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Resumão Anestesiologia Animal - Serginho

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Anestesiologia Animal – 05/02/2018 Professor Sérgio 
 
Anestesia Dissociativa (injetável): o metabólito é extremamente nefrotóxico e 
neurotóxico. Não é possível utilizar em cirurgias longas pois se for reinjetando o animal 
convulsiona (a partir de 3 - 4 aplicações). 
 
Avaliação Pré-Anestésica 
 
Quando se fala em anestesia obrigatoriamente deve-se atingir os 3 requisitos abaixo: 
 
✓ Não pode sentir dor; 
✓ A musculatura está relaxada; 
✓ O paciente está inconsciente; 
 
Se o paciente não atingir os três pontos não consideramos que ele está anestesiado. 
 
Quando se fala em anestesia epidural é considerado anestesia porque onde ela está 
“pegando” ocorre analgesia, relaxamento da musculatura e perda da consciência local, 
por isso chamamos de anestesia local. 
 
Se só ocorre relaxamento da musculatura chamamos de: relaxante muscular; 
Se só perde a consciência chamamos de hipnótico ou neuroléptico; 
Se só causa analgesia chamamos de analgésico; 
 
Não tem nenhuma substância que consiga fazer as três coisas de forma simultânea e 
de maneira segura, por isso anestesia é uma mistura de drogas visando diminuir os 
efeitos colaterais ao paciente. 
Ex.: um cardiopata: usar um hipnótico que cause menos prejuízo ao coração. 
 
Monta-se um protocolo anestésico combinando várias substâncias para atingir os 3 
pontos da melhor maneira possível. 
Nem o melhor anestésico inalatório (sevofluorano) pode ser utilizado sozinho, pois 
quando chega ao ponto de não causar dor ao paciente ele estará tão profundo que 
resultará em óbito. 
 
O anestesista é obrigado a conhecer a anamnese do paciente antes de anestesiar. 
O anestesista é obrigado a fazer uma anamnese direcionada (jejum, remédio prévio – 
antiarrítmico, etc). 
O anestesista não pode se negar a falar com o tutor. 
 
É importante fazer exame físico pré-operatório do paciente para ter parâmetros de 
referência. (estado geral, lesões superficiais, presença de ectoparasitas, mucosa, sinais 
e sintomas, auscultação cardiopulmonar, palpação pulso periférico, hidratação, etc) 
- Paciente desidratado não entra em cirurgia sem hidratação prévia. 
 
 
O proprietário tem que ter contato com a equipe cirúrgica nas primeiras 24 horas (isso 
é exigido por lei) 
 
É obrigatório uma ficha anestésica que contenha tudo o que aconteceu antes, durante 
e depois porque o anestesista pode ser auditado a qualquer momento. 
Deve conter nome, espécie, RA, raça, idade, peso, sexo. 
 
Cuidado ao estimar peso pois a margem de erro é sempre enorme. 
 
 
Risco Anestésico (American Society of Anesthesiology) 
 
• ASA I – animais sadios sem doença detectável (cirurgia eletiva). 
• ASA II – doença sistêmica leve a moderada completamente controlada (anemia 
discreta, diabético controlado) 
• ASA III – doença sistêmica moderada a grave, porém não incapacitante 
(hipertenso, doente renal não insuficiente) 
• ASA IV – doença incapacitante que oferece risco constante a vida (insuficiência 
renal) 
• ASA V – associação de doenças incapacitantes, onde está certo o óbito sem 
cirurgia e tem pequenas chances com a cirurgia (piometra com choque séptico) 
• E – emergência, onde não é possível avaliar adequadamente o paciente, pois 
está correndo o risco eminente de vida (atropelado sangrando muito). Não é 
urgência 
 
Posso usar o ASA III E mas não posso ter um ASA II E pois não faz sentido o animal 
estar com a doença controlada e estar na emergência, sendo assim usamos a partir do 
ASA III. 
 
Não existe procedimento anestésico sem risco! 
 
✓ Hipersensibilidade; (Extremamente RARO!) 
✓ Idiossincrasia (resposta anormal a um medicamento); 
✓ Erro humano (imprudência, imperícia, negligência) – mais comum; 
✓ Alterações no preparo do paciente; 
✓ Alterações no procedimento cirúrgico; 
✓ Contraindicação do procedimento cirúrgico; 
 
Animal com ht menor do que 12 não pode ser anestesiado de jeito nenhum pois é 
certeza de óbito. Nestes casos sempre transfundir antes. 
 
Jejum é obrigatório devido aos riscos de pneumonia aspirativa, diminuição de 
motilidade intestinal, anestésico ama gordura e quando está em jejum o anestésico vai 
para o cérebro, se o paciente comer o anestésico vai para a gordura do alimento. 
 
Filhotes não podem ficar de 8 a 12 horas sem comer devido ao risco de hipoglicemia. 
Não se pode corrigir a glicemia (ex.: glicose IV) porque se for feita de maneira abrupta 
causa lesão na bainha de mielina 
. Um paciente hipoglicêmico tem pouco açúcar no sangue e esconde água no tecido 
(principalmente no cérebro). 
A dor de cabeça causada pela hipoglicemia é devido ao edema cerebral. Quando se 
corrige a água vai de maneira muito rápida “atrás” do açúcar causando lesão na bainha 
de mielina 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 19/02/2018 Professor Sérgio 
 
 
 
3 principais causas de anemia: 
- infecciosa (principalmente por hemoparasitas) 
- Insuficiência renal 
- hemorragia 
 
Obs.: Num paciente com policitemia investigar doença cardiorrespiratória. 
 
Principais motivos para aumento de PT plasma: 
 - Desidratação; 
- Doença infecciosa; 
 
 
Principais motivos para diminuição de PT plasma: 
- Doença Renal; 
- 
 
 
Diagnóstico Diferencial de Deficiência 
 
Quando não acho o motivo pelo qual algo está baixo no organismo. 
 
Precursor: 
Não produz: 
Perde: 
 
No organismo a gente sempre sempre tem: da onde tira, se ele produz aquela 
substância ou se ele está perdendo. 
 
No caso da proteína: 
Pensando em precursor (de onde vem) temos a alimentação, ou seja, será que 
o animal está desnutrido? 
Se animal comeu ele pode está com problema de má absorção. 
 
Será que o animal está produzindo? (não produz) logo pensamos numa 
hepatopatia. 
 
Animal está perdendo? Nefropatia, hemorragia, êmese, diarreia. 
 
Então: 
 
Precursor: desnutrição ? Má absorção? (coprofuncional) 
Não produz: hepatopatia? (perfil hepático) 
Perde: Perdendo na urina? (relação PU:CU), êmese, diarreia , hemorragia? 
 
Exemplo 2: 
 
Hematócrito 
 
Precursor: desnutrição/deficiência nutricional? Má absorção? 
Não produz: mielopatia? Deficiência de eritropoietina? 
Perde: hemorragia? Hemólise? 
 
Animal pode estar com anemia por verminose que causa uma hemorragia no 
TGI. 
 
 
Plaquetas 
O animal com um pouco mais 150.000 plaquetas coagula com a mesma 
eficiência que um animal 600.000 plaquetas. 
Acima disso corre um maior risco de trombose. 
Um animal entre 100.000 e 150.000 plaquetas já coagula um pouco pior, só se 
torna muito muito pior se o animal tiver hipotermia. (nesses casos controlar a 
temperatura no transcirúrgico) 
Entre 50.000 e 100.000 já sangra bastante, só entrar com o paciente em 
cirurgia em casos de extrema necessidade. Nestes casos pensar numa bolsa de 
plaqueta. 
Entre 10.000 e 50.0000 plaquetas o paciente pode iniciar um quadro 
hemorrágico a qualquer momento. 
Entre 0 e 10.000 plaquetas só entra em cirurgia em caso de emergência, se não 
tiver outro jeito. 
 
 
Leucograma: 
 
É o aumento do número das células de defesa devido a um processo 
inflamatório. 
 
Principais causas de aumento: infecção, trauma, doenças imunomediadas, 
neoplasias. 
 
Se eu falar das causas de infecção bacteriana, a primeira célula que aumenta é 
neutrófilo, se tornar crônica quem aumenta depois é monócito. 
Se a gente pegar infeção bacteriana logo que ela acontece terá uma rápida 
leucopenia que é a migração, em seguida vem uma pequena monocitose (que 
quase não se pega, porque ninguém faz exame nessa fase inicial). 
 
Se a gente pegar as doenças parasitárias vemos aumento de eosinófilo, 
basófilo. 
Achou basófilo em lâmina, tem verme. Normalmente nunca se vê basófilo. 
 
Se a gente tem um paciente com doença parasitária deu eosinofilia, além de 
doenças parasitárias, entrará no diagnóstico diferencial doença alérgica e 
doenças eosinofílicas (exemplo neoplasias).Em doenças virais, veremos uma diminuição de linfócitos, ele primeiro diminui 
e depois aumenta. 
Os linfócitos são as principais células que sofrem alteração. 
 
Em doenças fúngicas vemos um padrão no exame de monocitose. 
 
Neoplasias: ocorre aumento de neutrófilo de forma bem importante e 
monócitos. 
 
Trauma: normalmente vê neutrofilia com granulação tóxica. 
 
Doenças imunomediadas: no hemograma vemos bastante esferócitos e 
monocitose. 
 
Leucopenia: 
Corticoide não causa leucopenia, ele causa leucocitose porque causa uma 
descarga de células de defesa da medula na circulação. Ele diminui a atividade 
das células mas aumentam o número delas na circulação. 
 
Bioquímico: 
 
Quando temos azotemia basicamente se dá por 3 origens: 
Pré-renal: desidratação 
Renal: doenças/alterações renais; 
Pós renal: obstruções/rupturas de vias urinárias; 
 
No doente renal temos azotemia aparece quando tem lesão superior a 75% dos 
néfrons. 
Quando faz urinálise sempre conseguimos um diagnóstico precoce e definir 
melhor o prognóstico. 
 
Célula caudada: célula da pelve renal, se encontrar na urinálise, significa que 
tem uma doença renal numa progressão importante. 
A descamação indica uma lesão superficial, pode indicar fase de resolução de 
doença. 
E células transicionais que pertence a via urinária inferior, não indica lesão 
renal. 
 
Cilindros: 
Hialinos: acontece por uma diminuição de velocidade de fluxo, não indica 
lesão. 
Granulomatosos: tem resto celular grudando no cilindro hialino e ele vem cheio 
de proteína, ele indica uma lesão renal. 
 
 
Fígado: 
 
Principais exames solicitados: ALT, FA, Albumina, GGT (gato) e AST (grandes 
animais) 
 
FA indica colestase, ou seja, fluxo dificultado da bile...mas não 
obrigatoriamente indica lesão. Se eu tiver só FA aumentada sei que o processo 
está muito mais em vias biliares ou se dá por indução medicamentosa. 
Um aumento exclusivo de FA não indica uma lesão hepática, indica afecção de 
vias biliares e não aumenta o risco anestésico e com a anestesia não ocorre 
piora deste quadro. 
 
Aumento de LT: indica mote de hepatócito, porque essa enzima está no 
citoplasma e para ser liberado na circulação o hepatócito tem que ter rompido. 
Ou seja, indica lesão hepática ativa. 
 
GGT: substitui a FA para gato. Não precisa ficar pedindo FA pra gato. 
 
AST: substitui ALT para grandes animais. Essa enzima se encontra no núcleo. 
 
Albumina: ocorre muitos erros na interpretação. 
 
 
Exemplo: animal com ALT e FA aumentadas e albumina normal. 
Ele tem uma hepatopatia que ainda não compromete o funcionamento do 
fígado. Este animal pode ser anestesiado, ocorrerá uma piora mas a função 
ainda está ok 
 
Exemplo 2: ALT e FA aumentadas e albumina baixa. 
Este animal já tem uma perda de função, mas não considero que ele tem 
cirrose, 
Na cirrose há substituição dos hepatócitos por fibroblasto. 
Se ainda há aumento de ALT e FA significa que ainda há célula viva morrendo. 
Essa albumina baixa não indica um quadro de cirrose, indica um problema 
águdo. 
 
Exemplo: ALT e FA normal e Albumina baixa, pode indicar cirrose... 
Mas sempre fazer diagnóstico diferencial. Animal está com proteinúria? 
Está perdendo por algum lugar (êmese, diarreia?) 
 
 
Pensando em anestesia quase sempre atendemos pacientes cardiopata. 
Quando devemos pensar em medicar antes de um procedimento cirúrgico? 
Sempre que o paciente tiver sintomatologia deve ter aval de um cardiologista! 
 
Exemplo: animal tosse, cansaço fácil o ideal é passar com o especialista, 
estabilizar e depois passar por procedimento cirúrgico. 
 
Agora se pego um animal que ausculto um sopro, mas sem repercussão 
hemodinâmica no eco eu não preciso encaminhar para o cardio antes de 
anestesiar. 
 
 
Tranquilizante: 
Medicação pré-anestesica que utilizamos para melhorar a condição de 
anestesia do paciente. 
 
Exemplo: um paciente bradicardico, anestesiar é arriscado. É ideal subir um 
pouco a FC antes de anestesiar e a função de subir a FC será de uma MPA. 
 
Se eu pego um paciente completamente acordado e faço um anestésico geral 
para ele dormir de uma vez, isso não é fisiológico. 
Se eu fizer um medicamento que deixa ele mais sonolento, perto de um sono 
fisiológico antes de entrar com um anestésico geral isso será muito melhor. 
 
MPA: São medicações que vão melhorar a condição de anestesia para um 
paciente repercutindo num melhor trans-operatório e pós. 
Também tira efeitos adversos dos anestésicos. 
 
Exemplo a quetamina que causa rigidez muscular. Não dá pra operar um 
paciente assim, então uso um mpa que relaxe a musculatura para melhorar 
este paciente. 
 
MPA: 
 
6 grupos principais: 
 
Anticolinérgico 
Tranquilizantes (ex.: acepromazina, clorpromazina, levomepromazina) 
Benzodiazepínicos 
Alfa 2 agonistas 
Opióides 
Miorrelaxantes de ação central 
 
Cada um tem uma indicação diferente da outra. 
 
Exemplo: paciente com intussuscepção posso dar um buscopan 
(anticolinérgico). 
 
Alfa 2 agonista é um excelente sedativo, utilizado bastante para relaxamento 
muscular, utilizamos na anestesia geral. 
 
Os opióides são os derivados da morfina, analgésicos. 
 
Os miorrelaxantes de ação central são usados para equinos e um pouco em 
ruminantes. 
 
Tranquilizantes 
São medicamentos que chegam no cérebro e bloqueiam os receptores de um 
monte de neurotransmissores. 
É um depressor inespecífico da atividade cerebral. 
 
Efeitos Desejáveis Efeitos Indesejáveis 
- Tranquilização; 
- Antiemético; 
- Antialérgico; 
 
- Hipotensão; 
- Hipotermia; 
- Diminuição limiar convulsivo; 
- Diminui hematócrito; 
- Esplenomegalia; 
- Priaprismo; 
 
Um animal com trauma craniano não pode usar um tranquilizante porque 
diminuir o limiar convulsivo. 
 
Um cardiopata grave não pode porque diminui a pressão. 
 
Um hepatopata grave não pode usar não pode usar porque tem deficiência de 
proteína e logo não segura a pressão de maneira adequada. 
 
Neonato não pode devido hipotermia e porque não consegue controlar direito 
a pressão. 
 
Um diabético pode usar sem problema. 
 
Exemplo: um paciente com linfoma que é bem agitado e palpando parece que 
o baço está meio aumentado. Se eu tranquilizar o baço pode ficar aumentado 
devido a esplenomegalia. 
 
Isso acontece mediado pelo receptor alfa 1 adrenérgico que faz vaso 
constrição. 
Se eu bloquear faz vasodilatação. 
 
No baço tem bastante receptor alfa 1, se eu bloquear faz tanta vasodilatação 
que as hemácias correm pra lá. Então numa esplenectomia nunca fazer 
tranquilizante. 
 
 
Como escolher o tranquilizante? 
Pelo critério dos itens desejados. 
 
Se eu quiser tranquilizar: uso acepromazina; 
Se eu quiser antiemético: clorpromazina; 
Se eu quiser antialérgico @ atópico: levomepromazina; 
 
Esses 3 também são chamados de fenotiazínicos. 
Existem outro grupo de tranquilizantes (tirofenona) que não são usados na vet 
porque a duração é de 8 horas. (as vezes faz em selvagens e porcos) 
 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 26/02/2018 Professor Sérgio 
 
 
Anticolinérgicos: 
 
Os mais importantes: atropina e escopolamina 
(tem glicopirrolato mas não tem no Brasil) 
 
 
Eles agem bloqueando o acetilcolina nos receptores muscarínicos, ou seja, é 
um antagonista competitivo de receptor muscarínico. 
Os receptores muscarínicos fazem parte do SN Parassimpático, se eu bloqueio 
esses receptores o parassimpático não funciona. 
 
Lembrando que o parassimpático atua nas vísceras e toda vez que eu tiver 
numa víscera excesso de parassimpático é interessante eu bloqueá-la. 
 
Ex.: @ com coração batendo muito lento, excesso de parassimpático. Se eu 
aplicar atropina a FC aumenta e fica mais fácil anestesiar esse animal. 
 
Ex.: @ com cólica devido intussuscepção, não é fácil anestesiar. Pode utilizar 
um buscopan para relaxar essa musculatura. 
 
Quandose fala de efeito colinérgico não é muito fácil determinar os efeitos 
desejáveis ou não. 
 
 
Usar Não Usar 
Bradarritmia; 
Hipermotilidade; 
Reduzidr secreção 
(salivação/secreção respiratória) 
Taquiarritmia; 
Atonia/hipomotilidade; 
Secreções viscosas; 
Infecções respiratórias; 
 
 
 
Exemplo: se eu tiver sialorréia e aplicar atropina, seca na hora... tornando-a 
mais viscosa. O problema é se eu tornar uma secreção pulmonar viscosa, pois 
assim o animal não consegue expectorar. 
 
Quando usar atropina ou escopolamina? 
 
- Grandes Animais: só usa escopolamina como mpa (tanto vaca quanto equino) 
- Pequenos Animais: no abdômen escopolamina, fora dele atropina. 
 
 
Opióides: 
 
A grande utilização é para diminuir dor. É importante na anestesia porque 
determina quanto de anestésico eu vou utilizar. 
 
Se eu fizer um anestésico direto a primeira coisa que acontece é agitação e 
depois perda de consciência, mas se eu mexer nele ele ainda mexe a pata, ou 
seja, ele está inconsciência mas não tem relaxamento muscular e nem 
analgesia. 
 
Nunca a dose será determinada por hipnose porque ela acontece primeiro do 
que todo mundo. 
 
Para chegar no ponto de que atinjo esse 3 itens com um anestésico geral a 
dose é tão alta que a maioria dos pacientes morrem devido a grande depressão 
do sistema cardiovascular. 
Para não dar tanto anestésico geral se utiliza analgésico antes para tornar a 
anestesia segura. 
 
 Não existe anestesia sem opióide!!!! 
 
Os opióides são produzidos naturalmente no nosso organismo para controlar 
dor daquilo que é fisiológico (exemplo andar). 
 
Na veterinária há dois receptores opiáceos importantes: o µ (mi ou mu) ou o k 
(kappa) pois são os que têm no organismo em maior quantidade. 
 
O mi representa mais ou menos 70% do todos os receptores de opióide e o 
kappa 20%, então se eu somar 90% da dor é controlada por estes 2 receptores. 
Então é através dele que faremos o manejo da dor deste paciente. 
 
Se o paciente tem dor ele se apresenta, se não tem ele se esconde. 
 
Exemplo: Chegou uma paciente para osh eletiva, essa paciente não tem dor. Se 
eu injetar morfina ela vai vomitar porque os receptores que produziriam 
analgesia estão escondidos.. estão presentes aqueles outros que não são bom 
em segurar dor mas são bons em dar efeitos colaterais. 
Agora se eu pegar um animal que já está com dor os receptores mu e kappa 
estarão presentes, ou seja, se eu fizer um opióide em paciente que já tem dor 
eu terei um excelente efeito analgésico e pouco efeitos colaterais. 
 
Tem duas características que a gente olha nos opióides: 
 
- Potência; 
- Tempo de duração; 
 
 
Fármaco Potência Período Hábil 
Butorfanol 0,05 3 horas Antagonista e Antagonista 
Petidina 0,1 2 horas Agonista 
Tramadol 0,2 8 – 12 horas Agonista 
Morfina 1 4 horas Agonista 
Metadona 2 8 horas Agonista 
Fentanil 80-100 40 minutos Agonista 
Naloxona - Dose Dependente ANTAGONISTA 
 
 
Obs.: A morfina é o padrão (então é o 1) e a classificação se da por ela. Você 
atribui a potência analgésica comparada com ela. 
Butorfanol: 20 vezes mais fraco que a morfina. 
Petidina: 10x mais fraca que a morfina 
Tramal: 5x mais fraco que a morfina 
 
Todo mundo que é menos que 1 é chamado de opióide fraco, todo mundo que 
é maior do que 1 é chamado de opióide forte. 
 
Ex.: mastectomia doi muito, se usar um opióide fraco o animal vai continuar 
sentindo muita dor. 
Se for tirar uma verruga não compensa utilizar metadona porque a dor não é 
significante então se liga nos receptores de efeitos adversos. 
 
 
Se eu pegar um paciente que vou remover cálculo dentário, sem extração de 
dente, a dor é pequena. 
Não faz sentido usar de morfina pra baixo. 
A cirurgia é rápida ou demorada? É rápida, então posso usar petidina. 
 
Mastectomia dói muito, vou usar de morfina pra baixo. 
Se eu quiser usar fentanil ou vou aplicar várias vezes ou vou colocar em infusão 
contínua para que dure o procedimento todo. 
 
Ainda na masctectomia, posso usar também metadona pois é mais forte que a 
morfina e dura o procedimento todo. 
 
Nem todo opióide estimula os dois receptores ao mesmo tempo. 
Existem os opióides agonistas (que são aqueles que estimulam os receptores). 
Tem aqueles que chamamos de agonistas opióides que estimulam os dois, ou 
mu agonista que estimula só o mu e kappa agonista que só estimula o kappa. 
 
Agonistas Antagonistas 
Eles estimulam um e bloqueiam o outro. 
 
Exemplo o butorfanol, ele é um agonista kappa e antagonista mu. 
Lembrando que temos mais receptores mu do que kappa, se eu estimular mais 
o kappa e bloquear o mu eu não tenho uma boa ação analgésica e é por isso 
que o butorfanol é tão fraco. Tão fraco que é comparado comparado a anti-
inflamatório. 
 
Potência opióide: afinidade pelo receptor kappa. 
O butorfanol tem potência opióide 8. 
 
Não confundir potência opióide com potência analgésica. 
 
Tramadol é mu agonista não faz sentido misturar butorfanol com tramadol 
porque os receptores mu estão bloqueados, fazendo com que o tramal não 
funcione. 
 
O butorfanol é um opióide fraco que faz com que os opíoides fortes não 
funcionem. 
Só vou usar butorfanol em paciente ambulatorial que não tem perigo de ter 
que passar por um procedimento mais doloroso. 
 
 
Quando usar a petidina? 
Cirurgia que dói pouco e de pouca duração. 
ELA NÃO PODE SER REAPLICADA pois gera um metabólito tóxico chamado 
norpetidina que é nefrotóxica e neurotóxica. Numa única aplicação não tem 
problema, o problema acontece quando ocorre a reaplicação. 
É a norpetidina que causa dependência. 
 
 
Petidina além de não poder reaplicar ela libera muito histamina. Se o animal 
for atópico não toma. Animal com bronquite não pode porque piora. 
Qualquer doença alérgica não utilizar bulldog e pug. 
É o que mais causa reação alérgica. 
 
Tramadol: seu principal mecanismo de ação é aumentar a serotonina no corpo 
que tem um bom poder analgésico. 
Está querendo sofrer uma nova classificação como opióide atípico ou 
analgésico atípico. Na pratica está querendo classificar porque se tirar do grupo 
de opióide deixa de ser um remédio controlado. 
 
Ele é mais forte no ser humano do que nos animais. 
Não funciona aplicado subcutâneo porque não absorve de maneira que atinja 
concentração plasmática (em humano funciona). 
Ele é o menos alergeno de todos os opióides 
 
NUNCA DEVO ASSOCIAR EM DOSE ALTA EM ANIMAIS QUE TOMEM 
ANTIDEPRESSIVO!!!! 
 
Antidepressivo aumenta serotonina, tramal aumenta serotonina e se subir 
serotonina demais pela associação dos dois pode dar uma síndrome 
serotoninérgica que pode dar colapso cardiovascular levando a morte. 
 
É um excelente opióide pós operatório. É bastante utilizado em trans 
operatório para cirurgias que dói pouco e em pacientes que tem 
contraindicação no uso da petidina. 
 
Morfina: tem uma potência analgésica bastante forte mas é um dos que tem 
ampla liberação de histamina. (deve evitar nos quadros de alergia) e costuma 
dar um pouco de hipotensão e é um dos que mais causa quadro eméticos. 
 
Metadona: é um opióide extremamente potente, quase não induz vômito e 
tem como característica ser um dos melhores opióides para dor crônica ou 
oncológica porque bloqueiam o canal de cálcio. 
 
Fentanil: é o mais potente mas provoca bradicardia importante. Exigindo a 
administração muito lenta. É também hipotensor. 
Para manter a concentração plasmática utiliza-se muito como infusão contínua. 
 
Obs.: Sinais de que o animal está sentindo dor são através do controle 
hemodinâmico como por exemplo aumento FC. 
 
Aplicabilidades dos Opióides 
 
OSH 
Há momentos de dor muito forte e momentos que não dói quase nada 
 
Se eu usar um opióide muito forte eu terei excesso de opióide em algum 
momento e se usar muito fraco terei deficiência durante a cirurgia. 
Para resolver esse problemaposso utilizar um opióide um pouco mais fraco e 
na hora de tracionar o pedículo uso fentanil que dura pouco tempo. 
 
Fratura no Fêmur 
A hora que mais causa dor é na redução da fratura, neste momento pode usar 
fentanil. 
 
Numa cirurgia longa de dor intensa pode aplicar de novo (o que não é muito 
bom) ou pode manter em infusão continua . 
 
Intussuscepção: 
É uma cirurgia que costuma doer muito, como MPA posso usar morfina ou 
metadona. Principalmente metadona porque não induz o vômito. 
 
Efeitos Desejados e Indesejados dos Opióides: 
 
Desejados Indesejados 
- analgesia; 
- sedação; 
- estabilidade hemodinâmica; 
 
- Depressão respiratória (quanto mais potente > 
depressão) 
- Liberação de histamina; (morfina e petidina) 
- Bradicardia; (fentanil) 
- Êmese; (morfina) 
- Constipação; 
 
O opióide é o grupo que menos afeta a circulação, embora, temos o fentanil 
que causa hipotensão e bradicardia e a morfina que causa bradicardia; 
 
Num paciente que não vou oxigenar não utilizar fentanil ou dose alta de 
opióide. 
 
Um paciente com mastocitoma não pode tomar petidina e morfina porque 
pode causar degranulação de mastócito levando a hipotensão; 
 
A naloxona é um opióide antagonista que desliga os receptores opióides, ou 
seja, é um antídoto. Ele corta todos os efeitos colaterais só que também corta 
os efeitos analgésicos. Só deve ser utilizado em ultimo caso. 
Utiliza em caso de intoxicação por opióide. 
 
Atividade: montar 4 protocolos anestésico. 
Montar um caso clínico onde eu use os três grupos (tranquilizante, opióide e 
anticolinérgico). 
 
1 Usar os 3; 
1 SÓ usa opióide e anticolinérgico; 
1 Só usa opióide e tranquilizante; 
1 Só usa opióide; 
 
Protocolo 1 – Uso de tranquilizante, opióide e anticolinérgico 
Piometra - Usaria escopolamina, acepromazina e metadona. 
 
Protocolo 2 – Uso de opióide e anticolinérgico 
Paciente que irá passar por uma intussuscepção. Utilizaria como opióide: 
fentanil e anticolinérgico: escopolamina. 
 
Protocolo 3 – Opióide e Tranquilizante 
Citologia no baço não pode porque tranquilizante faz esplenomegalia. 
Citologia no fígado poderia usar desde que o animal não tivesse 
contraindicação. 
Orquiectomia (opióide: petidina) + tranquilizante (desde que não tenha 
contraindicação) 
 
Remoção de corpo estranho através de endoscopia: opióide – tramadol ou 
petidina e clorpromazina para evitar vômito. 
 
 
Protocolo 4 – Só opióide 
Paciente que vai passar por toracocentese de um paciente cardiopata, paciente 
que vai para o RX 
 
Num caso de remoção de miíase o ideal seria utilizar um tranquilizante junto. 
Idependente do que vai fazer vê se tem indicação ou não de utilizar um 
tranquilizante. 
Se esse paciente for um cardiopata, por exemplo, não pode utilizar 
tranquilizante e aí para tirar a usaria só opióide. 
 
 
Casos Clínicos: 
Paciente com 16 anos, com hérnia de disco, SRD, cardiopata. 
 
Ele tem um problema visceral? Não! Então anticolinérgico cai fora, não tem 
porque usar. 
Tranquilizante não vai utilizar porque cardiopata não pode. 
Opióide utilizado: metadona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 05/03/2018 Professor Sérgio 
 
 
Benzodiazepínicos 
 
Diazepam 
Midazolam 
Zolazepam 
 
Gaba: intimamente ligado a relaxamento muscular. 
Se eu usar um benzodiazepinico um dos efeitos é relaxamento muscular (um dos 
melhores que temos). 
 
Se aumentar a dose o medicamento vira sedativos. Se é sedação o animal fica 
inconsciente. (se tomar dose alta de dormonid (midazolam) ou clonazepam o paciente 
dorme). 
 
O receptor Gaba está intimamente relacionado a relaxamento muscular. Se for 
estimulado ocorrerá bom relaxamento muscular porque já função que exerce 
naturalmente. 
 
Hoje na pratica não se usa benzodiazepínico isolado em cirurgia, usa associado com 
outras mediações normalmente administrado na mesma seringa de outros anestésico 
geral ou dissociativo (aquele que o animal vai “dormir”) 
Ex.: Diazepam + propofol (ao mesmo tempo) porque se o diazepam for excitar o 
propofol segura. 
 
Desejáveis Indesejáveis 
Miorrelaxante (um dos melhores) Efeito Paradoxal 
Anticonvulsivante Depressão Respiratória* 
Ausência Metabólitos Ativos (midazolam) Metabólitos Ativos (Diazepam, Zelazepam 
 
Pode usar como sedativo mas é pouquíssimo utilizado. 
O efeito paradoxal é bem intenso, em gatos isso pode ser um problema. 
 
*Depressão Respiratória (dose e idade dependente) 
Em dose baixa não preciso me preocupar, em dose alta pode deprimir muito. 
Em filhotes deprime MUITO mais. 
 
NÃO USAR DIAZEPAM EM HEPATOPATA! 
 
Quando for usar benzodiazepínico perguntar: preciso de um miorrelaxante e um 
anticonvulsivante? Se a resposta for sim escolhe entre diazepam e midazolam. 
 
O período hábil do midazolan é bem pequeno (15-20 minutos) o diazepam tende a 
durar perto de uma hora.. 
 
O diazepam é melhor anticonvulsivante e o midazolam é mais seguro e potente. 
 
Em casos de doenças concomitantes usar midazolam. 
NUNCA usar Diazepam em hepatopata para anestesiar, em caso de animal que chega 
convulsivando usa o diazepam porque não tem nenhum que não seja hepatotóxico. 
 
Na veterinária não se usa benzodiazepínico em todas as cirurgias (na medicina humana 
sim). 
 
Ex.: vou anestesiar e preciso de um medicamento anticonvulsivante. A escolha será a 
seguinte: se ele for hepatopata e ele for pra anestesia eu escolho o midazolam, se não 
for hepatopata a escolha é sempre diazepam. 
Agora se vou anestesiar o propofol eu não preciso usar nenhum dos dois porque o 
propofol é um bom relaxante muscular e ainda é anticonvulsivante e por isso o uso de 
benzodoazepínicos na veterinária tem caído por terra. 
 
Há trabalhos em que mostram que não tem benefício associar benzodiazepínico com 
propofol e por isso não usa. 
Agora quetamina com diazepam é bom porque quetamina deixa o músculo rígido e o 
diazepam relaxa. 
 
Flumazenil é um antagonista: aplica o paciente acorda na hora, utilizado quando 
paciente deprime demais. 
Na veterinária não é tão utilizado porque junto com o benzodiazepínico é utilizado 
junto com algum anestésico, logo não adianta. 
Na vet utilizamos quando paciente toma por acidente diazepam, quando houve erro 
na administração, etc... para acordar não usa muito justamente por causa da 
associação com outro anestésico. 
 
Miorrelaxante de Ação Central 
 
EGG/Guaifenesina 
É uma única molécula que tem dois nomes. 
 
Esse grupo é utilizado pra relaxamento de musculatura e embora não seja proibido 
usar em cães na prática não se utiliza em pequenos animais. 
É utilizado em grandes onde o relaxamento muscular faz toda diferença na anestesia. 
Se anestesiar um cavalo sem relaxamento muscular, quando o animal cair corre um 
grande risco de fratura. 
 
Utilizado para melhorar a anestesia de grandes animais (equino) fazendo com que ele 
caia de maneira mais segura. 
 
 
Efeitos Desejáveis Efeitos Indesejáveis 
Relaxamento Muscular Depressão respiratória 
Leve efeito sedativo Hemólise aguda 
Analgesia (muscular) Flebite 
 
 
Para usar EGG a diluição tem que ser até 15% no máximo, caso seja acima disso pode 
causar hemólise aguda. 
Por uma questão de segurança se dilui em 5% ou 10% 
A flebite também é bem importante, principalmente se for feita fora da veia. 
 
Não tem antagonista!!!! 
 
 
 Alfa 2 – Agonistas 
 
Normalmente tem uma quantidade constante basal de noradrenalina na fenda 
sináptica que funciona como uma “sopa” e conforme essa água vai mexendo e a 
medida em que algumas moléculas de noradrenalina vão encostando no receptor 1 
ele vai sendo estimulado. 
Se na solução tiver pouca noradrenalina isso acontece poucas vezes, agora se tiver 
muita acontece com uma frequência maior. 
 
Se tiver pouco estímulo 1 a FC será mais baixa, a força de contração será mais baixa. 
Se liberar mais noradrenalinaterá mais estímulo no receptor a FC sobe e o coração 
bate mais forte. 
 
Em praticamente todas as sinapses temos receptor 2 adrenérgico (pré-sináptico) cuja 
função é fazer feedback negativo. A partir de uma determinada concentração de 
noradrenalina ela acaba ligando no 2 fazendo feedback negativo, ou seja, inibindo a 
liberação de noradrenalina. 
 
Os medicamentos 2 adrenérgicos são substâncias que se ligam de cara nos 
receptores 2 fazendo com que a liberação de noradrenalina pare, não seja 
metabolizada. Enquanto o medicamento tiver agindo não volta a liberação de 
noradrenalina, logo a quantidade de estímulo do receptor cai fazendo com que 
diminua a FC, a força de contração. 
 
Quando ele libera menos noradrenalina tambem atrapalha a liberação de outras 
substâncias e gera 3 efeitos ótimos 
 
Efeitos Desejáveis Efeitos Indesejáveis 
Melhor sedativo das MPA Bradicardia, Inotropismo - , PUPD 
Melhor relaxante muscular (fora EGG) Hipotensão, inibe ADH, reduzi insulina 
Analgesia Visceral Discreta Broncoconstrição 
 
Analgesia visceral é a mais difícil conseguir e esse medicamento controla parcialmente. 
Lembrando que o paciente para estar anestesiado precisa estar sem consciência 
(hipnose), sem dor e com a musculatura relaxada e esse medicamento faz tudo isso. 
Para ele ser chamado de anestésico falta só mais um pouco de potência. 
 
Isso faz com que em algumas situações ela seja obrigatória, exemplo em cirurgias com 
anestesia injetável se usa 2 agonistas. 
 
Exemplo: se eu utilizar opióide potente posso deprimir a respiração e em pacientes em 
que vou usar anestesia injetável não posso usar opióide forte... se não posso usr 
opióide forte a capacidade de tirar dor é reduzida. 
Se eu for castrar uma cadela e usar quetamina, diazepam e petidina o animal fica 
acordando toda hora, a cada 10 minutos levantará a cabeça e nesse momento os 2 
agonistas ajudam muito. 
 
A grande utilização de 2 agonistas é para anestesia injetável !!!! 
 
Quando vai usar quetamina para operar precisa de um 2 agonista. 
 
Se estou diminuindo a noradrenalina estou reduzindo ação do simpático e logo 
parassimpático ganha (efeito parassimpatomimético), ou seja, simula ação do 
simpático no corpo do paciente fazendo bradicardia, depressão respiratória, 
inotropismo negativo, hipotensão, inibição de ADH que gera PUPD e levando a 
desidratação, reduz liberação de insulina gerando hiperglicemia 
 
Não pode usar em diabéticos!!! 
 
Medicamentos 2 agonistas: 
✓ Xilazina; (grandes e pequenos) 
✓ Detomidina; (grandes) 
✓ Dexmedetomidina; (pequenos) 
 
Esses medicamentos tem uma grande diferença entre eles que é sua seletividade. 
Toda vez que eu usar um medicamento para se ligar num receptor 2 primeiro ele se 
liga num receptor 1 porque eles não tem ação pura. 
 
A hora que ligará no 1 ocorrerá vasoconstrição e a pressão vai subir (primeiro sobe e 
depois desaba). 
 
A seletividade da Xilazina é 1:160 (liga um no 1 pra 160 ligando no 2) 
A seletividade da Dexmedetomidina é 1: 1620 
 
Ou seja, vamos supor que vou aplicar 16.200 unidades de volume 2 agonista. 
Se eu aplicar 16.200 de xilazina se liga 100 no 1 e 16.099 no 2 
Se eu aplicar 16.200 de dexmedetomidina se liga 10 no 1 10 e 16.190 no 2 
 
Ou seja dexmedetomidina é mais seletivo de 2. 
 
Aplicando xilazina liga bastante no 1 que faz a pressão subir bastante, o corpo por si 
só já tente diminuir essa pressão, só que ai liga no 2 e a pressão despenca. 
 
A dexmedetomidina liga pouco no 1 e a pressão sobe só um pouco e o organismo 
não faz esforço para diminuir e quando ligar no 2 não vai fazer a pressão desepencar. 
A dexmedotomidina também se liga em subtipos de 2, a dexmedetomidina gosta do 
2ª que faz vasocontrição, não deixa fazer vasodilatação e a pressão 
automaticamente não cai. 
 
Quanto mais seletiva for a substância menos alteração pressólica vai ter e logo é mais 
seguro. 
 
A dexmedetomidina custa muito caro (aproximadamente R$800,00) 
 
Usa xilazina em cavalo quando o priprietário não tiver condições de pagar detomidina. 
A Xilazina é proibida na Inglaterra. 
 
Normalmente para se tornar mais seguro usa subdose porém automaticamente 
diminui a analgesia e o animal acaba sentindo dor. 
 
No dia a dia eu tenho 3 escolhas a fazer: 
Usar dose alta de xilazina pra não sentir dor mas alto risco de óbito; 
Anestesiar com dose baixa de xilazina mas deixar sentir dor em troca da segurança; 
Anestesiar com algo melhor mas que custará mais caro; 
 
Antagonista Xilazina → ioimbina; 
 Antagonista detomidina e dexmedetomidina → atipamazole $$$$ 
 
Anestesiologia Animal – 12/03/2018 Professor Sérgio 
 
Anestesia Dissociativa 
É uma modalidade de anestesia que muitas vezes é confundida com anestesia geral. 
 
Anestesia Parenteral: 
Anestesia Geral IV 
Não faz pela via inalatória 
 
Quais são as anestesias parenterais que existem? Anestesia Geral IV e Anestesia 
dissociativa. 
 
Esse grupo é de anestesia geral, causa depressão generalizada do SNC. 
Aplica e diminui atividade cerebral até relaxar musculatura, hipnose e se aumentar a 
dose ocorre analgesia. 
 
✓ Tiopental; 
✓ Propofol; 
✓ Etomidato; 
 
São péssimos analgésicos!!! São pouco utilizadas como único anestésico em 
procedimentos cirúrgicos. 
Para conseguir efeito anestésico a dose tem que ser tão alta que provavelmente o 
animal morrerá. 
 
Anestesia dissociativa 
Não deprime o cérebro como um todo e como não faz depressão generalizada cerebral 
não pode ser chamada de anestesia geral e por isso é chamada de dissociativa. 
Tem propriedade analgésica e não necessariamente precisa ser feito IV. 
 
Mantem os reflexos e potencializa o SNS (coração bate mais forte e mais rápido) 
 
É um anestésico de baixa mortalidade 
 
✓ Quetamina (cetamina); 
✓ Tiletamina (zolazepam); - junto dela tem um benzodiazepínico zolazepam 
 
Coterx cerebral controla interação com ambiente, consciência; 
Tronco cerebral controla “vida”, lá está o centro respiratório, centros hemodinâmicos, 
liberação de hormônios tireoidianos; 
 
Se uma pessoa tiver um corte no dedo, passa pelos nervos do braço, entra na medula 
e sobe até o tronco cerebral, vai dar taquicardia, taquipneia e por reflexo vai triar a 
mão, até aqui é nocicepção (chega no cérebro mas não é interpretada) 
Se você pegar e interpretar essa situação passa a se chamar dor. 
 
Os anestésicos dissociativos cortam a comunicação que passam do tronco cerebral pro 
córtex, desconecta duas áreas cerebrais, ou seja, dissocia. 
Medicamentos pré-anestésicos (MPA) são responsáveis por diminuírem a nocicepção. 
Ex.: xilazina diminui nocicepção e quetamina não deixa interpretar o que chegou. 
 
O grande problema é que temos dificuldade de interpretar até quando está 
funcionando. 
A anestesia dissociativa da um efeito muito interessante chamado catalepsia que é 
ficar parado independente de estar dissociado ou não... então as vezes o paciente está 
com dor mas continua parado. 
 
Efeitos: 
Catalepsia; 
Analgesia somática discreta; (osso, músculo, pele, não tem efeito em vísceras) 
Rigidez muscular (hipertonia); (por isso associa com relaxante muscular) 
Manter reflexos protetores (piscar e deglutir); - difícil entubar 
Aumenta a atividade cerebral (aumenta PIC); 
Hepatotóxico; (difícil metabolizar) 
Nefrotóxico; 
Neurotóxico; 
Depressor sobre fetos e filhotes; (nunca usar em cesárea – mas usa muita quetamina 
no Brasil e por isso ocorre muita morte dos filhotes). 
Aumenta a pressão intraocular; (perigo em glaucoma e ulcera de córnea que pode 
romper) 
Ativa SNS (efeito simpatomimético); 
 
Anestesia Geral IV Anestesia Dissociativa 
- Tiopental; 
- Propofol; 
- Etomidato; 
- Quetamina; 
- Tiletamina; 
 
 
Animal que toma só quetamina as vezes pode picar e mesmo assim estar anestesiadode maneira dissociativa. 
 
Não usar de maneira nenhuma em animais epiléticos ou com qualquer doença de 
sistema nervoso porque aumenta a atividade cerebral aumentando até a PIC 
↓PAM - ↑ PIC 
↓IPC = PAM - PIC 
 
Se eu tomar uma paulada na cabeça aumenta PIC e a oxigenação cai. 
Uma pessoa que desmaia por pressão baixa, isso ocorre porque a perfusão cerebral 
caiu e logo o cérebro parou de funcionar. 
 
É uma boa anestesia para procedimentos que não têm grande dor e são de curta 
duração. 
Se precisar estimular dor precisa fazer anestesia local. 
 
A informação chega no cérebro e não vai pro córtex mas o corpo reage guardando um 
monte de neurotransmissor, então fica cheio de noradrenalina, serotonina, domamina 
e outras substâncias estimulantes do córtex cerebral, quando o animal volta isso faz 
com que o animal não volte bem... ele volta chorando, se debatendo, agressivo, etc 
Pra melhorar isso faz um bom MPA 
Se usar um sedativo ocorre depressão cerebral ... se usar xilazina, diazepam que são 
sedativos a atividade cerebral diminui, se usar tranquilizante também logo o retorno 
não será tão ruim assim. 
Se quiser melhorar mais ainda pode usar opióide. 
 
É Comum ver nesses casos ver usar quetaminza, xilazina, diazepam e tramadol. 
A quetamina está dissociando; 
A xilazina está sedando, relaxando musculatura e trazendo analgesia visceral; 
O tramadol melhora a analgesia; 
O Diazepam melhora sedação e relaxamento muscular; 
Por isso associa várias medicações MPA com quetamina. 
 
Diferença entre Quetamina e Tiletamina. 
Tiletamina é muito mais forte, potente o que representa uma analgesia melhor porém 
mais predisposição a convulsão e por isso já vem com benzodiazepínico junto... vem 
junto com zolazepam que absorve extremamente rápido, antes mesmo da tiletamina 
absorver. 
É um dos anestésicos mais práticos que tem porém o paciente se recupera muito pior. 
É um anestésico que tem dose pra qualquer espécie. 
No cão a Tiletamina dura 70 minutos e o Zelazepam 60 minutos, quando o paciente 
acorda só tem Tiletamina agindo, o que aumenta atividade cerebral no final da 
anestesia fazendo com que ele acorde muito mal. 
Alguns vets aplicam diazepam ou xilazina quando o animal está perto de acordar. 
 
No gato dura mais ou menos 1 hora e o zolazepam dura um pouco mais e por isso ele 
acorda um pouco mais calmo... mas como tem efeito paradoxal pode ser que o animal 
acorde muito agitado... não adianta fazer outro benzodiazepínico e então da 
tranquilizante que normalmente é xilazina ou acepromazina. 
 
A quetamina tem um efeito extremamente importante que é fechar canais de cálcio, 
ou seja, é ótimo para tratar dor crônica ou evitar que dor aguda se torne crônica. 
Uma vez que esses canais ativados pelo gene da dor são ativados isso se torna 
irreversível...então para evitar fecha os canais de cálcio. 
Para dor aguda normalmente usa os canais de sódio chamado de AMPA, esses canais 
aines, dipirona, opioide fecham bem. 
Para dor crônica usa um outro receptor chamado NMDA (N-metill-D-aspartato) que é 
irreversível. 
Quando os canais de cálcio são fechados os que fecham os canais de sódio respondem 
muito melhor... a quetamina é o melhor fármaco para tratar dor crônica e a dose que 
precisa para isso é muito menor (para anestesiar 5mg/Kg para controlar dor 0,25 
mg/Kg) 
 
Para pacientes que sentem dores por tempo prolongado (exemplo uma fratura que 
demora para operar) pode entrar com medicamento (Gabapetina) 
Na hora do atendimento pode aplicar um pouco de quetamina, como não pode passar 
quetamina pra casa pode entrar com Gabapentina e isso fará que a dor crônica seja 
evitada. 
A Gabapetina começa a funcionar a partir de 4 horas, mas tem um efeito bem bacana 
após alguns dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 26/03/2018 Professor Sérgio 
 
Anestesia Geral Intravenosa 
✓ Tiopental; 
✓ Propofol; 
✓ Etomidato; 
 
Tiopental 
Também chamada de anestesia barbitúrica (família dos Barbitúricos), vem de uma 
família que foi muito utilizada no passado. 
Só pode ser utilizado IV pois se fizer fora causa necrose de tecido e dependendo do 
caso levando a amputação do membro. 
É o melhor para deprimir sistema nervoso central. Utilizado em caso de convulsão 
onde o animal não para de convulsionar com mais nada. Nenhum animal convulsiona 
com tiopental. 
 
Sua grande utilização é para caso de convulsão refrataria a qualquer outro tratamento. 
 
É metabolizado pelo fígado numa velocidade de 5% por hora. 
O animal dorme muito rápido mas acorda após 10-15 minutos. 
 
Esse anestésico é o mais lipofílico e normalmente o tecido gorduroso é pouco 
vascularizado, mas o cérebro é extremamente gorduroso e vascularizado 
Quando aplicado na veia caminha quase que imediatamente pro cérebro que é 
extremamente vascularizado e também tem gordura... como a quantidade de gordura 
em relação a volume é pouco devido ao tamanho do cérebro após ir pro cérebro ele é 
redistribuído por toda gordura do corpo e sobra apenas uma pequena quantidade no 
cérebro e por isso dura pouco. 
Se for aplicado novamente ele será novamente redistribuído porém como já terá na 
gordura do corpo o animal dorme um pouco mais e assim por diante... a redistribuição 
irá se tornando mais lenta. 
 
A cada administração o tempo de duração aumenta → efeito acumulativo. 
Não pode ser feito por infusão contínua porque o animal pode morrer devido esse 
efeito acumulativo. 
 
Tem excelente ação relaxante muscular. 
 
Efeitos Colaterais 
Cardiovascular (diminui débito cardíaco, despenca PAS, predispõe arritmia) 
Nefrotóxico 
Não pode utilizar no hepatopata; (devido metabolização hepática) 
Não pode para cesariana e neonato (depressão que leva a óbito); 
Depressor respiratório; 
 
 
É um excelente relaxante muscular e depressor cerebral. Se usa bastante em 
eutanásia. E essa é a ideia na hora da eutanásia, o animal dorme rápido e sem a 
excitação/tremor que ocorre com o propofol. 
 
Propofol 
Utilizado na grande maioria das vezes. 
Lembrando que anestésico em geral não tem ação analgésica é utilizado normalmente 
para levar para inalatória (faz MPA, propofol, entuba e coloca na inalatória ) mas dá 
pra usar para procedimentos ambulatoriais rápidos que não são tão dolorosos (tirar 
ponto, posicionar para RX, limpar ferida, sondar gato). 
 
Também tem que ser feito IV mas não causa necrose apenas dor. 
 
 
Metabolização: fígado, rim, pulmão, intestino, proteína plasmática. 
É o mais indicado para hepatopata 
 
A metabolização é rápida e não acumula no corpo e por isso pode fazer várias vezes. 
Bastante utilizado em pacientes que precisam ficar por grande tempo na ventilação 
mecânica. 
 
Obs.: Pacientes que estão respirando com ajuda de aparelho utiliza o trio: fentanil, 
midazolam e propofol 
 
O propofol tem 2 tipos: oleoso (branquinho) e o aquoso (transparente) 
Deve ter cautela ao usar o aquoso porque em vários usos pode causar dislipidemia 
devido ser oleoso. (cautela somente se for usar por vários dias seguidos) 
 
Ele não é nefrotóxico e é o menos hepatotóxico. 
Tem a melhor qualidade de indução anestésica (dorme calmo) e a melhor para 
recuperação (acorda calmo). 
 
O propofol tem como característica ser depressor respiratório. 
Ele deprime de forma dose dependente e principalmente velocidade dependente. 
Feito rápido demais deprime rápido demais e causa apneia. A literatura preconiza 
aplicação em 90 segundos (indução lenta). 
Ideal é uma sonda do lado caso precise entubar animal numa emergência ao usar 
propofol. 
 
Grande depressor cardiovascular, deprime débito cardíaco, cai a PAS, predispõe a 
arritmia. 
 
Não pode utilizar em Cardiopata. 
Animal com sopro sem manifestação clínica pode utilizar. 
Animal com arritmia, com cardiomiopatia dilatadaa tbm não pode. 
 
Existe uma anestesia com a sigla TIVA (anestesia intravenosa total) que funciona 
fazendoum pouquinho de propofol e usa um opióide muito forte (mais forte que 
fentanil) mas faz apneia em 100% dos casos e por isso precisa fazer ventilação 
mecânica. 
 
É o principal anestésico de indução. 
@ dorme tranquilo, acorda tranquilo e é pouco depressor para a maioria dos órgãos. 
 
Oleoso: Tem na sua formulação gordura e proteína (lecitina) e por isso cresce bactéria 
de maneira muito fácil. 
Recomendação: 
Frasco ampola – puxar numa única seringa e jogar o restante no lixo. (na pratica não 
faz isso) 
 
Não pode guardar propofol depois de aberto na geladeira 
 
Tempo de meia vida: [ ] plasmática 4 horas aproximadamente. 
Tempo de Anestesia 10 minutos. 
 
Etomidato 
 
Também tem que ser feito IV mas dói sendo feito dentro ou fora dela. 
É comum na medicina humana ter um enfermeiro para segurar. 
Em animal dificilmente vê isso porque normalmente o opióide é feito antes. 
Não acontece nada se for feito fora da veia, animal apenas não dorme 
 
Metabolização: fígado e proteína plasmática 
Não é bom para hepatopata 
 
Não é nefrotóxico, deprime pouco a respiração e não deprime em nada sistema 
cardiovascular. 
 
É muito ruim para relaxamento muscular, a maioria dos animais tem tremor muscular 
e péssima indução. 
 
Não tira o refexo laringotraqueal direito e por isso é difícil entubar o animal. 
 
Serve para levar para inalatória sem piorar o coração; 
 
Junto com etomidato normalmente faz benzodiazepínico (normalmente midazolam) 
para ação relaxante muscular e também deprime reflexo laringotraqueal 
 
Não tem efeito acumulativo 
Etomidato gera hipoadrenocorticismo por até 6 horas após administração. 
Não pode fazer infusão contínua porque gera hipoadreno com risco de óbito. 
 
Não usar animais com hipoadreno!!!! Se for obrigatório fazer hidrocortisona antes. 
Por que não faz infusão contínua de tiopental? 
Porque tem efeito acumulativo 
 
Por que não faz infusão contínua de Etomidato? 
Porque tem risco de hipoadreno 
 
 
Caso clínico de um animal cardiopata que fará redução de fratura de fêmur. 
Se ele é cardiopata não pode tranquilizante 
Não pode Alfa2 agonista 
Não tem necessidade de usar anticolinérgico 
 
MPA: 
Metadona ou morfina; 
 
Etomidato com midazolam para indução; 
 
 
Animal epilético com histórico de intussuscepção: 
Não pode tranquilizante 
Alfa2 agonista não faz quando é anestesia inalatória 
Não faz egg para pequenos 
 
MPA: 
Escopolamina 
Metadona ou morfina 
 
Indução: 
Propofol 
 
E coloca na anestesia inalatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 16/04/2018 Professor Sérgio 
 
Anestesia Inalatória 
 
É aquela obtida através da absorção de um anestésico inalatório pela via respiratória, 
passando para a corrente circulatória e atingindo o SNC, produzindo anestesia geral. 
Faz um sistema de compartimento: via respiratória → circulação → SNC que significa 
que sempre terá transferência do anestésico caminhando do mais concentrado pro 
menos concentrado. 
 
Aparelho → vias respiratórias → circulação → SNC 
O controle do SNC é indireto onde se controla o quanto será dado e o que chegar no 
cérebro será consequência. 
 
Exemplo: coloquei no vaporizador 2%, cada vez que o animal respira troca 
aproximadamente 60% do ar do pulmão. 
Quando eu inalar 60% e trocar na via respiratória vai dar aproximadamente 1,2%, para 
passar na circulação que tem zero ele tenta achar um equilíbrio, vamos supor que 
passe 0,6% e assim vai indo até chegar no cérebro. 
O animal na expiração respira de novo 2% mas como sobrou um pouco vai 
aumentando, vai buscando equilíbrio até chegar na concentração no SNC em que é 
possível chegar no que chamamos de indução inalatória. 
 
Pressão baixa sinal de que o animal está aprofundando muito e é necessário diminuir o 
anestésico inalatório. 
 
Obs.: o isofluorano é metabolizado 99,8% pela via respiratória, somente 0,2% vai 
metabolizar. 
 
O anestésico inalatório obrigatoriamente é administrado com oxigênio o que torna 
mais seguro o aumento da dose de opióide. 
 
 
Vantagens: 
✓ Tempo não é limitante; 
✓ Via de adm. e eliminação; 
✓ Pouco metabolizado; 
✓ Manutenção da anestesia no plano desejado; 
✓ Facilidade no controle da anestesia; 
✓ Obrigatoriedade do fornecimento de oxigênio; 
✓ Rápida indução e recuperação; 
 
Características Desejáveis: 
✓ Pouco metabolizado; 
✓ Não irritante a mucosa; (isofluorano na máscara animal tosse, arde olho) 
✓ Não inflamável (éter) ou explosivo (clorofórmio); 
✓ Baixo coeficiente de solubilidade no sangue e gordura; 
✓ Não nefrotóxico ou hepatotóxico; 
✓ Não sensibilizar o miocárdio a ação das catecolaminas; 
✓ Odor agradável; 
 
Fórmulas Químicas: 
Existiram vários anestésicos inalatórios na história. 
Halotano está caindo em desuso na veterinária devido os efeitos colaterais. 
O mais utilizado é o isofluorano e também tem sevofluorano. 
 
Farmacocinética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores que Controlam a Concentração dos Anestésicos Inalatórios no SNC 
 
Existem anestésicos que são muito solúveis e anestésicos que são pouco solúveis 
Imagine como se fossem dois copos de água, pego um e jogo sal. Se eu pegar um copo 
de água e jogar sal eu não enxergo o sal que estiver lá dentro porém se continuar 
jogando vai chegar uma hora que vai depositar no fundo. Quando isso acontecer 
falamos que extrapolou sua capacidade de solubilidade, ou seja, saturou a solução. 
Quando o anestésico inalatório cai no sangue ele faz a mesma coisa, dissolve mas pode 
extrapolar a sua capacidade de solubilidade formando microbolhas no sangue que 
conseguem chegar até o cérebro. 
Aquilo que dissolve no sangue não vai para o cérebro. 
 
Agora imagine que no outro copo eu jogo bolinhas de chumbo, elas não serão diluídas, 
logo irão direto para o fundo. Se não dissolve no sangue ele vai formar direto bolha e o 
paciente dorme bem rápido. 
 
Anestésicos Muito Solúveis: paciente dorme mais lento e acorda mais lento 
Anestésicos Pouco Solúvel: paciente dorme rápido e acorda rápido 
 
Se eu vejo que o cirurgião está terminando de ligar o pedículo, se estou usando um 
anestésico que é muito solúvel eu já vou desligando porque demora um pouco para 
acordar. Se for num pouco solúvel eu só desligo quando acabar porque ele acorda na 
hora. 
 
Se eu estiver anestesiando com halotano, animal está dormindo bem e eu vou lá e 
dobro a dose, o paciente vai dormir somente um pouco a mais, agora se eu usar o 
sevofluorano animal aprofunda tão rápido que morre, portanto a solubilidade está 
ligada a velocidade de aprofundamento. 
 
Aquele que oscila rápido é melhor porque se eu perceber que aprofundou muito eu 
diminuo, se o paciente quer acordar eu aumento. 
Isso é ótimo porque consigo a resposta muito rápida porém exige habilidade. 
O sevofluorano não é indicado para quem não sabe anestesiar direito ou para quem 
está aprendendo. 
 
Coeficiente de solubilidade sangue/gás 
 
✓ Traduz a pressão parcial deste quando há equilíbrio entre o anestésico 
dissolvido no sangue e no ar alveolar. 
✓ Logo, quanto maior o coeficiente de solubilidade de sangue/gás, mais tempo 
levará para o fármaco atingir a [ ] anestésica no SNC. 
✓ Assim, demorada mais a indução e a recuperação anestésica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alta solubilidade sangue/gás 
Ar Alveolar Sangue 
Alta solubilidade sangue/gás 
Ar Alveolar Sangue 
0,42 0,47
0,63-0,69
1,43
1,91
2,5
desfluorano óxido nitroso sevofluorano isofluorano enfluorano halotano
Co
efi
cie
nte
 de
 pa
rtil
ha
 sa
ng
ue
:gá
s (
a 3
7º 
C)
Solubilidade sangue/ gás mais baixa: 
captação e eliminação mais rápidas
 
 
Entre halotano, sevofluorano e isofluorano o sevofluorano é o mais rápido de todos 
porque é o menos solúvel.Halotano é o mais lento de todos porque é o mais solúvel e o isofluorano está no meio 
do caminho. 
 
Para quem opera e anestesia ao mesmo tempo gosta muito de halotano porque dá 
tempo de fazer intervenções caso necessário. 
 
Concentração Alveolar Mínima (CAM) 
É a concentração anestésica necessária para 50% dos animais não responderem a uma 
incisão cirúrgica. 
 
Exemplo: pego 10 cachorros, coloco 0,1% de halotano e faço um corte pequeno de 
pele onde os 10 gritaram. 
Coloco 0,2% e todo mundo reclamou, faço 0,4% e 9 reclamaram, 0,5% 8 reclamaram, 
0,8% só 5 reclamaram, 5 é a metade então descobri a CAM. 
 
Na CAM eles vão testando qual a concentração que eu preciso para metade dos 
pacientes reclamaram quando sofrerem algum estímulo. 
 
Esse valor serve para acertar a maioria dos pacientes. 
Se eu pegar o valor da CAM e multiplicar por 1,5 foi descoberto que há um acerto em 
95% dos pacientes. 
 
 
 
Exemplo: a CAM do isofluorano é 1,2 (arredondando), pego esse valor e multiplico por 
1,5 que da 1,8% se eu colocar esse valor num ser humano 95% deles estarão 
anestesiados. 
Estimulei, se ele reclamar eu aumento somente um pouco, se a PAS cair eu posso 
diminuir. 
 
A CAM dá como se fosse uma dose boa para a grande maioria. 
Ou seja a CAM x 1,5 é igual a uma “dose” boa para a grande maioria. 
 
A CAM está correlacionada com a potência do anestésico, a CAM do halotano para 
humanos é 0,76 a do SEVO é 2,05 e do ISO é 1,15. Desses o mais potente é o halotano 
porque precisa de menos. 
É como veneno, aquele que mata na menor concentração é mais potente. 
 
O erro das pessoas está em achar que anestésico potente faz dormir rápido e isso não 
é verdade. 
O halotano tem CAM baixa (potente) só que é muito solúvel (lento). 
O sevo é fraco e rápido 
O iso tem potência moderada e velocidade moderada, fica no meio termo. 
 
Fatores que diminuem a CAM: 
- Hipotermia < 36º C no cão; 
- Acidose Metabólica; 
- Hipotensão (PA < 50mmHg) 
- Gestação; 
- Idade avançada; 
- PaCO2 > 95mmHg; 
- Fármacos que deprimem o SNC (MPA, anestésicos injetáveis); 
- Uso de opioides no transoperatório; 
 
 
 
Fatores que aumentam a CAM: 
 
- Hipertermia; 
- Estimulante do SNC (anfetaminas) 
 
Anestesia Geral Inalatória 
- Riscos da exposição aos anestésicos inalatórios: 
o Cefaleia, náusea, fadiga e irritabilidade 
o Prevalência de abortos, anomalias congênitas, tumores, doenças 
hepáticas – em estudo. 
- Cuidados para reduzir a poluição: 
o Cuff; 
o Uso mínimo de máscaras e sistemas abertos; 
o Evitar vazamentos; 
o Sistemas antipoluentes; 
 
Anestesia Geral Inalatória CAM% 
 
Espécie Halotano Isofluorano Sevofluorano 
Homem 0,77 1,15 1,70 
Cão 0,87 1,41 2,10 
Felino 0,82 1,63 - 
Equino 0,90 1,55 2,31 
Suíno 1,25 1,45 - 
 
 
 
Variável Observação Informações 
Auscultação Cardíaca Ritmo, frequência, Amplitude dos sons, 
comparar com a palpação do pulso 
BRNF sem sopro 
Auscultação Pulmonar Frequência, ritmo, som dos campos 
pulmonares 
CPNF com boa frequência 
e ritmo 
 
 
Metabolização dos Anestésicos Inalatórios 
 
Dos que iremos estudar o halotano é o mais metabolizado pelo fígado. 
Apesar de boa parte sair pela respiração boa parte é metabolizado pelo fígado. 
O halotano gera um metabolito extremamente ruim chamado ácido trifluoracético. 
Esse ácido é neurotóxico, hepatotóxico, cardiotóxico, deprime filhotes, o que limita o 
uso do halotano. 
Além disso a equipe cirúrgica é a maior vítima deste anestésico porque trabalha 
recebendo resquício o que a longo prazo leva problemas de saúde como predisposição 
a doenças imunomediadas, câncer, teratogênico, etc. 
 
 
 
 Apesar de mostrar no gráfico que o isofluorano é o menos metabolizado o sevo é o 
mais indicado para hepatopata pois o isofluorano produz um pouquinho de ácido 
trifluoracético o que faz com que ele seja mais tóxico do que o sevo, pois ele não 
produz o ácido. 
Tanto o halotano quanto o iso produzem esse ácido. 
Hoje a grande indicação para hepatopata é o sevofluorano e não o iso, mesmo o iso 
sendo menos metabolizado. 
 
Hoje em dia a diferença de valor do halotano e isofluorano é praticamente o mesmo e 
por isso os grandes lugares não usam mais o halotano. 
O sevofluorano ainda é muito caro o que torna o procedimento mais oneroso. 
 
Vai cobrar na prova solubilidade, CAM, efeitos anestésico (tabela) 
 
Halotano: 
 
Sistema cardiovascular: péssimo, deprime tudo (bradicardia, hipotensão, diminui 
débito, deprime miocárdio e aumenta chance de arritmia. 
Não usar em cardiopata!!!! 
 
O ISO faz tudo isso só que numa intensidade bem menor e ele não é arritmogênico. 
O cardiopata pode com cautela pois ele é muito vasodilatador (por isso cai um pouco a 
pressão) 
 
SEVO: Não é vasodilatador 
 
O que determina entre Iso e Sevo é se é uma cardiopatia que precisa de vasodilatação 
ou não. 
Exemplo insuficiência de mitral vai vasodilatador, então eu vou usar isofluorano. 
Cardiomiopatia hipertrófica não pode vasodiltar então eu vou usar o sevofluorano. 
 
No SNC o halotano aumenta a PIC e por isso a oxigenação cai, logo não pode usar em 
trauma. 
O ISO mantem a PIC e o Sevo aumenta bem pouco, então para neuropatia eu uso o 
ISO. O sevo até pode ser, mas não é o ideal. 
 
No sistema respiratório o halotano deprime absurdamente, ou seja, piora muito a 
respiração. É um mal em que um paciente saudável suporta, então não usar em 
pacientes com alterações respiratórias, exceto se o animal estiver na respiração 
mecânica. 
O iso deprime a respiração mas muito menos, o problema é que o odor é muito forte e 
causa irritação da mucosa. Por isso não pode induzir na mascara. Tambem pode gerar 
tosse no pós operatório (Não usar em cirurgia de laringe, traqueia, etc) 
O sevo deprime muito pouco e o odor é muito agradável. É pouco solúvel e tem odor 
agradável e por isso é o melhor para indução na máscara. 
 
Pro fígado o halotano é extremamente tóxico. 
O iso tem menor hepatotoxidade mas tem e o sevo é o menos de todos. 
 
Pro rim o halotano é muito nefrotóxico e o iso é o menos nefrotóxico de todos. 
O sevo também é bem pouco embora seja um pouco mais do que o iso. 
Pro nefropata o melhor é o isofluorano mas pode o sevo. 
 
Pro sistema reprodutivo o halotano induz aborto e teratogenese. 
O iso e o sevo tendem a não dar problema nisso embora os trabalhos não sejam 100% 
confiáveis. 
 
Variáveis Halotano Isofluorano Sevofluorano 
SNC Aumenta a PIC PIC estável Pequeno aumento 
PIC 
Sistema 
Cardiovascular 
Bradicardia, 
hipotensão, ↓ 
débito e PAS 
 
Sistema 
Respiratório 
 
Hepatotoxicidade 
Nefrotoxicidade 
Teratogênese 
Velocidade 
Indução/ 
Recuperação 
 
 
O sevo leva vantagem sobre o isofluorano no hepatopata. 
No cardiopata onde não posso vasodilatar e na indução na máscara. 
Tirando isso tanto faz qual será utilizado ou melhor iso porque é mais em conta. 
 
Hoje na rotina uso o sevofluorano em pacientes hepatopatas graves, pacientes que 
quero induzir na máscara ou para aqueles que têm problema hemodinâmicos em que 
não posso vasodilatar 
 
Riscos da exposição aos anestésicos inalatórios: 
- Cefaleia, náusea, fadiga, irritabilidade; 
- Prevalência de abortos, anomalias congênitas, tumores, doenças hepáticas – 
em estudo; 
Cuidados para reduzir a poluição: 
- Cuff; 
- Uso mínimo de máscaras e sistemas abertos; 
- Evitar vazamentos; 
- Sistemas antipoluentes; 
 
Estágios e Planos Anestésicos 
 
A anestesia é dividida no seguinte modo: 4 estágios sendo que o primeiro e o segundo 
são de excitação. 
Essa primeira excitação é consciente principalmente quando não usa MPA 
No primeiro estágio todos os reflexos estão presentes, não da pra operar. A diferença 
é que ele tem a pupila dilatada. 
 
Segundo estágio está excitado mas perde a consciência. Animal podeuivar, pedalar, 
ele vai fazer movimentos mas vai se arrastar. Perde a consciência mas continua 
agitado. Todos os reflexos estão presentes. 
 
O terceiro estágio é quando o animal acalma. O estagio 3 é divido em 4 planos. 
Quando a gente olha anestesia não pergunta em qual estágio ele está e sim em qual 
plano o animal está. 
 
O 4 estágio o animal com certeza vai morrer, então ninguém nem pensa muito nele. 
Choque total, perde totalmente a atividade cerebral. 
 
Quando a pessoa bebe fica alegre, se bebe um pouco a mais começa a ficar alegre, 
perde a consciência do que tá fazendo (2º estágio), 
 
No primeiro plano o que vai acontecer com o cachorro: o único reflexo que ele pode 
perder é o pedal/podal/interdigital, se apertar entre os dedos e puxar a pata ele está 
no primeiro plano. 
Se ele não perdeu esse reflexo não pode considerar que ele saiu do primeiro plano. 
O animal só fica quieto no primeiro plano (usar para RX) 
 
Quando está no 2º plano o olho rotacional, começa a perder o reflexo palpebral e 
laringotraqueal. 
 
Se ele for pro 3º plano o olho centraliza, a pupila fica pequena e ele não pisca. 
 
Se for pro 4º plano a pupila dilata e perde todos os reflexos e a chance de morrer é 
grande. 
 
 
Exemplo: animal com olho centralizado, eu toquei e piscou ele está no primeiro plano. 
Porque no segundo é rotacionado e no terceiro ele não pisca. 
 
Animal com olho centralizado, pupila dilatada e não pisca ele está no 4º plano. 
 
Vou dar ponto num cachorro, começo a fazer propofol e o animal da uma acalmada. 
Eu não preciso do animal num plano muito profundo, seguro ele no primeiro ou no 
segundo. 
 
Pra ciru o primeiro plano é sempre insuficiente. O ideal é no terceiro plano. O grande 
problema é que se eu errar e for pro quarto plano o risco de óbito é muito grande. 
Para isso nós utilizamos os opioides fortes (fantanil) ou anestesia locorregional para 
manter ele no segundo plano. 
Entao se eu fizer epidural eu posso operar o animal rotacionado. 
Se eu fizer fentanil ele pode ficar rotacionado 
 
Se eu errar no 2º plano ele vai pro 3º plano e tudo bem. 
Se eu errar muito ele vai pro 4º plano e a grande maioria ainda sobrevive. 
 
 
Classificação da profundidade anestésica por meio de observação clínica: 
 
 
 1 2 3 4 
 
 Planos 
 
 1 2 3 4 
Reflexo pedal + + ± - - - - 
Reflexo palpebral + + + ± - - - 
Reflexo laringotraqueal + + + ± - - - 
Reflexo corneal + + + X ± - - 
Reflexo pupilar + + + X ± - - 
Posicionamento do globo CE CE CE RO CE CE CE 
Pupila MD MD MO MO MO MD MD 
Padrão respiratório TA TA TA TA AC AC/AP AP 
 
Se a temperatura desabar perde todos os reflexos e você perde a noção de 
profundidade anestésica (tudo fica negativo) 
 
Pro gato é só ir um pro lado. 
Gato no primeiro estágio não acontece nada, só fica calmo e não perde nenhum 
reflexo. 
 
No segundo plano ele é igual ao primeiro do cão, só diminui o interdigital pedal. 
planos 
estágios 
O terceiro do gato é igual ao segundo do cão: perde o laringotraqueal, rotaciona e 
pisca menos. 
 
Logo cachorro rotacionado é segundo, gato é terceiro. 
 
O gato só vai perder o reflexo laringotraqueal no terceiro plano, sabemos que não é o 
mais seguro e por isso normalmente joga lidocaína para entubar o gato para anestesiar 
no segundo. 
 
Quando o gato ameaça rotacionar joga lidocaína e entuba, ou seja, na transição do 
segundo pro terceiro. 
 
Não se entuba gato no centralizado sem piscar .... porque isso já seria o quarto plano 
no gato. 
Cachorro centralizado sem piscar pode estar no terceiro plano, gato não!!! 
 
 
 
Aula Prática: 
Valvula que marca a pressão de oxigênio dentro do cilindro 
Se a pressão ta alta ele ta cheio 
Essa válvula reduz a pressão do oxigênio que vem la dentro ate uma pressão que o 
aparelho consiga usar com segurança. 
 
 
 
 
Anestesiologia Animal – 07/05/2018 Professor Sérgio 
 
Anestesia de Grandes Animais 
 
A primeira coisa a se fazer é estabilizar o paciente através da hidratação 
 
Hidratação 
 
Cristalóide – 1ª escolha 
- Hidratação lenta; 
- Edema; 
- Hemodiluição; 
 
Colóides 
Coloides são moléculas grandes que seguram soro dentro da veia, porém trabalhos 
recentes mostram que isso aumenta a mortalidade. Então para hidratação não se usa 
mais colídes. 
- Caros; 
- Reações imunomediadas; 
 
Hipertônica (dose 4ml/Kg) 
Plano B para casos de hidratação. É uma solução com 9x mais sal do que a solução 
fisiológica e o sal atrai a água (principalmente interstício e intracelular) recuperando a 
pressão praticamente imediata. 
- Expansor plasmático; 
- Desidratação extravascular; 
 
Preparo pré-anestésico: 
Ideal jejum de 24 horas (sólido) e 6 horas (hídrico) 
Jejum mínimo 4 a 8 horas – sólido 
Lavagem estomacal 
 
 
O halo toxemico acontece porque falta oxigênio e tem excesso de gás carbônico. 
Faz um shunt onde o sangue é desviado da arteríola direto para a vênula sem passar 
pelo capilar. 
Arteríola não faz troca gasosa, logo o tecido fica isquêmico na circulação periférica. 
Enquanto tem halo toxêmico significa que vilosidades intestinais estão morrendo. 
 
Intensidade da Dor e Resposta aos Analgésicos 
Dor tem relação direta com o prognóstico. 
Quanto mais dói o caso de cólica maior a chance dele morrer 
Quanto pior a resposta é pior o prognóstico. 
 
Sempre começa com a escopolamina se for excesso de motilidade, depois faz um anti-
inflamatório se não responder faz alfa2 agonista e se não responder faz opióide. 
90% dos casos que precisa usar morfina pra chegar de dor o animal vai a óbito. 
 
Uma vez que determinou que é cirúrgico deve fazer tricotomia e lavar o animal antes 
de ser colocado na mesa pra evitar que fique muito tempo de barriga pra cima 
distendendo. 
 
Protocolos Anestésicos 
 
Anticolinérgicos 
Não usa atropina em grandes animais, somente escopolamina. 
A escopolamina será usada em bradiarritmia ou cólicas espasmódicas. 
POR ATONIA NÃO FAZ!!!!! 
 
Tranquilizantes 
Equinos não usam nem clorpromazina e nem levomepromazina porque cavalo não 
vomita e levomepromazina dá muito efeito extrapiramidal (tipo labirintite) por 
bloqueio da dopamina. 
 
As contraindicações são as mesmas de pequenos animais + priaprismo. 
 
Sergio não gosta de usar acepram em cavalo mas o Foz gosta e usa muito 
α2-agonistas 
Usa quase sempre 
Só não usa quando o equino já estiver caído ou se for um potrinho em que consegue 
deitar na mão. 
 
O mais importante na anestesia de equino é o relaxamento muscular. 
É obrigatório usar muito relaxante muscular em equino e um dos melhores é alfa2 
agonista que além de relaxar, seda bem. 
 
No cavalo caído não usa porque ele já está caído. 
 
Fármaco: xilazina ou detomidina 
 
Proporciona: relaxamento muscular, sedação, analgesia visceral e ataxia. 
 
Indesejados: bradicardia, redução do débito cardíaco, depressão respiratória, 
hipertensão seguida d hipotensão. 
 
 
Opióides 
Sempre usar, sem exceção. 
Para dor fraca: petidina e tramadol 
Para dor moderada a forte: morfina e metadona 
Transoperatório: fentanil (usa pouco em cavalo) 
 
Benzodiazepínicos 
Sempre usa benzodiazepínico na anestesia de equinos 
Hepatopatas ou animais que não tem bom funcionamento do fíago fazer diazepam. 
 
EGG 
O ideal é usar sempre. 
Melhora o relaxamento muscular melhorando a segurança da indução. 
Facilita intubação orotraqueal 
 
Pessoas menos experientes gostam muito de EGG porque sentem mais segurança em 
fazer. 
Dose 50 a 100 mg/Kg por infusão exclusivamente IV 
 
Em resumo: 
Sempre fazer opióide, benzodiazepínico e EGG 
Alfa 2 agonista se não for animal caído e potrinho também. 
 
Quem vai variar bastante: tranquilizante e anticolinérgico. 
 
Para um equino ser considerado bem sedado a cabeça deve estar baixo,os membros 
devem estar abertos (não faz troca de apoio) e expõe o pênis (flácido) 
Se ainda estiver levantando a cabeça, trocando apoio aumenta a sedação e 
relaxamento muscular antes da indução. 
 
Para a indução anestésica o cavalo precisa dormir rápido então obrigatoriamente deve 
ser IV. 
O local deve ser silencioso e acolchoado, fofo. 
Na hora de cair deve encostar o cavalo na parede, sem apoiar para que ele não jogue o 
peso de volta. 
 
Na hora de cair o cavalo não pode fazer movimento de rotação por risco de fratura. 
Antes de deitar o cavalo deve sentar para isso levantar a cabeça que automaticamente 
ele jogara o corpo pra trás. 
 
Nunca induz um cavalo na máscara. 
 
Na pratica a indução faz: quetamina, propofol e tiopental 
A escolha do medicamento de indução não influencia na escolha do medicamento de 
MPA 
 
O principal na indução é a quetamina pois como usa alfa2 agonista eu preciso de 
alguém para minimizar os efeitos deste fármaco na hemodinâmica. 
 
O tiopental será usado no epilético e no trauma crânio encefálico porque a quetamina 
aumenta a PIC e predispõe a convulsão. É grande depressor cardiovascular porém é o 
mais indicado nessas situações por uma questão de necessidade. 
Como o tiopental deprime muito o cérebro e relaxa muito a musculatura o animal cai 
de maneira muito abrupta. 
 
O propofol teoricamente deveria ser usado nos hepatopatas e nefropatas graves o 
grande problema é que nessas situações normalmente o equino é eutanasiado. 
 
O propofol deve ser administrado de maneira lenta devido ao risco de apneia. 
Equino não pode ser anestesiado de forma lenta, então faz rápido e é uma corrida 
contra o tempo para anestesiar. 
 
O etomidato 
 não é utilizado para equino porque a indução é feia e o anima acaba se machucand ou 
machucando quem anestesiou. 
 
No primeiro plano o cavalo faz nistagmo 
Quando para o nistagmo e começa a piscar mais lento está no segundo plano e nesse 
momento já tem perda parcial do reflexo laringotraqueal e da pra entubar. 
No terceiro plano não pisca sozinho, tem leve reflexo palpebral ou ausente e miose. 
Se dilatar pupila e não tiver reflexo é o quarto plano e normalmente animal morre. 
 
Em equinos não deixar os membros paralelos porque o peso pode causar isquemia nos 
membros. 
 
Para manutenção em equino usa o isofluorano 
 
Se o animal estiver com dor no transoperatório deve aumentar o anestésico inalatório. 
Trabalhos dizem que é melhor do que fazer fentanil ou doses maiores de anestésico. /; 
 
Como alternativa pode fazer lidocaína IV em infusão contínua ao invés de fentanil. 
Trabalhos mostram que diminui um pouco o anestésico e faz o fentanil melhora muito 
o prognostico. 
 
Mais de 90% dos equinos terão hipotensão no transoperatório. 
Regrinha: se o animal não foi hidratado direito vai usar só solução hipertônica para dar 
volume 
Se o animal está hidratado escolhe entre dobutamina e efedrina para medicar o animal 
para estabilizar pressão. 
 
Sempre monitorar eletro, oximetria e pressão arterial 
 
A pressão arterial media ideal é de 60 a 90mmhg. 
Na oximetria precisa tentar manter o valor perto de 95% , se não fazer ventilação 
mecânica. 
Existem 3 outras monitorações que são facultativas: capnografia que mede a 
quantidade de gás carbônico (ideal 35 e 45%) menos do que isso ou tá acordado e 
hiperventilando ou a pressão desabou e ele não ta trocando dirento co2 por 02 e se 
passar de 45 significa que ele está hipoventilando. 
 
Alguns lugares também fazem hemogasometria. Só fazer bicarbonato em equino com 
hemogasometria, sem ela há comprovações de que aumenta a mortalidade. 
E dosagem de eletrólito (também facultativo) para fazer suporte de potássio. 
Dos eletrólitos o único que posso fazer de forma empírica é o cálcio. O potássio não. 
 
Cuidados na Recuperação: 
Não pode ser um piso liso 
Ambiente mais tranquilo possível 
Se possível ajudar animal a levantar

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