Buscar

Casos Concretos civil V 1 ao 15

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Caso Concreto 2
Descrição
Caso Concreto
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta.
Camila não tem nenhuma razão. Ela e Gabriel são irmãos unilaterais, uma vez que descendem do mesmo pai, o que os ligam por vínculo de parentesco consanguíneo de 2º grau em linha colateral, com vistas ao disposto no artigo 1.592 do Código Civil.
Questão objetiva
Lisbela possui um irmão chamado Gregório que é casado com Silmara. Lisbela, em razão de desavenças com Silmara, insiste em afirmar que não possui grau de parentesco com ela, mas resolveu estudar o assunto com sua vizinha Magda, advogada. Magda respondeu para Lisbela que, de acordo com o Código Civil brasileiro, Silmara é sua parente
a) por afinidade em linha colateral de primeiro grau.
b) por afinidade em linha colateral de terceiro grau.
c) por afinidade em linha colateral de segundo grau.
d) civil em linha colateral de terceiro grau.
e) natural em linha colateral de primeiro grau.
Caso Concreto 3
Descrição
Caso Concreto
Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
- 1 – Para que os menores de 16 anos possam se casar, há a necessidade de autorização de ambos os pais e do suprimento judicial do consentimento, em caso de gravidez, conforme determina o artigo 1520 do Código Civil. (Com o advento da Lei 11.106/2005, houve a revogação tácita da hipótese de permissão de casamento de menor de 16 anos para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal.)
Porém, a questão não é pacífica, pois parte da jurisprudência tem aceito o suprimento judicial quando já estabelecida a situação fática (já moram juntos) e da oitiva dos nubentes o juiz entender que eles já possuem capacidade de compreensão sobre obrigações matrimoniais.
Caso Concreto 4
Descrição
Caso concreto:
Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir:
a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente?
No caso em questão, não haveria nenhum óbice à finalização da cerimônia por outro oficial presente.
Interessante lembrar que, conforme expresso no art. 1538, Parágrafo único, do Código Civil, caso a suspensão da celebração do casamento for causada por algum dos contraentes que recusar a solene afirmação de vontade, declarar que esta não é livre e espontânea ou manifestar-se arrependido, a retratação só será admitida no dia seguinte.
b) Leonardo e Ana podem ser considerados casados?
 Leonardo e Ana, mesmo que o mal súbito que acometeu a autoridade celebrante tenha ocorrido após a declaração de vontade dos nubentes, não podem ser considerados casados.
            Na forma do art. 1535 do Código Civil, o casamento só é considerado devidamente efetuado após a afirmação dos nubentes de que pretendem casar por livre e espontânea vontade e a declaração do presidente do ato dos seguintes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Caso 5
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas.
  Não só o Ministério Público, como qualquer pessoa capaz, até a data de celebração do casamento, tem legitimidade para opor a causa de impedimento, conforme disposto no art. 1522 do Código Civil.
            Os pedidos para declaração de nulidade devido a impedimento são imprescritíveis, conforme previsão do art. 169 do CC, que dispõe que: “O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.”
            O vínculo de parentesco entre os referidos nubentes é de afinidade, em linha reta, no 1º grau, vínculo esse que é indissolúvel, na forma do art. 1595, §2º, do CC. Além de acarretar o impedimento matrimonial previsto no art. 1521, II, do CC.
Caso Concreto 6
Descrição
Caso concreto
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
Segundo o entendimento majoritário da doutrina atual, é possível a anulação do casamento realizado por puro interesse econômico, caracterizado como vício de vontade, com base no
art. 1550, inc. III, do Código Civil, existindo erro quanto à pessoa do outro cônjuge prevista nos arts. 1556 e 1557, inc. I, do referido diploma legal. Sendo que o pedido pode ser intentado no prazo decadencial de 3 anos, a contar da data da celebração do casamento, conforme disposto no art. 1560, inc. III, do CC.
Caso Concreto 7
Descrição
Caso Concreto
Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.
Mesmo após a celebração do casamento, é plenamente possível que Thiago acresça o sobrenome da esposa ao sobrenome dele, devendo para tal promover uma ação de acréscimo de nome, demonstrando que o casal permanece casado e que é consensual o pedido para absorção do sobrenome do consorte, baseando-se no art. 57 e 109 da Lei nº 6.015/73, a Lei dos Registros Públicos.        
Caso concreto 08
Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a Carlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno. Analise a questão sob a ótica das regras aplicáveis ao regime de bens, informado justificadamente a quem assiste razão
R= O caso concreto aborda o  regime  de  comunhão  parcial  de  bens. Regime legal.  Os bens adquiridos na   constância do casamento, com   ou sem esforço comum, em  regra  serão  objeto  de  meação.  O art.  1.659 do  CC,  elenca hipótese  em  que  o  bem  adquirido  onerosamente  na  constância  do  casamento regido  pela  comunhão  parcial  de  bens  seria  incomunicável  com  o  cônjuge, portanto,  comprando  o  patrimônio  particular,  d entre  os  quais  a  hipótese  dos bens  anteriores  ao  casa mento  que  forem  sub -rogados  aos  bens  que  forem adquiridos  na  sua  constância.  Ocorre que Carlos não  fez  constar  na  sua escritura  a  origem  da  aquisição  por  sub -rogação  e  d esta  forma,  o posicionamento  majoritário  é  n o   sentido  de  admitir  tal  bem  como  patrimônio integrante  a  meação.  Assim, assiste  razão  a  Aline  que  te rá  direito  de  meação também sobre o referido imóvel.
Caso concreto 09
 Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? Conforme lei 12.874/13, que alterou a LICC, dispõe sobre a possibilidade de as autoridades consulares brasileiras celebrarem a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros no exterior, não havendo filhos menores ou incapazes do casal.
Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas.
Podem sim, conforme LEI Nº 11.441/07 o Art. 982 da lei 5869/73, passou a vigorar com a seguinte redação: … se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. O Art. 1.031 … A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas. E o Art. 1.124-A: … o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia § 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
Caso concreto 10
Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010 mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema – Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda. Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. Responda justificadamente.
R= Resp.  Na falta de contrato escrito  dispondo  d e  forma  divers,  a  união  estável  é regida  p elo  regime  da  comunhão  parcial  de  bens  e  desta  forma  somente  os bens  adquiridos  onerosamente  durante  a  união   seriam  objeto  de  patrimônio comum  e  consequentemente  meação.  Como a aquisição do imóvel se  deu  em decorrência  do  que  Maria  recebe u  a   título  gratuito ,  estaria  excluída  da comunicação  patrimonial  com  João.  Além do que,  Maria  fez  constar  a  sub -rogação do valor da herança. Logo, João não terá qualquer direito a meação do imóvel de Saquarema
Caso 11 
Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que seencontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorizaçãojudicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessaautomaticamente o dever de assistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem amaioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período dagraduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados por Robertoprocedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no casoconcreto?Justifique sua resposta 
Não assiste qualquer razão a Roberto, tendo em vista a patente 
necessidade que ainda dispõe o seu filho, agora estudante universitário, e 
que tal circunstância trará ainda mais encargos e responsabilidades a 
este. Portanto, a vista do dever recíproco de amparo e de já ser 
consolidado nos tribunais pátrios o entendimento sobre a permanência 
da obrigação alimentar até a idade de 24 anos, quando o filho se dedica 
aos estudos, sobretudo quando é universitário, não deve ser obstada a 
prestação alimentar, devendo, pois, no caso e m tela, ser iniciada a ação 
de cobrança de alimentos (Art. 528 e seguintes do CPC). 
12 Caso Concreto Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que
isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas.
OS tribunais brasileiros estão aceitando a coexistência da maternidade sócio-afetiva e biológica. De fato, a lei não prevê a possibilidade de vinculo pluri e multi parental, no entanto, o reconhecimento de novos modelos familiares e valorização de vínculos afetivos, permite sustentar a coexistência da maternidade biológica e sócio-afetiva. 
Caso Concreto 13
: (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens.
a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação?
Resposta: Não , pois a ação e personalíssima , conforme dispõe art.1606/cc
b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda?
Resposta: Sim, conforme art 1055 e 1056,I/cpc e art. 43/cc
14
Josefa encontra-se separada de fato de Carlos, pai de seu filho, com quem manteve uma união estável por cinco anos. Hoje omenor conta com 4 anos de idade e começa a manifestar comportamento arredio ao convívio com o genitor e seus familiares.Por outro lado, por diversas vezes o pai tenta exercer a convivência com o filho mas é surpreendido pela informação dada porJosefa de que ela e o filho já tinham compromisso e por isso não poderá deixa-lo encontrar com a criança. Diante dos fatosnarrados pergunta-se: a) Seria possível identificar indícios da prática de atos de alienação parental? Justifique.
Resposta: Sim. Com base no artigo 2º da lei 12318/10
  b) Constatado a prática da alienação parental, quais seriam as medidas cabíveis a serem determinadas pelo juízo para evitarefeitos mais danosos aos interesses do menor? Justifique.
Resposta: artigo 6º da lei 12318/10, advertir o alienador, estipular multa..

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando