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NUTRIÇÃO DO ADOLESCENTE A adolescência Transição de um sistema de apego centrado, em parte, na família, para um sistema de apego centrado no grupo de iguais. As mudanças físicas ocorrem, principalmente, devido à maturação sexual e ao estirão puberal. O aumento da produção de hormônios causa mudanças no tamanho, forma e composição corporal. Há em média um ganho de 25% da estatura final e de 50% do peso final, que se deve principalmente ao aumento da massa magra (ANJOS, VEIGA, CASTRO, 1998). A adolescência Por sentirem-se membros de uma cultura de idade ( cultura adolescente), que se caracteriza por ter suas próprias modas e hábitos, seu estilo de vida próprio, e seus próprios valores; por ter preocupações e inquietudes que não são mais as da infância, mas que ainda não coincidem com as dos adultos. HÁBITO ALIMENTAR QUE EVOLUIU DESDE A INFÂNCIA COM OS REFERENCIAIS: FAMÍLIA ESCOLA TRABALHO ASPECTOS BIOLÓGICOS ACELERAÇÃO E DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO E MATURAÇÃO SEXUAL FASE DE CRESCIMENTO RÁPIDO – 10 cm/ano FASE DE DESACELERAÇÃO – 5-8 cm/ano Nesta época da vida, o indivíduo ganha 20% da estatura final 50% do seu peso definitivo como adulto. •As necessidades protéico-calóricas na adolescência (principalmente no estirão) são maiores que em qualquer outro momento da vida, com excessão dos períodos de gravidez e lactação para o sexo feminino; •Como resultados desse aumento anabólico, o adolescente é altamente sensível à restrição protéico calórica. ASPECTOS BIOLÓGICOS ADOLESCENTE – 10 – 19 ANOS (OMS) PUBERDADE INTENSO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO OBJETIVO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL: PROMOVER ESTADO NUTRICIONAL ÓTIMO E DIMINUIR RISCOS NA FASE ADULTA PUBERDADE MUDANÇAS BIOLÓGICAS QUE ACONTECEM NA ADOLESCÊNCIA, DECORRENTES DE AÇÕES HORMONAIS MARCA A FASE DE TRANSIÇÃO DE INFÂNCIA PARA ESTADO ADULTO MODIFICAÇÕES: -PESO (50%) E ESTATURA (20-25%); -COMPOSIÇÃO CORPORAL; -TRANSFORMAÇÕES FISIOLÓGICAS NOS ÓRGÃOS INTERNOS; -DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO; -CRESCIMENTO ÓSSEO PUBERDADE A ALTURA DA CRIANÇA /ADOLESCENTE É COMPÁTIVEL COM A DE SEUS PAIS? 1 – MEDIR A ALTURAS MATERNA E PATERNA; 2 – CALCULAR A AMP (altura média dos pais) ; 3 – COLOCAR NO GRÁFICO DE ALTURA/IDADE (A/I), NA IDADE DE 18 ANOS, AMP ENCONTRADA; 4 – PROLONGAR ATÉ OS 18 ANOS A LINHA DE CRESCIMENTO EM ALTURA DA CRIANÇA,RESPEITANDO O PERCENTIL/ESCORE; 5 - SE A ALTURA PREVISTA PARA A CRIANÇA AOS 18 ANOS SITUAR-SE A MAIS OU MENOS 8 CM DA AMP, A ALTURA DA CRIANÇA É CONSIDERADA COMPATÍVEL COM A ALTURA DOS PAIS DESENVOLVIMENTO SEXUAL Tanner (1965) • Mede os caracteres secundários (mamas e pêlos pubianos nas meninas; genitália e pêlos pubianos nos meninos). • Início da puberdade (primeiro sinal puberal): - na menina entre 8 - 13 anos (menarca) - no menino entre 9,5 - 13,5 anos ( dos testículos) Ministério da Saúde, 2007 MATURAÇÃO SEXUAL – CORREÇÃO DA IDADE • ESTÁGIO 1: PRÉ-PUBERAL (< = 10 ANOS) • ESTÁGIO 2: 11 ANOS • ESTÁGIO 3: 12 ANOS • ESTÁGIO 4: 13 ANOS • ESTÁGIO 5: 14 ANOS em diante AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ADOLESCENTES ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ESTÁGIO 1: MENINOS E MENINAS CARACTERISTICAS INFANTIS; - MENINAS ENTRE 9 E 10 ANOS - MENINOS ENTRE 11 E 12 ANOS FASE DE REPLEÇÃO PUBERAL - RESERVA ADIPOSA COMO RESERVA ENERGÉTICA - Não ultrapassar 20% de excesso de peso em relação ao esperado para a altura. ESTÁGIO 2 - MENINAS INICIAM O ESTIRÃO E APÓS 2 ANOS TEM A MENARCA Ex: Menina em M2P2 com 10 anos( significa que por volta de 12 anos terá aumentado 20cm de altura, considerando fatores genéticos). - MENINOS REPRESENTA INÍCIO DA PUBERDADE ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ESTÁGIO 3 - MENINAS JÁ PASSARAM PELO ESTIRÃO PUBETÁRIO ( aspecto longíneo e emagrecido); - AINDA APRESENTA AUMENTO DE TECIDO ADIPOSO, TECIDO MAGRO E ÓSSEO. - MENARCA VAI ACONTECER NO FINAL DESSE ESTÁGIO( TRASNSIÇÃO PARA O ESTÁGIO 4); - MENINOS ACONTECE O ESTIRÃO PUBETÁRIO ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ESTÁGIO 4 - A MAIORIA DAS ADOLESCENTES JÁ APRESENTOU A MENARCA; - NO FINAL DESTE PERÍODO O CONSUMO ENERGÉTICO MAIS EFICIENTE PARA O DEPÓSITO DE GORDURA, DEVIDO A MAIOR ESTABILIZAÇÃO DAS FUNÇÕES HORMONAIS OVARIANAS; - MONITORA-SE INGESTÃO ALIMENTAR X GASTO ENERGÉTICO ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ESTÁGIO 4 - NOS MENINOS REFLETE A DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO; - GANHA TECIDO ADIPOSO COM UM POUCO MAIS DE INTENSIDADE; - ALTURA PRÓXIMA DA DEFINITIVA - APETITE NO MENINO AINDA MAIS VORAZ QUE MENINAS – APESAR DE MENOR VELOC. DE CRESCIMENTO, TEM MAIOR INGESTÃO PARA ATENDER ESTRUTURA FÍSICA. - CRESCIMENTO MASSA MUSCULAR INTENSA – MAIOR ATIVIDADE METABÓLICA. ESTÁGIO 5 - INDICAM FINALIZAÇÃO DO PROCESSO MATURAÇÃO SEXUAL, DE GRANDES MODIFICAÇÕES CORPORAIS E DE CRESCIMENTO LINEAR; - ADOLESCENTES ESTÃO ENTRANDO NA VIDA ADULTA; MENINA: REDUZ ESPONTANEAMENTE A INGESTA ALIMENTAR MENINO: MAIOR CONSUMO ALIMENTAR PARA EQQUILIBRIO PROPORÇÕES CORPORAIS. ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO SEXUAL ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA • A linha verde corresponde ao escore z 0. As outras linhas indicam distância da mediana. • Um ponto ou desvio que esteja fora da área compreendida entre as duas linhas vermelhas indica um problema de crescimento. • A curva de crescimento de uma criança que está crescendo adequadamente tende a seguir um traçado paralelo à linha verde, acima ou abaixo dela. • Qualquer mudança rápida nessa tendência (desvio da curva da criança para cima ou para baixo do seu traçado normal) deve ser investigada para determinar a causa e orientar a conduta. . • Um traçado horizontal indica que a criança não está crescendo, o que necessita ser investigado. • Um traçado que cruza uma linha de escore z pode indicar risco. O profissional de saúde deve interpretar o risco baseado na localização do ponto (relativo à mediana) e na velocidade dessa mudança. • Com relação às curvas de perímetro cefálico, é importante lembrar que as alterações do desenvolvimento infantil são mais sensíveis e precoces do que o crescimento da cabeça NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE ADOLESCENTES NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE ADOLESCENTES Por que o adolescente vem a consulta? queixas físicas, reais ou imaginárias; dificuldades de ajustamento social na escola, no trabalho, com companheiros, transtornos de conduta; mau rendimento escolar; dificuldades na área da sexualidade, queixas psicológicas- preocupações, angústias, distúrbios do sono, da alimentação, do humor. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA IMC/IDADE ESTATURA/IDADE DOBRAS CUTÂNEAS (DCTP/DCSB) Protocolo de Guedes, para Crianças e Adolescentes (7-18 anos) - 2 Dobras cutâneas: Tríceps, subescapular Rapazes Brancos= (S= somatória das D.C. Tríceps e Subescapular) Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 1,7 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,4 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,5 Rapazes Negros= Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,5 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,2 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 6,8 Moças de qualquer raça e nível de maturidade=G% = 1,33 (S) - 0,013 (S)² - 6,8 Obs: Quando o (S) for maior que 35 mm, será utilizada uma única equação para cada sexo, para qualquer raça e nível de maturidade: Rapazes=G% = 0,783 (S)² +1,6 Moças =G% = 0,546 (S)² +9,7 Anamnese O que gosta de fazer nas horas de folga? O que mais gosta e o que menos gosta naescola? É praticante de esportes competitivos? Que sonhos e desejos têm para o futuro? Itens da Anamnese Família: estrutura e dinâmica familiar; Educação: escolaridade, problemas; Trabalho: profissão, horas, problemas; Alimentação: tipo, alergias, peso; Sexualidade: puberdade, atividade sexual, dúvidas, tabus, preconceitos; Afeto: relacionamentos, filhos; Ambições: projetos futuros - vida e profissão; Uso/abuso de drogas lícitas/ilícitas; Pensamento ou tentativa suicídio. OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. Instituto Nacional de Câncer (INCA). MS, 2003 Aumento da prevalência de excesso de peso em adultos = atenção ao controle de peso em crianças e adolescentes. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2006; 6 (Supl 1): S49-S54. Obesidade na adolescência e importância em saúde pública o sobrepeso está associado com o aumento do risco de obesidade na vida adulta e, portanto, indiretamente associado com as doenças crônicas relacionadas ao excesso de gordura corporal. Cerca de 80% dos adolescentes obesos tornam-se adultos obesos. Presença de sobrepeso em crianças e adolescentes foi positivamente associado com níveis séricos elevados de triglicerídeos. O "sobrepeso" e a obesidade causam efeitos prejudiciais décadas mais tarde. Portanto, a adolescência é um tempo crítico e oportuno para a prevenção e a intervenção precoce. POF – 2008/2009 Segundo o documento, elaborado com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS): • o sobrepeso em adultos no Brasil passou de 51,1% em 2010, para 54,1% em 2014. • A tendência de aumento também foi registrada na avaliação nacional da obesidade. • Em 2010, 17,8% da população era obesa; • em 2014, o índice chegou aos 20%, sendo a maior prevalência entre as mulheres, 22,7%. Outro dado do relatório é o aumento do sobrepeso infantil. • Estima-se que 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas, com 7,7%. As medidas antropométricas assim como as pregas cutâneas mostram uma associação positiva com a hipertensão arterial. (Costa & Sichieri, 1996) Nesta faixa etária a conseqüência psicossocial pode trazer danos para formação da personalidade pois estão em pleno processo de desenvolvimento psicológico e social. DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE Um melhor diagnóstico é obtido quando é feita a anamnese completa, o exame físico detalhado e a adequada solicitação de exames complementares. NEM SEMPRE POSSÍVEIS EM ESTUDOS POPULACIONAIS Nos estudos populacionais , quando é usado um pequeno número de indicadores, ou até um único, deve-se ter sempre em mente a possibilidade do erro, que se apresentará sob a forma de falso-positivos ou falso-negativos. PARÂMENTROS QUE DEVEM SER UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE ANAMENSE GERAL Dados de hábitos de vida e saúde, assim como preferências alimentares, doenças referidas, características familiares, nível de atividade física, etc. Exame físico: O exame físico não antropométrico deve ser voltado para a busca de sinais gerais de aumento do tecido adiposo e sinais específico de hipernutrição que terão implicação no tratamento. INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS: Mais usados para diagnóstico da obesidade na adolescência. Acúmulo excessivo de gordura corporal aumento de medidas antopométricas obtidas em locais em que o tecido adiposos esteja presente. Adolescência aumento desejável de medidas antropométricas, devido ao crescimento físico e do significado dessas medidas, devido à maturação sexual, necessitando-se , a todo momento, levar em conta outros parâmetros. 3 parâmetros: 1-Medida da massa corporal; indica se o indivíduo apresenta excesso de massa; 2-Medida da composição corporal: indica a composição da massa; 3-Medida do grau de maturação sexual; indica se os valores de referência podem ser usados para comparação. Bioquímica •Lipídios(Arq. Bras. de Cardiol.Vol.85,Supl.VI, Dez.2005) Exames Bioquímicos ALTERAÇÕES NA OBESIDADE • Crianças obesas são mais altas • apresentam idade óssea avançada • maturação sexual na maioria está avançada – família tem falsa expectativa de crescimento • EXCESSO DE ADIPOSIDADE ESTÁ ASSOCIADO A ALTERAÇÃO DOS FATORES DE RISCO: • DOENÇA CARDIO VASCULAR; • LDL, COLESTEROL TOTAL E TGL ELEVADOS • GLICEMIA ELEVADA • ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO PULMONAR • SINDROME DE PICKWIK( hipoventilação, surtos de sono durante o dia e apnéia do sono) • ALTERAÇÕES POSTURAIS E FUNCIONAIS • SOBRECARGA REGIONAL OU GLOBAL; • COMPLIAÇÕES ORTOPÉDICAS ( DELISGAMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR, JOELHOS VALGOS, OETEOCONDRITE NO QUADRIL) • HIPERCOLESTEROLEMIA, HIPERTRIGLICERIDEMIA • ALTERAÇÕES NA PA SURGIMENTO ACANTHOSIS NIGRICANS É uma lesão na pele que provoca espessamento e hiperpigmentação. Deixa a região acometida escura e com aspecto aveludado e está bastante relacionada com a obesidade. • RESISTÊNCIA À INSULINA E RECOMENDAÇÕES E CLASSIFICAÇÃO. • DEVE SER CONSIDERADA , SEGUNDO A ADA, CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DE DM2(ADA,2000): - SINTOMAS CLÁSSICOS DE DIABETES MAIS CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE CASUAL ≥ 200mg/dl ou GLICOSE EM JEJUM ≥ 126mg/dl; - TESTE DE GLICOSE 2H ≥ 200mg/dl CÁLCULO ENERGÉTICO É NECESSÁRIO O CÁCULO DO GET E GEB; PRESCRIÇÃO DIETÉTICA COM CONTROLE ENERGÉTICO, CALCULAR ESTABELECENDO A REDUÇÃO DE APROX. 500 KCAL DO GET; PROPOSTA DIETÉTICA CONSIDERA O ESTAGIO DE MATURAÇÃO SEXUAL. O GET DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O PA( FATOR DE CONVERSÃO DE ACORDO COM ATIVIDADE FÍSICA). UTILIZA-SE MAIS O TEE PARA MANUTENÇÃO DE PESO CÁLCULO ENERGÉTICO ADOLESCENTES EM FASE PÚBERE –AS QUE APRESENTAM POTENCIAL PARA CRESCER, DEVEMOS PRECONIZAR A MANUTENÇÃO DO PESO POR NO MÁX. 1 ANO PARA OS ADOLESCENTES QUE ESTIVEREM NOS ESTAGIOS MAIS AVANÇADOS DE TANNER, A PERDA DE PESO É NECESSÁRIA, PARA QUE SE CORRIJA O EXCESSO PONDERAL. AÇÕES DE COMBATE Na cidade do Rio de Janeiro, decreto de abril de 2002 proíbe a venda de guloseimas na rede municipal de ensino; Em Santa Catarina, lei implantada em dezembro de 2001 proíbe às cantinas de escolas públicas e particulares de educação básica vender guloseimas e refrigerantes e as obriga a oferecer pelo menos dois tipos de frutas da estação; No Distrito Federal, escolas recebem orientação nutricional do projeto “A Escola Promovendo Hábitos Alimentares Saudáveis”, criado pela Universidade de Brasília e que tem o apoio do Ministério da Saúde; Em São Paulo, o Ministério Público move ações contra a AmBev e a Coca-Cola para restringir a publicidade de refrigerantes direcionada às crianças AÇÕES DE COMBATE A OBESIDADE Nos Estados Unidos, pelo menos 19 Estados já proibiram a venda de guloseimas e o uso de máquinas de refrigerantes nas escolas; No Reino Unido, pesquisa realizada por jornal local em outubro diz que 69% dos adultos acham que máquinas de venda de salgadinhos e refrigerantes deveriam ser banidas das escolas. AÇÕES DE COMBATE OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Excesso de gordura corporal; Regionalizada ou em todo o corpo; Doença complexa, Etiologia multifatorial; Causa principal: desequilíbrio crônico entre o gasto energético e energia consumida; DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE PERÍODOS CRÍTICOS Desenvolvimento e manutenção da obesidade Fase gestacional (3 trimestre) Infância (entre 5 e 6 anos) Adolescência ( IMC e multiplicaçãocélulas adiposas) DIETZ, 2004 Pós-púberes com excesso de peso = 80% adulto obeso WHITAKER,R.C., WRIGHT,J.A PEPE, M.S., DIETZ, W.H., 1997 FATORES DETERMINANTES (crianças) Rápido e descontrolado do peso corporal durante a gestação; Desmame precoce + introdução inadequada de alimentos complementares; Emprego de fórmulas lácteas inadequadas; Distúrbios no comportamento alimentar; Inadequação da relação familiar adolescentes; Açúcares simples e gordura, densidade calórica, atividade física; DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE FISBERG, M, 2004 FATORES DE RISCO CONSUMO ELEVADO DE REFRIGERANTES Crianças 33% Adolescentes 50% 22% ingestão = 780ml/dia (* Entre 1977 e 1994) HARNACK,L.,STANG,J.,STORY,M. 1999 NO TAMANHO DAS PORÇÕES 224% carnes 480% massas 700% chocolate (Década 70 - > atuação marketing na industria alimentícia) YOUNG,L.R., NESTLÉ,M. 2002 DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE GASTO ENERGÉTICO Redução (fator ambiental que mais contribui): Televisão, videogames, Computadores; controles remotos; SILVA,R.C.R, MALINA,R.M.(2000) Rio de Janeiro: não praticam atividade física 87% 94% Prevalência do sedentarismo, > probabilidade de adulto inativo HISTÓRICO FAMILIAR Fator genético obesos = 80% chances obesidade sobrepesos = 50% chances obesidade eutróficos = 9% chances obesidade BORGESON,M. 1976 Adoção/gêmeos = relação com pais biológicos Forte influência genética SORENSEN,1989, PRICE,R.A. 1987 DOENÇAS ASSOCIADAS Alterações metabólicas Dislipidemia Resistência à insulina Hipertensão arterial FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE: Doença arterial coronariana; Diabetes mellitus tipo 2; Distúrbios do sono; Complicações ortopédicas; Câncer. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA • As necessidades PTN são mais altas durante o estirão pubertário para a formação de novos tecidos que caracterizam um aumento na massa muscular e na maturação dos órgãos sexuais. • É importante orientar quanto ao tipo de carboidrato ingerido, evitando o consumo de carboidratos simples e estimulando o uso de alimentos ricos em carboidratos complexos, que possuem maior teor de fibras. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA • As necessidades da maioria dos minerais estão elevadas durante a adolescência, sendo o cálcio, o ferro e o zinco de grande importância durante o estirão de crescimento. FERRO é elevada para ambos os sexos em decorrência: do rápido crescimento, do aumento da massa muscular e do volume sanguíneo. meninos tem maior massa magra, tendo a necessidade de Fe maior durante o pico de crescimento, meninas a necessidade é maior no início da menarca. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA • A ingestão de CÁLCIO nessa fase é de grande importância e deve ser aumentada para satisfazer as necessidades e a evitar osteopenia. A massa esquelética aumenta durante o estirão puberal, quando o depósito diário de cálcio é quase o dobro do incremento médio para todo o período de crescimento, sendo maior no sexo masculino. • As necessidades de vitaminas estão todas aumentadas durante a adolescência, devido ao aumento do anabolismo e do gasto energético na puberdade. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA • A ingestão de Cálcio nessa fase é de grande importância e deve ser aumentada devido a retenção de cálcio para a formação óssea; • período critico de mineralização do osso, o que pode acarretar futuramente a osteoporose; • Durante a puberdade, obtêm-se 40% massa óssea de uma vida adulta. ZINCO elemento fundamental para os processos de crescimento, diferenciação e divisão celular, síntese de DNA, transcrição de RNA crescimento do tecido conjuntivo Maturaçao Sexual Uma dieta normal e equilibrada pode oferecer entre 10 e 15 mg/dia de zinco. Dentre os alimentos mais ricos nesse micronutriente, destacam-se peixes, carnes, aves, leite e derivados que podem oferecer cerca de 80% desse total. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA VITAMINA A • NECESSÁRIA PARA CRESCIMENTO; DIFERENCIAÇÃO E PROLIFERAÇÃO CELULARES; • INTEGRIDADE DO SISTEMA IMUNOLÓGICO; • ESTUDOS REVELAM BAIXAS DOSAGENS NESTE GRUPO RETINOL SÉRICO E BETACAROTENO. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA FIBRA ALIMENTAR • PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO ADOLESCENTE OBESO; • REDUÇÃO COLESTEROL SANGUÍNEO; • REDUÇÃO GLICEMIA Até 15 anos ( soma-se a idade da criança + 5) Após 15 anos usar a mesma recomendação de adulto. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA • Deve-se estabelecer um contato de confiança mútua entre o profissional de saúde e o adolescente, para se organizar um esquema alimentar que atenda às necessidades dessa fase de vida. • Comer alimentos variados; • Realizar de 5 a 6 refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar, além de 2 ou 3 lanches intercalados; • Escolher uma dieta pobre em gorduras saturas e colesterol; • Incluir frutas legumes e verduras na alimentação; • Evitar guloseimas e refrigerantes nos horários entre as refeições; • Adequar a alimentação diária a prática de atividade física; ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA Os familiares devem estar conscientes de que a modificação dos hábitos alimentares, não deve ser uma exigência, mas um consenso entre todos. ADOLESCENTES x ESPORTE CRESCIMENTO DESENVOLVIMENTO MATURAÇÃO ADOLESCENTE ATLETA ATIVIDADE FÍSICA AO LONGO PRAZO – ESTRATÉGIA DEFINITIVA DE MANUTENÇÃO DE PESO; TREINAMENTO INTENSO EM IDADE PRECOCE, PODE ALTERAR O DESENVOLVIMENTO PUBERAL NOS ATLETAS, ATRASANDO EM ATÉ 2 ANOS A MENARCA: FATORES QUE INFLUENCIAM ATRASO PUBERAL -IDADE EM QUE SE INICIAM ATIVIDADES DE ALTO IMPACTO; -HORAS DE TREINAMENTO POR SEMANA -QUANTIDADE DE GORDURA CORPORAL EXIGIDA PELA MODALIDADE. Fatores que interferem na saúde do osso O EXERCICIO INTENSO PODE AFETAR NO CRESCIMENTO? TREINO INTENSO TREINAMENTO INTENSO NA FASE PRÉ-PUBERAL, RESTRIÇÃO ENERGÉTICA E BAIXO % GORDURA, LEVAM A AMNORRÉIA NAS ADOLESCENTES. AMNORRÉIA, NESTA CASO, É HIPOTALÂMICA, POIS É CAUSADA PELA QUEDA NO PULSO DO GnRH ( LIBERADOR DA GONADOTROPINA) – DIMINUÍNDO OS NÍVEIS DE ESTROGÊNIO. Amenorreia falta de Estrogênio - que tem efeito protetor sobre os ossos. Estrogênio absorção intestinal de cálcio e reduz a excreção urinária desse mineral e facilita a retenção de cálcio pelos ossos. ALTERAÇÕES METABÓLICAS E HORMONAIS EM RESPOSTA AO CRESCIMENTO E EXERCÍCIO Dados de exercício são limitados pois muitos métodos são invasivos, o que é complicado nesta faixa etária. Os estudos existentes usam métodos indiretos pouco invasivos, que não acarretam riscos à saúde. ADOLESCENTE ATLETA • Consumo abaixo ou adequado às recomendações variabilidade conforme a modalidade estudada • Erros alimentares similares aos dos adolescentes não- atletas • Consumo abaixo das necessidades: ginástica olímpica, rítmica, aeróbica, ballet, nado sincronizado, corrida de longa distância, ciclismo, etc Minerais Cálcio: Sustentação da maior massa esquelética Ferro: Aumento da massa muscular, do volume sangüíneo e capacidade respiratória Zinco: Formação de novo esqueleto e tecidos musculares HIDRATAÇÃO • Termorregulação menos eficiente • Menor taxa de sudorese: 350 – 400ml/hora/m2 • Maior razão de área de superfície por massa corporal • maior troca de calor com o ambiente (Petrie et al, 2004) • Se em adultos 2% de desidratação é responsável pelo menor rendimento,em crianças passa a ser 1% • Com a maturação, há um aumento na taxa de sudorese • Aumento (46%) do consumo de líquidos com sabor de uva (Wilk e Bar-Or, 1996) (Petrie et al, 2004) Os padrões alimentares inadequados geralmente têm início antes da adolescência, mas é neste período que as desordens alimentares podem emergir. Calcular a necessidade de um: Nadador (treino = 4h/dia) • Sexo: masculino • Idade: 12 anos • Peso: 55kg • Estatura: 1,60m • MET/h: 28 QUAL É O MELHOR MÉTODO? DRIs: 3915,8 kcal OMS: 1608,2 x 1,7 = 2733 kcal HARRIS BENEDICT: 1558,4 x 1,7 = 2649 kcal HARRELL et al: 2633 kcal - ZINCO
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