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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE LETRAS
Resenha Crítica do Texto: O entre lugar da literatura Latino-Americano
Eduarda Pereira dos Santos
DRE: 11.218262-3
Rio de Janeiro
2016
O entre – lugar do discurso latino – americano
O autor começa o texto com duas citações, a primeira de Antônio callado Quarup. Que é sobre o jabuti e a onça, o jabuti deixou-se morder pela onça que ficou presa na sua casca mole, e de seu crânio fez seu escudo. A segunda citação é de Michel Foucault. Para entender a literatura, é preciso se libertar de tudo que está ligado ao postulado, de continuidade e influencia, aos fatos de transmissão e comunicação, antes magico que substancial.
Silviano Santiago usa os ensaios, de Montaigne para um breve relato, sobre o papel da literatura latino-americano. Neste ensaio, Montaigne descreve os canibais do novo mundo, como referência à historia grega. Silviano Santiago relata que este mesmo discurso, pode ser usado na discussão do lugar , que ocupa hoje o discurso, latino-americano. O autor exemplifica as citações históricas de Montaigne que marca o conflito, entre o civilizado e o bárbaro, o colonizador e o colonizado, entre Grécia e Roma, para compreensão do discurso latino americano. O rei Pirro que os bárbaros não se comportam como tais, a única coisa quediferencia o colonizador do colonizado, é a defasagem econômica, que governa a relação entre as duas nações.
Silviano Santiago nos mostra com este texto, que toda sociedade tem que ser respeitada independente do seu poder econômico. Cada sociedade tem seu valor , histórico-cultural, segundo, ele o Rei Pirro admirou os bárbaros, não pelo seu poder econômico, e sim pelos valores que os faziam lutar, bravamente, por sua pátria. Na vinda dos espanhóis e portugueses para à américa, aconteceu o mesmo conflito de identidade, para exemplificar Silviano Santiago relata que:
Desde o século passado, os etnólogos, no desejo de desmistificar o discurso beneplácitos dos historiadores, concordam em assimilar que a vitória do branco no novo mundo se deve menos a razões de caráter cultural do que ao uso arbitrário da violência e à imposição brutal de uma ideologia, como atestaria a recorrência das palavras “escravo” e “animal”. 
Os colonizadores, chegaram, com o de escravizar os chamados bárbaros e escraviza-los . usaram todo tipo de violência, em sua dominação, e chamavam os nativos de bárbaros e animais. Neste conflito de identidade quem é bárbaro e quem é animal? Isto nos leva a refletir , no que nos foi passado , que o bárbaro é aqueleque não tem poder econômico, mais vive em harmonia com sua cultura , e suas crenças, e colonizado é aquele que possui alto poder econômico, vive em harmonia com sua culturas e crenças. Por isto está sempre em busca de algo, sua ganancia, e ignorância, não os deixam viver em harmonia, com o mundo. “seria melhor para os índios que se transformassem em homens escravos do que continuassem a ser animais livres”.
Os portugueses chegaram no Brasil e impuseram, aos índios, suas crenças religiosas, culturas, e língua, usando a violência, para inverter os valores dos nativos. Pois os mesmos já eram civilizados, segundo sua crença, cultura, língua. A medida que os brancos avançavam em sua colonização os nativos iam perdendo sua identidade. À civilização ocidental é atribuída o estatuto familiar e social do primogênito.
A América transforma-se em copia, simulacro que se quer mais e mais semelhante ao original, quando sua originalidade não se encontraria na cópia do modelo original, mas em sua origem, apagada completamente pelos conquistadores. Pelo extermínio constante dos traços originais, pelo esquecimento da origem, o fenômeno de duplicação se estabelece como a única regra valida de civilização.
Os colonizados, hoje chamados depaíses de terceiro mundo, perderam sua identidade, sua cultura, sua crença, e copia tudo que vem dos colonizadores, chamados de primeiro mundo. Copiam, sua religião, sua cultura, sua língua. Nessa imitação criaram uma nova língua, uma nova raça, uma copia da copia sem identidade. 
O neocolonialismo, a nova mascara que aterroriza os países do Terceiro Mundo em pleno século XX, é o estabelecimento gradual num outro país de valores rejeitados pela metrópole, é a exportação de objetos fora de moda na sociedade neocolonialista, transformada hoje no centro da sociedade de consumo. Hoje quando a palavra de ordem é dada pelos tecnocratas, o desiquilíbrio é cientifico, pré-fabricado; a inferioridade é controlada pelas mãos que manipulam a generosidade e o poder, o poder e o preconceito. 
Surge essa nova raça dos mestiços, mesmo com movimentos contra, e tentativas de exterminar, os índios . E a imposição de códigos linguísticos, e códigos religiosos. “Esses códigos podem ser estatuto de pureza e pouco a pouco se deixam enriquecer por novas aquisições, por miúdas metamorfoses, por estranhas corrupções, que transformam a integridade do livro santo e do Dicionário e da gramatica europeus”. A contribuição da América Latina para ácultura ocidental, vem da destruição, do conceito de unidade e pureza. Com isto à América Latina toma seu lugar no mapa da civilização ocidental, que deixa de ser única e pura. A nova raça tomou conta do mundo. E a América Latina não pode fechar as portas, para invasão estrangeiras, e voltar as condições de paraíso, que viviam os índios. Em harmonia com a natureza. 
A América e a Europa não são mas as mesmas, e surgiu o entre-lugar, em que as culturas, raças, religiões e línguas se misturam perdendo sua identidade, e não se sabe mas o que é copia e o que é original. 
Declarar a falência de um método que se enraizou profundamente no sistema universitário: as pesquisas que conduzem ao estudo das fontes ou das influências. Porque certos professores universitários falam em nome da objetividade, do conhecimento pedagógico e da verdade cientifica, seu discurso critico ocupa um lugar capital entre outros discurso universitário.
Uma obra não pode ser valorizada pelo poder econômico e conhecimento social, do seu criador, e sim pelo valor cultural que ela representa . Um texto literário tem que ser valorizado por seu conteúdo, que transmita desejo de transformação e mudança. O leitor deixa de ser um simples leitor para se transformarem critico transformador. Não importando o lugar que ele ocupa na sociedade. A verdadeira literatura é, aquela que, desperta o leitor, e desperta o leitor para os problemas culturais, racial, e econômica. E não uma copia em que predomina, o nome do escritor, a editora, e o valor econômico. Silviano Santiago relata em exemplo, o valor da literatura da América Latina, como ela pode ser lida e interpretada conforme o conhecimento de quem lê. Como uma simples frase, escrita no espelho de um restaurante, pode obter significado diferente, dependendo da visão e conhecimento de quem a ler. “O significante é o mesmo, o significado circula uma outra mensagem, uma mensagem invertida.”
O autor ainda da outros exemplos , de escritores Latino Americano, e as varias interpretação do significados, mensagens, e ponto de vista. O autor cita ainda o exemplo do escritor que reescreveu Dom Quixote, ele não escreveu outro livro e sim uma copia. “A obra invisível e o paradoxo do segundo texto que desaparece completamente, dando lugar à sua significação mais exterior, a situação cultural, social, e politica, em que se situa Segundo o autor.”
O segundo livro pode ser visível a partir dos acréscimos feito pelo escritor argentino. A literatura- LatinoAmericana abre caminho, para à elaboração do discurso critico, contradizendo os princípios de certas criticas universitárias, que só se interessa pela parte universal do texto. A leitura que fala da razão que para à sociedade burguesa, e consumista. Já a leitura hibrida nos abre novos horizontes, em que cada leitor tem a capacidade de criar sua próprias criticas, e descobrir que a América sorridente e feliz, é umailusão, que a sociedade burguesa nos passa, através de seu domínio cultural. Abrindo os olhos para à alarmante realidade, sociocultural do nosso país. 
Entre o sacrifício e o jogo, entre a prisão e a transgressão, entre a submissão ao código e a agressão, entre a obediência e a rebelião, entre assimilação e a expressão – ali nesse lugar aparentemente vazio, seu templo e seu lugar de clandestinidade, ali, se realiza o ritual antropófago da literatura latino-americana.
O autor nos faz refletir, que o lugar da literatura latino-americana esta entre um texto escrito e elaboração do discurso critico que este texto sugere.
BIBLIOGRAFIA:
Santiago, Silviano. O entre lugar do discurso latino- americano. Rio de Janeiro-2000

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