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Historia da Soja_final_cARINE (1)

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Historia da Soja
Fatores internos influenciaram o Brasil a começar o cultivo da soja no final da década de 60 e começo da década de 70. O Brasil precisava de um grão para suceder o trigo, que era o principal grão produzido no sul e devido ao inicio de um esforço para produção de aves e suínos, o farelo de soja precisava de uma demanda maior.
Em 1970 houve uma explosão do preço da soja, isso despertou um interesse ainda maior do Brasil para seu cultivo. O país tem uma vantagem em relação aos outros países exportadores da soja, o escoamento da sua safra ocorre durante a entressafra americana, como causa disso, o preço da soja dispara e atinge suas maiores cotações.
Hoje em dia, os lideres na produção de soja são: Estados Unidos, Brasil, Argentina, China, Índia e Paraguai.
Dados da Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB) apontam que a região centro-oeste do país é a principal região agrícola, responsável por 42% da produção de grãos no país (88 milhões de toneladas). Em 2014/2015 houve um aumento de mais de 7% da produção em relação à 2013/2014, um aumento de 3,6% em área plantada alcançando 22,86 milhões de hectares e um aumento de 3,9% na sua produtividade (3850 kg por hectare).
Goiás é o segundo maior produtor de grãos da região centro-oeste, ficando atrás de Mato Grosso e na frente de Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, a safra de grãos em 2014/2015 alcançou 18,9 milhões de toneladas, sua área plantada foi de 5,1 milhões de hectares.
Condições climáticas
 
Condições climáticas como a precipitação, temperatura e fotoperíodo favoráveis são essenciais para o bom desenvolvimento da culta da soja.
- exigências hídricas;
A água constitui 90% da soja, sendo essa de grande importância em dois períodos do desenvolvimento: a fase de germinação/emergência e na fase de floração/enchimento dos grãos. Na primeira fase o excesso ou a falta de água é extremamente prejudicial para a soja, o conteúdo de água do solo não deve ultrapassar 85% do total de água disponível e nem ficar abaixo de 50%, pois a semente de soja precisa absorver pelo menos 50% de seu peso em água para ter uma qualidade boa na sua germinação.
Ao longo do desenvolvimento da planta a necessidade hídrica vai aumentando, atingindo seu máximo durante o período da floração e o enchimento dos grãos (cerca de 7 a 8 mm/dia) , diminuindo após essa fase (EMBRAPA SOJA, 2011; FARIAS; NEPOMUCENO; NEUMAIER, 2007).
A necessidade total de água na cultura da soja varia entre 450 a 800 mm/ciclo (EMBRAPA, 2011), para obter um ótimo rendimento.
Déficit hídricos durante esses períodos podem acarretar em deformidades na planta, como o fechamento dos estômatos e o enrolamento das folhas, que consequentemente reduz o rendimento dos grãos.
- exigências térmicas
As condições ótimas da temperatura do solo e da temperatura para o a cultura da soja estão entre 20°C A 30°C, sendo a temperatura ideal do solo a 25°C que faz com que a germinação seja rápida e uniforme, e da cultura em torno de 30°C. O crescimento vegetativo da soja é muito pequeno ou nulo em temperaturas menores ou iguais a 10°C, e em temperaturas elevadas, acima de 40°C, podem acarretar efeitos adversos na taxa de crescimento provocando problemas na floração e diminuindo a capacidade de retenção de vagens, esses problemas são maximizados com o déficit de água.
A floração da soja somente é induzida com temperaturas acima de 13°C, a floração precoce ocorre em função de temperaturas mais elevadas, podendo acarretar na diminuição do tamanho da planta, esse problema pode se agravar na falta de água ou luz no período de crescimento.
Altas temperaturas podem também acelerar a maturação, e quando associadas a uma alta umidade podem contribuir para diminuir a qualidade da semente, e quando associadas a uma baixa umidade predispõe as semente a danos mecânicos durante a colheita.
Baixas temperaturas na fase de colheita associada a alta umidade pode provocar um atraso na data de colheita.
- exigências fotoperiódicas
O comprimento de um dia é conhecido como fotoperíodo. A duração dos dias se altera na medida em que se modifica a posição do nosso Planeta em relação ao Sol, ou seja, variando com as estações do ano. Nos dois equinócios o fotoperíodo tem 12h em todas as latitudes, enquanto nos solstícios a duração do dia atinge seu valor extremo (verão) e mínimo (inverno).
A soja apresenta alta sensibilidade ao fotoperíodo, cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado. Por isso, a soja é considerada planta de dia curto.
Para que a mesma pudesse se desenvolver no centro oeste brasileiro, pesquisas brasileiras conseguiram através de cruzamentos introduzirem em vários materiais de soja genes que prolongam o período juvenil da planta (denominado período juvenil longo) e com esse avanço genético foi possível desenvolver cultivares próprias para as regiões tropicais com alto potencial de rendimento (GIANLUPPI et al., 2009; EMBRAPA, 2011).
MANEJO E SEMEADURA DA SOJA
O manejo correto do solo é necessário para que o desenvolvimento da planta, bem como sua produção e semeadura sejam adequadas em cada cultura. Inicialmente, deve-se ter conhecimentos físicos e bioquímicos do solo e prepara-lo de forma satisfatória para atingir um potencial de produtividade.
Para selecionar uma boa área para produção de soja deve-se analisar a drenagem e textura do solo. Solos muito arenosos não são indicados por não reter umidade após o escoamento por gravidade. O indicado é para o plantio de soja, são aquele com mais de 15% de argila, boa drenagem, homogêneo e sem pedregulhos.
A época ideal para o plantio de soja no Estado de Goiás dá-se junto ao início das chuvas, ou seja, na segunda quinzena de outubro. Em condições normais é recomendável que o produtor espere a chuva alcançar o acumulado de 80-100 mm para que o solo tenha um estoque razoável de água, disponível para a germinação das sementes, com menos risco de perda de plantio, caso as chuvas não estabilizem.
A semeadura pode ser realizada antes de meados de outubro ou até depois de meados de dezembro, dependendo das condições locais e das cultivares utilizadas, estendendo-se até março. Semeaduras precoces garantem boa disponibilidade de umidade no período reprodutivo das plantas, mas, geralmente, produzem plantas com porte muito baixo. Semeaduras tardias expõem as plantas à doenças e insetos, devido à deficiência hídrica no solo, o que também gera plantas de pequeno porte.
Como as semeaduras são determinadas de acordo com a distribuição de fatores climáticos, especialmente as chuvas, técnicas de rotação de cultivares é indicado para plantações de médias e grandes áreas. Desse modo, obtém-se uma ampliação dos períodos críticos da cultura (floração, formação de grãos e maturação), onde o prejuízo é menor se ocorrer deficiência ou excesso hídrico. Esse sistema de rotação e sucessão da soja aproveita a janela ideal para o milho (safrinha) podendo refletir positivamente no aumento da área plantada do cereal e na obtenção de bons resultados de produtividade média.
Com base nos dados da Aprosoja – GO e Faeg, estima-se que a safra 2016/17 seja record em Goiás, com 10,38 milhões de toneladas. Por sua vez, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma média de colheita em 10,07 milhões de toneladas (inferior aos 10,25 milhões de toneladas do ano passado).
DOENÇAS
As doenças que atrapalham o rendimento de soja são causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. Essas podem ocasionar perdas de quase 100% da produção, entretanto, as perdas anuais são estimadas em 15-20%.
Alguns métodos de controle de doenças são citados pela Embrapa, como:
 Rotação de cultura, para reduzir a população de patógenos que sobrevivem de uma safra para outra;
 Quando houve um reforço de irrigação nos Cerrados, a produção de sementes de soja foi expandida, assim no inverno de 2006 os estados da região Centro-Oeste implementaram o vazio sanitário (período sem plantas vivas de soja no campo), de 60 a 90
dias, com o objetivo de reduzir a quantidade da ferrugem nos cultivos da safra de verão, haja visto, a ferrugem asiática é um grande problema nas plantações (principalmente tardias) de soja.
 Eliminar plantas de soja voluntárias e não cultivar soja na entressafra (vazio sanitário), que tem como objetivo reduzir a população de fungos da ferrugem para a safra seguinte;
 Utilizar cultivares resistentes às principais doenças;
 Adubar de modo adequado para evitar o desenvolvimento de plantas menos sensíveis a doenças;
 Utilizar sementes oriundas do sistema oficial de certificação (C1, C2,e S1, S2), de procedência conhecida e devidamente tratadas;
Além de doenças, as plantas daninhas constituem grande problema para a cultura de soja, gerando perdas significativas conforme o tipo de espécie e área que a planta invasora atinge. A planta prejudica a cultura, pois compete pela luz solar, água e nutrientes, podendo comprometer a qualidade do grão. Os métodos normalmente utilizados para controlar as plantas daninhas é o método químico, isto é, o uso de herbicidas. Suas vantagens são a economia de mão de obra e rapidez na aplicação. Deve-se ter conhecimento prévio do tipo de invasora para saber qual produto mais adequado no controle da praga.
COLHEITA
A colheita deve ser iniciada logo quando a soja atinge o estádio R8 (ponto de colheita), ou seja, quando os teores de água dos grãos estiverem em torno de 15% a 16% (GIANLUPPI et al., 2009).
A soja atinge esse estádio no mês de março. As técnicas de colheita utilizadas podem ser mecanizada, onde os equipamentos atuais são capazes de realizarem, de uma só vez, as operações de corte, recolhimento, separação, limpeza e armazenamento do produto; ou por colheita manual, onde produtores cortam e/ou arrancam as plantas à mão, entretanto, a retirada dos grãos por colheita manual é uma atividade desgastante para o homem e de risco para a produção. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja: Região Central do Brasil 2004. Sistemas de Produção, n. 1. Londrina: Embrapa Soja, [20--?]a. 
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/Pasta%20de%20Setembro%20-%202016.pdf
EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja - Região Central do Brasil 2012 e 2013. Londrina: Embrapa Soja, [20--?]b. http://www.cnpso.embrapa.br/download/SP15-VE.pdf
GOVERNO FEDERAL. Portal Brasil. http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/10/centro-oeste-produz-42-da-safra-de-graos-e-e-o-principal-polo-agricola-do-pais?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Rss-MatoGrosso+(RSS+-+Mato+Grosso)
MINISTERIO DA AGRICULTURA, PECUARIA E ABASTECIMENTO. Estatística e dados básicos de economia agrícola. http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/Mjc2OTI=
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TECNICAS. Cultivo e Manejo da Soja. http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/Mjc2OTI=

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