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Psicomotricidade Praxia, Dispraxia e Apraxia Está integrada na 3ª unidade funcional do modelo Luriano. Praxia compreende tarefas motoras sequenciais globais, está mais relacionada com a área 6 Brodmann. Esta área é ricamente conectada com as estruturas subcorticais. A área 6 Brodmann tem a função de programar a ação motora, ela antecipa e prepara o movimento propriamente dito. A praxia depende da integração e interação da 1ª e da 2ª unidade funcional do modelo Luriano. A praxia depende, segundo Ajuriaguerra (1972): Sincronização dos sistemas extrapiramidais, cerebeloso e vestibulares assegurando a estabilidade gravitacional necessária – tônus e equilíbrio; Coordenação da lateralização; Noção do corpo; Estruturação espaço-temporal; Harmonização do espaço extra e intracorpóreo; Capacidade de decisão, regulação e verificação para materializar a intenção e atingir o fim (objetivo). Praxias Definição: É um conjunto de movimentos coordenados para um fim determinado que depende da aprendizagem. A área 4 Brodamann é conhecida como córtex motor e atua como efetor, recolhe informações aferentes. A partir das quais ele vai elaborar a programação da ação. Todas as praxias exigem uma complexa integração proprioceptiva. Praxias, ou seja, movimentos intencionais são definidas por Piaget (1975), como: “sistemas de movimentos coordenados em função de um resultado” Dispraxias É a alteração em um conjunto de movimentos coordenados para um fim determinado que depende da aprendizagem. Na criança, esse problema é mais dinâmico e complexo, devido às implicações ontogenéticas. Sinais: Dismetrias – inadaptação a distâncias e movimentos exagerados e mal inibidos. Distonias – movimentos involuntários, intermitentes, paratonias sem qualquer significação funcional. Disquinesias – movimentos anormais, bruscos e anárquicos na postura e gestos finalizados. Dissincronias – velocidade inadequada dos movimentos, ausência de sinergia, perda da melodia cinética. As dispraxias combinam problemas práxicos com problemas da noção do corpo e da estruturação espaço-temporal. Segundo Ajuriaguerra (1974), são apractognosias somatoespaciais que refletem na aprendizagem da leitura e da escrita. “A dispraxia, no seu aspecto global, traduz uma disfunção psiconeurológica da organização tátil, vestibular e proprioceptiva, que interfere com a capacidade de planificar ações, com repercussões no comportamento socioemocional e no potencial de aprendizagem.” (FONSECA, 1995 p .229.) Apraxias É a perda de um conjunto de movimentos coordenados para um fim determinado que depende da aprendizagem. Resultante de lesão nas áreas motoras secundárias (pré-motora ou suplementar). “Perturbações da motricidade voluntária que aparece na ausência de agnosias e de perturbações da inteligência em indivíduos que não apresentam lesões no aparelho de execução.” (FONSECA, 1995) “Apraxia é a incapacidade de executar um movimento, ou sequência de movimentos apesar de estarem intactos a sensibilidade, a saída (output) e a compreensão da tarefa.” (LUNDY-EKMAN, 2000, p. 275) Tipos de apraxias: Apraxia ideomotora: surge na realização dos gestos elementares, dificuldade em responder um comando verbal ou imitar gestos; Apraxia ideatória (ideacional): dificuldade na sequência de movimentos, gestos complexos. Desintegração espaço-temporal dos movimentos que compõem uma totalidade (gesto complexo); Apraxia construtiva: não consegue reunir as unidades para formar totalidades (distúrbio está na execução da programação mental); Apraxias específicas: para executar movimentos específicos, vestir-se, marcha, bucofaciais etc.
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