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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
ESCOLA DE ENFERMAGEM / INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
NEUROANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM 
 
 
 
PSICOPATIA: uma abordagem neuroanatômica sobre a série de cinema que 
retrata o personagem Hannibal Lecter 
 
 
 
 
 Alunos: 
 Beatriz Leite Bernardino 
 Júlia Helena R. Souza 
 Victorya Damaso da Costa 
 Wagner Afonso Rocha 
Professora: Aline Silva de Miranda 
 
BELO HORIZONTE – MG 
04/11/2019 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
ESCOLA DE ENFERMAGEM / INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
NEUROANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM 
 
 
 
 
PSICOPATIA: uma abordagem neuroanatômica sobre a série de cinema que 
retrata o personagem Hannibal Lecter 
 
Trabalho realizado na disciplina 
Neuroanatomia Aplicada a Enfermagem, no 
curso de Enfermagem, no Instituto de Ciência 
Biológicas da Universidade Federal de Minas 
Gerais. 
 
 
Alunos: 
 Beatriz Leite Bernardino 
 Júlia Helena R. Souza 
 Victorya Damaso da Costa 
 Wagner Afonso Rocha 
 Professora: Aline Silva de Miranda 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE-MG 
04/11/2019 
INTRODUÇÃO 
 
Hannibal Lecter é um personagem de ficção científica criado por Thomas Harris que 
culminou em quatro filmes e uma série para TV. A ordem cronológica do personagem não 
segue a do lançamento dos filmes, são eles: Hannibal - A Origem do Mal (2007); Dragão 
Vermelho (2002); Caçador de Assassinos (1986); O Silêncio dos Inocentes (1991) e Hannibal 
(2001). 
O personagem nasceu na Europa antes da Segunda Guerra Mundial onde sofreu 
violência na infância que influenciou na moldagem de sua personalidade psicopata. Ele se 
formou em Medicina com especialidade em Psiquiatria. Sua vida profissional é marcada pelas 
sua ações psicopatas e por também influenciar ou estimular ações de agressividade nos seus 
pacientes, ou seja, aflora a psicopatia neles. Os quatro filmes tem como base os 
comportamentos de Lecter ou de seus pacientes onde demonstram em cenas de violência que 
eles não possuem empatia por outro seres humano. (Hannibal Lecter, 2019) 
 
PSICOPATIA: UMA ANÁLISE PSICOLÓGICA 
 
O primeiro estudo sobre psicopatas foi publicado em 1941 pelo psiquiatra americano 
Hervey Milton Cleckley, o qual se intitulava The Mask of Sanity. De acordo com esse 
profissional, existe um conjunto de 16 características que define a personalidade psicopática, 
são elas: 1) charme superficial e inteligência; 2) ausência de delírios; 3) ausência de 
manifestações psiconeuróticas; 4) não-confiabilidade; 5) tendência à mentira; 6) falta de 
remorso ou vergonha; 7) comportamento antissocial; 8) juízo empobrecido; 9) egocentrismo 
patológico; 10) pobreza de reações afetivas; 11) perda de insight; 12) déficit de reciprocidade 
nas relações interpessoais; 13) comportamento fantasioso e não convidativo; 14) ameaças de 
suicídio; 15) vida sexual impessoal e trivial; 16) falha em seguir um plano de vida. (Silva et 
al, 2019). 
Algumas dessas características são vista no personagem Hannibal, enquanto outras 
como pobreza de reações afetivas, déficit de reciprocidade nas relações interpessoais, ameaças 
de suicídio e falha em seguir um plano de vida, são quebradas pelo filme uma vez que o 
psicopata Hannibal trata a detetive Clarice de modo carinhoso e a protege. Ameaças de 
suicídio não são vistas no filme, ao contrário, o personagem tenta proteger sua vida fugindo 
da polícia, por fim apesar de assumir a identidade de outra pessoa, é possível observar que o 
psicopata fez planos de vida na Europa e até mesmo tenta alcançar uma ascensão de carreira. 
De acordo com Here e Neumann, existem dimensões implícitas na psicopatia, são elas: 
interpessoal, afetiva, estilo de vida e antissocial. Focando na dimensão afetiva, esta está 
associada a ausência de remorso, afeto superficial, falta de empatia e falta de auto 
responsabilização pelos próprios atos, o que leva ao foco do nosso trabalho, a relação entre 
psicopatas, a empatia e a neuroanatomia. 
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com 
a Saúde, em sua décima revisão (CID-10), descreve o transtorno específico de personalidade 
como uma perturbação grave da constituição caracterológica e das tendências 
comportamentais do indivíduo. Esses tipos de transtornos não são propriamente doenças, mas 
anomalias do desenvolvimento psíquico. Eles envolvem a desarmonia da afetividade e da 
excitabilidade com integração deficitária dos impulsos, das atitudes e das condutas, 
manifestando-se no relacionamento interpessoal. O foco do trabalho é o Transtorno de 
Personalidade Antissocial (TPAS), também conhecido psicopatia, que tem como característica 
essencial um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos alheios, que inicia na 
infância ou no começo da adolescência e continua na idade adulta. Eles demonstram 
egocentrismo patológico, emoções superficiais, ausência de autopercepção, impulsividade, 
baixa tolerância para frustrações, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres 
humanos e ausência de remorso, ansiedade e sentimento de culpa em relação ao seu 
comportamento antissocial. 
O diagnóstico para esse transtorno deve levar em consideração a existência de, pelo 
menos, três critérios, que, de forma sintética, podem ser descritos como um fracasso em 
conformar-se às normas legais, uma propensão para enganar, agressividade, desrespeito pela 
segurança própria ou alheia, irresponsabilidade, que pode estar vinculada ao trabalho ou às 
finanças, bem como uma ausência de empatia. López, Filippetti & Richaud; Sampaio et al., 
conceituam empatia como uma capacidade de compreender os sentimentos e emoções do 
outro e o reconhecer como semelhante. Para avaliar a empatia é possível utilizar o 
Interpersonal Reactivity Index (IRI), um questionário que avalia a motivação do indivíduo em 
ajudar o outro, a capacidade de se colocar no lugar do outro imaginando o que elas sentem ou 
pensam, o incômodo sentindo ao se depara com situações tensas e a capacidade de se 
imaginar no lugar de personagens fictícios. 
A partir da análise dos dados obtidos nos testes de avaliação de psicopatia e do nível 
de empatia é possível relacionar o grau de psicopatia ao nível de empatia da pessoa, 
estabelecendo assim uma relação entre psicopatia e empatia. Desse modo, diversos estudos 
mostram que indivíduos com mais características psicopatas apresentam um menor grau de 
empatia, tendo menor capacidade de se colocar no lugar do outro, são menos sensíveis e 
possuem um maior distanciamento emocional (Hauck Filho et al, 2015). 
Além disso, é importante ressaltar que grande parcela de pessoas com TPAS não 
desenvolve uma conduta criminosa. No entanto, uma pequena fração de psicopatas pode se 
transformar em criminosos violentos, como estupradores ou assassinos seriais. Em situações 
mais severas,o distúrbio pode evoluir para canibalismo – como é o caso do Hannibal- , rituais 
sádicos de tortura e morte, frequentemente de natureza bizarra. 
 
FATOR NEUROBIOLÓGICO 
 
De acordo com as análises neurobiológicas do transtorno psíquico da psicopatia, 
observa-se que algumas pesquisas mostram que lesões no lobo frontal estão sendo associadas 
ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. Uma das evidências da relação do lobo 
frontal e a alteração comportamental é o caso do acidente do Phineas Gage que foi atingido na 
região por uma barra de ferro e modificou toda sua base de conduta, tornando-se impaciente, 
desrespeitoso e incapaz de seguir normas sociais. A partir de estudos do psicólogo Adrian 
Raine e colaboradores, exames com a neuroimagem estrutural através da ressonância nuclear 
magnética mostram alterações no volume da massa cinzenta pré-frontal em sujeitos com 
Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) de cerca de “11% do volume diminuído”. 
Essa redução se correlaciona com uma diminuição da resposta autonômica a um evento 
estressor provocado experimentalmente. Além disso, observou-se que um comprometimento 
do funcionamento nas porções ventromediais do córtex frontal poderia contribuir para 
problemas relacionados ao controle de impulso e personalidade anti-social (Damásio, 2000). 
Há ainda indícios do envolvimento de outras estruturas cerebrais na ocorrência de 
TPAS. Em um de seus trabalhos publicado em 2003, Raine e colaboradores relataram que 
pacientes antissociais, comparados com controles saudáveis, apresentavam várias 
anormalidades no corpo caloso, podendo ser considerado como sugestivo de alterações 
durante o neurodesenvolvimento. Ademais, a diminuição dos volumes estruturais da amígdala 
e de porções bilaterais do hipocampo também foram encontrados em pessoas com TPAS. 
Essa relação vêm de estudos mais recentes, utilizando-se de técnicas de ressonância 
magnética funcional (fMRI), que apontam na direção do envolvimento de regiões pré-frontais 
e do sistema límbico no TPAS. Kiehl et al. (2001) demonstraram que criminosos psicopatas, 
comparados com criminosos não-psicopatas e controles sãos, apresentavam uma atenuação da 
ativação do complexo amígdala-hipocampo, giro parahipocampal, estriado ventral e giro do 
cíngulo posterior e anterior durante o processamento de palavras de valência negativa. 
Alguns estudos, como o de Del Ben (2005), têm sugerido anormalidades no 
processo cerebral da serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) e no aumento do triptofano, 
um precursor bioquímico da serotonina. O prejuízo da função serotonérgica (5-HT) tem sido 
implicado na etiologia de vários transtornos mentais. Isso se deve a alguns achados comuns a 
todos, ou pelo menos a parte desses transtornos, como redução na concentração no líquido 
cefalorraquidiano (LCR) do produto final do metabolismo de serotonina, o ácido 5-
hidroxiindolacético (5-HIAA). Esse neurotransmissor está envolvido com o efeito modulador 
geral da atividade psíquica e com o desenvolvimento de atividades de cognição, logo, uma 
desordem nesse sistema poderia conduzir a um aumento na agressividade e na impulsividade 
do indivíduo. Somado a isso, foram feitos análises em voluntários saudáveis, em que a 
depleção aguda de triptofano, um aminoácido proveniente da dieta e precursor de 5-HT, 
induziu aumento da velocidade de processos psicomotores, mas tornou a escolha do 
comportamento mais lenta (Rogers et al., 1999a). Os autores concluíram que a serotonina 
normalmente reduz a velocidade de processos psicomotores nos circuitos dorso-
fronto/estriatal e que o prejuízo da função serotonérgica seria um dos mecanismos de resposta 
impulsiva. Criminosos anti-sociais e violentos apresentaram níveis plasmáticos 
significativamente mais elevados de triptofano livre que controles saudáveis, sugerindo um 
distúrbio do metabolismo de triptofano na fisiopatogenia da sociopatia . 
No trabalho citado “ Neurobiologia do transtorno de personalidade antissocial'' de 
Cristina Marta Del-Ben de 2005, a hereditariedade parece contribuir em grau substancial para 
o desenvolvimento de comportamentos antissociais”. A hipótese levantada é que filhos de 
pais biológicos com TPAS têm mais chances de apresentarem também o mesmo transtorno. 
Observa-se, portanto, que a biologia e a genética molecular vêm colaborando 
progressivamente para o entendimento e o tratamento dos pacientes psiquiátricos. Nos 
transtornos de personalidade, os genes não podem ser considerados isoladamente, 
responsáveis pelo transtorno, mas sim, pela predisposição. O que em geral muitos reforçam é 
que, mesmo com a predisposição genética, não se pode nascer um psicopata sem um ambiente 
propiciador (Monteiro, 2017). 
Dentre outros estudos neurobiológicos foi concluído na quase totalidade que há 
alterações estruturais e funcionais nos cérebros das pessoas com comportamento agressivo ou 
violento, quando comparados a grupos controle. Também foi verificado que os lobos frontais 
(córtex órbito-frontal, córtex pré-frontal, giro do cíngulo anterior), lobo temporal (córtex 
temporal, amígdala), lobos parietais (giro supramarginal, substância branca parietal), tálamo, 
hipotálamo e cerebelo são áreas cerebrais que apresentaram atividades com relação a 
comportamentos agressivos. Outro conclusão que estes trabalhos científicos apontaram foi o 
hipometabolismo/hipoperfusão em regiões nas estruturas frontais (Terra, 2012). 
É de conhecimento estudos que apontam as estruturas cerebrais como o sulco 
temporal superior, amígdala e córtex orbitofrontal ativas em situações de inter-relações 
pessoais. Ampliando, outra investigação foi avaliar imagens de ressonância magnética 
funcional do encéfalo onde as pessoas normais foram expostas para julgar sentenças com 
conteúdo moral explícito e sem conteúdo moral. Em um primeiro momento o grupo de 
pessoas foram expostas as sentenças morais e não morais estando em um aparelho de 
ressonância. Em segundo momento as mesmas pessoas foram novamente apresentadas às 
mesmas sentenças e tiveram que responder a um questionário para eliminar a influência das 
emoções nos resultados de imagens. Este questionário os participantes avaliavam em escala 
do tipo Likert o conteúdo moral, a violência emocional e a dificuldade de julgamento que 
cada sentença teve. Quanto ao resultado dos questionário de escala tiverem os resultados 
esperados o que proporcionou a interpretação dos resultados. Estas pessoas tiveram ativadas 
nas sentenças morais o córtex frontopolar, o giro frontal medial, o córtex temporal anterior 
direito, o núcleo lenticular e o cerebelo. As maiores áreas de ativação foram do córtex 
frontopolar e do giro frontal medial também demonstrando que foram amplamente 
independentes da experiência emocional. O trabalho teve como conclusão concordando com 
outros que atribuem um papel crítico do lobo frontal e do córtex temporal anterior direito na 
mediação de processos de julgamentos complexos de acordo com restrições morais, 
acrescenta que o córtex frontopolar pode trabalhar em conjunto com o córtex orbitofrontal e 
dorsolateral na regulação da conduta da pessoa em situações de interações sociais (Moll et al, 
2001). 
 
 
 
BIOMEDICINA E A PSICOPATIA 
 
A área de atuação do biomédico é extremamente ampla, sendo que um graduado 
pode escolher 2 habilitações entre as atuais 30 opções de habilitações disponíveis para exercer 
regularmente. O profissional não atua diretamente no cuidado à doentes mentais, entretanto a 
profissão apresenta diversas habilitações que podem se relacionar com a psicopatia que serão 
explicadas e associadas nos parágrafos seguintes. 
Imagine que um psicopata cometeu um crime, o biomédico habilitado na áreade 
Genética pode realizar análise para o diagnóstico citogenético humano e molecular (DNA), 
para identificação da identidade do criminoso. E a habilitação em Perícia Criminal pode 
realizar procedimentos para produção de provas materiais para auxiliar em processos do 
direito penal. 
Ao longo deste trabalho foram observadas imagens de ressonância magnética 
utilizadas para relacionar a neuroanatomia e alteração neural. O biomédico habilitado em 
Diagnóstico por Imagem e Terapia pode criar protocolos, coordenar, administrar e operar 
equipamentos e sistemas de diagnóstico por imagem, como ressonância magnética, 
neurorradiologia e medicina nuclear. Desse modo, contribui para pesquisas e 
desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico para transtornos de personalidade. 
A habilitação em Docência e Pesquisa: Biofísica, Virologia, Fisiologia, Histologia 
Humana, Patologia, Embriologia, Psicobiologia; permite que o profissional realize pesquisa 
experimental da base biológica dos processos mentais sobre os processos e estruturas 
fisiológicos e estudar o funcionamento e o mecanismo do corpo humano. 
De acordo com o artigo The neurobiology of psychopathy: recent developments and 
new directions in research and treatment, de Michael A. Cummings, o tratamento de 
psicopatia através de fármacos tem sido desapontante. Sendo assim o biomédico com a 
habilitação em Farmacologia e Farmacogenética, pode auxiliar no desenvolvimento de novos 
medicamentos para o tratamento de psicopatas, diminuindo o nível de violência apresentado 
por eles e até mesmo aumentando seu nível de empatia. 
 
ENFERMAGEM E A PSICOPATIA 
 
A enfermagem moderna tem como ciência o cuidar, principal meio de trabalho e 
intervenção do enfermeiro. Desde Florence essa realidade tem sido vivenciada e atualizada 
em diversas vertentes de intervenção dentro de clínicas e hospitais e uma dessas vertentes é a 
atuação da enfermagem psiquiátrica, que ganhou espaço ao desenvolver ações e atividades 
com doentes mentais que são excluídos pelas sociedades, principalmente, por falta de 
entendimento e conhecimento da mesma. Ao se tratar de pacientes diagnosticados com TPAs, 
principalmente aqueles que por causa desses distúrbios neurológicos possuem históricos de 
infração da lei, a Enfermagem tem a função de encaminhar e direcionar esses indivíduos à 
disciplina e reinserção social, segundo Cicolella, ações essas podendo ser realizadas por meio 
da prevenção e promoção da saúde dessas pessoas, reconhecendo assim, por meio da 
Enfermagem psiquiátrica a melhor intervenção para cada tipo de paciente com TPAs. 
Contudo, essa visão da Enfermagem, principalmente, no cuidado para com esses doentes 
mentais tem sido questionado, se analisarmos a pesquisa realizada pela mestranda em 
Enfermagem Cicolella, em uma instituição. Cicolella percebeu que a realidade das ações de 
Enfermagem em ambientes controlados como manicômios judiciários, estabelecimentos 
utilizados com o intuito de custodiar e tratar pessoas com doenças mentais declaradas 
perigosas, tem sido de grande questionamento, como é o exemplo por ela citado em sua 
pesquisa “Entre o delito e a Loucura’’, a Enfermagem tem tomado atitudes que vão contra a 
ética profissional em que ao invés de usar seus saberes de cuidado e intervenção, tem criado 
cenários de adestramento e controle, repetindo atitudes ditadas historicamente por agentes 
carcerários e que são vistas como naturais, onde enfermeiras(os) trabalham de maneira 
automática com utilização de técnicas totalmente disciplinares tratando o paciente como 
objeto de fácil manipulação, devendo ser o papel da Enfermagem o reajuste desse cenário 
possibilitando a esses pacientes o convívio social e a promoção de saúde. 
 
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orientadora: Mirna Wetters Portuguez. 2009/2012.

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