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Instituto de Ciências Humanas – ICH 
Curso de Pedagogia 
Rangel 
 
 
 
Alexia Carvalho - N3220E4/ Turma Q4 
Jessica Farias - N2719E6/ Turma P4 
Lilian Candido - D759FG7/ Turma P4 
Luiz C. Santos - D53FEE1/ Turma Q4 
Rafaela Miguel - N313242/ Turma Q4 
Rita de Cássia - D56DCF9/ Turma Q4 
Yasmin Alba - D634DE9/ Turma Q4 
 
 
 
 
Estágios do Desenvolvimento segundo Henri P. H. Wallon: Personalismo 
 
Trabalho da disciplina de Psicologia Socio – interacionista, 
apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Paulista – 
UNIP. 
Prof. Maria da Graça 
 
 
 
 
 
 
 
Santos, SP 
2019 
2 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução .................................................................................................... 3 
2. Teoria de Wallon .......................................................................................... 4 
3. Fases do Desenvolvimento .......................................................................... 5 
4. Personalismo ............................................................................................... 8 
5. Considerações Finais ................................................................................ 10 
6. Referências Bibliográficas ......................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. Introdução 
 
O presente trabalho trata-se do desenvolvimento humano segundo a teoria do 
psicólogo Henri Wallon, dando ênfase na fase do personalismo. 
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogenética, 
essencialmente sociocultural e relativista. A teoria de Wallon considera o 
desenvolvimento da pessoa completa, integrada ao meio em que está imersa. 
Acreditava que não é possível dissociar o biológico do social no homem. Wallon teve 
a preocupação de reservar espaço especial para o meio social como espaço de 
construção da atividade, afetivo, cognitivo e motor, como espaço que oportuniza o 
desenvolvimento global. Para isto, ele dividiu em estágios nos quais podem explicar 
como o homem se desenvolve, estes estágios se comunicam entre si, favorecendo a 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2. Teoria de Wallon 
 
Para Wallon “o ser humano é naturalmente social e sua estrutura orgânica 
supõe a intervenção da cultura para se atualizar” (Dantas,1992). Nesse sentido, o 
estudo do desenvolvimento cognitivo de Wallon (1975) é centrada na psicogênese da 
pessoa completa. 
Em seus estudos, ao invés de separar, integrou os segmentos da inteligência, 
da afetividade e da motricidade, considerando a criança e sua atividade a partir das 
suas reais condições de existência. Procurando compreender o psiquismo humano, 
ele volta seu foco para a criança onde é possível o acesso ao começo dos processos 
psíquicos, ou seja, ele investiga a criança nas áreas de sua atividade e nos diversos 
momentos de sua evolução e focaliza o desenvolvimento em seus domínios afetivos, 
cognitivos e motor, com o objetivo de mostrar quais são as diferentes etapas que 
ocorrem entre cada campo e suas dificuldades com o todo, representado pela 
personalidade. 
A perspectiva de Wallon para psicologia teve a contribuição de sua formação e 
atuação em Medicina Psiquiátrica. Para ele, nosso psiquismo é uma síntese dialética 
entre o orgânico e social, em que os equipamentos orgânicos são condições para as 
funções mentais, enquanto os objetos das ações psicológicas provêm do meio 
exterior, ou seja, do grupo social, do indivíduo. No processo do desenvolvimento da 
pessoa, o autor explica que os fatores orgânicos são mais determinantes no início do 
desenvolvimento infantil, oferecendo lugar aos aspectos sociais a proporção que o ser 
humano cresce e é por eles influenciado. Pode-se considerar como fatores sociais: 
cultura, linguagem e conhecimento, cruciais na aquisição das atividades psicológicas 
superiores, que progridem sempre em um processo contínuo de especialização e 
complexidade. Portanto na psicogênese da pessoa completa, Wallon (1975), explica 
os fundamentos da psicologia como ciência, seus aspectos epistemológicos, objetivos 
e metodológicos, ou o organismo como condição primária do pensamento, pois toda 
a função psíquica supõe um componente orgânico, mas considera que não é condição 
suficiente, pois o objeto de ação mental vem de fora, do ambiente em que o sujeite 
vive, e considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser humano e vê 
o desenvolvimento nos vários campos funcionais onde se distribui atividade infantil 
(afetivo, motor e cognitivo). 
5 
 
3. Fases do Desenvolvimento 
 
Segundo Wallon o desenvolvimento humano está dividido em 5 estágios que 
se sucedem em fases com predominância afetiva e cognitiva. 
A primeira fase se apresenta como impulsivo-emocional, ocorre no primeiro ano 
de vida. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às 
pessoas, às quais intermediam sua relação com mundo físico. O desenvolvimento tem 
seu inicio na relação do organismo do bebê recém-nascido, essencialmente reflexos 
e movimentos impulsivos, também chamados descargas motoras, com o meio 
humano que as interpreta. Nesta fase distingue-se apenas estados de bem-estar ou 
desconforto. São as reações do ambiente humano, representado pela mãe, motivadas 
pela interpretação da mímica do bebê que permitem distinguir as emoções básicas. 
Essa mímica não é casual, mas um recurso biológico da espécie, essencialmente 
social que faz do bebê um ser capaz de produzir, no ambiente humano ainda 
representado pela mãe, um efeito mobilizador para sobreviver. Desta forma é a 
dimensão motora que dá a condição inicial ao organismo para o desenvolvimento da 
dimensão afetiva. 
O período sensório-motor e projetivo vai até os três anos de idade. A criança 
explora o mundo físico manipulando objetos e explorando o espaço, tendo mais 
autonomia. A criança realiza um extenso e diferenciado acordo entre as percepções 
e os movimentos. Esta relação em sua forma mais simples é o ato reflexo, ou seja, a 
uma determinada excitação corresponde á um determinado movimento. Com a 
maturação neurológica, os reflexos são inibidos e a criança se torna capaz de realizar 
exercícios sensório-motores que conduzem a um duplo resultado: ligar o efeito 
perceptível aos movimentos próprios para produzi-los, e diversificar os movimentos e 
os efeitos possíveis. É projetivo porque ele usa os gastos para expressar seus 
pensamentos e se comunicar, ou seja, o ato mental projeta-se em ato motor. 
 O personalismo ocorre dos três aos seis anos de idade. É nesse estágio que 
a criança realmente se diferencia do outro, que toma consciência de sua autonomia 
em relação aos demais. Ela percebe as relações e os papeis diferentes dentro do 
universo familiar, ao mesmo tempo que se percebe como elemento fixo, como ser o 
filho mais velho ou mais novo, ser filho e irmão e assim por diante. Nessa idade, a 
criança também costuma ingressar na escola maternal, inserindo-se numa 
comunidade de crianças semelhantes a ela, onde as relações serão diferentes das 
6 
 
relações familiares. As necessidades dessa faixa etária ainda exigem cuidados do 
professor de caráter pessoal, diretos, quase como os de mãe. Nessa fase há o 
predomínio da afetividade sobre a cognição. 
A fase categorial acontece dos seis aos onze anos, idade de escolaridade 
obrigatória na maioriados países. O desenvolvimento cognitivo da criança está 
aguçado e a sua sociabilidade ampliada. A criança se vê capaz de participar de vários 
grupos com graus e classificações diferentes segundo as atividades que participa. 
Esta etapa é importante para o desenvolvimento das aptidões intelectuais e socias da 
criança. Vivenciar a necessidade de se perceber como indivíduo, e, ao mesmo tempo, 
de medir sua força em relação ao grupo social que pertence, faz desta fase um período 
critico do processo de socialização, pois segundo Wallon: “ Há tomada de consciência 
pelo individuo do grupo de que faz parte, há tomada de consciência pelo grupo da 
importância que pode ter em relação aos indivíduos.” (1975, p.215). Nesta fase há o 
predomínio da cognição. 
Puberdade e adolescência é a ultima fase da teoria de Wallon, e acontece dos 
onze aos dezesseis anos. É marcado por transformações de ordem fisiológica, 
mudanças corporais impostas pelo amadurecimento sexual, assim como 
transformações de ordem psíquica com preponderância afetiva. Nesse estágio, os 
sentimentos se alteram procurando buscar a consciência de si na figura do outro, 
contrapondo-se a ele, além de incorporar uma nova percepção temporal. O meio 
social e cultural passa a ser de grande importância. Os adolescentes tornam-se 
intolerantes em relação á regras e ao controle exercido pelos pais, e necessitam 
identificar-se com seu grupo de amigos. Na adolescência torna-se bastante visível a 
forma como o meio social condiciona a existência da pessoa, configurando-se a 
personalidade de maneiras diversas. 
Dentro teoria de Wallon sobre os estágios do desenvolvimento existem três leis 
reguladoras para a sequência dos estágios: 
1ª lei de alternância funcional, onde o movimento predominante ou é para 
dentro, para o conhecimento de si, ou para fora, para o conhecimento do mundo 
exterior. 
2ª lei de predominância funcional, onde predomina o estágio motor, afetivo ou 
cognitivo, embora continuem nutrindo-se mutualmente, e o amadurecimento de um 
interfere no do outro, sendo que aproximando as duas leis, quando a direção é para 
7 
 
si mesmo (centrípeta) o predomínio é do afetivo: quando é para o mundo exterior 
(centrifuga), o predomínio é do cognitivo. 
3ª lei de integração funcional, caracterizando está sequencia de estágios como 
uma relação hierárquica sendo os primeiros estágios mais simples evoluindo para os 
mais complexos, conforme o meio e o sistema nervoso (biológico). Com o 
desenvolvimento a pessoa torna-se capaz de responder com reações cada vez mais 
especificas em situações variadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
4. Personalismo 
 
Segundo Wallon, o estágio do desenvolvimento do personalismo da criança se 
inicia aos 3 anos, e estende-se até o 6° ano de idade da mesma. Neste período, a 
criança passa pelo processo de construção da sua própria personalidade. Com cerca 
de três anos dá-se início a imposição, a criança começa a se impor aos outros, entra 
em crise, que na maioria das vezes não tem um motivo, mas é dessa forma que ela 
busca a própria afirmação de si. 
A partir de então, ela passa a confrontar e a contradizer os que fazem parte de 
sua rotina, é uma forma de testar a sua independência. 
Em seguida entra em ação a fase da sedução, onde a criança só vai conseguir 
se admirar depois de ser admirada e de agradar aos outros, e acaba se atrapalhando 
com a falta de jeito, e com isso pode ser motivo de risadas, e tem toda atenção para 
ela, e passa a entender quando faz algo certo ou errado. 
Por fim, começa a fase da imitação, onde o indivíduo cria personagens de 
acordo com o que está acostumado a ver nas pessoas em seu dia a dia, as pessoas 
que são admiradas por ele, uma etapa que faz o uso intenso de afetividade e 
moralismo. A criança passa por essas etapas, e constrói assim, a sua própria 
individualidade, sua personalidade, baseando-se no que está ao redor dela nessa 
fase, e diferenciando-se a si própria dos outros, que toma consciência de sua 
autonomia em relação aos demais. 
Ela percebe as relações e os papéis diferentes dentro do universo familiar, ao 
mesmo tempo que se percebe como um elemento fixo, como ser o filho mais velho ou 
o mais novo, ser filho e irmão, assim por diante. O processo de formação da 
personalidade é o centro dessa fase. A criança começa a pensar por si de acordo com 
as relações que tem com o meio social, colocando novamente a afetividade num lugar 
de predominância. Podemos dizer, assim, que o personalismo se constitui como uma 
relação sólida de afeto entre a criança e o outro. Relação extremamente necessária 
nessa fase, que caracteriza a entrada da criança no meio formal de educação. Nessa 
idade, a criança também costuma ingressar na escola maternal, inserindo-se numa 
comunidade de crianças semelhantes a ela, onde as relações serão diferentes das 
9 
 
relações familiares. As necessidades dessa faixa etária ainda exigem do professor 
cuidados de caráter pessoal, diretos, quase como os de mãe. 
Observando a tirinha acima, podemos relacionar com o estágio do 
personalismo, citado por Henri Wallon aonde Calvin se coloca no papel de um 
astronauta, provavelmente é o personagem que ele mais gosta e admira, numa 
tentativa de auto- substituir o outro. De acordo com este estágio a criança também 
passa pela conquista da autonomia, desenvolvimento da sua personalidade, ela 
também assume uma postura de confronto diante do seu meio, para fortalecer 
sua postura autocentrada. Tais comportamentos são possíveis de se observar 
quando Calvin ignora de certa forma a presença da professora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
5. Considerações Finais 
 
Henri Wallon deu uma grande contribuição para a psicologia e para a educação 
ao afirmar seus estudos sobre o desenvolvimento voltado para a infância. 
Conclui- se, portanto, que para Wallon não é possível dissociar o biológico do 
social no homem sendo essa uma das características básicas da sua Teoria do 
Desenvolvimento. Ao contrário do que muitos acreditam o desenvolvimento do ser 
humano não está relacionado apenas ao cognitivo, mas para que se desenvolva a 
inteligência é necessário que haja afetividade e emoção, ou seja, a criança precisa 
dessa vivencia externa, no dia a dia, se envolvendo com as múltiplas situações de seu 
cotidiano e assim adquirindo o conhecimento que o tornará um indivíduo com a 
personalidade formada e estruturada em sua vivencia o tornando um ser único. Wallon 
(1975) diz que esse desenvolvimento é centrado na psicogênese da pessoa completa 
sem separa- lá das dimensões afetiva, cognitiva e motora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
6. Referências Bibliográficas 
 
DANTAS, Heloisa. A infância da razão: Uma introdução à psicologia da 
inteligência de Henri Wallon. São Paulo: Manole, 1990. 
<http://www.estadaomg.com.br/2016/11/estagio-personalismo-wallon.html.> acesso 
em 05 de novembro de 2019. 
WALLON, Henri. Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa, 1975.

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