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Fisiologia do esporte

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Raquel T68
Botta FHI N2
Fisiologia do esporte 
Gráficos e interpretação: Guyton e Hall (13ª edição)
Caso apresentado: 
“ Maratonista de 30 anos treinava com muito rigor para competir em alto nível. Como uma maratona exige do organismo muita resistência muscular, que é consequência do demorado tempo de atividade física, seu técnico o instruía a se alimentar com muito carboidrato para que ele conseguisse levar a prova até o final. 
Ele sabia que uma dieta rica em carboidratos levava a exaustão completa em ate 4 horas de prova, utilizando metabolismo aeróbico. Sabia também que alem da oxidação da glicose para produção de energia, também poderia utilizar energia na oxidação de ácidos graxos e proteínas. 
Durante a maratona realizada após muito preparo, conseguiu boa classificação com 3 horas e 50 minutos de prova, mas ao se submeter à outra prova um dia após, apresentou exaustão completa com 3 horas de prova, não conseguindo completar a mesma. ”
- aula baseada nos gráficos do Guyton 
Quando começa a oxidar proteína já esta no fim da energia. 
Abordagem da aula: 
Músculos em exercício 
Efeito da atv física no sistema respiratório 
Atv física no sistema cardiovascular 
Atv física na obesidade 
Músculos nos exercícios 
3 pontos deves ser considerados: força muscular, potência muscular e a resistência muscular.
Força muscular 
Determinada pelo tamanho do musculo, quando maior a área de secção transversa, maior a força. 
Potência muscular
Quantidade total de trabalho da unidade de tempo (kg m/min) envolve força, distância e o número de contrações por minuto.
Potência máxima
10s: 7000 kg.m/min
Minuto seguinte: 4000 kg.m/min
Próximos 30 minutos: 1700 kg.m/min
Resistência muscular
Tempo que o músculo aguenta a atividade – depende do aporte nutricional, do armazenamento de glicogênio. 
- A dieta rica em carboidratos faz aguentar uma resistência muito maior carboidrato é uma energia fácil. 
- A quantidade de glicogênio ligada é diretamente proporcional à resistência. 
É importante ver como o músculo consegue a sua energia – relacionando com atividades prolongadas, atividades curtas não necessitam tanto de energia. 
Sistemas metabólicos musculares 
Sistema fosfocreatina-Creatina 
Sistema glicogênio ácido – láctico 
Sistema aeróbico 
São sistemas que impõem o limite da atv física, e tem como fonte de energia o ATP, que tem ligações fosfato de altas energias. 
A reserva de atp no músculo se esgota em segundos. 
No exercício é essencial que o ATP seja gerado continuadamente. 
Fosfocreatinina
Energia rapidamente utilizada. 
Disponível no músculo.
Usada em atletas de 100m rasos provas menores que 10s. 
100 metros rasos, salto, levantamento de peso, mergulho, batedor de baseball. 
Glicogênio – ácido láctico
Anaeróbico: glicólise após a glicogenólise: ATP e acido láctico. 
Mais rápido que o processo de oxidação das mitocôndrias. 
Fornece 1,3 a 1,6 minutos de energia. 
200m rasos, basquete, futebol, tênis. 
Sistema aeróbico
Necessita de oxigênio. É uma produção menor, mas é mais prolongado.
Oxidação da glicose, ácidos graxos, aminoácidos dos alimentos para gerar energia. 
Funciona por tempo indeterminado, enquanto houver substrato. 
Maratona, cooper, 10.00m no skate.
Quanto maior resistência necessária, mais usara os processos de energia do organismo. 
Recuperação dos sistemas metabólicos 
Energia do metabolismo oxidativo reconstitui ATP, fosfocreatina e do glicogênio-AL. 
Recuperação do sistema aeróbico: déficit de O2; recuperação do glicogênio muscular – tudo isso deve ser resposto. 
Déficit de O2 e recuperação
Temos quantidades de estoque de O2 (dados Guyton) suficiente para 1 minuto de metabolismo aeróbico.
Após o exercício, as reservas devem ser respostas – o total de déficit de O2 é de 11,5L (contando com o sistema fosfágeno e ácido láctico).
Gráfico Guyton demonstra que:
Todo déficit de O2 após exercício, são repostos em questões de minutos (44 minutos), o estoque láctico também. 
Recuperação do glicogênio muscular 
- Requer dias ao invés de segundos, minutos, horas. 
- Depende da dieta (melhor com carboidratos)
- Dieta de atletas de resistência devem ser ricas em carboidratos. 
- Não deve participar de atividade exaustiva antes de 48 horas. 
A recuperação de glicogênio é lenta. 
Exaustão
- O uso de carboidrato, no inicio usa-se só glicose; após a exaustão se usa gordura juntamente com a glicose. 
- Quem ingere só gordura, chega na exaustão mais precoce – usa gordura e não tem glicose.
Efeito do treinamento atlético nos músculos 
- Exercícios sem carga não aumentam a massa. 
- Treinamento com carga aumenta a força de resistência. 
Aptidão individual para esportes 
Fibras de contração lenta/vermelha
– Energia aeróbica – sistemas mitocondriais mais importantes maratonistas tem mais fibras vermelhas – resistência.
Fibras de contração rápida/branca
- Depende da atividade anaeróbica 
- Sistema fosfátogeno, glicogênio ácido láctico 
- Muita potencia, mas em poucos segundos;
- Fibra branca é fibra de explosão.
Efeito da atividade física no sistema respiratório 
Respiração 
- Muita importância pra resistência = oxigênio, mas pouca importância nas modalidades de curta velocidade.
Consumo de O2 no organismo 
No esforço máximo é muito maior que no repouso.
Se aumenta consumo de O2, deve-se aumentar a ventilação pulmonar. 
Quando fazemos exercício máximo, não atingimos o limite do pulmão – a ventilação não é fator limitante para o esforço máximo. 
Isso quer dizer que a minha capacidade é maior da que exige um exercício físico – “temos uma reserva de capacidade”. 
OBS: o limite do exercício vai ser dado pela circulação. 
VO2
Taxa de utilização do O2 sob atividade aeróbica máxima – VO2máx. 
Quantidade máxima de O2 que um indivíduo pode utilizar para produção de ATP (aerobicamente). 
Representa integração dos sistemas cardiovasculares e respiratório. 
VO2 máx: durante exercícios aumentamos a VO2 máx – maratonistas são exemplos, aumentam 45% da VO2 máx. 
Capacidade de difusão do O2 em atletas 
Aumenta com o treinamento – melhora a expansibilidade pulmonar, perfunde pulmão, aumenta área de trocas gasosas. 
Gases sanguíneos no exercício 
Os gases sanguíneos não se alteram durante o exercício – pois o sistema respiratório tem capacidade suficiente. 
A respiração no exercício é estimulada por mecanismos neurogênicos corticais e periféricos e pela temperatura.
Efeito da atividade física no sistema circulatório 
O processo contrátil diminui temporariamente o fluxo sanguíneo para o músculo. 
Mas durante o exercício, esse fluxo aumenta (vasodilatação).
Então, o fluxo de sangue é alternante.
A pressão arterial diminui durante o exercício. 
Produção de trabalho, consumo de O2 e DC durante exercício 
Ambos aumentam durante o exercício.
Débito aumentado aumentando a frequência, força de contração (aumenta volume sistólico através do aumento da fração de ejeção). 
O mais limitado é o volume sistólico (mais difícil aumentar o volume de contração do VE).
O papel do volume sistólico e da FC no aumento do debito cardíaco 
As câmaras cardíacas aumentam até 40%, também aumentam a massa muscular cardíaca. 
Ocorre por treinamento de resistência 
O debito cardíaco maior é função do maior volume sistólico, pois a FC é menor (atletas em repouso – FC de 50/min). 
Explicando: Conforme aumenta o debito cardíaco, aumenta o volume sistólico, tem seu limite – atingido bem antes do débito que precisa. A partir disso é a FC que vai aumentar para aumentar o debito cardíaco, até chegar ao necessário.
Guyton: O aumento da FC conta muito mais para o aumento do DC que o aumento do VS. O VS assume seu máximo quando o DC atingiu apenas metade do máximo qualquer aumento posterior no DC ocorre por aumento da FC.
 “O atleta atingindo DC máximo usa apenas 60% da sua capacidade ventilatória e o fator limitante é o DC”
Meta de treinamento 
FC é principal referencia para prescrever atividades físicas e estimar intensidade. ManterFC entre 60 a 80% da Fcmáx. 
Comportamento da PA 
Redução da PAS pós exercício, abaixo dos níveis pré exercício – faz uma vasodilatação persistente por aumento do fluxo muscular (bom para pacientes hipertensos).
Fatores limitantes exercícios físicos 
Músculo esquelético: glicogênio e oxigênio.
Sistema respiratório: não tem fator limitante, pelo contrario, ainda sobra capacidade de aumentar a ventilação.
Músculo cardíaco: débito – frequência cardíaca e VS (sendo e o volume sistólico o limitante, que primeiro limita).
Cuidado, não confundir na prova: 
Fator limitante para aumentar o débito: FC
Primeiro fator limitante do ex físico: VS
Obesidade 
Exercício tem papel fundamental na perda de peso, associado à uma dieta balanceada. 
Ideal: IMC entre 20 e 25. 
Doenças relacionadas: hipertensão, dislipidemias, DM II, neoplasias. 
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