Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança O Desenvolvimento da Resiliência na Infância Tema 10 Profa. Nancy Capretz Resiliência - Conceito • Rutter (2000): resistência relativa aos efeitos adversos das experiências de risco, que se expressa em uma ampla variação de respostas pessoais frente a situações de estresse e adversidade. • Capacidade de recuperação que permite lidar de modo mais eficaz com os desafios. Traços Inerentes + Forças Adquiridas Crianças Resilientes • Têm propósito. • Sentem-se valorizadas. • Gostam de ser úteis aos outros. • Demonstram autocontrole. • Independentes. • Responsáveis. • Cumprem regras. • Atingem objetivos escolares. Desenvolvimento da Resiliência • Fatores internos <-> adaptação externa. • 2 anos – mais autonomia e maturidade. -> 10 anos – menos eventos estressantes e competência escolar superior. -> Adolescência – mais harmonia. -> Adulto – maior autoeficácia. • Cuidados consistentes e sustentadores. • Sistemas: adaptativos ou vulnerabilidade. Estresse • “A relação entre o indivíduo e o evento avaliado cognitivamente como excedente aos seus recursos ou ameaçados ao seu bem-estar.” (LAZARUS; FOLKMAN, 1984, p. 21) • Modificações significativas, sentimentos de sobrecarga ou tédio, incerteza, medo e perda de controle. • Mecanismos de enfrentamento. Fatores de Risco • Influências adversas ao desenvolvimento, que podem ser de natureza biológica, psicológica e/ou social, e que podem ser identificadas no indivíduo, no ambiente ou em ambos de forma combinada (KOPP; KALLER, 1989 apud LINHARES, 2004, p. 315). • No indivíduo: condição de vulnerabilidade para enfrentar tarefas evolutivas presentes no desenvolvimento. Fatores de Risco e Problemas • Desvantagem socioeconômica acentuada (pobreza). • Ambiente de criação disfuncional. • Conflito familiar e disfunção conjugal. • Saúde mental dos pais e problemas de adaptação. • Fatores orgânicos/genéticos. • Fatores ligados aos amigos. • Eventos traumáticos. Problemas de Saúde • Qualidade do ar, substâncias químicas tóxicas e outros contaminantes. – Asma. – Doenças crônicas (câncer, anemia falciforme, fibrose cística, diabetes, hemofilia e artrite reumatoide juvenil). – Falta de exercícios físicos e nutrição inadequada. – Síndrome da criança vulnerável. Desastres Naturais, Guerra, Terrorismo e Violência • Mundo perigoso, sem segurança. • Senso de si: independência, efeito sobre o mundo. • Respeito mútuo e interdependência. • Necessidade de compreensão da violência por meio da arte, de histórias e de jogos. • Elaborar a violência com segurança. • Ênfase no conteúdo violento como organizador das experiências. O Desenvolvimento da Resiliência na Infância Continuando Fatores de Proteção 1) Aspectos orgânicos. 2) Aspectos subjetivos: forma como o indivíduo vai administrar a situação vivenciada no presente. 3) Redes de apoio e amparo, parentais ou não, que possam se fazer presentes. • Condições do ambiente, econômicas, psicológicas e familiares. Recursos e Fatores de Proteção • Características da criança: temperamento, habilidades cognitivas, regulação emocional e comportamental, visão positiva de si etc. • Características da família: ambiente estável, estilo autoritativo, fé e afiliação religiosa. • Características da comunidade: segura etc. • Características culturais ou da sociedade: políticas de proteção à criança etc. Tomada de Decisões • Definir o problema (ou os objetivos). • Obter informação sobre a disponibilidade dos recursos. • Criar alternativas possíveis. • Escolher entre as alternativas e equipamentos conforme as necessidades e organizar o ambiente físico. • Executar o plano. • Discutir e avaliar a atividade. Valor do Otimismo • Evento estressante: avaliá-lo, redirecioná-lo, recontextualizá-lo, deixá-lo para trás e levar a vida adiante. • Seligman (2007): 50% temperamento herdado, 10% circunstâncias, 40% assumir controle sobre pensamentos e ações. • Mostrar exemplos (histórias de personagens que não desistem), incentivar autofala positiva e atividades de reconhecimento. Autoeficácia e Autodeterminação • Acreditar que objetivos serão atingidos. • Autoestima e autovalorização. • Treino, recompensa com o tempo. • Feedback genuíno, elogios eficazes e feedback corretivo útil -> resiliência aos 8. • Temperamentos difíceis: cuidados dos pais, estrutura previsível, limites claros, reforço e atividades para liberar energia e emoção. Competência Intelectual e Escolar • Intelecto e desempenho escolar: contra adversidade. • Resilientes: bons resultados na escola e em testes de aptidão, melhor pontuação em leitura, raciocínio e autorregulação. – Planejamento. – Engenhosidade. – Pensamento crítico. – Discernimento. Parceria com Famílias • Cuidados constantes dos responsáveis pelas crianças. • Relacionamento de qualidade entre pais e filhos. • Dinâmica familiar flexível e com comunicação. • Coesão familiar. • Apoio mútuo. • Envolvimento paterno na educação das crianças. • Práticas educativas com afeto e reciprocidade. • Trabalho em equipe, estabilidade, confiança. • Liderança compartilhada. (WALSH, 2002 apud ROOKE; PEREIRA-SILVA, 2012, p. 180) Competência Social e Resiliência • Competência social: um fator de proteção - relacionada com a capacidade para uma adaptação favorável. • Contra adversidades: interação entre características individuais e estratégias utilizadas para a adaptação ao ambiente e os recursos disponíveis no ambiente, como o apoio familiar e social. – Habilidades interpessoais. O Desenvolvimento da Resiliência na Infância Agora é a sua vez O que é resiliência? • Resistência relativa aos efeitos adversos das experiências de risco, que se expressa em uma ampla variação de respostas pessoais frente a situações de estresse e adversidade. • Capacidade de recuperação que permite lidar de modo mais eficaz com os desafios. • Traços inerentes + forças adquiridas. Como podemos entender o estresse e quais fatores podem desencadeá-lo? • “A relação entre o indivíduo e o evento avaliado cognitivamente como excedente aos seus recursos ou ameaçados ao seu bem-estar.” (LAZARUS; FOLKMAN, 1984, p. 21) • Modificações significativas, sentimentos de sobrecarga ou tédio, incerteza, medo e perda de controle. O que são fatores de risco? Cite exemplos. • Influências adversas ao desenvolvimento, que podem ser de natureza biológica, psicológica e/ou social, e que podem ser identificadas no indivíduo, no ambiente ou em ambos de forma combinada. • Pobreza; ambiente de criação disfuncional; conflito familiar e disfunção conjugal; saúde mental dos pais e problemas de adaptação; eventos traumáticos. De que forma os fatores de proteção atuam e como estão disponíveis? • Conjunto de fatores, em situações de stress, que servem como um recurso que auxilia o indivíduo a interagir com os eventos da vida e conseguir bons resultados: – Aspectos orgânicos. – Aspectos subjetivos. – Redes de apoio e amparo, parentais ou não, que possam se fazer presentes. Quais são as possíveis formas de otimização da resiliência infantil? • Acompanhamento da saúde das crianças. • Treinos que orientem as tomadas de decisões e desenvolvimento de autonomia. • Promoção de autoeficácia e otimismo. • Incentivo ao desenvolvimento de comportamentos mais positivos. • Fortalecimento de vínculos positivos e de apoio para o desenvolvimento de competências escolares. O Desenvolvimento da Resiliência na Infância Finalizando Desenvolvimento e Características Relacionadas à Resiliência • Fatores internos <-> adaptação externa. • Autonomia e maturidade -> competênciaescolar superior -> maior autoeficácia. • Cuidados consistentes e sustentadores. • Sistemas: adaptativos ou vulnerabilidade. • Propósito, valor, úteis aos outros, autocontrole, independente, responsáveis, cumprem regras, atingem objetivos escolares. Eventos Estressantes versus Fatores de Risco • “A relação entre o indivíduo e o evento avaliado cognitivamente como excedente aos seus recursos ou ameaçados ao seu bem-estar”. • Influências adversas ao desenvolvimento, que podem ser de natureza biológica, psicológica e/ou social, e que podem ser identificadas no indivíduo, no ambiente ou em ambos de forma combinada. Recursos e Fatores de Proteção • Características da criança. • Características da família. • Características da comunidade. • Características culturais ou da sociedade. – Auxiliam a interagir com os eventos da vida e conseguir bons resultados. Otimização da Resiliência Infantil - Tomada de Decisões • Definir o problema (ou objetivos). • Obter informação sobre a disponibilidade dos recursos. • Criar alternativas possíveis. • Escolher entre as alternativas e equipamentos conforme as necessidades e organizar o ambiente físico. • Executar o plano. • Discutir e avaliar a atividade. Família • Forma como enfrenta e lida com uma situação adversa - adaptações imediatas e em longo prazo. • Cuidados constantes dos responsáveis pelas crianças, relacionamento de qualidade entre pais e filhos, dinâmica familiar flexível e com comunicação, coesão familiar, apoio mútuo, envolvimento paterno na educação das crianças, práticas educativas com afeto, reciprocidade, trabalho em equipe, estabilidade, confiança e liderança compartilhada.
Compartilhar