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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ- UFPI DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA BÁSICA DOCENTE: DRT. HUMBERTO MEDEIROS BARRETO CURSO: FARMÁCIA PARAMYXOVÍRUS, RUBIVÍRUS E ORTOMIXOVIRUS COMPONETES: BRUNA SUELEN PEREIRA DOS SANTOS MAIARA MARQUES DE OLIVEIRA MAIARA SILVA FERNANDES MARIA CLARA FEITOSA E SILVA PARAMYXOVÍRUS– CLASSIFICAÇÃO Ordem: Mononegavirales Família: Paramyxoviridae Subfamília: Paramyxovirinae ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO Vírions de 150 mm ou mais de diâmetro Pleomórficos Nucleocapsideo – simetria helicoidal -ssRNA 6 proteínas estruturais SARAMPO– PROPRIEDADES DO VÍRUS Gênero: Morbilivírus Genoma: não segmentado Codifica as 6 proteínas estruturais Único sorotipo Replicação: Citoplasma REPLICAÇÃO VIRAL PATOGÊNESE Hospedeiros naturais: somente seres humanos Período de incubação: 10 a 14 dias Período prodrômico: 2 a 3 dias Porta de entrada: vias respiratórias Multiplicação inicial: epitélio da traquéia e brônquios Disseminação sistêmica MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre Tosse Conjuntivite Manchas de Koplik Exantema maculopapular COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS Pneumonia Broncopneumonia Otite média Cegueira Comprometimento do SNC TRANSMISSÃO Contato direto • Inalação de gotículas de saliva EPIDEMIOLOGIA Antes da imunização - Caráter cíclico - Infecção endêmica em grandes aglomerados Após imunização - Aumento da idade média de infecção - Período interepidemico maior EPIDEMIOLOGIA No Brasil 1968 – Notificação compulsória 1970 – 3 milhões de crianças acometidas 1997 – Aproximadamente 50 mil casos 1999 – Plano de erradicação do sarampo 2000 – Último caso autóctone registrado TRATAMENTO Não há utilização de antivirais Tratamento sintomático Uso de antibióticos para complicações secundárias DIAGNÓSTICO Diagnóstico Clínico Diagnóstico laboratorial – ELISA – Imunofluorescencia – IHA PREVENÇÃO Vacina tríplice viral- SRC 1° dose: 12 meses 2° dose: 15 meses CAXUMBA: PROPRIEDADES DOS VÍRUS Família: Paramyxoviridae Gênero: Rubulavirus Apresentam atividade de hemaglutinina e neuraminidase Contém seis proteínas estruturais: nucleoproteína (NP), fosfoproteína (P), e polimerase – associadas ao nucleocapsídeo; a proteína matriz (M), e a proteína de fusão (F), associadas ao envelope viral Antígenos virais : antígeno V (viral) e antígeno F (RNA) PATOGÊNESE Porta de entrada do vírus : via respiratória Período de incubação : 16 a 18 dias Disseminação: linfonodos, glândula parótida, epitélio do duto Órgãos atingidos: testículos, próstata, ovário, fígado, baço, glândula tireoide e timo TRANSMISSÃO Transmitido por contato direto É altamente contagiosa MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SÍNDROMES CLÍNICAS Assintomática Inchaço das glândulas salivares acompanhada de febre (95% dos casos) Envolvimento bilateral da glândula parótida (90% dos casos) Orquite – atrofia do testículo envolvido Oorforite (5% dos casos) Pancreatite (4% dos casos) SNC: encefalite e meningite EPIDEMIOLOGIA O homem é o único hospedeiro e reservatório natural do vírus da caxumba Na ausência da imunização, ocorre de forma endêmica, com picos de incidência no inverno e na primavera EPIDEMIOLOGIA Em populações não vacinadas, a imunização contra a caxumba é normalmente adquirida dos 5 aos 14 anos de idade 30% dos casos são infecções subclínicas Surtos ainda ocorrem mesmo em populações com altas taxas de vacinação e países desenvolvidos EPIDEMIOLOGIA O vírus da caxumba era a causa mais comum de encefalite viral nos EUA até 1975 Em populações não vacinadas é responsável por metade dos casos Meningoencefalite – mais comum em crianças de 5 a 9 anos de idade , principalmente do sexo masculino DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O ISOLAMENTO DO VÍRUS a partir da saliva, líquido cerebroespinhal e urina, é mais eficiente durante os primeiros quatro a cinco dias após o aparecimento dos sintomas Células renais de macaco são preferíveis para o isolamento do vírus A IMUNOFLUORESCÊNCIA com antissoro específico para o vírus da caxumba Efeitos citopáticos do vírus da caxumba: células gigantes e arredondadas Hemadsorção DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Diagnóstico SOROLÓGICO Reações imunoenzimáticas do tipo ELISA e neutralização ELISA detecta anticorpos IgM e IgG específicos IgM dirigida contra o vírus da caxumba: estágio inicial da doença IgM específica , em soro obtido no estágio inicial da doença: infecção recente DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Detecção de ácidos nucléico por RT-PCR Detecta sequências genômicas do vírus da caxumba em amostras clínicas Detecta vírus em muitas amostras clínicas que foram negativas para o isolamento do vírus Importante para estudos epidemiológicos IMUNIDADE A imunidade é permanente após uma única infecção Os anticorpos contra a proteína NP aparecem mais cedo Os anticorpos contra o antígeno HN surgem mais lentamente Imunidade Celular Imunidade Passiva PREVENÇÃO Vacina (SRC) – Tríplice viral Administrado aos 12 meses de idade RUBÉOLA Família: Togaviridae Gênero: Rubivirus Espécie: Rubella virus (RUBV) Vírus envelopado e pleomórfico Nucleocápside de simetria icosaédrica Genoma composto por uma única molécula de RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA) O vírus apresenta um envelope originado de membranas celulares onde se encontram as espículas glicoproteicas que são compostas dos heterodímeros E1 e E2 ambos com domínios transmembrana. 9.757 nucleotídeos e contém um cap na extremidade 5’ e poli A na extremidade 3’ Proteínas não-estruturais: nsP1 a nsP4. Apenas 1 sorotipo de vírus da rubéola COMPLEXO DE REPLICAÇÃO PATOGÊNESE RUBEÓLA AGUDA - crianças e adultos TRANSMISSÃO Gotículas de secreções de naso- ou orofaringe Contato direto com indivíduos infectados PORTA DE ENTRADA DO VÍRUS Vias respiratórias superiores Mucosa do trato respiratório superior Disseminação linfática ou viremia PATOGÊNIA PÉRIODO DE INCUBAÇÃO 7 a 9 dias Aparecimento do vírus no soro e liberação do vírus na nasofaringe e nas fezes INDIVÍDUO INFECTANTE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Erupção maculopapular – 14 a 21 dias após o início da replicação viral Linfoadenopatia Febre baixa Conjuntivite Faringite Artralgia IMUNIDADE IgM – primeira imunoglobulina IgG Anti-RV – todas as classes. PATOGÊNESE DA INFECÇÃO PATOGÊNESE RUBEÓLA CONGÊNITA Dr. Norman Gregg, 1941. TRANSMISSÃO Via transplacentária – (1ª trimestre) - Malformação congênita e aborto 2ª e 3ª trimestre – Assintomático. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Perda de audição Doenças cardíaca congênita Púrpura trombocitopênica Catarata- células picnóticas no cristalino Retinopatia Retardo psicomotor Hematomegalia Esplenomegalia Retardo do crescimento intra-uterino Apoptose celular PATOGÊNESE crianças com rubéola congênita pode eliminar o vírus pela urina e secreções naso- ou orofaríngeas podem continuar a excretar vírus por até 20 meses, sendo consideradas como fontes de transmissão do vírus. 8% 3% EPIDEMIOLOGIA O homem é o único hospedeiro natural Antes da vacinação 5 a 9 anos Após a vacinação Adultos jovens EPIDEMIOLOGIA BRASIL 1996- Lista de doenças de notificação compulsória 1997- 30 mil casos notificados 1999 - Plano de erradicação do Sarampo 2001- Aumento de casos de síndrome congênita 1998/2002- campanhas de vacinação em massa em todos os estados Introdução completa da vacina dupla ou tríplice viral no calendário básico de imunização. DIAGNÓSTICO O diagnóstico laboratorial da rubéola pós-natal e infecção congênita é feito por testes sorológicos clássicos e mais indicados para a determinação de anticorpos específicos para o vírus da rubéola. Inibição da hemaglutinação (HI) Immunoenzimático (EIA ou ELISA) Detecção de anticorpos da classe IgM Imunofluorescência (IF) DIAGNÓSTICO Aumento de título de anticorpo - Infecção recente fase convalescente e fase aguda Isolamento do vírus – confirmar infecção durante a gestação ou em neonatos. Infecção aguda, secreções nasofaringeas por 6 dias antes e 6 dias depois do aparecimento da erupção. Isolado em culturas primárias de células humanas e de macaco DIAGNÓSTICO RT-PCR reação em cadeia da polimerase associada à transcrição reversa (utiliza RNA de fita simples). Identificação do ácido núcleico viral Infecção congênita - diágnostico in utero TRATAMENTO Não há tratamento com antivirais específico para rubéola. PROFILAXIA VACINA TRÍPLICE VIRAL ( protege contra sarampo, rubéola e caxumba) 12 meses idade e reforço com 4 a 6 anos de idade. Contra-indicada em caso de gestação. Após a administração subcutânea, a vacina induz resposta de anticorpos em aproximadamente 95% dos vacinados. ± 12 anos de proteção Vacinação universal de crianças e mulheres adultas soronegativas. PROFILAXIA 3 cepas atenuadas do vírus da rubéola, utilizadas na vacinação em diferentes países: Estados Unidos - RA27/3 Europa – Cendehill Japão – To336 ORTOMIXOVÍRUS Familia: Orthomyxoviridae Gênero: -Influenzavirus A -Influenzavirus B -Influenzavirus C - Influenzavirus D -Isavirus -Thogotovirus -Quaranjavirus Caracteristicas gerais Doenças respiratórias Elevado arranjo genéticos Três tipos imunológicos -influenza tipo A: antígeno altamente variável -influenza tipo B: pode exibir alteração antigenica - influenza tipo C: antigenicamente estável Estrutura e composição Esféricas-80 a 100 nm de diâmetro Genomas do tipo A e B -RNA de fita simples de sentido negativo -em forma de oito segmentos distintos Genoma do tipo C - 7 segmentos de RNA -carece de um gene neuraminidase Estrutura e composição Nucleocapisideo viral -NP( nucleoproteina) -RNP(ribonucleoproteina) ▪responsável pela transcrição e replicação de viral ▪ligadas a 3 proteinas: pB1, pB2 e PA Proteinas da matriz(M1) Envelope lipídico Glicoproteinas -HA( hemaglutinina) - NA (neuraminidase) Estrutura e composição Reagrupamento genético Resistentes in vitro Infecciosidades destruída por -solventes lipídicos -desnaturamento protéico -formaldeido -irradiação -resistência da infeciosidade e hemoglutinação -são mais resistentes a inativação a ph alcalino do que ph ácido Estrutura e funcão da hemaglutinina Proteina HA - liga-se as partículas virais ás células suscetiveis - clivada em duas subunidades através da enzima proteases: HA1 e HA2 Alta variabilidade antigênica Estrutura e função da Neuraminidase NA possui um sitio catalitico na ápice de cada cabeça Espícula -tetrâmetro -possui uma cabeça em forma de caixa Enzima sialidase -remove o ácido sialico dos gliconjugados Impulso antigênico e mudança antigênica Alta ação antigênica das glicoproteinas HÁ e NA Impulso genético -alterações antigênica menores Mudança antigênica -alterações quimicas menores nas HÁ ou NA Os vírus influenza B e C não exigem mudança antigênica Replicação viral do virus influenza Notável entre os vírus de RNA não oncogênica Iinterrupção da sintese das proteinas da célula hospedeira cerca de 3 horas após a infecção Etapas: - fixação -ranscrição e tradução - replicação do RNA viral -maturação Patonegenese e patogenia Período de incubação:1 a 4 dias Transmissão -perdigotos -contato com mão ou superfície contaminantes Mecanismo de ação - A NA viral reduz a viscosidade da película de muco das vias respiratórias -Disseminação de líquido contendo virus para as porções inferiores do trato -Células das vias respiratórias infectadas, por fim destruídas. Manifestações clinicas Calafrios Cefaleia Tosse seca, seguidas de febre altas, dores musculares generalizadas, mal-estar e anorexia Otite média Pneumonia Sindrome de Reye Imunidade Anticorpos sericos e anticorpos com IgA secretores nas secreções nasais Anticorpos dirigido contra a HÁ Anticorpos dirigidos contra a NA O anticorpo pode modificar a evolução da doença Epidemiologia Ocorre no mundo inteiro causando surtos anuais de intensidade variada Estima-se que epidemias anuais sozonais de influenza causem 3 a 5 milhões de casos de doenças graves e 250.000 mortes no mundo A cada 10 a 40 anos ocorre pandemia quando surge um novo tipo de subtipo do virus influenza -1918: Hh1N1 -1957: H2N2 -1968: H3N2 O virus influeza tipo A pode atravessar os continentes e causar epidemias em todo o mundo Presentes no ano inteiro entre grandes centros populacionais Diagnóstico laboratorial Amostra para testes diagnósticos -té três dias após o aparecimento dos sintomas -Lavados nasais -Gargarejos -swabs de garganta Tipos de diagnóstico - Reação de cadeia polimerase: RT-PCR -Isolamento e identifição de virus -Sorologia: inibição da hemaglutinação Tratameno Cloridrato de Amantadina Rimantadina Inibidores da NA: Zanamivir e Oseltamivir Profilaxia -Vacinas -Quimioprofilaxia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMG, 2014. MURRAY, Patrick R; ROSENTHAL, Ken S,; PFALLER, Michael A. Microbiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017 ALTERTHUM, Trabulsi. Microbiologia. 6. ed. São Paulo: Atheneu, 2015
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