superioridade: mais + adjetivo + que (do que) 
 Exemplos: 
João é mais inteligente que Gabriel. 
Esse carro é mais caro do que rápido. 
 - comparativo de igualdade: tão + adjetivo + quanto (como) 
 Exemplos: 
 A sua casa é tão luxuosa quanto a minha. 
 O linux é tão seguro quanto o Windows. 
 - comparativo de inferioridade: menos + adjetivo + que 
 Exemplo: 
 Jancleia é menos alta que Karla. 
 
4.2.2. GRAU SUPERLATIVO 
 Usa-se o grau superlativo para intensificar uma característica de um 
ser em relação a outros seres. Subdivide-se em: 
 - superlativo absoluto » que pode ser sintético ou analítico; 
 - superlativo relativo » que pode ser de superioridade ou 
inferioridade. 
21 
 
 
4.2.2.1. SUPERLATIVO ABSOLUTO 
 Analítico: é composto por palavras que dão ideia de intensidade + 
adjetivo. 
 Exemplos: 
Ele é um empresário muito competente. 
O cão do vizinho é extremamente dócil. 
Sintético: é composto pelo adjetivo + sufixo. 
 Exemplos: 
 As duplas sertanejas são riquíssimas. 
Ele é um fortíssimo candidato. 
 
4.2.2.2. SUPERLATIVO RELATIVO 
De superioridade: o mais + adjetivo + de 
 Exemplo: 
Esse carro é o mais sofisticado do mercado. 
De inferioridade: o menos + adjetivo + de 
 Exemplo: 
Júlio é o menos interessado da classe. 
 Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande possuem formas 
particulares para o comparativo e para o superlativo. Veja a tabela: 
 
ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO 
ABSOLUTO SINTÉTICO 
SUPERLATIVO 
RELATIVO 
BOM MELHOR QUE ÓTIMO O MELHOR DE 
MAU PIOR QUE PÉSSIMO O PIOR DE 
GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO O MAIOR DE 
PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO O MENOR DE 
 
 
 
22 
 
 
5. PRONOMES 
É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, relacionando-
o às três pessoas do discurso. De acordo com isso, temos: 
 
 
 Pronome substantivo: substitui ou representa o substantivo. 
Dizemos que ele exerce função substantiva. 
 
 
Alguns chegarão tarde por causa da chuva. 
 
Muitos serão os aprovados no concurso. 
 
Ela canta e dança lindamente. 
 
 
 Pronome adjetivo:acompanha o substantivo. Dizemos que ele 
exerce função adjetiva. 
 
 
Alguns alunos serão vistos na passeata da luta contra a dengue. 
 
Muitos cadernos foram empilhados na papelaria. 
 
Meu salto quebrou ontem, em pleno centro da cidade. 
 
 
PRONOMES PESSOAIS 
PESSOAS 
DO 
DISCURSO 
RETOS OBLÍQUOS 
ÁTONOS 
OBLÍQUOS 
TÔNICOS 
1.a pessoa 
do singular 
Eu Me Mim, 
comigo 
2.a pessoa 
do singular 
Tu Te Ti, contigo 
3.a pessoa 
do singular 
Ele 
Ela 
Se, o, a, 
lhe 
Si, consigo, 
ele, ela 
1. a pessoa 
do plural 
Nós Nos Nós, 
conosco 
2.a pessoa 
do plural 
Vós Vos Vós, 
convosco 
3.a pessoa 
do plural 
Eles 
Elas 
Se, os, as, 
lhes 
Si, consigo, 
eles, elas 
 
23 
 
* como os pronomes pessoais sempre figuram no lugar de um 
substantivo, eles são, portanto, pronomes substantivos. 
 
* os pronomes oblíquos átonos podem ser empregados em 
combinações entre si: 
 
 Me + o(s)  mo(s) 
 Me + a(s)  ma(s) 
 Te + o(s)  to(s) 
 Te + a(s)  ta(s) 
 Lhe +o(s)  lho(s) 
 Lhe + a(s)  lha(s) 
 Nos + o(s)  no-lo(s) 
 Nos + a(s)  no-la(s) 
 Vos + o(s)  vo-lo(s) 
 Vos + a(s)  vo-la(s) 
 
 
5.1. EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 
 
1) Eu sinto esse amor há tanto tempo e o deixei escondido! 
 
sujeito 
 
2) Minha vida é ele. 
 
predicativo 
 
 
3) Ó tu, que és misericordioso e bondoso, peço-te piedade. 
 
vocativo 
 
 
 IMPORTANTE: Os pronomes pessoais eu e tu nunca podem ser 
regidos de preposição. Devemos substituí-los por mim e ti. 
 
 Os pronomes oblíquos átonos são empregados sem preposição, 
enquanto os pronomes oblíquos tônicos vêm acompanhados de 
preposição obrigatória. 
 
 Os pronomes o(s), a(s): 
 
*exercem função de objeto direto; 
 
* assumem as formas lo(s), la(s) após as formas verbais 
terminadas em r, s ou z, ou depois da partícula eis. 
24 
 
* após as formas verbais terminadas em som nasal, assumem as 
formas no(s), na(s). 
 
 Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, dependendo 
da regência verbal, funcionam como objeto direto ou objeto 
indireto, podendo, ainda, funcionar como adjunto adnominal, 
quando carregam uma clara ideia de posse. 
 
 O pronome lhe, como complemento verbal, exerce a função de 
objeto indireto, podendo também funcionar como adjunto 
adnominal quando carrega a ideia de posse. 
 
 Os pronomes si e consigo só podem ser usados como reflexivos. 
 
 Os pronomes conosco e convosco devem ser substituídos por 
com nós e com vós quando aparecem seguidos de palavras 
enfáticas como mesmos e próprios ou de numeral. 
 
 
Marque (C) ou (E). 
 
a) Eu viajei consigo. ( ) 
b) Eu viajei contigo. ( ) 
c) Ela só pensa em si mesma. ( ) 
d) Alice, quero falar com você. ( ) 
e) Alice, quero falar consigo. ( ) 
f) Alice, quero falar contigo. ( ) 
g) O chefe implicou conosco. ( ) 
h) O chefe implicou conosco dois. ( ) 
i) O chefe implicou com nós dois. ( ) 
j) Senhores presentes, quero falar com vós mesmos.( ) 
Gabarito: 
a) E 
b) C 
c) C 
d) C 
e) E 
f) C 
g) C 
25 
 
h) E 
i) C 
j) C 
 Os pronomes me, te, se, o(s), a(s), nos, vos podem exercer a 
função de sujeito de um verbo no infinitivo. Isso ocorre com os 
verbos causativos e sensitivos (mandar, fazer, sentir, perceber, etc.). 
 
Deixei-o sair. 
Mandei-a entrar. 
Sinto-me sufocar. 
 
 
PRONOMES 
POSSESSIVOS 
1.a pessoa do 
singular 
Meu, minha, meus, 
minhas 
2.a pessoa do 
singular 
Teu, tua, teus, tuas 
3.a pessoa do 
singular 
Seu, sua, seus, 
suas 
1.a pessoa do plural Nosso, nossa, 
nossos, nossas 
2.a pessoa do plural Vosso, vossa, 
vossos, vossas 
3.a pessoa do plural Seu, sua, seus, 
suas 
 
 Os pronomes possessivos são empregados com ideia de posse e 
referem-se a um substantivo, exercendo, portanto, função sintática 
de adjunto adnominal. 
 
Minha prima é muito elegante. 
Nossa história poderia ter sido um lindo conto de amor. 
 
 Em referência a partes do corpo ou faculdades do espírito, não se 
empregam os possessivos quando dizem respeito ao próprio sujeito 
da oração. 
 
Cortei o rosto. 
(e não: cortei o meu rosto) 
João fez um piercing na sobrancelha. 
 ( e não: João fez um piercing na sua sobrancelha) 
Joselito perdeu a noção. 
(e não: Joselito perdeu a sua noção) 
26 
 
 
5.2. EMPREGO DO PRONOME DEMONSTRATIVO 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
PESSOAS 
DO 
DISCURSO 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
1.a pessoa 
Este(s), 
esta(s) 
Isto 
 
2.a pessoa 
Esse(s), 
essa(s) 
Isso 
 
3.a pessoa 
Aquele(s), 
aquela(s) 
Aquilo 
 
 
* o, a, os, as funcionam como pronomes demonstrativos quando 
antecedem um pronome relativo, podendo ser substituídos por 
aquela(s), aquele(s), aquilo(s). 
 
“Eu queria ver o escuro do mundo, onde está o que você quer”. 
(Herbert Vianna) 
 
1) POSIÇÃO NO ESPAÇO: 
 
 este, esta, isto: indicam que o ser a que se referem está próximo 
da primeira pessoa (aquela que fala). 
 
Este livro é muito bom. (o livro está em posse de quem fala) 
 
Isto que estou comendo é uma delícia. 
 
 Esse, essa, isso: indicam que o ser a que se referem está próximo 
da segunda pessoa (aquela com quem se fala). 
 
Essa cor de cabelo fica bem em você. 
Que batom é esse que você está usando? 
 
 Aquele, aquela, aquilo: indicam que o ser a que se referem está 
próximo da terceira pessoa (a respeito de quem se fala) ou distante 
de todas elas. 
 
Josley, aquela, do outro lado da rua, é a Lucineya? 
Aquilo voando no horizonte é uma gaivota? 
 
2) POSIÇÃO NO TEMPO: 
27 
 
 este, esta, isto: tempo presente em relação ao falante. 
 
Esta festa está entrando para a história. 
 
 Esse, essa, isso: um tempo diferente do tempo em que o falante 
se encontra, próximo. 
 
Ele me contou sobre a festa de ontem. Essa noite parece ter sido 
memorável. 
 
Amanhã é sexta-feira treze. Esse será o dia em que ficarei quietinho 
em casa. 
 
 Aquele, aquela, aquilo: tempo distante em relação ao falante. 
 
Lembra-se da Festa do Alho, de mil novecentos e noventa e seis? 
Aquilo que foi festa! 
 
3) POSIÇÃO NO TEXTO: 
 este, esta, isto: anuncia algo que ainda será dito (catáfora). 
 
Meu sonho é este: ter um cargo público. 
Pensei nisto: você como meu namorado. 
 
 Esse, essa, isso: remete a algo que já foi expresso no texto 
(anáfora). 
 
Ter um cargo público e ser bem-remunerado: esse é um sonho 
antigo. 
 
Está absurda a violência no Rio de Janeiro. A população já não 
aguenta essa realidade. 
 
 Este, esta, aquele, aquela: se um texto cita duas realidades 
(dois nomes, duas ideias), o pronome de primeira pessoa remete 
àquela que se encontra mais próxima no texto; o pronome de 
terceira pessoa remete àquela que está mais distante no texto. 
 
Thais é tímida; sua irmã, extrovertida. Esta estuda teatro; aquela, 
direito. 
 
Elvis faz duas faculdades: direito e gastronomia. Esta, por lazer; 
aquela, por necessidade. 
 
 
28 
 
 
 
5.3. EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS 
 
PRONOMES INDEFINIDOS 
FORMAS 
VARIÁVEIS 
FORMAS 
INVARIÁVEIS 
Algum, alguma, 
alguns, algumas 
Alguém 
Nenhum, nenhuma, 
nenhuns, 
nenhumas 
Algo 
Certo, certa, certos, 
certas 
Ninguém 
Muito, muita, 
muitos, muitas 
Nada 
Outro, outra, 
outros, outras 
Tudo 
Pouco, pouca, 
poucos, poucas 
Cada 
Quanto, quanta, 
quantos, quantas 
Outrem 
Tanto, tanta, 
tantos, tantas 
Quem 
Todo, toda, todos, 
todas 
Vário, vária, vários, 
várias 
Qualquer, 
quaisquer O pronome indefinido é o que se refere à terceira pessoa do 
discurso, de modo vago ou impreciso ou exprimindo uma quantidade 
indeterminada. Quando exerce função adjetiva, está sempre 
relacionado a um substantivo. 
Muitas apostilas foram produzidas no curso, em 2014. 
Alguns não estudam muito, mas trabalham bastante. 
 Em um interrogação, direta ou indireta, os pronomes indefinidos 
que, quem, qual e quanto passam a ser chamados pronomes 
indefinidos interrogativos. 
 
Que caderno você quer? 
Não sei que caderno você quer. 
 
29 
 
 No plural, todos, todas deverão ser seguidos de artigo, exceto se 
houver outro determinante, ou numeral desacompanhado de 
substantivo. 
Todos os atletas deverão usar paletó. 
Todos esses vinte atletas deverão usar paletó. 
Todos vinte deverão usar paletó. 
 
5.4. PRONOMES RELATIVOS 
 
PRONOMES RELATIVOS 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
O qual, a qual, os 
quais, as quais 
Que 
Cujo, cuja, cujos, 
cujas 
Quem 
Quanto, quanta, 
quantos, quantas 
Onde 
 
* Os pronomes relativos são elementos de coesão e devem ser 
usados para se evitar a repetição desnecessária de termos no texto. 
Referem-se a um substantivo anterior. Nós os estudaremos mais à 
frente, com calma, pois é um conteúdo sempre presente nas provas e 
merece muita atenção. 
 
* Os pronomes relativos são endofóricos (o referente aparece 
expresso, dentro do texto) e, essencialmente, anafóricos (referem-
se a termos que estão expressos no texto, anteriormente). 
 
5.5. ONDE X AONDE 
 
O pronome onde deve ser utilizado quando a preposição pedida for 
em, enquanto o pronome aonde deve ser utilizado quando a 
preposição pedida for a. 
 
Onde você mora? (Moramos EM algum lugar) 
 
Não sei onde você esteve todo esse tempo. (Estamos EM algum 
lugar) 
 
Fui aonde Carlos me indicou. (Vamos A algum lugar) 
 
E ele chegou aonde com essa atitude? (Chegamos A algum lugar) 
 
 
6. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
30 
 
Trata-se da posição a qual pode ser ocupada pelos pronomes oblíquos 
átonos (me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes). 
1) Próclise (pronome localizado antes do verbo): deve ser utilizada, 
obrigatoriamente, quando houver elementos atrativos e, facultativamente, 
quando seu uso for permitido. 
2) Mesóclise (pronome localizado no meio do verbo): deve ser utilizada 
quando os tempos verbais forem o futuro do presente e o futuro do 
pretérito, se não houver fator obrigatório de próclise. 
3) Ênclise (pronome localizado depois do verbo): deve ser utilizada quando 
não houver elementos atrativos que obriguem a próclise ou os tempos 
verbais que exigem a mesóclise. 
 
6.1. FATORES DE PRÓCLISE 
 
Sempre que esses fatores aparecerem, obrigatoriamente, o pronome 
deve ser colocado antes do verbo. 
1) Palavra negativa: 
Não __ME___ olha __X___. (me) 
Não, ___X__ olha-ME ___. (me) 
 OBSERVAÇÃO: Encare a vírgula como se fosse o início de período. É 
proibido iniciar o período com pronome oblíquo átono. Desta forma, é 
proibido escrever Te amo. O certo seria Amo-te. No entanto, se houver uma 
palavra anterior ao verbo, pode-se usar a próclise: Eu te amo, ou Eu amo-
te. Mas, se essa palavra for um fator obrigatório de próclise, será proibida a 
colocação do pronome depois do verbo: Não te amo. 
Quando a vírgula é utilizada, ela separa a palavra anterior do verbo e, 
mesmo sendo fator obrigatório de próclise, ele não obrigará a colocação do 
pronome, devendo-se fazer uso da ênclise: Não, amo-te. 
Já, em outra situação, se não houver apenas uma vírgula, mas duas, 
intercalando algum termo (você poderá substituir essas vírgulas por dois 
parênteses; se der certo, as vírgulas estão intercalando algo), essas 
vírgulas não interferem, podendo-se fazer uso da próclise, normalmente: 
Ele estava feliz e, apesar de tudo, me ajudou. Ou: Ele estava feliz e, apesar 
de tudo, ajudou-me. 
31 
 
 
 
2) Advérbio: 
Aqui __SE___ come __X__ muito. (se) 
Aqui, __X___ come-SE___ muito. (se) 
 
3) Pronome Relativo: 
Este é o rapaz que __ME___ ajudou __X___. (me) 
 
4) Orações interrogativas / pronome indefinido: 
Quem __TE___ deu __X___ isso? (te) 
Onde __TE___ encontro __X___? (te) 
Alguém __TE__ ligou __X___. (te) 
 
5) Conjunções subordinativas: 
Quando __TE___ viu __X___, apaixonou-se. (te) 
Ele disse que __TE___ ajudou __X___. (te) 
 
6) Pronome demonstrativo: 
Aquilo __ME___ convém __X__. (me) 
 
7) Orações exclamativas: 
Como __SE___ atreve ___X__ ! (se) 
 
8) Orações optativas: 
32 
 
Deus __TE___ ajude _X___! (te) 
 
9) Em + gerúndio: 
Em __SE___ falando __X___ nisso... (se) 
10) Com verbo no infinitivo (flexionado ou não) precedido de 
preposição: 
Isso foi feito para __NOS____ prejudicar ___X_____. (nos) 
Alguns serão castigados por __NOS____ faltarem ___X____ ao respeito. 
(nos) 
6.2. MESÓCLISE 
Deve-se, antes de mais nada, ter em mente que só existe a 
mesóclise com verbos no futuro do presente o no futuro do pretérito. 
O futuro do presente é fácil de reconhecer. Veja que o presente 
acontece agora, logo, o futuro do presente deve acontecer depois do 
agora. Por isso, sempre dá certo colocar a palavra ―amanhã‖, como 
macete, numa frase, para preencher com o futuro do presente: 
Amanhã estarei no curso. Amanhã estudarei cedo. Amanhã lerei este 
livro. 
O futuro do pretérito guarda a desinência –RIA: Faria, esqueceria, 
poríamos, andariam, entenderíeis (só na pessoa vós a desinência 
muda para –RIE): Eu estudaria / tu estudarias/ ele estudaria / nós 
estudaríamos/ vós estudaríeis/ eles estudariam. 
Para utilizar a mesóclise corretamente, deve-se cortar o verbo no 
último –R: Estudar/á e colocar o pronome no meio do verbo: Estudar-
se-á. O acento original se mantém. 
Quando associamos os pronomes O, A, OS, AS a verbos terminados 
em R, S ou Z, deve-se cortar essas consoantes e transformar os 
pronomes em LO, LA, LOS, LAS. No entanto, o resultado anterior ao 
pronome assume tonicidade própria (e deve ser acentuado segundo 
as regras de acentuação de uma palavra comum). 
 
1) Futuro do presente: 
Anunciará + pronome ―a‖ = 
33 
 
Primeiro, corte o verbo após a letra –R: 
Anunciar/á 
Segundo, acrescente o pronome ―a‖ no meio do verbo: 
Anunciar/a/á 
Terceiro, veja que o pronome ficou ao lado do –R. Então, esse –R 
deve ser cortado e o pronome se tornará ―la‖: 
Anuncia-la-á 
Quarto, pense na parte anterior ao ―la‖ como sendo uma única 
palavra, independente. Veja que a tonicidade fica no último ―a‖: 
Anuncia. Pense normalmente nas regras de acentuação, 
independentemente do resto da palavra. Acentuam-se todas as 
oxítonas terminadas em A. Logo, você deve acentuar Anunciá. 
Resultado: Anunciá-la-á 
Talvez você esteja pensando: ―dois acentos na mesma palavra?‖, 
mas veja que são, na verdade, duas palavras: o verbo e o pronome. 
E o pronome transfere tonicidade ao verbo. Logo, o primeiro acento é 
posto devido à tonicidade acrescentada pela presença do pronome, 
enquanto que o segundo acento já faz parte da desinência do futuro 
do presente ―anunciará‖. 
a) Falaremos + a = Falar/emos = Falar/a/emos = Fala-la-emos = 
Falá-la-emos (acentuam-se as oxítonas terminadas em ―a‖). 
b) Fará + o = Far/á = Far/o/á = Fa-lo-á = Fá-lo-á (acentuam-se os 
monossílabos tônicos terminados em ―a‖). 
c) Trarei + te = Trar/ei = Trar-te-ei (lembre-se de que só cortamos 
o –R com os pronomes O, A, OS, AS). 
d) Trairás + o = Trair/ás = Trair/o/ás = Trai-lo-ás = Traí-lo-ás 
(acentuam-se as vogais ―i‖ e ―u‖, quando segundas vogais de hiato). 
34 
 
e) Informarei + o = Informar/ei = Informar/o/ei = Informa-lo-ei 
=Informá-lo-ei(acentuam-se as oxítonas terminadas em ―a‖). 
 
2) Futuro do pretérito: 
Anunciaria + a = Anunciar/ia = Anunciar/a/ia = Anuncia-la-ia = 
Anunciá-la-ia (acentuam-se as oxítonas terminadas em ―a‖). 
Falaríamos + a = Falar/íamos = Falar/a/íamos= Fala-la-íamos = 
Falá-la-íamos (acentuam-se as oxítonas terminadas em ―a‖). 
Faria + o = Far/ia= Far/o/ia = Fa-lo-ia = Fá-lo-ia (acentuam-se os 
monossílabos tônicos terminados em ―a‖). 
Traria + te = Trar/ia = Trar-te-ia. 
Trairias + o = Trair/ias = Trair/o/ias = Trai-lo-ias = Traí-lo-ias 
(acentuam-se as vogais ―i‖ e ―u‖, quando segundas vogais de hiato). 
Informaria + o = Informar/ia = Informar/o/ia = Informa-lo-ia = 
Informá-lo-ia (acentuam-se as oxítonas terminadas em ―a‖). 
OBS: Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto, ocorrerá 
a próclise: 
Tu me farias um favor? 
Se o sujeito anteposto à forma verbal no futuro não for pronome 
reto, ocorrerá facultativamente a próclise ou a mesóclise: 
O diretor contar-me-á o ocorrido. 
O diretor me contará o ocorrido. 
6.3. ÊNCLISE 
 De acordo com a Gramática Normativa, a posição normal dos 
pronomes átonos é depois do verbo, desde que não haja condições para a 
próclise ou para a mesóclise. 
 A ênclise será obrigatória: 
35 
 
Quando no início do período, desde que não esteja em um dos futuros do 
indicativo (do presente e do pretérito): 
“Divide-se a noite para que me apareças e prolongues tua presença 
entre sonhos cortados”. (Cecília Meireles) 
É sempre proibida a ênclise: 
 
1) Associada a verbo nos futuros do indicativo (futuro do presente e 
futuro do pretérito): 
 
Faria-me um favor. (errado) 
Falarei-te algo. (errado) 
 
2) Associada a verbo no particípio: 
 
Tenho encontrado-lhe. (errado) 
 
6.4. COLOCAÇÃO PRONOMINAL EM LOCUÇÕES VERBAIS 
Você pode associar o pronome ao primeiro ou ao segundo verbo da locução. 
Se houver algum fator obrigatório de próclise, ele só interferirá no primeiro 
verbo. No segundo, não. 
Não ______ havia ______________ ajudado ______. (me) 
Se associarmos o pronome ao primeiro verbo, a palavra negativa obrigará a 
próclise: 
Não __ME__ havia ___X___ ajudado. 
Fica proibido usar Não havia-me ajudado (Forma errada). 
Se associarmos o pronome ao segundo verbo, a palavra negativa não mais 
atrai. 
Não havia ___ME___ ajudado. 
Veja que não há ênclise ao primeiro verbo (essa seria feita com hífen); há 
próclise ao segundo verbo. 
36 
 
Não poderíamos usar a ênclise ao segundo verbo, pois ele está no 
particípio. 
 
OBS: quando houver a preposição a, só existirá a possibilidade de se usar a 
ênclise. 
Estava decidido a ajudá-la. 
OBS II: Estão corretas as formas: 
 
Achou que não te ajudou. 
Achou que te não ajudou. (Apossínclise: há dois fatores atrativos de 
próclise, uma palavra negativa e uma conjunção subordinativa. Podemos 
antecipar o pronome para antes da palavra negativa). 
7. PREPOSIÇÃO 
Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é 
invariável; estabelece relação de vários sentidos entre as palavras 
que liga. 
Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma 
função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação 
entre termos oracionais. As preposições podem introduzir: 
 
• Complementos verbais: Obedeço ―aos meus pais‖. 
• Complementos nominais: continuo obediente ―aos meus pais‖. 
• Locuções adjetivas: É uma pessoa ―de caráter‖. 
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi ―com cuidado‖. 
• Orações reduzidas: ―Ao chegar‖, foi abordado por dois ladrões. 
 
As preposições podem ser de dois tipos: 
 
1. Preposição essencial: 
37 
 
 por 
 para 
 perante 
 a 
 ante 
 até 
 após 
 de 
 desde 
 em 
 entre 
 com 
 contra 
 sem 
 sob 
 sobre 
 trás 
As essenciais são as que só desempenham a função de preposição. 
 
2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode 
assumir outras funções morfológicas. 
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado... 
 afora 
 fora 
 exceto 
 salvo 
 malgrado 
 durante 
 mediante 
 segundo 
 menos 
As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que 
eventualmente são empregadas como preposições. São, também, 
invariáveis. 
Locução prepositiva 
Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais 
palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas 
locuções é sempre uma preposição. 
 acerca de 
38 
 
 a fim de 
 apesar de 
 através de 
 de acordo com 
 em vez de 
 junto de 
 para com 
 à procura de 
 à busca de 
 à distância de 
 além de 
 antes de 
 depois de 
 à maneira de 
 junto de 
 junto a 
 a par de... 
As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais. 
Exemplos: do (de + artigo o) 
 no (em + artigo o) 
 daqui (de + advérbio aqui) 
 daquele (de + o pronome demonstrativo aquele) 
 
Emprego das preposições 
- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os 
termos que ligam. 
 
Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento) 
 Estive com José (relação de companhia) 
 A criança arrebentava de felicidade (relação de causa) 
 O carro de Paulo é novo(relação de posse) 
- as preposições podem vir unidas a outras palavras. 
Temos combinação quando na junção da preposição com outra 
palavra não houver perda de elemento fonético. 
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra 
houver perda fonética. 
39 
 
 
Contração Combinação 
Do (de + o) Ao (a +o) 
Dum (de + um) Aos (a + os) 
Desta (de + esta) Aonde (a + onde) 
No (em + o) 
Neste (em + este) 
- a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada 
pelo acento grave ( `), recebe o nome de crase. 
Ex.: Vou à escola (a+a) 
 
Valores nocionais e relacionais da preposição  o valor 
nocional representa noção, sentido. Aparece em adjuntos adnominais 
e adjuntos adverbiais, ou seja, quando a preposição não é exigida 
pelo verbo ou pelo nome; a preposição é relacional quando não há 
valor semântico, quando sua presença se faz por exigência da 
estrutura sintática. Aparece, portanto, em objetos indiretos e 
complementos nominais. 
 
Mesa de madeira. (valor nocional: matéria) 
Morreu de rir.(valor nocional: causa) 
Gosto de você. (valor relacional) 
Tenho medo de escuro.(valor relacional) 
 
8. INTERJEIÇÃO 
Interjeição é a palavra invariável usada para exprimir emoções e 
sentimentos. Uma interjeição pode ser usada para expressar as mais 
diversas emoções, mas, relacionemos as principais interjeições e seus 
estados emocionais correspondentes: 
 
» advertência: Alerta! Atenção! Calma! Cuidado! Devagar! Fogo! 
Olha! Sentido! Calma! 
» afugentamento: Fora! Passa! Sai! Rua! Xô! 
40 
 
» alegria: Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Aleluia! 
» animação: Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força! 
» aplauso: Apoiado! Bravo! Bis! Parabéns! Isso! 
» chamamento: Oi! Ô! Olá! Alô! Psiu! 
» desejo: Que me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara! 
» dor: Ah! Oh! Ai! Ui! 
» espanto: Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué! 
» silêncio: Psiu! Pst! Silêncio! Quieto! 
» concordância: Claro! Ótimo! Sim! 
» desacordo: Ora! Barbaridade! 
» pena: coitado! 
» satisfação: Boa! Oba! Opa! Upa! 
» saudação: Olá! Oi! Salve! Adeus! 
 
 LOCUÇÃO INTERJEITIVA 
São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Veja alguns 
exemplos: 
Meu Deus! Puxavida! 
Ora bolas! Que pena! 
Ora essa! Cruz credo! 
Santo Deus! Pobre de mim! 
 
9. ADVÉRBIO 
São palavras invariáveis, que modificam verbos, advérbios e 
adjetivos. São classificados, de acordo com a circunstância que 
exprimem. Quando há mais de uma palavra exercendo a função de 
advérbio, chamaremos de locução adjetiva (ela sempre será 
iniciada por preposição) 
 
 » lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, 
adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, algures (= em algum 
41 
 
lugar), alhures (=um outro lugar), nenhures (=em nenhum lugar), 
em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, 
etc. 
» tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, 
brevemente, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, já, 
agora, ora, então, outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de 
vez em quando, às vezes, de repente, hoje em dia, etc. 
» modo: bem, mal, assim depressa, devagar, rapidamente, 
lentamente, facilmente, ( e a maioria dos adjetivos terminados em 
-mente), às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de 
mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a 
frente, face a face, etc. 
A ideia de modo é o “jeito” como se faz algo. Se faço algo 
lentamente, lentamente é o jeito como faço isso. 
» afirmação: sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, 
realmente, sem dúvida, por certo, com certeza, etc. 
» negação: não, absolutamente, tampouco, de modo algum, de jeito 
nenhum, etc. 
» intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, 
demais, tanto, deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão, de pouco, 
de todo, etc. 
» dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, etc. 
» preço: cem Reais, três Euros, etc. 
» assunto: Conversei sobre o concurso, Falei de você. 
» companhia: Saí com a minha irmã, Viajei com Gerwásio. 
» meio: Saí de táxi, Ouvi a notícia pelo rádio. 
Quando temos a ideia de UTILIZAMOS algo para fazer determinada 
coisa, a ideia será de MEIO ou de INSTRUMENTO. Se for meio de 
transporte, ou meio de comunicação, marque “meio”; o que sobra 
seria o “instrumento”. No entanto, a gramática moderna considera 
“meio” e “instrumento” como sendo iguais, ou seja, em prova, 
quando não houver a opção “meio”, marque “instrumento”, vice-
versa. 
» instrumento: Meu carro é movido a álcool, Escrevo a lápis. 
» finalidade: Estudo para a classificação, Rezo para a sua 
aprovação. 
42 
 
A FINALIDADE é o OBJETIVO, a META a ser atingida. Sempre que há 
essa ideia no texto, chamamos, tecnicamente, de SEMÂNTICA DE 
FINALIDADE (lembrando que SEMÂNTICA é SENTIDO). 
» condição: Não vivo sem você. 
A CONDIÇÃO é uma relação de DEPENDÊNCIA. Sempre que se 
depender de uma ação para que outra aconteça, chamaremos de 
CONDIÇÃO. 
» conformidade: De acordo com a lei, todos são iguais. 
A CONFORMIDADE é uma figura de FUNDAMENTAÇÃO. O autor se 
BASEIA em algo que ele viu, ouviu ou leu, para discorrer sobre o que 
pensa. Na interpretação de texto, quando as bancas perguntam o 
porquê de ter sido usada a conformidade no texto, a resposta será 
PARA REFORÇAR A ARGUMENTAÇÃO DO AUTOR 
» concessão: Mesmo feliz, não para de chorar. 
É uma OPOSIÇÃO. Pode ser trocada por “embora”. 
» causa: Por você, eu faço tudo. 
Não se esqueça de que toda CAUSA gera uma CONSEQUÊNCIA. A 
causa acontece primeiro no tempo, enquanto a consequência deve 
ser o fato número dois. Nesta frase, primeiro você existe e me inspira 
para, por causa disso, consequentemente, eu fazer tudo. 
 
10. ARTIGO 
Artigo a palavra variável em gênero e número que precede um 
substantivo 
 
01) Artigos Definidos: o, a, os, as. 
 
Os artigos definidos determinam o substantivo de modo particular, 
indicando ser o substantivo já conhecido do leitor ou do ouvinte. A 
sua ausência generaliza o substantivo. Por exemplo 
 
- O técnico elogiou jogadores de vários times. (a anteposição do 
artigo a ao substantivo técnico particulariza-o; já é do conhecimento 
do leitor o técnico de que o texto trata. Já a ausência do artigo os 
diante do substantivo jogadores generaliza o substantivo, 
indeterminando-o. 
 
02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas. 
43 
 
 
Ex. 
 O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o 
garoto.) 
 Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de 
forma genérica.) 
 
 
10.1 EMPREGO DOS ARTIGOS 
A) Ambos: 
 
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, caso 
este exija o seu uso. 
 
Ex. Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é 
Substantivo que exige artigo.) 
 Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que exige 
artigo.) 
 Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de 
tratamento que não admite artigo.) 
B) Todos: 
 
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento 
posterior, caso este exija o seu uso. 
 
Ex. 
 Todos os atletas foram declarados vencedores. 
 Todas as leis devem ser cumpridas. 
 Todos vocês estão suspensos. 
C) Todo: 
 
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para indicar 
totalidade; não se usa, para indicar generalização. 
 
Ex. 
 Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.) 
44 
 
 Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os 
países.) 
D) Cujo: 
 
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. 
 
Ex. 
 As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. 
(e não cujo as bolsas.) 
E) Pronomes Possessivos: 
 
Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo. 
 
Ex. 
 Encontrei seus amigos no Shopping. 
 Ensontrei os seus amigos no Shopping. 
F) Nomes de pessoas: 
 
Diante de nome de pessoas, só se usa artigo, para indicar afetividade 
ou familiaridade. 
 
Ex. 
 O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique Cardoso. 
G) Casa: 
 
Só se usa artigo diante da palavra casa (lar, moradia), se a palavra 
estiver especificada. 
 
Ex. 
 Saí de casa há pouco. 
 Saí da casa do Gilberto há pouco. 
H) Terra: 
 
Se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo, quando 
estiver especificada. Se significar planeta, usa-se com artigo. 
 
Ex. 
45 
 
 Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do 
comandante. 
 Os astronautas voltaram da Terra. 
I) Nomes de lugar: 
 
Só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar, quando 
estiver qualificado. 
 
Ex. 
 Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário 
de Andrade. 
Nota: Alguns nomes de lugar vêm acompanhados de artigo: a Bahia / 
o Rio de Janeiro / o Cairo; outros têm o uso do artigo facultativo. São 
eles: África, Ásia, Europa, Espanha, França, Holanda e Inglaterra. 
 
J) Nomes de jornais, revistas...: 
 
Pode-se, facultativamente, combinar com preposição o artigo que faz 
parte do nome de jornais, revistas, obras literárias, usando-se o 
apóstrofo. 
 
Ex. Li a notícia n'O Estado de São Paulo. (ou Li a notícia em O 
Estado de São Paulo). 
 
11. CONJUNÇÕES INTEGRANTES X 
PRONOMES RELATIVOS 
 
CONJUNÇÃO INTEGRANTE PRONOME RELATIVO 
INTRODUZ ORAÇÃO SUBORDINADA 
SUBSTANTIVA 
INTRODUZ ORAÇÃO SUBORDINADA 
ADJETIVA 
SEM FUNÇÃO SINTÁTICA COM FUNÇÃO SINTÁTICA 
NÃO SE REFEREM A TERMO ANTERIOR REFEREM-SE A SUBSTANTIVO (OU 
PRONOME SUBSTANTIVO) ANTERIOR 
A ORAÇÃO INICIADA POR ELA PODE 
SER SUBSTITUÍDA PELA PALAVRA 
―ISSO‖ 
SUA ORAÇÃO ESPECIFICA 
SUBSTANTIVO ANTERIOR 
 
 
46 
 
PRONOME RELATIVO EMPREGOQUE 
PESSOAS, COISAS, ANIMAIS 
 
Deve ser usado sem preposição ou quando a 
preposição que o antecede for monossílaba: 
a, de, por, com, em, sem, sob, trás. 
 
Este é um medo que eu tenho. 
O medo a que se referiu é o mesmo de antes. 
 
Se a preposição tiver mais de uma sílaba, 
deve ser trocado por ―o qual‖: Esse é o medo 
contra o qual luto. 
 
 
A QUAL, O QUAL, AS QUAIS, OS 
QUAIS 
PESSOAS, COISAS, ANIMAIS 
 
Essa é a menina sobre a qual falei. 
 
 
 
 
 
QUEM 
PESSOAS e só antecedido de preposição 
 
Pode ser usado com coisas ou animais, se 
estiver sendo feita uma clara personificação. 
 
Não conheço a pessoa com quem conversarei. 
 
Meu cachorro, com quem converso todos os 
dias, é inteligentíssimo. 
 
Possuem função 
sintática;Referem-se a termo 
anterior (substantivo).CUJO, 
SÓ QUANDO HOUVER IDEIA DE POSSE 
 
47 
 
CUJA, CUJOS, CUJAS  Aparece entre dois substantivos. 
 Nunca pode vir acompanhado de artigo. 
 Refere-se ao antecedente, mas concorda 
como substantivo posterior. 
 
Esse é o menino cujo caderno caiu na lama. 
Gosto das amigas cujas ideias são inovadoras. 
 
 
 
ONDE 
QUANDO O REFERENTE FOR LUGAR 
 
Pode ser substituído por ―em que‖ 
 
Moro no lugar onde as flores são 
perfumadíssimas. 
Vivo numa casa onde pessoas foram felizes. 
 
 
 
COMO 
QUANDO O ANTECEDENTE FOR PALAVRA 
COMO: MANEIRA, JEITO, COMO, FORMA, etc. 
 
Não aprovo a maneira como você fala com 
seus pais. 
 
 
QUANTO 
APÓS PRONOME INDEFINIDO (tudo, tanto, todo e 
flexões) 
 
Isso é tudo quanto quero. 
 
 
11.1. FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO 
Não se esqueça que todo pronome ou substitui um substantivo, ou o 
acompanha. Se o pronome substituir o substantivo, ele exercerá a 
48 
 
mesma função sintática que aquele substantivo exerceria, caso 
estivesse em seu lugar. 
Ele estudou. (substitui uma pessoa, como, por exemplo, Garwásio. Se 
colocarmos Gerwásio no lugar da palavra ―que‖, veremos que 
exercerá função sintática de sujeito. Então, o pronome que está em 
seu lugar será sujeito também). 
Encontrei o aluno que passou. (que, pronome relativo, evitando a 
repetição da palavra ―aluno‖: Encontrei o aluno. O aluno passou. Veja 
que, se colocarmos ―aluno de volta no lugar do pronome ―que‖, na 
oração em que a palavra ―que‖ aparece inserida, verificamos que 
exerceria a função sintática de ―sujeito‖ do verbo ―passar‖. Logo, a 
função sintática deste pronome relativo será ―sujeito‖, mas veremos 
a sintaxe mais à frente). 
11.2. CONJUNÇÃO INTEGRANTE 
Só existem duas conjunções integrantes: ―que‖ e ―se‖. Elas iniciam 
oração que pode ser substituída pelo pronome ―isso‖ ou pelo pronome 
―essa‖. 
Quero que você me entenda. (Quero ISSO) 
A verdade é que tudo o incomoda. (A verdade é ESSA) 
Ele disse se viria à festa? (Ele disse ISSO?) 
 
Observação: estudaremos as conjunções mais à frente, junto 
às orações. 
 
12. VERBOS 
É a palavra que exprime ação, fenômeno da natureza, estado ou 
mudança de estado, situando esses fatos num determinado 
tempo. 
Do ponto de vista semântico, verbo é a palavra variável que 
exprime um processo ou um estado situados no tempo. 
 
Ex.: 
Choveu durante a tarde. (processo) 
O dia está chuvoso. (estado) 
49 
 
Eu ouvia seu grito, mas nada fazia. (processo) 
A menina parecia feliz com sua fita amarela. (estado) 
 
* Verbo é a palavra que apresenta o maior número de flexões: 
tempo, modo, número, pessoa e voz. A possibilidade de flexão 
temporal é fundamental para definir uma palavra como verbo. 
 Do ponto de vista semântico, não se pode negar que nas 
frases: 
 
A corrida foi cancelada. 
A neve impediu a saída dos carros. 
A felicidade está estampada em seus olhos. 
 
as palavras corrida, neve e felicidade expressam, 
respectivamente, ação, fenômeno da natureza e estado. No 
entanto, tais palavras não são verbos, uma vez que não podem 
ser flexionadas no tempo. 
 
12.1. ELEMENTOS MÓRFICOS DO VERBO 
 
 RADICAL  É a parte do verbo que carrega sua significação. 
 
Cantarias 
Venderíamos 
partirá 
 
 VOGAL TEMÁTICA  São as vogais que se agregam ao radical a 
fim de indicar a conjugação a que o verbo pertence. 
 
cantarias (primeira conjugação) 
venderias (segunda conjugação) 
partirias (terceira conjugação) 
 
50 
 
* O verbo PÔR e seus derivados (dispor, compor, repor, etc.) 
pertencem à segunda conjugação por razões etimológicas: sua 
forma arcaica era poer. Note a presença da vogal temática de 
segunda conjugação e em algumas de suas formas: 
 
Puséssemos 
Puséramos 
põem 
 
 TEMA  é o radical acrescido da vogal temática, pronto para 
receber as desinências. 
 
cantarias 
vendemos 
partiam 
 DESINÊNCIA MODO-TEMPORAL  são os elementos que 
indicam modo e tempo do verbo. 
 
cantarias (modo: indicativo/ tempo: futuro do pretérito) 
 
vendêssemos (modo: subjuntivo/ tempo: pretérito imperfeito) 
 
partira (modo: indicativo/ tempo: pretérito mais que perfeito) 
 
 DESINÊNCIA NÚMERO-PESSOAL  indica o número (singular 
ou plural) e as pessoas do discurso. 
 
cantarias (segunda pessoa do singular) 
vendo (primeira pessoa do singular) 
partimos (primeira pessoa do plural) 
 
12.2. MODOS VERBAIS 
 
51 
 
 INDICATIVO  exprime fato 
 SUBJUNTIVO  exprime hipótese 
 IMPERATIVO  exprime desejo, pedido, súplica, ordem. 
 
12.3. TEMPOS VERBAIS 
 
 INDICATIVO: 
 
 Presente 
(factual) 
 Pretérito perfeito 
 (passado pontual) 
 Pretérito imperfeito 
 (passado continuativo, frequente) 
 Pretérito mais-que-perfeito 
 (passado de outro passado) 
 Futuro do presente 
(factual*) 
 Futuro do pretérito 
 (futuro condicional) 
 
*Embora o futuro do presente indique algo que ainda não se 
tornou realidade, há uma forte ideia de certeza. Por esse 
motivo, é considerado factual. 
 
 SUBJUNTIVO: 
 
 Presente 
 Pretérito imperfeito 
 Futuro 
 
 IMPERATIVO: 
 
 Afirmativo 
 Negativo 
 
12.4. FORMAÇÃO DOS TEMPOS SIMPLES DO VERBO 
52 
 
 Na conjugação do verbo, certas formas dão origem a outras e, 
por isso, distinguem-se as formas primitivas e as formas 
derivadas. São três os tempos primitivos do verbo: 
 
 INFINITIVO IMPESSOAL 
 PRESENTE DO INDICATIVO 
 PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO 
 
12.4.1. PRESENTE DO INDICATIVO 
* Remete-nos a uma ideia de certeza. É, geralmente, factual. 
* Este tempo é geralmente usado para exprimir: 
 
 a) um fato atual, que ocorre no momento da fala: 
 
 Os trabalhadores protestam nas ruas de Paris. 
 
 b) um fato que ocorrerá num futuro próximo: 
 
 Chegam amanhã os primeiros pilotos da Fórmula 1. 
 
 c) um fato passado como se fosse atual. É o chamado presente 
histórico ou narrativo: 
 
Em mil e quinhentos, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil. 
 
 d) um fato rotineiro, habitual, frequente. É o chamado presente 
frequentativo, ou habitual, ou interativo: 
 
 Como muito. 
 
* Não há presença de desinência modo-temporal neste tempo; 
53 
 
* O presente do indicativo é o único tempo verbal em que a 
desinência de primeira pessoa do singular é –O. São poucos os 
verbos que não apresentam essa desinência: 
 
DAR – dou 
ESTAR – estou 
HAVER - hei 
IR - vou 
SABER - sei 
SER – sou 
 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
 
A 
A 
A 
A 
A 
 
ESPERA 
ESPERA 
ESPERA 
ESPERAESPERA 
 
 
 
 
 
 
 
O 
S 
 
MOS 
IS 
M 
VALH 
VAL 
VAL 
VAL 
VAL 
VAL 
 
E 
E 
E 
E 
E 
 
VALE 
VALE 
VALE 
VALE 
VALE 
 
 
 
 
 
 
 
O 
S 
 
MOS 
IS 
M 
DISTING 
DISTINGU 
DISTINGU 
DISTINGU 
 
E 
E 
 
DISTINGUE 
DISTINGUE 
 
 
 
O 
S 
 
54 
 
DISTINGU 
DISTINGU 
I 
 
E 
DISTINGUI 
 
DISTINGUE 
 
 
 
 
MOS 
IS 
M 
 
12.4.2. PRESENTE DO SUBJUNTIVO 
* Emprega-se o presente do subjuntivo para exprimir: 
 a) possibilidade, dúvida ou incerteza: 
 
 “Mesmo que os cantores sejam falsos como eu 
 Serão bonitas, não importa 
 São bonitas as canções”. 
(Chico Buarque/ Edu Lobo) 
 b) desejo, expectativa: 
 
 Tomara que o cafezinho esteja quente. 
 
* O presente do indicativo é formador do presente do subjuntivo. O 
processo de formação ocorre da seguinte forma: 
Retira-se a desinência número-pessoal da primeira pessoa (eu) 
do presente do indicativo e acrescenta-se a desinência modo-
temporal do presente do subjuntivo: se o verbo for de primeira 
conjugação, essa desinência será –E; se o verbo for de segunda ou 
de terceira conjugação, essa desinência será –A. 
* Não existe vogal temática no presente do subjuntivo. Repare que a 
vogal que aparece está situando o verbo no tempo presente do modo 
subjuntivo, sendo, portanto, desinência modo-temporal. 
 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESPER 
ESPER 
 
 
 
 
E 
E 
 
S 
55 
 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
ESPER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E 
E 
E 
E 
 
MOS 
IS 
M 
VALH 
VALH 
VALH 
VALH 
VALH 
VALH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
A 
A 
A 
A 
A 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
DISTINGU 
DISTINGU 
DISTINGU 
DISTINGU 
DISTINGU 
DISTINGU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
A 
A 
A 
A 
A 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
* Por ser formado a partir da primeira pessoa do presente do 
indicativo, é que aparece o ―LH‖ no radical do verbo valer em toda a 
conjugação do presente do subjuntivo. O mesmo ocorre com o ―Ç‖ no 
verbo fazer, o ―NH‖ no verbo pôr, com o ―G‖ no verbo dizer, etc. 
Repare: 
 
EU FAÇO – que eu faça / que tu faças / que ele faça / que nós 
façamos / que vós façais / que eles façam. 
 
EU PONHO – que eu ponha / que tu ponhas / que ele ponha / que nós 
ponhamos / que vós ponhais / que eles ponham. 
EU DIGO – que eu diga / que tu digas/ que ele 
56 
 
 diga / que nós digamos/ que vós digais / que 
eles digam. 
 
12.4.3. IMPERATIVO AFIRMATIVO: 
Dois tempos o formam: presente do indicativo e presente do 
subjuntivo. 
As segundas pessoas do discurso vêm do presente do indicativo 
sem o ―s‖. As demais pessoas são retiradas do presente do 
subjuntivo. 
PRES. 
DO 
IND. 
IMPE
R. 
AFIR
M. 
PRES. 
DO 
SUBJ. 
IMPER. 
AFIRM. 
REFLITO 
REFLETE
S 
REFLETE 
REFLETI
MOS 
REFLETI
S 
REFLETE
M 
----- 
REFLE
TE 
----- 
----- 
REFLE
TI 
----- 
REFLITA 
REFLITA
S 
REFLITA 
REFLITA
MOS 
REFLITAI
S 
REFLITA
M 
----- 
----- 
REFLITA 
REFLITA
MOS 
----- 
REFLITA
M 
 
12.4.4. IMPERATIVO NEGATIVO: 
É formado a partir do presente do subjuntivo. Na conjugação, 
esses tempos se diferem apenas na primeira pessoa do singular (eu), 
que não existe no imperativo negativo. 
PRESENTE DO 
SUBJ. 
IMPERATIVO 
NEGATIVO 
OUÇA 
OUÇAS 
OUÇA 
----- 
NÃO OUÇAS TU 
NÃO OUÇA VOCÊ 
NÃO OUÇAMOS 
57 
 
OUÇAMOS 
OUÇAIS 
OUÇAM 
NÓS 
NÃO OUÇAIS VÓS 
NÃO OUÇAM 
 
12.4.5. PRETÉRITO PERFEITO: 
* Representa ação começada e terminada no passado, o chamado 
passado pontual. 
* É o tempo característico das narrativas: 
 Ele começou a achar que estava sendo seguido. Decidiu 
correr e, já cansado, finalmente encontrou um lugar para se 
esconder. 
* Possui uma característica marcante que o difere dos demais: a 
desinência –STE, presente na segunda pessoa do singular (tu). 
* Não é marcado por desinências modo-temporais, apenas 
desinências número-pessoais. 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESTUD 
ESTUD 
ESTUD 
ESTUD 
ESTUD 
ESTUD 
E 
A 
O 
A 
A 
A 
ESTUDE 
ESTUDA 
ESTUDO 
ESTUDA 
ESTUDA 
ESTUDA 
 
 
 
 
 
 
 
I 
STE 
U 
MOS 
STES 
RAM 
BEB 
BEB 
BEB 
BEB 
BEB 
BEB 
 
E 
E 
E 
E 
E 
 
BEBE 
BEBE 
BEBE 
BEBE 
BEBE 
 
 
 
 
 
 
I 
STE 
U 
MOS 
STES 
RAM 
SENT    I 
58 
 
SENT 
SENT 
SENT 
SENT 
SENT 
I 
I 
I 
I 
I 
SENTI 
SENTI 
SENTI 
SENTI 
SENTI 
 
 
 
 
 
 
STE 
U 
MOS 
STES 
RAM 
 
 O pretérito perfeito do indicativo é um dos tempos verbais mais 
importantes da língua portuguesa, pois dá origem a três outros 
tempos que costumam gerar confusão em sua conjugação: 
 
 Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
 Pretérito imperfeito do subjuntivo 
 Futuro do subjuntivo 
12.4.6. TEMPOS DERIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO: 
A formação dos tempos derivados do pretérito perfeito ocorre 
da seguinte forma: 
Retira-se a desinência da segunda pessoa (tu), –STE, e 
acrescentam-se as desinências modo-temporais dos respectivos 
tempos: 
 
 RA (PRET. MAIS-QUE-PERFEITO) - FIZERA 
 
FIZESTE SSE (PRET. IMPERFEITO DO SUBJ.) – FIZESSE 
 
 R (FUTURO DO SUBJUNTIVO) – FIZER 
 
* Note que, em verbos regulares, não há alteração no radical: 
 
 RA (PRET. MAIS-QUE-PERFEITO) - AMARA 
 AMASTE SSE (PRET. IMPERFEITO DO SUBJ.) – AMASSE 
 R (FUTURO DO SUBJUNTIVO) – AMAR 
 
59 
 
 
 RA (PRET. MAIS-QUE-PERFEITO) - VENDERA 
 
 VENDESTE SSE (PRET. IMPERFEITO DO SUBJ.) – VENDESSE 
 
 R (FUTURO DO SUBJUNTIVO) – VENDER 
 
 A mudança ocorre em verbos irregulares e, sem o 
conhecimento da formação dos verbos derivados do pretérito 
perfeito, frequentemente ocorrem equívocos, tais como: FAZERA, 
FAZESSE e FAZER, ou DIZERA, DIZESSE e DIZER, quando o correto 
seria DISSERA, DISSESSE e DISSER, pois esses tempos vêm de 
DISSESTE, segunda pessoa do singular do pretérito perfeito, e não do 
infinitivo impessoal DIZER. 
 
12.4.6.1. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO: 
* Indica um passado anterior a outro passado: 
 
 Voltei para casa, porque a festa tornara-se monótona. 
 
* Tem como característica diferenciadora dos demais tempos a sua 
desinência modo-temporal, –RA. 
 
* É derivado do pretérito perfeito do indicativo. 
ESTIVESTE ESTIVE + RA 
 
ABASTECESTE ABASTECE + RA 
 
VIESTE VIE + RA 
 
 
60 
 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
E 
E 
E 
É 
É 
E 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVÉ 
ESTIVÉ 
ESTIVE 
RA 
RA 
RA 
RA 
RE 
RA 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
E 
E 
E 
Ê 
Ê 
E 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECÊ 
ABASTECÊ 
ABASTECE 
 
RA 
RA 
RA 
RA 
RE 
RA 
 
S 
 
MOS 
IS 
MVI 
VI 
VI 
VI 
VI 
VI 
E 
E 
E 
E 
E 
E 
 
VIE 
VIE 
VIÉ 
VIÉ 
VIE 
RA 
RA 
RA 
RA 
RE 
RA 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
 
12.4.6.2. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: 
 
* Remete-nos a uma condição. 
 
Se não reclamasse tanto, talvez conseguisse a promoção. 
 
* Costuma ser conjugado com a conjunção condicional ―SE‖. 
61 
 
 
* Em se tratando de correlação verbal, geralmente está associado ao 
futuro do pretérito. 
 
 Se ele se esforçasse, passaria no concurso. 
* Tem como marca a desinência –SSE, que o diferencia dos demais 
tempos. 
* É derivado do pretérito perfeito do indicativo. 
ESTIVESTE ESTIVE + SSE 
 
ABASTECESTE ABASTECE + SSE 
 
VIESTE VIE + SSE 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
E 
E 
E 
É 
É 
E 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVÉ 
ESTIVÉ 
ESTIVE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
E 
E 
E 
Ê 
Ê 
E 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECÊ 
ABASTECÊ 
ABASTECE 
 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
 
 
S 
 
MOS 
IS 
M 
VI 
VI 
E 
E 
 
VIE 
SSE 
SSE 
 
S 
62 
 
VI 
VI 
VI 
VI 
E 
É 
É 
E 
VIE 
VIÉ 
VIÉ 
VIE 
SSE 
SSE 
SSE 
SSE 
 
 
MOS 
IS 
M 
 
 
12.4.7. Futuro do Subjuntivo: 
* É um futuro hipotético, duvidoso, incerto. 
* Sua marca é a desinência –R, porém é necessário que se tenha 
cuidado, pois esta desinência aparece também no infinitivo pessoal. 
* É derivado do pretérito perfeito do indicativo. 
 
ESTIVESTE ESTIVE + R 
 
ABASTECESTE ABASTECE + R 
 
VIESTE VIE + R 
 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
ESTIV 
E 
E 
E 
E 
E 
E 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
ESTIVE 
R 
R 
R 
R 
R 
R 
 
 
ES 
 
MOS 
DES 
EM 
 
ABASTEC 
ABASTEC 
E 
E 
ABASTECE 
ABASTECE 
R 
R 
 
ES 
63 
 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
E 
E 
E 
E 
ABASTECE 
ABASTECÊ 
ABASTECÊ 
ABASTECE 
 
R 
R 
R 
R 
 
 
MOS 
DES 
EM 
VI 
VI 
VI 
VI 
VI 
VI 
E 
E 
E 
E 
E 
E 
 
VIE 
VIE 
VIE 
VIE 
VIE 
R 
R 
R 
R 
R 
R 
 
 
 
ES 
 
MOS 
DES 
EM 
 
12.4.8. INFINITIVO IMPESSOAL: 
* Também chamado de infinitivo não-flexionado é empregado, 
geralmente, na comunicação de uma ideia que não se refere a um 
sujeito específico, em particular: 
 
 ―Viajar é trotar pelos poeirais, nas secas”. (Darcy Ribeiro) 
 Dormir é quase sempre saudável. 
 
* É formador do futuro do presente, do futuro do pretérito, do 
pretérito imperfeito do indicativo e das formas nominais do verbo: 
infinitivo pessoal, particípio e gerúndio. 
 
12.4.9 INFINITIVO PESSOAL: 
*É chamado também de infinitivo flexionado e é empregado, 
geralmente, quando o sujeito está claro na oração, mesmo que não 
venha expresso: 
 
64 
 
 Seria interessante vocês acordarem mais cedo. 
 Que tal irmos a pé daqui até lá? 
 
* É derivado do infinitivo impessoal. 
* Seu emprego costuma ser confundido com o do futuro do 
subjuntivo, por ambos terem a mesma desinência modo-temporal, –
R, e as mesmas desinências número-pessoais: , –ES, , –MOS, –
DES, –EM. 
 
RADICAL 
VT TEMA DMT DNP 
EST 
EST 
EST 
EST 
EST 
EST 
 
A 
A 
A 
A 
A 
A 
ESTA 
ESTA 
ESTA 
ESTA 
ESTA 
ESTA 
R 
R 
R 
R 
R 
R 
 
 
ES 
 
MOS 
DES 
EM 
 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
ABASTEC 
E 
E 
E 
E 
E 
E 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECE 
ABASTECÊ 
ABASTECÊ 
ABASTECE 
 
R 
R 
R 
R 
R 
R 
 
 
ES 
 
MOS 
DES 
EM 
VI 
VI 
VI 
VI 
VI 
VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R 
R 
R 
R 
R 
R 
 
 
 
ES 
 
MOS 
DES 
EM 
65 
 
 
12.4.10. INFINITIVO PESSOAL X FUTURO DO SUBJUNTIVO 
* Apesar de terem as mesmas desinências, não provêm dos mesmos 
tempos verbais: o infinitivo pessoal é derivado do infinitivo 
impessoal, enquanto o futuro do subjuntivo vem do pretérito perfeito 
do indicativo, sendo necessário, portanto, saber como se formam os 
tempos verbais para solucionar as questões de concurso. 
 
* Outra característica que os diferencia é a presença de conjunção no 
futuro do subjuntivo e ausência da mesma no infinitivo pessoal, que 
pode aparecer acompanhado de preposição, não de conjunção. 
* É preciso ter atenção com verbos regulares, pois a conjugação do 
infinitivo pessoal e do futuro do subjuntivo é semelhante quando se 
trata desses verbos. 
* Dica: para saber se a questão da prova está lidando com o infinitivo 
pessoal ou com o futuro do subjuntivo, o mais aconselhável é 
substituir o verbo regular da questão por um verbo irregular, pois os 
irregulares distinguem-se dos regulares nesses tempos. 
* Outra dica seria reparar na presença ou na ausência de conjunção, 
porém esse não é um método sempre eficiente, já que, no texto, a 
conjunção e o verbo podem estar separados por elementos 
intercalados, dificultando a visualização necessária e induzindo o 
candidato a erro. 
 
FUTURO DO 
SUBJUNTIVO 
Quando… 
INFINITIVO 
PESSOAL 
FIZER 
FIZERES 
FIZER 
FIZERMOS 
FIZERDES 
FIZEREM 
FAZER 
FAZERES 
FAZER 
FAZERMOS 
FAZERDES 
FAZEREM 
ESTUDAR ESTUDAR 
66 
 
ESTUDARES 
ESTUDAR 
ESTUDARMOS 
ESTUDARDES 
ESTUDAREM 
ESTUDARES 
ESTUDAR 
ESTUDARMOS 
ESTUDARDES 
ESTUDAREM 
 
 
12.4.11. FUTURO DO PRESENTE 
* Geralmente, é utilizado para exprimir um fato que, no momento em 
que se fala, ainda não se realizou, mas que, possivelmente, deverá 
realizar-se: 
 Gal Costa cantará amanhã no Canecão. 
* Forma-se pelo acréscimo das desinências modo-temporais –RE, –
RÁ, –RÁ, –RE, –RE e –RA ao tema do infinitivo impessoal. 
RADICAL VT TEMA DMT DNP 
PAR 
PAR 
PAR 
PAR 
PAR 
PAR 
 
A 
A 
A 
A 
A 
A 
PARA 
PARA 
PARA 
PARA 
PARA 
PARA 
RE 
RÁ 
RÁ 
RE 
RE 
RA 
 
I 
S 
 
MOS 
IS 
~ O 
 
ESTRISTEC 
ESTRISTEC 
ESTRISTEC 
ESTRISTEC 
ESTRISTEC 
ESTRISTEC 
E 
E 
E 
E 
E 
E 
ENTRISTECE 
ENTRISTECE 
ENTRISTECE 
ENTRISTECE 
ENTRISTECE 
ENTRISTECE 
 
 
RE 
RÁ 
RÁ 
RE 
RE 
RA 
 
I 
S 
 
MOS 
IS 
~ O 
67 
 
SORR 
SORR 
SORR 
SORR 
SORR 
SORR 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
 
SORRI 
SORRI 
SORRI 
SORRI 
SORRI 
SORRI 
RE 
RÁ 
RÁ 
RE 
RE 
RA 
 
I 
S 
 
MOS 
IS 
~ O 
* Tal sistema não funciona para os verbos DIZER, FAZER e TRAZER, 
que fazem direi, farei e trarei. 
 
12.4.12. FUTURO DO PRETÉRITO: 
* É empregado, geralmente, para: 
 
 a) exprimir um futuro hipotético, dependente de certo 
acontecimento, que talvez nem venha a ocorrer: 
 
 “Mundo mundo vasto mundo 
 se eu me chamasse Raimundo 
 Seria uma rima, não seria uma solução”. 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
 b) exprimir

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