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CASO CONCRETO 15

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CASO CONCRETO 15 
 
Paula Oliveira, residente em Resende/RJ, foi citada para 
responder a uma ação proposta por Marcos Cavalcante, residente e 
domiciliada Nova Iguaçu/RJ, em curso perante o 1º Juizado Especial 
Cível de Nova Iguaçu, com audiência de conciliação marcada para o 
dia X/X/2017, tendo por objeto a cobrança do valor de R$ 1.600,00 (um 
mil e seiscentos reais), relativos às cotas de condomínio e contas de 
gás do imóvel em que reside, referentes aos meses de outubro à 
dezembro de 2016. 
Paula procura você, advogado, informando, ainda, que Marcos 
propôs ação idêntica a esta, perante o Juizado Especial Cível de 
Resende, com audiência marcada para a mesma semana, processo no 
qual também já foi citada e intimada. 
Paula esclarece que assinou contrato com Marcos referente ao 
imóvel em que reside, na data de 23 de setembro de 2016. 
Da cláusula n° 2 do Contrato e Compra e Venda, consta 
expresso que o imóvel objeto do contrato “está desocupado, livre e 
desembaraçado de quaisquer ônus real, pessoal ou fiscal, judicial ou 
extrajudicial, dívidas, arresto, seqüestro, penhora, impostos, taxas, 
medidas cautelares, locação, comodato, ou restrições de qualquer 
natureza...”. 
O ITBI foi pago pela Ré no dia 02/01/2017 e o contrato 
registrado no RI em 16/01/2017. 
Em 17/01/2017 Marcos recebeu o valor de R$ 178. 000,00, 
quando Paula recebeu as chaves do imóvel. 
Paula e sua mãe mudaram-se para o imóvel no dia 24/01/2017. 
A transferência da conta do gás para o nome da Ré foi feita no dia 
21/01/2017. Desde que recebeu a posse do imóvel Paula tem pago, em 
dia, todos os encargos condominiais e taxas referentes a ele. 
Não há qualquer débito, como comprova através de 
documentos. 
Vale ressaltar que o documento acostado pela autora como 
fundamento da ação é a comprovação do depósito de reserva, feito por 
Paula, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), datado de 23 de 
dezembro de 2016, no qual constam as seguintes observações: “a) O 
móvel será vendido inteiramente livre e desembaraçado de todos e 
quaisquer ônus judiciais, extrajudiciais, quite de impostos, taxas, luz, 
gás, água e IPTU. b) A posse do imóvel será dada no ato da 
apresentação do protocolo do registro de imóveis.” 
Por fim, Renata informa que a demora para a efetivação da 
compra deveu-se ao fato de que a documentação do imóvel não estava 
regularizada o que atrasou a conclusão do processo de financiamento. 
Elabore a defesa da ré, ciente de que a audiência de conciliação 
será convolada em instrução e julgamento, caso não haja acordo, e 
que sua cliente não cogita transigir, uma vez que nada deve à Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 
1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE NOVA IGUAÇU/RJ 
 
 
 
 
Paula Oliveira, já qualificado, por seu advogado, com endereço 
profissional na ( endereço completo ) onde deverá ser intimado para 
dar andamento aos auto processuais, nos autos da AÇÃO DE 
COBRANÇA, movida por proposta por Marcos Cavalcante, vem a este 
juízo, apresentar 
CONTESTAÇÃO 
 expondo e requerendo o que se segue: 
SÍNTESE DA DEMANDA 
O Autor propôs a ação em epígrafe requerendo cobrança da 
requerida cobrança no valor de R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos 
reais), relativos às cotas de condomínio e contas de gás do imóvel em 
que reside, referentes aos meses de outubro à dezembro de 2016. 
Contudo, a pretensão do Autor não possui guarida no 
ordenamento jurídico brasileiro, devendo ser julgada improcedente. 
Veja-se. 
PRELIMINAR 
DA LITISPENDÊNCIA 
A presente ação não pode prosperar, uma vez que esta 
demanda repete os requisitos de outra ação já ajuizada perante o 
Juizado Especial Cível de Resende, a qual possui as mesmas partes, o 
mesmo objeto e a mesma causa de pedir, fato que, conforme o art. 
337, §§ 1º, 2º e 3º, do CPC, induz a litispendência, como comprovado 
com os documentos acostados. 
 
De acordo com o art. 337, § 1º, do Código de Processo Civil, in 
verbis: “Verifica-se litispendência ou a coisa julgada, quando se 
reproduz ação anteriormente ajuizada”. Esclarece, ainda, o § 3º, do 
referido artigo, que há litispendência quando se repete ação que está 
em curso. Dessa forma, a presente ação merece ser extinta sem 
resolução de mérito, conforme dispõe o art. 485, inciso V, do Código de 
Processo Civil. 
 
DO MÉRITO 
 
A requerida esclarece que assinou contrato com Marcos 
referente à compra e venda do imóvel em que reside, na data de 23 de 
setembro de 2016. 
Importante ressaltar que na cláusula n° 2 do Contrato e Compra 
e Venda, consta expresso que o imóvel objeto do contrato “está 
desocupado, livre e desembaraçado de quaisquer ônus real, pessoal 
ou fiscal, judicial ou extrajudicial, dívidas, arresto, sequestro, penhora, 
impostos, taxas, medidas cautelares, locação, comodato, ou restrições 
de qualquer natureza.” 
O ITBI foi pago pela Requerida no dia 02/01/2017 e o contrato 
registrado no Registro de Imóveis em 16/01/2017. 
Em 17/01/2017 o autor recebeu o valor de R$ 178. 000,00, 
quando Paula recebeu as chaves do imóvel. 
A autora e sua genitora mudaram-se para o imóvel no dia 
24/01/2017. A transferência da conta do gás para o seu nome foi feita 
no dia 21/01/2017. Desde quando teve a posse a autora vem pagando 
todos os encargos condominiais e taxas referentes ao imóvel. 
Portanto, não há qualquer débito de responsabilidade da 
requerida, como comprova através de documentos. 
Vale ressaltar que o documento acostado pela autora como 
fundamento da ação é a comprovação do depósito de reserva, feito por 
Paula, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), datado de 23 de 
dezembro de 2016, no qual constam as seguintes observações: “a) O 
móvel será vendido inteiramente livre e desembaraçado de todos e 
quaisquer ônus judiciais, extrajudiciais, quite de impostos, taxas, luz, 
gás, água e IPTU. b) A posse do imóvel será dada no ato da 
apresentação do protocolo do registro de imóveis.” 
 
Diante do contexto ora apresentado constata-se que a requerida 
não deu causa às dívidas de condomínio cobradas pelo Autor, uma vez 
que sequer residia no imóvel no período ao qual a dívida está 
vinculada, conforme demonstram as provas juntadas pela requerida 
ao presente feito. 
 
 
 
DO DIREITO 
 
PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
a) acolhimento da preliminar de litispendência, julgando-se 
extinto o processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, V, 
do Código de Processo Civil; 
 
b) caso seja superada a preliminar suscitada, pelo mérito, requer 
seja julgado totalmente improcedente o pedido, com a consequente 
condenação do Autor em custas processuais e honorários advocatícios 
 
Dá-se à reconvenção o valor de R$ 10.000,00. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Cidade (Estado), data. 
__________________________ 
ADVOGADO 
OAB/UF n°

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