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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
 PROFª: Lianara Brandenburg
Acadêmico: Jean Michel de Almeida Marcioli FARMÁCIA
gametogênese masculina
Conceito de gametogênese;
Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.
Caracterizar a espermatogênese;
 
A espermatogênese é um processo no qual ocorre a formação dos gametas masculinos, ou seja, os espermatozoides. Esse processo se dá no interior das glândulas sexuais ou gônadas, que, no sexo masculino, são os testículos. Esse processo ocorre da puberdade até o fim da vida do indivíduo.
Conceituar e caracterizar a Citodiferenciação – espermiogênese;
As espermátides arredondadas são transformadas em espermatozoides através de uma série de modificações morfológicas progressivas conhecidas como espermiogênese. Estas modificações incluem condensação da cromatina nuclear, formação da cauda espermática ou aparelho flagelar, e desenvolvimento da capa acrossomal. Podem-se destacar quatro fases no processo de desenvolvimento da espermátide:
1. Na fase Golgi, ocorre a formação de grânulos dentro do aparelho de Golgi, a complexação destes com posterior aderência no envelope nuclear.
2. Na fase da capa, ocorre a difusão dos grânulos sobre o núcleo da espermátide e formação do axonema, o qual dará origem à futura cauda do espermatozoide.
3. Durante a fase do acrossoma ocorrem modificações no núcleo, acrossoma e na cauda da espermátide em desenvolvimento. Aqui ocorre um deslocamento do citoplasma para a região caudal do núcleo.
4. Na fase de maturação se dá a transformação final da espermátide alongada em células que são liberadas na luz dos túbulos seminíferos. Esta liberação das células para a luz dos túbulos é chamada espermiação.
Estrutura e função das células de Leydig;
As Células de Leydig (também designadas por Células Intersticiais) são células secretoras localizadas no tecido do testículo que rodeia os tubos seminíferos e que segregam testosterona. 
A função das células de Leydig está relacionada a sua capacidade de secretar os hormônios androgênios, tais como a androstediona e a testosterona após serem sinalizadas pelo hormônio luteinizante.
As células de Leydig são poligonais e eosinófilas. Possuem um núcleo arredondado e vesicular. Centém também vesículas lipídicas.
Possuem um abundante retículo endoplasmático liso (que leva à sua eosinofilia). Frequentemente, pigmentos de lipofuscina estruturas em forma de cristal (cristais de Reinke) são encontrados.
Citar as células de linhagem espermatogênica e classificá-las em haplóides ou diplóides;
O processo de produção de espermatozoides compreende na divisão celular por mitose e meiose, seguida pela diferenciação final das células em espermatozoides em um processo chamado espermiogênese. 
O processo tem início com as espermatogônias (diploides), situadas próximas à lâmina basal do epitélio germinativo (periferia do túbulo seminífero), que, durante a puberdade, passam por contínuas divisões mitóticas, resultando em sucessivas gerações de células. As células-filhas geradas nessas divisões podem tanto dar continuidade às divisões, mantendo-se como células-tronco de outras espermatogônias (diploides) (sendo denominadas, neste caso, espermatogônias de tipo A), quanto diferenciar-se via divisão mitótica, tornando-se espermatogônias de tipo B, que após diferenciadas, originarão os chamados espermatócitos primários (diploides) (células que entram em meiose). 
Os espermatócitos primários duplicam seu DNA e durante a anáfase da primeira divisão da meiose os cromossomos homólogos se separam, resultando em dois espermatócitos secundários (haploides). Esses espermatócitos secundários entraram na segunda divisão da meiose, originando cada um duas espermátides(haploides) (1 espermatócito primário 2n resultará em 4 espermátides n), as quais passarão por espermiogênese (metamorfose) e se tornarão espermatozoides propriamente ditos (haploides).
Estrutura e função das Células de Sertoli;
As células de Sertoli se apóiam na lâmina basal dos túbulos, unindo-se a ela por hemidesmossomos. São células alongadas, com reentrâncias onde se inserem as células germinativas. 
O núcleo das células de Sertoli é grande, de forma ovoide ou irregular e pode ser indentado. É claro, devido à cromatina frouxa, e exibe nucléolo proeminente, com heterocromatina associada.
O citoplasma possui citoesqueleto e organelas em abundância, especialmente retículo endoplasmático liso, mitocôndrias e vesículas do sistema endolisossomal. Gotículas lipídicas também são encontradas. 
Em humanos, há os cristais de Charcot-Bottcher, que medem 20m de comprimento e 1m de espessura. O tamanho e os constituintes mudam durante o ciclo espermatogênico, influenciados pelo hormônio folículo-estimulante. 
A célula de Sertoli é um exemplo de célula com especializações estruturais regionalizadas que desempenham simultaneamente várias funções. 
Elas se associam ao mesmo tempo com no mínimo quatro diferentes tipos de células germinativas, propiciando assim condições para a progressão e diferenciação destas durante a espermatogênese, com a membrana basal e com outras células de Sertoli. 
As células de Sertoli exercem papel vital na regulação da espermatogênese, portanto qualquer disfunção destas pode ocasionar alterações e ou degenerações das células germinativas e infertilidade. 
As células de Sertoli têm diversas funções como: controle da maturação e da migração das células germinativas; síntese de proteínas e esteróides estão envolvidas no controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais e, formam a barreira hemato-testicular.
Compreender a atuação dos hormônios LH e FSH na gametogênese masculina;
FSH, hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante, é produzido pela hipófise e é uma das gonadotrofinas, juntamente com o LH. Apresenta como funções: regular o desenvolvimento, o crescimento, a maturação puberal, os processos reprodutivos e a secreção de esteróides sexuais, nas gônadas.
No homem, o FSH estimula a produção de espermatozoides. O LH age no testículo favorecendo a produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.
Conceito de acrossoma, sua importância e sua formação;
O aparelho de Golgi desempenha um papel importante na formação dos espermatozoides. Estes contêm bolsas repletas de enzimas digestivas, que irão perfurar as membranas do óvulo e permitir a fecundação.
O acrossoma é uma organela localizada na região frontal da cabeça do espermatozoide, contendo enzimas essenciais à sua penetração no ovócito e à fertilização.
É uma estrutura semelhante a um capuz é derivada do complexo de Golgi. A formação do acrossoma é completada durante a maturação dos testículos. Em mamíferos placentários a acrossoma contém enzimas digestivas (incluindo a hialuronidase e a acrosina). Estas enzimas decompõem a membrana externa do ovócito, a chamada zona pelúcida, permitindo que o núcleo haplóide da célula do espermatozóide se junte ao núcleo haplóide do ovócito.
gametogênese feminina
Explique a ovulogênese; 
Também chamada de ovogênese, a ovulogênese é o processo no qual ocorre a formação dos óvulos. Esse processo tem início antes do nascimento da mulher, ou seja, durante o seu desenvolvimento embrionário, mais ou menos no terceiro mês de sua vida intrauterina.
Importância dos corpúsculos polares;
Os glóbulos polares, corpúsculos polares ou polócitos são células que se formam durante a fase maturação da ovogénese nos mamíferos, a fim de permitir a redução cromossómica característica da meiose.
Citar as interrupções que ocorrem durante as meioses femininas 
A ovogênese pode ser divididaem três etapas básicas: período de multiplicação, período de crescimento e período de maturação.
No período de maturação, inicia-se o processo de meiose, porém este não se completa e os ovócitos primários estacionam na prófase I. A meiose continuará apenas após estimulação do hormônio FSH (hormônio estimulante do folículo), que ocorre na puberdade.
O ovócito primário continua a divisão I da meiose e produz o ovócito secundário ou ovócito II (n) e o primeiro glóbulo polar ou glóbulo polar I (n). O ovócito secundário, que é a célula lançada no momento da ovulação, começa a segunda divisão da meiose, mas o processo é inibido na metáfase II. Caso não ocorra o encontro do espermatozoide com o ovócito secundário,
 ele se degenera aproximadamente um dia após sua liberação. Ocorrendo a fecundação, a meiose completa-se e é liberado o segundo glóbulo polar ou glóbulo polar II (n).
Estágios do desenvolvimento folicular (formação e características morfológicas);
O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares (folículo primário) a seguir por um epitélio estratificado (folículo secundário)  e, finalmente, por células que delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro- folículo terciário ou vesicular.
Alguns dias após a menstruação, um novo folículo será escolhido (folículo dominante), o ovócito atinge a segunda divisão meiótica, aumenta rapidamente de tamanho mediante a produção de fluido intercelular, e atinge o estágio de folículo secundário e, posteriormente, de folículo terciário (folículo de DeGraaf). A maioria dos folículos secundários e terciários regride formando folículos atrésicos.
Caracterizar morfologicamente um folículo de Graaf ou maduro;
Este folículo é bastante grande e se caracteriza pelo aparecimento de um espaço intercelular denominado de Antro, que está preenchido por líquido folicular. A camada de células foliculares que circunda o ovócito é a corona radiata. Ele é também chamado de Folículo Maduro ou Folículo Antral
Atuação dos hormônios gonadotróficos (LH e FSH) na gametogênese feminina;
O FSH (hormônio folículo estimulante), produzido pela hipófise, atua nos folículos ovarianos, incentivando (estimulando) o seu desenvolvimento. Outra função dele, é fazer com que esses folículos produzam estrogênio pelas células foliculares. O FSH é quem faz os folículos primordiais crescerem! Só que, apenas um folículo sobreviverá e vai se transformar em um folículo maduro. Posteriormente, esse folículo maduro vai se romper na superfície do ovário, liberando o ovócito para ser fecundado.
O LH (hormônio luteinizante), produzido pela hipófise, é conhecido por ser o hormônio da ovulação. Ele também é importante por induzir as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona. Além disso, o pico de LH induz o término da primeira divisão meiótica do ovócito primário.
Compreender as principais fases do ciclo uterino (fase menstrual, proliferativa, secretória e isquêmica);
Fase menstrual: é a descamação do tecido uterino. Os níveis de estrogênio e progesterona estão baixos. corresponde aos dias do ciclo em que está ocorrendo sangramento.
Fase proliferativa: depois da menstruação, o tecido uterino se reconstrói. Período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano, que se encontra em desenvolvimento.
Fase secretória: o tecido uterino produz substâncias químicas que vão ou ajudar a dar suporte para uma gravidez inicial ou preparar o tecido para se decompor e descamar se a gravidez não ocorrer. Inicia-se após a ovulação e se caracteriza pela ação da progesterona. Nessa fase, o útero está pronto para receber o embrião (é a nidação).
Fase pré-menstrual (isquêmica): período que antecede a próxima menstrual, caracterizando-se pela redução das taxas de estrógeno e progesterona, onde o endométrio deixa de receber seu suprimento sanguíneo.
Importância da síntese de progesterona;
A progesterona é um hormônio feminino produzido pelo ovário desde a puberdade, muito importante na preparação do organismo da mulher para a gestação, bem como na manutenção da gravidez.
Em um ciclo menstrual normal, a progesterona tem a função de ativar as células que revestem a parede do útero, alterar e irrigar os vasos sanguíneos do endométrio, de maneira a preparar o útero para receber o embrião.
A progesterona atua em conjunto com o estrógeno, preparando o organismo feminino para a concepção e gravidez, além de participar na regulação do ciclo menstrual.
Após a menopausa, a mulher produz apenas uma pequena fração da quantidade desse hormônio produzida ao longo da vida reprodutiva.
 A progesterona prepara a mulher para a gravidez, agindo em todo o seu corpo. Durante a gravidez, a progesterona é produzida inicialmente pelo corpo lúteo, uma estrutura que se forma depois que o óvulo é liberado no ovário, sendo posteriormente mantida pela placenta.
A progesterona ajuda a manter a gravidez, relaxa a musculatura do útero e estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias.
A deficiência desse hormônio pode levar a falhas de implantação, prejudicando a gravidez inicial ou levando a abortamentos de repetição.
Durante o ciclo menstrual normal, fora da gestação, algumas mulheres também podem apresentar alterações da menstruação, como hemorragia, dor nas mamas e tensão pré menstrual (TPM).
A maior consequência da falta de progesterona é a amenorreia (ausência de menstruação).
fertilização
Conceito de fertilização ou fecundação;
	Fecundação ou Fertilização é uma das etapas da reprodução sexuada, na qual as células sexuais ou gametas se unem originando o zigoto ou célula-ovo. O zigoto passa por muitas divisões celulares originando um embrião, que se desenvolverá formando um novo ser.
Explicar detalhadamente como ocorre a degradação da corona radiata;
	A corona radiata envolve o ovócito e é liberada com essa célula no momento da ovulação. Essa importante camada produz sinais químicos que atraem os espermatozoides, ou seja, contribui para um processo conhecido como quimiotaxia.
	No processo de fecundação, a corona radiata será a primeira camada que o espermatozoide terá que atravessar para entrar em contato com o ovócito. Após penetrar nessa camada, o espermatozoide terá que penetrar a zona pelúcida e, por fim, fundir-se à membrana da célula reprodutiva feminina. Todo o processo leva cerca de 24 horas para se completar. Ele começa com a liberação do ácido hialurônico do acrossoma e produção de enzimas pela mucosa tubária. As enzimas rompem a corona radiata (células foliculares) que envolve o oócito secundário, permitindo que o espermatócito siga adiante.
Em detalhes descrever sobre a degradação da zona Pelúcida;
	Durante a ligação com o espermatozoide, O-oligossacarídeos ligados à ZP3 interagem com os receptores de espermatozoides parecendo serem responsáveis, pelo menos em parte, pela ligação espécie-específica do espermatozoide à zona pelúcida. Entretanto, a ligação do espermatozoide à zona pelúcida é complexa e envolve tanto mecanismos dependentes quanto independentes de ZP3, assim como uma variedade de proteínas da superfície do espermatozoide. 
	A zona pelúcida induz o espermatozoide a sofrer a reação do acrossoma ou reação acrossômica no qual é mediada por um aumento na concentração de íons Ca2+ no interior do espermatozoide, através da abertura de canais de Ca2+ na sua superfície. Esse fluxo de Ca2+ é acompanhado por um ingresso de Na+ e pela saída de H+, o que gera um aumento do pH intracelular do gameta. Esta abertura dos canais seria facilitada por uma alteração no potencial de membrana produzido durante o processo de capacitação.
	A soma destes fatores leva a fusão da membrana acrossômica externa com a membrana plasmática do espermatozoide, formando-se vesículase poros, e possibilitando a liberação de enzimas para facilitar a passagem deste gameta pela zona pelúcida. Finalizada a reação, a membrana acrossômica interna passa a constituir a membrana externa da cabeça do espermatozoide, em continuidade com o resto de sua membrana plasmática. A primeira, então, é a que entra em contato com a zona pelúcida. Durante essa reação, são liberadas inúmeras enzimas, no entanto, a acrosina, que se encontra unida à membrana acrossômica interna, seria a mais importante na construção do caminho do espermatozóide através da zona pelúcida. Alguns autores sustentam que a acrosina não seria liberada ao meio e, sim, manter-se-ia unida à membrana acrossômica interna durante todo o trajeto. 
Citar a importância da Zona Pelúcida na fertilização;
	A zona pelúcida compreende um conjunto de glicoproteínas que envolvem o óvulo, formando uma verdadeira membrana vitelínica.
	Dessa forma, a função desta membrana é basicamente nutrir o óvulo durante todo o processo de desenvolvimento e maturação ovular, ao mesmo tempo em que impede a penetração de mais de um espermatozoide durante o processo de fecundação, também protegendo contra eventuais choques mecânicos.
Bloqueios da poliespermia (lento e rápido), como ocorre e principais características;
	Bloqueio rápido da poliespermia → Despolarização da membrana. É a mudança temporária do potencial elétrico da membrana do oócito. A membrana polarizada para a fecundação está em aproximadamente -70mV (lado interno negativo). Após a fusão do espermatozoide com o oócito, o potencial de membrana do ovócito fica positivo (influxo de Ca+, levando o potencial de membrana para +20mV aproximadamente). Possui duração aproximada de 1 minuto.
	Bloqueio lento da poliespermia→ Reação cortical ou reação de zona. Liberação do conteúdo dos grânulos corticais, modificando a composição química da zona pelúcida (ZP3 e ZP2), proteína de reconhecimento espécie-específica. As enzimas liberadas promovem alterações nas proteínas da zona pelúcida alterando suas conformações e impedindo o reconhecimento por outros espermatozoides. Provoca o enrijecimento da zona pelúcida e impede a penetração de outros gametas.
Onde ocorre a Fertilização;
	Normalmente a fecundação, também chamada de fertilização, ocorre nas tubas uterinas, em uma região mais dilatada chamada de ampola uterina.
clivagem
Conceito de clivagem e onde ocorre tal acontecimento;
	A clivagem é uma das etapas iniciais do desenvolvimento embrionário. Ela consiste nas primeiras divisões mitóticas, as quais ocorrem sem que aconteça o aumento do volume da célula. Assim sendo, as primeiras divisões mitóticas são atípicas, pois não há a recuperação citoplasmática e, com isso, não há aumento no volume total do embrião. Este processo normalmente acontece quando o zigoto atravessa a tuba uterina em direção ao útero.
Principais características da clivagem em humanos;
	Clivagem é o nome dado ao desenvolvimento de um organismo multicelular através de uma série de divisões mitóticas, onde o grande volume de citoplasma do embrião é dividido em numerosas pequenas células nucleadas, chamadas blastômeros.
	O zigoto é dividido inicialmente ao meio, depois em quartos, oitavos, e assim por diante. Essa divisão sem crescimento do volume citoplasmático ocorre pela ausência das fases G1 e G2 da mitose, entretanto a divisão nuclear ocorre em níveis extremamente altos.
	Há dois tipos de clivagem, a holoblástica (clivagem total) e a meroblástica (clivagem parcial), que possuem subtipos de clivagem, entre elas radial, espiral, rotacional e superficial. O tipo da clivagem está diretamente ligado a distribuição de vitelo no ovo, sendo alguns tipos o isolécito, centrolécito e telolécito.
	Os Mamíferos possuem clivagem rotacional, ou seja:
-       A primeira clivagem é uma divisão meridional normal;
-       Na segunda clivagem, um dos dois blastômeros divide-se meridionalmente enquanto o outro divide-se equatorialmente.
-       Os blastômeros não se dividem ao mesmo tempo, então, seus embriões não aumentam de número exponencialmente de 2 para 4 e de 4 para 8 células, mas sim possuí uma quantidade estranha de células. Além disso, o genoma do embrião está ativo desde as primeiras clivagens, então ele próprio produz as proteínas necessárias para as clivagens e desenvolvimento.
Descrever sobre a formação dos blastômeros (blastogênese);
	O zigoto sofre várias divisões mitóticas e resulta num aumento significativo de células As células resultantes da clivagem são embrionárias, denominadas de blastômeros, e tornam-se menores a cada divisão por clivagem que ocorre. 
	Este processo normalmente acontece quando o zigoto atravessa a tuba uterina em direção ao útero. Durante este processo o zigoto está dentro da zona pelúcida e sua divisão em blastômeros acontece cerca de 30h após sua formação. Em seguida ao estágio de 9 células, os blastômeros mudam de forma e se compactam, este fenômeno (compactação) é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento atinge o estágio de mórula. As células internas da mórula estão envoltas por uma camada celular externa. A estrutura morular começa se formar 3 dias após a fertilização e então alcança o útero. Ocorrendo isto surge no interior da mórula a cavidade blastocística, um espaço que será preenchido por um fluido. Este fluido aumenta na cavidade, separando os blastômeros em dois tipos:
- TROFOBLASTO: é uma camada celular externa delgada, que irá compor a parte embrionária da placenta.
- EMBRIOBLASTO: é um grupo de blastômeros, situado no centro da massa celular interna, que originará o embrião.
Processo de formação da mórula;
	Mórula é a massa de células resultante da clivagem do óvulo antes da formação de uma blástula. A mórula é uma fase de desenvolvimento pós-fertilização quando um óvulo fertilizado, conhecido como zigoto, transita para uma massa composta por cerca de 10 a 30 células.
	A mórula é um dos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário, ocorrendo antes do embrião ter sido implantado, mas depois de fertilizado.
	Esta fase é geralmente alcançada em cerca de quatro a cinco dias após a fertilização, e é seguida pelo desenvolvimento da blástula, um aglomerado de células em torno de uma cavidade cheia de líquido. A mórula é um importante estado de desenvolvimento e pode ser facilmente identificada em um microscópio de alta potência usado para monitorar o desenvolvimento embrionário.
Descrever sobre a passagem de mórula a blastocisto;
	
	À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes:
- Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.
- Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião.
Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas:
- Citotrofoblasto: Camada interna de células.
- Sincicitrofoblasto: Camada externa de células.
	No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.
Descrever em detalhes a estrutura do blastocisto e seus derivados;
	O blastocisto apresenta dois grupos celulares: a massa celular interna (embrioblasto), e um conjunto de células que envolve essa massa e uma cavidade, chamado de trofoblasto. O embrião se originará da massa celular interna.O trofoblasto originará o cório.
Descrever sobre a importância da permanência da zona pelúcida até o início da nidação;
Os óvulos das fêmeas são recobertos por camadas de células foliculares ovarianas (que denominamos envelope vitelínico ou zona pelúcida), que têm a função de nutrir o ovócito durante o seu desenvolvimento no folículo e são consideradas como um revestimento protetor do gameta feminino.
Explicar como ocorre a formação dos gêmeos homozigóticos e dizigóticos;
	Os gêmeos dizigóticos ou bivitelinos são originados a partir da liberação de dois ovócitos no momento da ovulação. Nesse caso, por serem gerados de ovócitos e espermatozoides diferentes, apresentam pouca semelhança genética, apenas aquela que ocorre entre outros irmãos. Por essa razão, os gêmeos dizigóticos são chamados de fraternos.
	A placenta dos gêmeos dizigóticos é separada. Todavia, algumas vezes, não é possível distingui-las facilmente em virtude da proximidade excessiva entre elas. A proximidade pode ser tão grande que a diferenciação só pode ser feita observando-se a região conhecida como zona T, onde é possível visualizar dois âmnios e dois córions. Diferentemente dos gêmeos monozigóticos, os gêmeos dizigóticos nem sempre apresentam o mesmo sexo.
	Os gêmeos monozigóticos ou univitelinos, que se caracterizam principalmente pela semelhança entre os indivíduos. Esses gêmeos são formados a partir do mesmo zigoto, ou seja, após o processo de fertilização. Em virtude dessa característica, possuem o mesmo patrimônio genético, sendo considerados, portanto, idênticos.
	Esses gêmeos obrigatoriamente são do mesmo sexo, diferentemente dos gêmeos dizigóticos. Vale destacar, no entanto, que algumas características, tais como as impressões digitais e outras características fenotípicas, não são idênticas nos gêmeos monozigóticos, pois são obtidas a partir da interação do genótipo com o meio.
	A formação dos gêmeos monozigóticos pode ocorrer no primeiro dia da fertilização ou então até 14 dias após. Em 30% dos casos, essa formação inicia-se com a separação dos blastômeros por volta do terceiro dia, quando o zigoto ainda é chamado de mórula. Nesses casos, durante o desenvolvimento, observa-se a formação de cório e âmnio individuais. Em 70% dos casos, no entanto, a formação começa mais tardiamente e verifica-se a formação de um córion e dois âmnios, quando a divisão inicia-se até o oitavo dia de fecundação, e um âmnio e um córion quando a divisão é iniciada após esse período.
Conceituar gêmeos siameses ou xifópagos;
	No processo de reprodução humana, um único zigoto pode dar origem a dois ou mais indivíduos, que terão o mesmo sexo uma aparência física idêntica: os gêmeos homozigóticos ou univitelinos. No entanto, em alguns casos raros, esses gêmeos homozigóticos podem nascer ligados um ao outro por alguma parte do corpo sendo, por isso, conhecidos como gêmeos siameses ou gêmeos unidos.
	A união de gêmeos homozigóticos é causada por alguma anormalidade na divisão celular durante a formação do embrião. Sabe-se que uma das possíveis causas é a divisão tardia do ovo, uma vez que, quanto mais cedo o ovo se divide em dois, mais perfeitos os gêmeos serão. Quando essa divisão ocorre após os 12 dias de gestação, a chance de produzir órgãos e partes do corpo compartilhadas é ainda maior.
	Os gêmeos siameses podem ser classificados em diversos tipos diferentes de acordo com a região do corpo pela qual são ligados. Os cefalópagos são unidos pela cabeça, os dicéfalos têm o corpo unido com duas cabeças separadas, os teracópagos são ligados pelo tórax, os raquípagos têm suas costas grudadas, os pigópagos são coligados pelas nádegas, entre outros tipos.

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