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Reprodução 2 Etapa

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Reprodução 2ª prova 
 
Exame andrológico 
Realizado após exame clinico geral, fundamenta-se na avaliação de todos os fatores 
que contribuem para a função reprodutiva normal do macho. Por esse exame podem ser 
detectadas alterações do desenvolvimento do sistema genital, alterações regressivas, 
progressivas e inflamatórias nos diversos órgãos, bem como distúrbios na libido e na 
habilidade de cópula. Essas alterações levam tanto à incapacidade de fecundação como de 
monta, em vários graus, caracterizando quadros de subfertilidade ou de infertilidade. 
O exame clínico deve ser iniciado pela anamnese, que envolve a obtenção de 
informações a respeito do animal, a razão pela qual este está sendo examinado e os dados 
relacionados ao rebanho. As informações do período precedente ao exame são importantes, 
pois, a produção espermática é um processo contínuo e abrange cerca de 60 dias desde o 
início da espermatogênese até a ejaculação. No exame clínico geral, o animal deverá ser 
avaliado quanto à normalidade dos diversos sistemas (respiratório, circulatório, nervoso, 
digestivo e locomotor). O sistema locomotor merece atenção especial, devido sua importância 
tanto para caminhar em busca de alimento e para procurar por fêmeas em estro, como para 
efetuar a cópula. Caso sejam detectadas alterações nos diversos sistemas, procedimentos 
específicos devem ser adotados. 
Em seguida ao exame clínico geral, o sistema reprodutor deve ser examinado, 
iniciando-se pela inspeção e palpação dos órgãos genitais externos. O escroto deve ser 
avaliado quanto sua sensibilidade, mobilidade, temperatura e espessura da pele. Os testículos 
quanto à presença, forma, simetria, mobilidade, consistência e sensibilidade, devendo-se 
realizar a biometria, a qual varia de acordo com a idade e raça do animal. Os epidídimos 
devem estar intimamente aderidos aos testículos e as avaliações devem seguir os mesmos 
aspectos relacionados aos testículos. Os cordões espermáticos devem ser examinados quanto 
sua capacidade de termorregulação testicular. Já o prepúcio deve estar livre de aumentos de 
volume, prolapsos, abscessos, hematomas ou cicatrizes, principalmente que possam 
comprometer a exposição do pênis. Este último, por sua vez, deve ser examinado em repouso 
e ainda verificar sua capacidade de ereção pela manipulação da flexura sigmóide (“S” peniano) 
ou por estímulos à ereção espontânea ou induzida. 
A palpação retal é realizada para avaliação dos órgãos genitais internos, que também 
pode ser feita por ultrassonografia. Assim, a genitália interna deve ser avaliada quanto sua 
simetria, forma, volume e integridade do tecido. A ultrassonografia também pode 
complementar o exame dos testículos por possibilitar a detecção de lesões no parênquima 
testicular, como fibroses. 
Dando continuidade ao exame andrológico completo, a avaliação do comportamento 
sexual é de fundamental importância, visto que o macho deve estar habilitado a detectar as 
fêmeas em estro e realizar a cópula completa, demonstrando capacidade de serviço. Neste 
sentido, o teste da libido possibilita a avaliação do comportamento sexual e pode se basear na 
criteriosa sequência de pontuação. O interesse sexual pode ser identificado pelos seguintes 
quesitos: identificação de fêmeas em estro; cheiradas; cabeçadas; lambidas; movimento de 
Flehmen; movimentos pélvicos e pingados de sêmen ou plasma seminal. Segundo Fonseca 
(1989), o macho pode ser classificado de acordo com a nota obtida no teste da libido: zero a 
três – questionável; quatro a seis – bom; sete a oito – muito bom e; nove a dez – excelente ou 
superior. É importante lembrar que taurinos tem maior libido que os zebuínos. 
 
A parte final do exame andrológico é a coleta e a análise de uma amostra 
representativa de sêmen. O método de coleta varia de acordo com a espécie trabalhada. Vale 
ressaltar que existe uma grande variação na concentração e volume espermático relacionada 
ao método de coleta, logo este deve ser referido na ficha do exame. 
 
Método Espécies 
Vagina artificial¹ Bovino, equino, caprino 
Eletroejaculador² Cão, gato, bovino, suíno 
Massagem das glândulas vesiculares 
e das ampolas do ducto deferente 
Bovino 
Excitação mecânica do pênis³ Cão, suíno 
 
 ¹ A vagina artificial é um cilindro rígido, com mucosa de borracha, recipiente graduado, 
válvula de temperatura (deve-se ter também pressão e volume). A agua deve ser aquecida, a 
temperatura varia de espécie para espécie e entre indivíduos. A quantidade de agua colocada 
para dar volume também varia com a espécie e o individuo. Pode ser usado algum tipo de 
lubrificante, desde que não seja a base de água, pois a água tem propriedades espermicida. 
Antes da coleta deve ser realizado o toalete do animal, com corte de pelos e limpeza do 
prepúcio. O tubo coletor deve ser mantido aquecido a 38º e deve-se evitar a incidência de luz 
direta sobre tal. A vantagem da coleta por vagina artificial seria mimetizar uma vagina natural, 
favorecendo um ejaculado próximo do normal com volume menor por uma maior 
concentração, outra vantagem seria avaliação da libido do animal coletado. A desvantagem 
desse tipo de coleta com vagina seria o condicionamento do animal. Os bovinos são 
condicionados através da observação de outras montas para aumentar seu estimulo, uso de 
falsa monta com fêmeas em estro. Nos equinos deve ser filtrada a porção gelatinosa (ultima 
fração) com uso de um filtro próprio ou gases colocada sobre o copo coletor. É importante que 
a vagina não seja muito pesada dificultando sua manipulação e que também possua um 
tampão na borda contralateral, impedindo que o pênis extrapole o comprimento da vagina. 
 ² Consiste em estimulação elétrica de baixa intensidade (12W). Impossibilita a 
avaliação da libido. Pode ser manual ou automático. O diâmetro da banana varia com a 
espécie. Para bovinos é o método mais comumente utilizado e também o mais seguro. Equinos 
tem grande sensibilidade retal, portanto o método não pode ser utilizado. O estimulo elétrico 
aumenta o volume do ejaculado e diminui a concentração. A vantagem é que o animal não 
precisa ser condicionado para tal e é um método seguro, porem, aumenta o volume em 
relação a concentração e não avalia-se a libido do animal. 
 ³ Na excitação mecânica, estimula-se a glândula bulbouretral até que ocorra a 
exposição do pênis, após isso, realiza-se massagem peniana até seu engurgitamento, inversão 
da posição ficando de posterior, mantem-se a pressão e então o animal ejacula. O método é 
simples, mas deve ser realizado em um ambiente livre de estresse e com estimulo (fêmea no 
estro). O sêmen de cão possui três frações, a primeira é a fração espermática que realiza a 
limpeza e lubrificação do canal (transparente, ± 3ml). A segunda é a fração rica em 
espermatozoides e tem ± 2 ml. Já a terceira e ultima é a fração do fluido prostático, liberada 
em jatos, tem ± 15 ml , sua eliminação pode durar até 30 minutos. 
Após a obtenção da amostra de sêmen, esta deve ser imediatamente avaliada quanto 
às características físicas. O volume do ejaculado é dependente do método de coleta e não 
existe valor mínimo ou máximo estabelecido. O aspecto qualitativo e quantitativo pode ser 
avaliado visualmente pela cor e aspecto. A cor é alterada devido à presença de urina, sangue 
ou pus; enquanto o aspecto pode ser classificado em aquoso, leitoso, cremoso-fino, cremoso e 
cremoso espesso. Esta classificação apresenta relação com a concentração espermática. 
O turbilhonamento ou motilidade em massa é avaliada em microscópio óptico, com 
objetiva de 10 ou 20 vezes de aumento. Esta avaliação mede a intensidade de movimentação 
dos espermatozóides resultante da motilidade individual, do vigor e da concentraçãoespermática. A escala de avaliação varia de zero a cinco, em que zero representa a ausência de 
movimento de massa e cinco acentuada movimentação. 
A motilidade é uma avaliação subjetiva do percentual de espermatozóides com 
movimentos progressivos. Esta é realizada em microscópio óptico com objetiva de 10 ou 40 
vezes de aumento. O vigor deve ser avaliado concomitantemente, aferindo a intensidade de 
movimentação dos espermatozóides individualmente. A escala de avaliação também varia de 
zero a cinco, em que zero representa células paradas e cinco movimento vigoroso e de alta 
velocidade. 
A concentração espermática é representada pelo número de espermatozóides por 
unidade de volume ejaculado. O método mais comum é a contagem em câmara de Neubauer 
em microscópio óptico com objetiva de 10 ou 20 vezes de aumento. A concentração varia em 
função de fatores extrínsecos (método de coleta, frequência de cópulas) e intrínsecos (idade, 
biometria testicular). Esta avaliação pode ainda ser realizada pelo espectrofotômetro. 
As características morfológicas ou patologias dos espermatozóides seguem uma 
classificação em defeitos maiores e menores, segundo a origem dos defeitos. Entretanto, para 
efeito de laudo deverá ser discriminada, individualmente, a incidência das anormalidades 
encontradas. Esta discriminação permitirá, a qualquer técnico, identificar as anormalidades e 
fazer sua interpretação própria do laudo. Para este exame é preparado um esfregaço o qual é 
corado e avaliado em microscopia óptica, sob imersão, com aumento de 1.000 vezes. 
Os defeitos espermáticos podem refletir alterações ocorridas durante a 
espermatogênese ou durante a maturação espermática no epidídimo. As causas podem ser de 
origem genética, ou ambiental, como calor, alterações de fotoperíodo, nutrição, tóxicos, lesões 
testiculares, doenças gerais, etc. O significado de defeitos espermáticos específicos e de sua 
importância no sêmen das diferentes espécies está relacionado com a predição da capacidade 
de fertilização dos reprodutores. O Espermograma é o exame da morfologia e das alteração 
das células espermáticas e é uma das etapas do exame andrológico. Defeitos maiores 
interferem diretamente na fecundação, já os defeitos menores no transporte. 
 
 
Padrão exigido pelo MAPA (limite mínimo) 
CBRA 
Espécie Motilidade Vigor D> D< DT 
Bovino ≥ 60% ≥ 3 ≤ 10% ≤ 20% ≤ 30% 
Individual ≤ 5% ≤ 10% - 
Ovino ≥ 80% ≥ 3 - - ≤ 20% 
Caprino ≥ 80% ≥ 3 - - ≤ 20% 
Equino* ≥ 60% ≥ 3 - - ≤ 30% 
Suíno* ≥ 70% ≥ 3 - - ≤ 30% 
Cão ≥ 70% ≥ 3 - - ≤ 30% 
 
 
* existem defeitos considerados normal da espécie, como a inserção de cauda abaxial 
no equino e a gota citoplasmática distal no suíno. 
Ao final do exame andrológico, de posse dos resultados do exame clínico geral, do 
comportamento sexual (avaliação da libido) e da análise seminal quanto às características 
físicas e morfológicas, o médico veterinário poderá classificar o macho como apto, inapto ou 
questionável. 
A categoria “apto” ou “satisfatório” é usada para animais que atingirem ou 
ultrapassarem o limite mínimo recomendado para circunferência escrotal, motilidade e 
morfologia espermáticas, e não apresentarem qualquer característica física anormal ou razão 
que possa comprometer seu desempenho reprodutivo. “Inaptos” ou “insatisfatórios” são 
aqueles machos que não atingirem o limite mínimo recomendado em uma ou mais 
características e para os quais é improvável que haja melhora na classificação. Nessa categoria 
também estão incluídos animais com defeitos genéticos ou problemas irreversíveis que 
possam comprometer seu uso como reprodutor. Na categoria “questionável”, estão incluídos 
os machos que devem aguardar novos exames, repetir andrológico em 30 ou 60 dias. Essa 
classificação é recomendada para machos imaturos ou que sofrem de um problema transitório 
que os impede de serem classificados como satisfatórios na época do exame, mas indica que o 
animal pode melhorar com a idade ou o período convalescente. Também inclui animais em 
que houve problemas na colheita de sêmen e que apresentam características seminais abaixo 
ou próximas dos limites mínimos e que podem melhorar em futuras avaliações. 
O exame andrológico tem validade de 60 dias. Se aprovado, no laudo deve-se escreve 
“De acordo com o colégio brasileiro de reprodução animal e MAPA o animal encontra-se apto 
para reprodução nessa data”. 
OBS.: *Na escolha da relação touro x vaca deve ser levado em consideração à duração 
da EM, a qualidade e experiência sexual do touro, a idade, grau de hierarquia, topografia do 
terreno e o clima. * É comum que em lotes de machos ocorra a sodomia, gerando vesiculite no 
animal que monta o outro. Uma forma de prevenção é a retirada do animal que se deixa ser 
montado do lote. * O uso de corticoide em machos usados na reprodução interfere 
diretamente na espermatogênese. 
 
Patologia sistema reprodutor masculino 
 
Bolsa escrotal: 
Hidrocele: acúmulo de liquido; 
Hematocele: acúmulo de sangue, consequência da orquiectomia; 
Varicocele: dilatação das veias; 
Dermatite escrotal; 
Hérnia escrotal (mais comum em equinos); 
Neoplasia escrotal. 
Todas as patologias causam um aumento compressão que resulta na diminuição da 
termorregulação levando a degeneração testicular. 
Testículo: 
Anorquidismo: sem testículo, ocorrência rara; 
Monorquidismo: um único testículo; 
Criptoquidismo: um ou dois testículos que não descem para a bolsa escrotal. Pode ser uni ou 
bilateral. É uma característica hereditária. Pode acontecer por falhas no desenvolvimento do 
gubernáculo ou a ausência do mesmo. Também pode ser por crescimento excessivo do 
testículo. O testículo decíduo tende a compensar o retido. Além disso, o retido é predisposto 
ao desenvolvimento de neoplasias. Pode-se fazer uso de HCG(LH) para tentar forçar a descida 
do testículo retido, ou ser realizada a correção cirúrgica; 
Poliorquidismo: mais de dois testículos; 
Heterotopia testicular: tecido testicular presente na superfície peritoneal; 
Hipoplasia testicular: também é uma característica hereditária e possui 3 tipo. Moderada ou 
parcial, possui poucos túbulos hipoplásicos. Intermediaria que já apresenta 50% de túbulos 
hipoplásicos, causa de baixa fertilidade. E a Total, que pode ser uni ou bilateral. Normalmente 
quando unilateral os testículos terão diferenças de assimetria e perímetro e o animal será 
oligospermico. Já quando bilateral asospermico. Não existe aspermia uma vez que as glândulas 
anexas encontram-se normais; 
Degeneração testicular: é a principal causa de redução da fertilidade. Causas: alterações 
térmicas, criptorquidismo, aumento da temperatura ambiental, edema, hérnia, dermatite, 
orquite, deficiência de vitamina A, obstruções epididimarias (aumento da pressão dos túbulos 
seminíferos). O tratamento basicamente consiste na remoção da causa base; 
Orquite: pode ser causada por trauma ou doenças infecciosas. A disseminação, no caso de 
infecção, pode ocorrer por via hematogena ou ascendente (feridas no testículo, uretrite, 
prostatite, vesiculite). Sinais: aumento da Tº, sensibilidade, edema, aderência, alterações de 
forma e consistência, isquemia, degeneração e dificuldade de locomoção. O tratamento 
consiste na remoção da causa base. Uma causa infecciosa comum é a Brucella abortus; 
Periorquite; 
Neoplasias: o fator predisponente para a ocorrência é a idade. Exemplos: sertolioma e 
teratoma. 
 
Epidídimo 
Aplasia e hipoplasia: podem ser uni ou bilateral, congênita ou hereditária; 
Aplasia de segmentos; 
Paradidimo; 
Cistos; 
Espermatocele e granuloma espermático: dilatação cística do conduto epididimario e acumulo 
espermático – atrofia do epitélio – rupturada membrana basal – extravasamento espermático 
– granuloma espermático (semelhante a um abcesso); 
Epididimite: associada a orquite; 
Adenomiose. 
 
Cordão espermático 
Aplasia segmentar do ducto deferente; 
Varicocele: dilatação das veias do plexo pampiniforme e veias cremaster; 
Torção do funículo espermático; 
Funiculite: reação ao fio de sutura. 
 
Pênis e prepúcio 
Fimose: incapacidade de expor a glande (cabeça do pênis) devido a um prepúcio com anel 
estreito; 
Parafimose: ocorre quando o prepúcio consegue ser retraído, mas não consegue retornar ao 
seu ponto de origem, causando estrangulamento da glande e obstrução do fluxo sanguíneo; 
Hipospadia: é uma malformação congênita do meato urinário, caracterizada pela abertura em 
posição anormal, relacionada com a consanguinidade; 
Pênis bífido; 
Persistência do frenulo peniano; 
Desvios de pênis: espiral ou saca rolha, arco íris e em “s”; 
Hematoma peniano; 
Acrobustite: processo inflamatório do prepúcio, que se acompanha quase de feridas, edema e 
fibrose; 
Balnopostite: inflamação da cabeça do pênis (glande) e do prepúcio; 
Neoplasias: fibropapiloma (transmissão venérea), carcinoma de células escamosas. 
 
Próstata 
Prostatite: mais comum em cães e tem correlação positiva com a idade, são relacionadas com 
cisto prostático adquirido ou congênito. O diagnostico é realizado com ultrassom. Pode ser 
adquirida principalmente por via ascendente e tem a contaminação hematogena; 
Hiperplasia: animais mais velhos, correlação direta com a idade; 
Neoplasias. 
 
Vesícula 
Vesiculite: correlacionado com a sodomia. A glândula é binoculada em ruminantes e 
característica anatômica normal, e quando ocorre vesiculite ha aumento de espessura e no no 
US encontra-se pontos hiperecogenicos. Observamos aumento de volume e hiperemica e 
consistente a palpação. 
 
Glandulas acessórias: 
Atrofia; 
Neoplasias. 
 
OBSTETRÍCIA 
 A duração de gestação varia de acordo com a espécie. Vacas ±282 dias, sendo que se 
for cruzamento zebu essa gestação irá ser de ≈285 dias, e se caso for cruzamento taurino a 
gestação será de ≈270 dias. Éguas demoram em media 11 meses para parir de um garanhão e 
jumento de ≈12 meses. Bubalinos tem gestação de ≈315 dias. Gatas e cadelas de ≈62 dias. 
 
Anexos fetais 
Anexos placentários: fazem comunicação entre o ambiente materno e fetal favorecendo 
proteção do feto, trocas metabólicas e contato direto entre mãe e feto. 
Placentação: justaposição do cório fetal – cotilédones; com as criptas do endométrio – 
carúnculas. Essa justaposição da origem ao placentoma. Tem como função o suprimento 
nutrientes e oxigênio, remoção de detritos metabólicos, produção e secreção de hormônios 
(P4) e fatores de crescimento e a regulação do ambiente uterino. Varia quanto ao tipo nas 
espécies estudadas, pode ser desciduada (gata, cadela, coelha, mulher – feto e anexos 
placentários juntos), adesciduada (vaca, cabra, porca – primeiro sai o feto e horas depois os 
anexos placentários) e intermediaria (pequenos ruminantes como a cabra – na hora do parto 
libera parte dos anexos placentários). 
Classificação histológica: materna e fetal. 
 
 
 
 
Materna Carúnculas 
 
 
 
 Placenta 
 
Placentoma 
 
Placentação 
 
Fetal Cotilédones 
 
Pode ainda se classificar quanto ao numero, sendo simples como nas vacas, égua e cabras. Ou 
múltipla como nas porcas, cadelas e gatas (mais de um feto por parto). E também quanto ao 
seu tipo: difusa (égua e porca) – involução mais rápida, zonaria (cadelas e gatas), discoidal 
(mulheres e coelhas) e cotiledónaria (convexa e côncava – ruminantes) – involução mais tardia. 
Ainda quanto a classificação a pode ser classificada quanto às partes materno e fetal que se 
relacionam em três tipos principais: epitélio corial, endotélio corial e hemocorial: 
Epitélio corial – Epitélio do útero justaposto ao corion fetal sendo a placenta 
observada em éguas, porcas, vacas, ovelhas e cabras. A circulação materna e fetal neste caso 
estão separadas por 6 camadas celulares. 
Endotelio corial – O Epitélio uterino é digerido e corion fetal se une ao endotélio do 
vaso do endométrio uterino. Neste a circulação materna e fetal estão separada por 5 camadas 
celulares. Cadelas e gatas possuem este tipo de placenta 
Hemocorial – Corresponde a placenta de maior intimidade, pois o corion fetal está em 
contato quase direto com o sangue da mãe. Neste caso apenas 3 camadas celulares impedem 
a mistura do sangue fetal com o materno. Este tipo de placenta ocorre nas mulheres, coelhas, 
camundongas e cobaias. 
É importante ressaltar que o quanto maior o número de camadas placentárias, maior é a 
barreira para a passagem dos anticorpos maternos para o feto no útero. Assim sendo, filhotes 
que nascem de placentas epitélio corial e endotélio corial possuem uma maior dependência do 
colostro para adquirir a imunidade pelo processo passivo. 
 
 1 Alantóide: intermediaria entre amnion e córion. É um saco fechado repleto de 
liquido alantóidiano. Contornando parcialmente (ruminantes e porcas) ou completamente 
(equinos) o feto. Ligado ao úraco armazena as excreções do feto. Além disso também é 
responsável pela aposição alantocorion e endométrio, manutenção da pressão osmótica, 
proteção contra traumas, equilíbrio evitando a torção uterina, realiza dilatação 
cervical/vaginal/vulvar, bactericida e evita aderências. À medida que avança a gestação o 
liquido tem alteração de cor (avermelhada e um pouco azulada em égua e azulada em vaca). 
 2 Âmnion: reveste diretamente o feto. Possui um liquido incolor e viscoso que evita a 
aderência do feto e da membrana amniótica, protege contra choques, lubrificação do canal do 
parto, dilatação cervical e possui também função laxativa. Esse liquido é composto por saliva, 
fluidos da pele do feto, secreção nasal, e no final da gestação tem composição de urina. 
 4 Córion: camada mais externa, recobre o alantoide e não possui liquido. Tem contato 
intimo materno-fetal, é responsável pela produção de hormônios e fatores de crescimento (P4, 
lactogênio placentário e glicoproteínas). 
 OBS.: * Nas éguas a placenta substitui o CL no ultimo terço da gestação (±100/110 
dias); * Demais espécies dependem do CL funcional durante toda gestação; * Ruminantes, 
suínos e equinos possuem placenta impermeável a imunoglobulinas, por isso é importante que 
a colostragem seja bem feita. Já cães e gatos há transmissão passiva de imunoglobulinas. 
 
Cordão umbilical 
 É a comunicação do feto com a mãe. Constituído nos equinos por 2 artérias e 1 veia e 
nos ruminantes 2 artérias e 2 veias. Essas estruturas são envolvidas pela gelatina de Wharton. 
 
Mecanismos do parto 
O parto é o processo fisiológico pelo qual o útero gestante libera o feto e seus anexos 
do organismo materno. Este pode ocorrer de forma espontânea com duração normal, sendo 
denominado parto eutocico. Já o parto distocico é caracterizado pelo seu prolongamento e a 
não expulsão do feto, necessitando de intervenção humana. 
 
Desencadeadores do parto 
 Tamanho do feto 
 Maturação do eixo hipotalâmico hipofisario adrenal do feto: feto em estresse 
(desconforto no ambiente uterino), liberação de cortisol desencadeando uma cascata 
de eventos que culminam na sua expulsão. 
 Variação na relação E2:P4: o cortisol liberado pelo feto realiza a conversão de P4 
placentária em E2. Aumentando a síntese e os receptores de Ocitocina e PGF2α 
resultando na lise do CL. O predomínio dessas substancias aumentando a contração 
uterina. 
FATORES HORMONAIS = CRH, ACTH, cortisol, baixa de P4, alta de E2, PGF2a, ocitocina e 
Relaxina. 
FATORES MECÂNICOS = Contrações miométricase abdominais, compressão do feto sobre a 
cervix. 
FATORES NERVOSOS = Estímulos originados na cervix que atingem o hipotálamo. 
 
Fases do parto 
1 Prodrômica: Em vacas é o período de 2 a 4 semanas que antecedem o parto. Os sinais 
encontrados são edemaciação de via fetal mole, flacidez e hiperemia de vulva/vagina, 
aumento de volume de úbere (colostro), relaxamento de articulação pélvica e ligamentos, 
andar bamboleante (assimetria direita) e secreção vaginal (tampão cervical – semelhante a 
borra de café) e láctea (colostro). Nas cadelas, na ultima semana haverá alterações 
comportamentais, diminui a alimentação, dispneia e secreção láctea e vaginal. 
2 Fase de dilatação: contração do miométrio até romper o alantoide e amnion e relaxamento 
da cérvix. Duração de 2 a 8 horas, ↓P4, ↑E2+PGF2α. O animal sente muito desconforto. 
*A pressão do feto na cérvix ativa neurônios sensitivos, estimula o aumento da produção e 
liberação de ocitocina atingindo seu pico. 
**O espaço uterino limitado – estresse fetal – liberação de ACTH fetal – córtex da adrenal – 
liberação de cortisol – inversão nas proporções de P4:E2 – OXT e PGF2α – contração 
3 Expulsão do feto: rompimento das bolsas e saída do feto. 0,5 a 1 hora em vacas e pode se 
prolongar por até 4 horas em novilhas (inexperientes), nas éguas 30 minutos e na cadela pode 
durar até 9 horas. Aumento de E2 e secreção cervical/vaginal facilitando a expulsão do feto. A 
cérvix começa a se fechar após 6 horas da ruptura alantoidiana. 
4 Expulsão das membranas fetais: na cadela e gata não existe essa fase. Na 1ª fase ocorre 
isquemia e hiperemia das vilosidades coriônicas e na 2ª os placentomas serão comprimidos. 
Na égua tem duração de 30 minutos a 2 horas, na vaca de 2 a 12 horas. 
 
Complicações no parto podem gerar retenção de placenta, hemorragias por laceração de via 
fetal mole e distocia (corrigida por cesariana ou manobras obstétricas). Como consequência 
tem-se o retardo da involução uterina e atraso no retorno a função reprodutiva. 
 
Avaliação da viabilidade fetal 
Apresentação anterior 
 Reflexo de sucção 
 Pressão do globo ocular 
 Pulso na artéria umbilical 
 Reflexo podal interdigital MT 
 
Apresentação posterior 
 Reflexo anal 
 Pulso da artéria umbilical 
 Reflexo podal interdigital do MP 
 
Causas de distocia 
Distocias de Origem Materna 
Falha na expulsão: ocorre por falhas na contratilidade uterina e contrações abdominais. Atonia 
(de origem primária, por fadiga ou por desequilíbrios eletrolíticos de cálcio), ruptura e torção 
são as principais causas. 
Obstrução do canal: ocorre por insuficiente dilatação da cérvix e vulva (causa mais frequente), 
torção uterina, lesão em cérvix na inseminação artificial levando à estenose, estenose por 
neoplasias (raras) e obstrução pela má posição da pelve (fraturas). 
Distocias de Origem Fetal 
Deficiência de cortisol: não ocorre o desencadeamento do parto como no caso da síndrome do 
feto único em carnívoros. 
Desproporção feto/maternal: desproporção entre o feto e a pelve materna é a principal causa 
de distocia (ocorre em 75% dos casos na espécie bovina). 
Mau posicionamento fetal: relacionados à estática fetal (deve-se avaliar três aspectos por 
palpação: apresentação, posição e atitude fetal). 
Apresentação: relação entre o eixo longitudinal do feto e a pelve materna 
(alinhamento da coluna) e é classificado em anterior, posterior, transversal (dorsal – coluna do 
feto se insinua no canal do parto; e ventral – membros do feto se insinuam no canal do parto) 
e vertical (dorsal – dorso do feto se insinua no canal do parto; e ventral – membros e ventre do 
feto se insinuam no canal). Espera-se que seja longitudinal e anterior e eventualmente 
posterior. 
Posição: relação entre o dorso do feto e dorso materno, classificado em dorsal, 
superior, inferior e lateral (direita – dorso do feto relaciona-se com a parede abdominal direita 
da mãe; e esquerda – dorso do feto relaciona-se com a parede abdominal esquerda da mãe). 
Postura ou atitude: situação das extremidades do feto em relação ao seu corpo. 
Exemplo: cabeça, pescoço e membros estendidos ou flexionados para direita ou esquerda. 
Estática fetal eutócica: Apresentação longitudinal anterior, posição superior, atitude 
estendida. 
 
 
 
 
 
Restauração da Estática Fetal 
Manobras obstétricas são realizadas durante o parto para melhorar a postura fetal. 
1 Repulsão: consiste em empurrar o feto novamente para o interior do útero, retirando ele do 
canal do parto na cavidade pélvica, facilitando assim o reposicionamento deste feto dentro do 
útero (espaço mais amplo para o trabalho). 
2 Rotação: utilizado para correção de problemas de posição e postura/atitude. Animais com 
posição ventral devem ser rotacionados para posição dorsal. 
3 Reversão: consiste em um giro de 90º para melhorar a apresentação do feto de transversal 
para longitudinal por exemplo. 
4 Movimento de Extensão das Extremidades: consiste em corrigir problemas em membros, 
cabeça e pescoço os quais estão flexionados. Com a extensão das extremidades, pescoço e 
cabeça o diâmetro do feto torna-se menor na passagem pelo canal do parto. 
* Suínos podem nascer com membros flexionados. 
** Lembrar da possibilidade de gêmeos. 
*** Deve-se sempre avaliar a condição para se ter conhecimento se é possível parto via vaginal 
ou não. 
 
Possibilidades de auxílio no parto distócico 
1 Estímulos as contrações 
2 Tração forçada 
3 Dilatação da via fetal mole 
4 Correção da anomalia da estática fetal 
5 Fetotomia: secção do feto em pedaços menores para facilitar a passagem pelo canal do 
parto. Pode ser parcial ou completa 
 Indicações: Inviabilidade fetal; Desproporção feto-pélvica; Feto preso no canal do 
parto; Quando não é mais possível ampliar a linha de incisão da cesariana; 
Estreitamento parcial da via fetal; Monstruosidades fetais (tração apenas impossível); 
Fetos enfisematosos; Distocias apresentação, posição e atitude de impossível 
correção. 
 Contra-indicações: Abertura insuficiente de cérvix; Comprometimento do estado geral 
da parturiente. 
 Prognóstico de favorável a reservado. Depende da gravidade do caso. 
 Tipos: Craniotomia; Degola; Amputação; Achatamento; Destroncamento; Sinfisiotomia 
púbica. 
 Complicações: Perfuração do útero; Secção da bifurcação uterina (septo); Compressão 
e/ou lesão da via fetal mole. 
6 Cesariana 
 Indicações: Fetos muito desenvolvidos e tamanhos exagerados; 
Estreitamento de via fetal; Útero gravídico no saco herniário; Quando o parto normal 
não ocorreu; Quando as manobras obstétricas ou fetotomia não puderem ser 
executadas; Gestações prolongadas. 
 Contra-indicações: Distúrbios gerais graves; Afecções irreversíveis – 
fraturas. 
 Prognóstico de favorável a reservado. Depende da gravidade do caso.

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