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1 VISCOSIDADE DE UM FLUIDO Fabio Augusto Da Silva Ferreira– 2018004101 Jessica Virginio Chaves - 30827 Mateus Henrique De Souza Dias - 2018008325 Renato Lopes Ribeiro Dias – 2018009055 Resumo. O experimento descrito dedica-se à obtenção da viscosidade de um fluido a partir da velocidade limite de esferas, de diferentes raios, em queda num tubo preenchido com o fluido. Isso se deu através da coleta dos valores de tempo de deslocamento das esferas na glicerina. Além disso, trabalhamos com a análise de grandezas, gráficos e instrumentos de medidas, bem como cálculo de erros, onde se observa que os valores obtidos se aproximam dos esperados. 1. INTRODUÇÃO Uma propriedade importante para a caracterização de um fluido é sua viscosidade. Tal propriedade pode ser interpretada como a resistência ao cisalhamento, sendo determinada pela força de resistência entre camadas adjacentes do fluido, quando uma camada se move em relação à outra. No experimento em questão, para encontrá- la, analisa-se o movimento de um corpo sólido em queda em um fluido. Isso é possível, pois quando o corpo se move, a camada de fluido adjacente a ele adere à superfície do mesmo, de forma que se pode observar a força de resistência ao movimento devido ao atrito do fluido. 1.1 Lei de Stokes Pela Lei de Stokes, no caso de uma esfera de raio r movendo-se com velocidade �⃗� em um fluido em um meio infinito, a força de atrito do fluido em relação ao movimento da esfera é dada pela Equação 1. 𝑭𝒂∞⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗⃗ = −𝟔𝝅𝛈𝐫�⃗⃗⃗� (𝟏), sendo η a viscosidade do fluido. Pode-se notar que tal força é oposta ao movimento, estando no sentido oposto ao da velocidade �⃗�. No caso de um meio finito, como um tubo cilíndrico de raio R, a Equação 1 é corrigida de forma a adaptar-se às dimensões do recipiente: 𝑭𝒂 = (𝟏 + 𝑪)𝑭𝒂∞ (𝟐), onde C é o fator de Landerburg, dado pela Equação 3. 𝑪 = ( 𝟗𝒓 𝟒𝑹 ) + ( 𝟗𝒓 𝟒𝑹 ) 𝟐 (𝟑) 1.2 Queda de esferas em meio viscoso Uma esfera, com velocidade inicial zero, abandonada em um fluido, está sob a atuação de três forças: força peso, o empuxo e a força de resistência ao movimento da esfera, vinda do atrito do fluido. Tais forças são dadas respectivamente por 𝐹𝑝⃗⃗ ⃗⃗ , 𝐹𝑒⃗⃗⃗⃗ 𝑒 𝐹𝑎⃗⃗ ⃗⃗ . 𝑭𝒓⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑭𝒑⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ + 𝑭𝒆⃗⃗ ⃗⃗⃗ + 𝑭𝒂⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ (4) Inicialmente, observa-se que a esfera se move através do fluido sob a ação da força resultante 𝐹𝑟⃗⃗⃗⃗ , existindo um aumento de sua velocidade. Posteriormente, com o aumento da velocidade, há um aumento da força 𝐹𝑎, de forma que, ao atingir uma velocidade chamada velocidade limite, as forças atuantes se anulam e o corpo passa a se movimentar com velocidade constante. Nessa situação, ao substituir a Equação 2 na Equação 1, obtêm-se a viscosidade η do fluido, dada pela Equação 5 𝛈 = 𝟐𝒈𝒓²(𝝆𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂 − 𝝆𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐) 𝟗𝒗𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 (𝟓) onde a velocidade corrigida é dada por: 𝒗𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 = (𝟏 + 𝑪)𝒗𝒍𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 (𝟔) e 𝜌 se refere à massa específica. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Para o experimento em questão, utilizou-se as seguintes ferramentas: • Um densímetro; • Um termômetro; • Cronômetro; • Tubo de vidro; • Glicerina; • Esferas de ferro; • Régua Graduada; 2 • Paquímetro • Precisão: 0,02 mm • Erro: ± 0,01 mm • Balança digital • Precisão: 0,1 g • Erro: ± 0,05 g 2.2 Modelo Metodológico Para determinar a viscosidade (η) da glicerina, mede-se o tempo de deslocamento de 5 esferas de raios diferentes em um trecho de um tubo com o fluido. Para determinar o trecho a se considerar, realizam-se observações sobre a posição no tubo em que as esferas possuíam velocidade constante. É verificado também como será o acionamento do cronômetro. Posteriormente mede-se a temperatura inicial do fluido e sua densidade; o diâmetro do tubo; o diâmetro de cada esfera e a massa média dessas. Ao colocar as esferas, uma por uma, no tubo mediu-se o tempo de deslocamento de cada esfera no meio e, por fim, a temperatura do fluido após o experimento. A partir de tais medições, foi possível obter a velocidade limite e calcular a velocidade corrigida das esferas no fluido. Finalmente, utilizando a Equação 5, determina-se a viscosidade da glicerina. 2.3 Obtenção dos Dados As medições descritas no item 2.2 e suas respectivas incertezas encontram-se na tabela 1 e 2. Tabela 1 – Variáveis medidas Temperatura do fluido (Inicial/Final) 24,5 º C 24,5 º C Massa Específica do fluido (1,260 ± 0,002) g/cm³ Massa média das esferas (1,04 ± 0,05) g Diâmetro do tubo (4,190 ± 0,001) cm Distância (x) percorrida (40,50 ± 0,05) cm Fonte: Autoria Própria Tabela 2 – Tempo de deslocamento das esferas Diâmetro da esfera [cm] Tempo de deslocamento [s] 1 (0,629 ± 0,001) 1,46 2 (0,630 ± 0,001) 1,43 3 (0,630 ± 0,001) 1,47 4 (0,630 ± 0,001) 1,41 5 (0,628 ± 0,001) 1,31 Fonte: Autoria Própria A partir da tabela 2 calculou-se o tempo médio de deslocamento das esferas e sua incerteza. Tabela 3- Tempo médio de deslocamento Diâmetro [cm] Tempo [s] Médio (0,629 ± 0,001) 1,42 Fonte: Autoria Própria Com o tempo médio de deslocamento e o valor do trecho percorrido pelas esferas, determinou-se a velocidade limite. Como o meio não é infinito, calculou-se a velocidade corrigida, dada pela Equação 6. Ambas velocidades estão na Tabela 4. Tabela 4 – Velocidade limite e corrigida Velocidade [m/s] Erro [m/s] Limite 0,29 0,01 Corrigida 0,42 0,02 Fonte: Autoria Própria Por fim, foi possível determinar a viscosidade da glicerina, através da Equação 5. Tais dados encontram-se na Tabela 5. Tabela 5 – Viscosidade η 0,4139 Fonte: Autoria Própria 3 2.4 Análise dos Resultados Os resultados obtidos do experimento desenvolvido mostram uma aproximação com a viscosidade pré-determinada da glicerina, mesmo com os erros nas medidas dos instrumentos e no cálculo do tempo. Tal fato denota a veracidade das equações 1,2,3,4 e 5, como também a aplicação de cada uma delas no laboratório 3. DISCUSSÃO DO MÉTODO E DOS RESULTADOS O procedimento utilizado para realização das medições referentes aos tempos que as esferas percorriam uma determinada distância é susceptível a erros devido ao fato de que as esferas estavam em movimento. Esse fato dificulta para o observador que possuía o cronômetro ter a certeza de que os limites da distância que a esfera deveria alcançar fossem atingidos. Mesmo com esses erros, os valores alcançados foram muito próximos uns dos outros e também do valor teórico. A partir das medidas experimentais dos tempos de escoamento pelo tubo é possível determinar o coeficiente de viscosidade da glicerina. A densidade absoluta ou massa volumétrica define-se como a propriedade da matéria correspondente à massa por volume, ou seja, a proporção existente entre a massa de um corpo e seu volume. Desta forma pode-se dizer que a massa volumétrica mede o grau de concentração de massa em determinado volume. A densidade relativa é a razão entre as densidades absolutas de duas substâncias. Com os dados obtidos experimentalmente, construiu-se as Tabela 2, que foi do tempo em que a esfera percorre em sua trajetória. 4. CONCLUSÕES Com os dadosdo experimento a respeito da viscosidade do fluido e os cálculos feitos, conclui-se que é possível a análise do movimento de um corpo sólido em queda no fluido em estudo possibilita determinar o coeficiente de viscosidade deste fluido, levando-se em conta a força oposta ao movimento do solido, estando no sentido oposto ao da velocidade �⃗�, como também densidade dos elementos, gravidade, força de empuxo, velocidade limite, velocidade corrigida, força resultante e as constantes. 5. REFERÊNCIAS H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 2: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor, 4a edição, Editora Edgard Blücher, 2002.
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