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ALIENAÇÃO PARENTAL

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ALIENAÇÃO PARENTAL
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CENÁRIO
Casamento + filhos
 Separação
 Instituto da Guarda
Genitor alienador Genitor alienado 
Geralmente o genitor alienador é o que tem mais contato com a(s) criança(s)
Não se resume aos genitores, pode ser praticada também pelos avós e/ou tios, quando possuem relacionamento próximo e frequente com a(s) criança(s).
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Os primeiros estudos foram desenvolvidos pelo psiquiatra Richard Gardner, em 1980.
Conceito: 
Processo que consiste em programar uma criança para que odeie, sem justificativa, um de seus genitores, pelo outro genitor com quem a criança mantém um vínculo de dependência afetiva e estabelece um pacto de lealdade inconsciente.
Utiliza-se o filho como instrumento de agressividade direcionada ao outro.
ALIENAÇÃO PARENTAL
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CONFLITOS
Alienação Parental é a imposição de uma "verdade“ inventada.
Muitas crianças passam a viver enredos fantasiosos e tomam para si, dores, traumas e frustrações que nunca viveram, ou melhor, que nunca precisariam ter vivido.
“O genitor alienador é, muitas vezes, uma pessoa incapaz de se colocar no lugar do outro, sem condições de distinguir a diferença entre a verdade e a mentira, lutando para que sua verdade seja a verdade do outro” (Jorge Trindade).
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CONFLITOS
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CLASSIFICAÇÃO
De acordo com as estatísticas, ocorre, principalmente, no ambiente da mãe.
Seus estágios variam:
1-LEVE
DESQUALIFICAÇÃO, EVITAÇÃO, MONITORAMENTO
2-MÉDIO
INVENÇÕES DE MAUS-TRATOS
3-GRAVE
INVENÇÕES DE ABUSO SEXUAL
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Comportamentos clássicos: grau leve
Recusar ou dificultar passar as ligações aos filhos;
Organizar atividades com os filhos durante o período que deveria ser visita do outro genitor;
Apresentar o novo cônjuge aos filhos como sua nova mãe ou novo pai;
Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos;
Recusar informações ao outro genitor sobre atividades dos filhos;
Impedir o direito de visita do outro genitor;
“esquecer” de avisar o outro genitor de compromissos importantes;
Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro;
Sair de férias sem os filhos e deixá-los com outras pessoas que não o outro genitor;
Ameaçar punir os filhos se eles se comunicarem com o outro genitor.
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Critérios para pré-dizer que a AP está acontecendo
Existência da obstrução ao contanto;
denúncias de abuso físico, emocional ou sexual; 
(não esquecer que muitos abusos realmente acontecem: toda denúncia deve ser investigada);
Deterioração da relação após a separação 
(investigar como era a relação antes da separação);
Reação de medo por parte dos filhos em relação a um dos genitores e submissão/lealdade ao outro.
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IDENTIFICAÇÃO
Profissional de saúde mental, com conhecimento e experiência sobre esse tipo de enfermidade.
A AP não se confunde com um ato excepcional praticado por um dos pais, configura-se como um conjunto sistemático de procedimentos que alienam o outro cônjuge.
Qualquer tipo de abuso ou de descuido grave exclui e AP, porque torna verdadeira a acusação.
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Consequências para as crianças:
Dificuldade de conviver com a verdade, aprendendo a conviver com a mentira e a expressar falsas emoções;
Noções de certo e errado flutuantes.
Incapacidade de adaptação a ambientes sociais;
Transtornos de identidade;
Tendência ao isolamento;
Comportamento hostil;
Falta de organização;
Depressão;
Abuso de drogas;
Suicídio.
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SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
Diz respeito aos efeitos emocionais e as condutas comportamentais desencadeados na criança.
Quando a SAP está instaurada, há uma aliança da criança com o genitor a alienador. 
A criança começa a fazer parte da campanha difamatória.
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ESTATÍSTICAS
É impossível saber ao certo ou mesmo estimar o número de filhos (menores de idade) vítimas de alienação parental. Por duas enormes razões: 
os processos judiciais correm em segredo de Justiça (não podem ser abertos nem em pesquisas acadêmicas, sem autorização expressa) e 
os conselhos tutelares são pouco procurados - e quando são procurados não alimentam o sistema de informações nacional para a criança e adolescente (SIPIA).
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Papel das Instituições Judiciárias
A AP demanda um atendimento de dupla abordagem (psicológica e judicial).
Via judicial: importante para que o genitor alienado tenha o direito de visita como condição fundamental para o exercício da função materna ou paterna.
Diminuir o sentimento de culpa na criança, 
já que através da justiça, existe um motivo real para visitar e conviver com o genitor alienado, sem culpa por estar decepcionando o genitor alienador.
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CONJUGALIDADE X PARENTALIDADE
O juiz recebe a história já filtrada pelo relato dos fatos. O advogado o recebe distorcido pela emoção do cliente. O apoio técnico do psicólogo e do assistente social pode constituir o elemento essencial para a decisão criteriosa.
A mediação familiar como importante ferramenta nesse contexto.
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LEI 12.318/10
Art. 2° Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
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A Lei 12318 E AS MEDIDAS PROTETIVAS
a)Declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
b)Ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
c) Estipular multa ao alienador;
d) Determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
e) Determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
f) Determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
g) Declarar a suspensão da autoridade parental.
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Lei 13.431/17
Tipifica a Alienação Parental como Crime.
Art 4, inciso II, alínea b
Quem pratica atos de Alienação Parental pratica também crime
Sem prejuízo das tipificações criminosas, são formas de violência psicológica os atos de alienação parental.
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CASOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL
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CASO 1
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	Fazia seis anos que Karla, de oito, não via o pai. Nem mesmo por foto. Sua irmã mais nova, Daniela, nem sequer o conhecia. Quando seus pais se separaram, ela ainda estava na barriga de sua mãe. 
	Aquela noite de 1978, portanto, era muito especial para as duas irmãs. Sócrates havia deixado o Rio de Janeiro, onde morava, e desembarcado em São Luís do Maranhão, onde elas viviam com a mãe, para tentar uma reaproximação. “Minha mãe disse que nosso pai iria nos pegar para jantar”, conta Karla Mendes, hoje com 38 anos. 
	As garotas, animadas e ansiosas, tomaram banho, se perfumaram e vestiram suas melhores roupas. “Acontece que meu pai nunca chegou, ficamos lá, horas e horas, até meia-noite”, diz. Enquanto as meninas tentavam superar a decepção, a mãe repetia sem parar: “Tá vendo? O pai de vocês não presta! Ele não dá a mínima!”
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	Naquele dia, Karla viveu sua primeira grande frustração. 	Mas o maior baque aconteceu 11 anos depois, quando recebeu uma ligação inesperada do pai, que até então estava sumido. 
	Karla começou a entender que sua mãe havia armado contra todos naquela noite – e em outras incontáveis vezes. Ela descobriu que o pai esteve mesmo em São Luís. Para ele, minha mãe prometeu que iríamos à praia em sua companhia, mas sumiu com a gente quando ele passou para nos pegar. Para nós, inventou o jantar”, conta Karla. De tão desorientada com a descoberta, trancou a faculdade por um ano para digerir a história. 
	“O mais difícil foi descobrir que meu pai não era um monstro”, diz Karla, que há 20 anos tem uma relação
próxima com o pai, mas não fala com a mãe desde que descobriu que ela manipula da mesma forma seus dois outros filhos de outro casamento.
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CASO 2
“Aos meus amigos,
	Em primeiro lugar, saibam que estou muito bem e que a decisão foi fruto de cuidadosa reflexão e ponderação. Na vida, temos prioridades. E a minha sempre foi meu filho, acima de qualquer outra coisa, título ou cargo. 
	Diante das condições impostas pela mãe e pela família dela e de todo o ocorrido, ele não era e nem seria feliz. Dividido, longe do pai (por vontade da mãe), não se sentia bem na casa da mãe, onde era reprimido inclusive pelo irmão da mãe, bêbado e agressivo, fica constrangido toda vez que falam mal do pai, a mãe tentando sempre afastar o filho do pai, etc. 
	A mãe teve coragem até de não autorizar a viagem do filho para a Disney com o próprio pai, privando o filho do presente de aniversário com o qual ele já tanto sonhava, para conhecer de perto o fantástico lugar sobre o qual os colegas de escola falavam. No futuro, todas as datas comemorativas seriam de tristeza para ele, por não poder comemorar em razão da intransigência materna. 
	Não coloquei meu filho no mundo para ser afastado e ficar longe dele e para que ele sofresse. Se errei, é hora de corrigir o erro, abreviando-lhe o sofrimento. Infelizmente, de todas as alternativas foi a que me restou. E pode ser resumida na maior demonstração de amor de um pai pelo filho. 
	Agora teremos liberdade, paz, e poderei cuidar bem do filho. 
Fiquem com Deus!”
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Casos de situação extrema em que a pressão psicológica é tanta que o pai-vítima acaba sucumbindo, como no trágico episódio de abril de 2009, em que jovem e ilustre Advogado, autor de livros, Doutor e Professor da USP/Largo São Francisco, cotado para vaga de ministro do TSE, famoso pela calma e moderação, aos 39 anos de idade, matou o próprio filho de 5 anos e cometeu suicídio.
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CASO 3
Falsa denúncia de alienação parental: 
	 Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, era alvo de uma disputa judicial. A menina estava sob a guarda do pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, desde o dia 26 de maio.
	Ele conseguiu a autorização da Justiça após um processo em que alegava que a ex-mulher, a médica Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, o impedia de ver a filha. Joanna deveria ficar com o pai por 90 dias, pois teria sido vítima por parte da mãe de alienação parental – quando um dos genitores difama o outro para o filho após a separação.
	Em maio, a menina foi entregue ao pai, pois a Justiça entendeu que se tratava de um caso de alienação parental – quando um dos genitores difama o outro para a criança. Dois meses depois, Joanna foi internada com suspeitas de maus-tratos.
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	Joanna nasceu em 20 de outubro de 2004, quando Cristiane já havia rompido o namoro de seis meses com o técnico judiciário André Marins, pai da criança.
“Terminei a relação antes de saber que estava grávida. Quando tive a Joanna ele não pediu o teste de paternidade porque sabia que havia sido o primeiro homem com quem me envolvi”. Na época, André já morava com Vanessa Maia que esperava outra filha dele.
	Cristiane fez um pedido de pensão e visitação na 1ª Vara de Família de Nova Iguaçu, cidade onde morava. Segundo Cristiane, durante um ano, o pai fez visitas durante os finais de semana. Depois não apareceu por mais um ano e voltou a fazer visitas regulares até a criança apresentar os ferimentos em 2007.
	Ela foi morar em Campos de Jordão e uma briga judicial foi aberta. Em janeiro de 2010, Cristiane disse que foi ouvida por uma psicóloga do Fórum que era responsável por analisar o caso. O laudo final desta consulta sugeria a reversão da guarda.
	
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Sob a guarda do pai, Joanna deu entrada no Hospital RioMar – no dia 17 de julho – com quadro de convulsões, hematomas nas pernas e marcas de queimadura – aparentemente feita por cigarros – nas nádegas e no tórax. Após tomar um medicamento, a criança foi liberada desacordada.
Estranhando o fato de a filha não ter recobrado a consciência, André Marins levou a filha para o Hospital das Clínicas de Jacarepaguá e, de lá, seguiu em coma para a clínica Amiu, em Botafogo, na zona sul do Rio. A menina deu entrada na unidade no dia 19 de julho e morreu no dia 13 de agosto.
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Joana

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