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Forragens P3 Conservação de forragens Estacionalidade da produção forrageira: a produção de forragem em pastagens não e uniforme ao longo do ano. A Estacionalidade e consequência da disponibilidade de fatores ambientais, como Agua, Luz e Temperatura. Normalmente no brasil central pecuário : maior produção – meses quentes e chuvosos (out- mar). Menor produção – meses frios e secos (abr-set) Afeta a exigência do rebanho, assim poderia aumentar o rebanho na época de grande oferta e diminuir em épocas de pouca oferta de pastagem. Estratégia melhor que poderia ser usado seria o uso da forragem em excesso produzido na época chuvosa, para ser usado durante as épocas de seca, poderia ser feito a vedação, mas isso pode levar a perca do valor nutritivo da forrageira, outra alternativa seria a manutenção da qualidade da forragem. O sistema mais econômico para a alimentação de herbívoros, sem duvida, e a utilização direta das pastagens. Seja em rotação ou em pastejo continuo Infelizmente a produção da pastagem não e uniforme durante todo o ano Durante a época de escassez o rebanho emagrece muito por falta de alimento, Durante certa época do ano, há excedente de produção de forragens. Solução: conservação de forragens Silagem : produto ensilagem : processo silo: onde e guardado Silagem e ensilagem A produção de silagem e um dos processo mais importantes na conservação de plantas forrageiras. Processo de grande importância econômica ( para o brasil e para o mundo) Silagem: produto obtido for fermentação de forragens, contendo adequada porcentagem de umidade Ensilagem: nome dado ao processo de produção da silagem Silo: denominação do local onde é feita e armazenada a silagem A origem do processo de conservação de forragens é bastante remota. Origem da técnica: Europa. Na Europa Central folhas de videira e de gramíneas. No séc. XIX, Golfart (na França) e Rilhen (na Alemanha) armazenaram milho em fossas escavadas no solo, o material foi comprimido e coberto com terra.. Não se sabe quando a técnica foi introduzida no Brasil Meio de conservar as forragens verdes, em estado fresco, com todas a suas qualidades nutritivas isso não ocorre totalmente. Processo no qual se faz um embalsamamento de plantas. Leva em consideração a manutenção do teor de umidade Silagem processo de transformação da forragem em silagem Quando a forragem e cortada, colocada dentro de um silo e compactada, varias modificações ocrrem ate a sua transformação em silagem : respiração, fermentação, estabilização. O processo de ensilagem caracteriza-se pelas seguintes etapas: Colheita (milho, sorgo, capim... podendo algumas serem mais favoráveis do que outras). Fragmentação ou trituração das forragens( corta a planta em pedaços bem pequenos com em torno de 2cm). Transporte até o silo. Carregamento ou enchimento do silo (esse pode ser simples). Compactação da forragem (quase sempre mecânica). Vedação do silo (evitar entrada de ar ou água). Por que a silagem e tão popular? A silagem é, para muitos criadores, a forma mais barata de alimentar o rebanho durante a seca ( volumoso de boa qualidade durante a seca). É mais barato estocar milho e sorgo como silagem do que como grãos. A silagem pode ser feita de dezembro a abril, sob condições atmosféricas nas quais seria impossível produzir feno ( a chuva faz com que se perca os nutrientes). Ajuda o controle de plantas daninhas. Não há perigo de se perder com o fogo( feno tem fácil combustão, diferente da silagem devido essa ter alto efeito da umidade). É um alimento suculento, palatável, de boa aceitabilidade e ligeiramente laxativo por natureza. Requer espaço menor para armazenamento. Estrutura para armazenagem pode ser muito barata. Convertendo-se a cultura em silagem, desocupa-se a terra mais cedo. Aumenta a capacidade de suporte. Boa fonte de vitaminas e minerais. Vantagens: A silagem independe do feno, A silagem é mais palatável que o feno, Garante maior lotação (aumenta a capacidade de suporte), Silagem barateia a alimentação suplementar, A silagem é excelente fonte de energia, A melhor silagem é a de milho (excelência), Outras forrageiras também podem ser ensiladas. Desvantagens da silagem: Gastos na construção de silos e aquisição de maquinaria (quanto maior silagem para ser armazenado, maior os gasto para a produção do silo). Grande trabalho na época de encher o silo. As melhores silagens são pobres em proteína, e ricas em energia (o baixo teor de proteína auxilia na conservação quando se abaixa o Ph com a fermentacao). Gasto com a Mão de obra. As silagens em contato com o ar perdem suas características rapidamente, deteriorando-se. O descarregamento do silo deve ser muito bem efetuado para minimizar perdas. Transformações que dão origem à silagem Ensilagem não é um processo mágico que converte volumoso de má qualidade, em um alimento suculento e rico em nutrientes. Se quer uma boa silagem deve partir de uma forragem de boa ou ótima qualidade. A fermentação desejável só ocorre quando o volumoso verde ensilado for rico em carboidratos solúveis(reserva energética da planta, açúcares e sacarose). Quando cortamos uma planta, ela continua respirando, mas para de fazer fotossintese. No silo, ocorre a mesma coisa. Para evitar perdas de energia durante a respiração, evitar oxigênio, através da compactação. As plantas são capazes de converter compostos simples como íons, CO2 e água em compostos complexos como glicídios, lipídios, proteínas, vitaminas e hormônios. Esta transformação de produtos simples em complexos, através do usa da energia radiante é chamada fotossíntese e pode ser representado como: 6 CO2 + 6 H2O C6H12O6 + 6 O2 Além da fotossíntese, também ocorre a respiração que pode ser representada como o inverso da fotossíntese, ou seja: C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O + energia ( essa energia e transformada em energia térmica, sendo dificilmente dissipada). Durante a vida do vegetal, há uma tendência para a fotossíntese predominar sobre a respiração, ocorrendo, assim, o acúmulo de matéria orgânica. Processo de ensilagem corte das plantas. A fotossíntese cessa. A respiração continua até a morte das células. Respiração perda de nutrientes. As perdas são principalmente de glicídios solúveis. Pré-murchamento: perdas por respiração, assim evaporação- para perder um pouco de umidade para ser triturado, durante o processo de perca de umidade ela também perde carboidrato. As transformações químicas que ocorrem durante o processo de ensilagem podem ser divididas em dois grupos: As que ocorrem com as células das plantas ainda vivas: Respiração aeróbica, Respiração anaeróbica. As que têm início após a morte dos vegetais: Fermentação anaeróbica. Respiração aeróbica C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O + 674 cal Plantas recém-cortadas continuam respirando, consumindo carboidratos e produzindo gás carbônico, água e calor. A temperatura do silo pode chegar até a 70°C (compromete a qualidade da silagem). Quanto maior a umidade da forrageira, menor a temperatura no processo (embora a respiração ainda seja intensa)( a agua facilita a retirada de oxigênio) C6H12O6 2 CO2 + 2 C2H5OH + 25 cal O oxigênio que rodeia a forragem se esgota. Inicia-se a respiração intracelular, tendo como produto o gás carbônico e o álcool.Também ocorre elevação da temperatura (menor intensidade). A respiração (aeróbica e anaeróbica) promove a retirada do O2 do meio e a saturação do meio com CO2 ( estritamente anaeróbico). Fase intermediaria: organismos que se desenvolve meios para produção de microrganismos para viver no meio anaeróbico, alteração da microbiota. Ph se mantem na fase intermediaria e fase anaeróbica, o abaixamento do Ph vai ocorrer devido os a liberação de ácidos orgânicos, levando a morte dos microrganismos. Microrganismos na ensilagem As plantas forrageiras, ao serem ensiladas, contêm uma série de microrganismos. Alguns aeróbicos (fungos e bactérias). Outros anaeróbicos (dos gêneros Escherichia, Klebsiella, Bacillus, Clostridium, Streptococcus, Leuconostoc, Lactobacillus e Pediococcus). Somente Clostridum são anaeróbicos obrigatórios (no meio aeróbico, apenas a forma vegetativa – esporos) Bolores e leveduras também ocorrem na silagem e crescem facultativamente em meio anaeróbico. Se bem compactada, a forragem armazenada rapidamente consome todo o oxigênio existente no silo. Os microrganismos aeróbicos contribuem para a exaustão mais rápida. Quando em anaerobiose, os microrganismos aeróbicos morrem. Neste estágio começa a multiplicação dos microrganismos capazes de se desenvolver em ambiente anaeróbico. Estes microrganismos anaeróbicos vão produzir os elementos essenciais para a formação e conservação das silagens. As bactérias pertencentes ao grupo coliforme são os primeiros microrganismos a atuar, principalmente sobre o álcool produzido no meio, através da respiração anaeróbica. Os coliformes são substituídos por outras bactérias, como Leuconostoc e Streptococcus. A temperatura ótima para o desenvolvimento dos coliformes está entre 18 e 25°C e a sua ação á favorecida pela umidade. As bactérias responsáveis pela produção de ácido lático são: Lactobacillus, Streptococcus, Leuconostoc Pediococcus Os Clostridium são microrganismos indesejáveis, responsáveis pela produção de ácido butírico e pela deterioração da silagem. São capazes de converter o lactato em butirato, Atacam as proteínas, A temperatura ótima para crescimento dos Clostridium varia de 20 a 45°C. Em Ph de 4 Em resumo: A massa ensilada possui naturalmente uma abundante microbiota (bactérias, fungos e leveduras). Com o decorrer da ensilagem, há uma restrição drástica na composição original (seleção pela anaerobiose). A eliminação dos microrganismos deve-se à anaerobiose, à elevação da temperatura (início do processo) e ao abaixamento do pH (ácidos orgânicos). A principal atividade dos microrganismos ocorre após a morte dos tecidos vegetais. 1 – Fase aeróbica Esta fase normalmente leva apenas poucas horas O oxigênio atmosférico presente entre as partículas é consumido, devido à respiração das células vegetais e de microrganismos aeróbicos e aeróbicos facultativos (como leveduras e enterobactérias). Além disso, enzimas vegetais (proteases e carboidrases) são ativadas durante este processo, uma vez que o pH ainda permanece dentro donormal para as células vegetais (6,5-6,0) Fase 2 – Fase fermentativa Esta fase se inicia quando o meio na silagem se torna anaeróbico Dura de dias a semanas, dependendo das propriedades da forragem ensilada e das condições da ensilagem. Se a fermentação ocorrer satisfatoriamente, bactérias produtoras de ácido lático se desenvolvem e tornam-se predominantes Devido à produção de ácido lático (e de outros ácidos) o pH cai para ao redor de 3,8-5,0. Fase 3 – Fase de estabilização Se não ocorrer entrada de ar no silo, a silagem fica estabilizada e praticamente nada ocorre. A maioria dos microrganismos da fase 2 regride drasticamente. Alguns microrganismos tolerantes a acidez sobrevivem em um estado de quase inatividade. Apenas algumas proteases e carboidrases tolerantes a acidez e alguns microrganismos especializados (como Lactobacillus Bucheri) continuam em atividade, mas em nivek reduzidos. Fermentacao da forragem Há basicamente dois tipos de fermentação que podem ocorrer na massa ensilada:Fermentação doce ou alcoólica Fermentação ácida. Fermentação doce ou alcoólica Ocorre quando há respiração intensa na massa ensilada Grande presença de oxigênio Leveduras presentes transformam o açúcar e o amido em álcool. Exala odor característico de álcool. Possui menor digestibilidade. Não é recomendada. Principal fator que desencadeia a fermentação alcoólica: falha na compactação palatabilidade e boa digestibilidade. Boa compactação resulta em menos ar na massa e por consequência,menores perdas e menor produção de álcool Fermentação ácida Tipo de fermentação que deve ocorrer. Formação de ácidos orgânicos proveniente da fermentação microbiana dos carboidratos não estruturais. A silagem resultante é de boa palatabilidade e boa digestibilidade Boa compactação resulta em menos ar na massa e por consequência, menores perdas e menor produção de álcool. Acidificação O processo de ensilagem visa a acidificação do meio, através daformação de ácidos orgânicos Os ácidos orgânicos são formados pela atuação dos microrganismos sobre os constituintes da forragem e sobre os produtos formados durante a fermentação. Os ácidos orgânicos formados são: acético, propiônico, butírico e láctico. Ácidos acético, propiônico e butírico são facilmente volatilizados (AGV). Ácido láctico não se volatiliza com facilidade (ácido graxo não volátil) Todos os ácidos graxos se combinam para dar a acidez final, entretanto o ácido láctico é o mais importante. Ácido láctico apresenta maior constante de dissociação, sendo o ácido mais forte, responsável pelo abaixamento do pH para a faixa de 3,8 a 4,2. Outros ácidos também podem estar presentes, como o succínico, fórmico, valérico, caproico, iso-butírico, e iso-valérico. Fermentacao acida compreendendo 3 tipos de transformação, que são, em ordem de importância : fermentação láctica ( Ph final 3-4) 2 fermentacao acética ( Ph final 4-5) 3 fermentacao butirica ( Ph final 5-6) Importante saber se a silagem apresenta clostridium Acido láctico Ensilagem ideal – produção de acido láctico, o processo deve estimular pela formcacao de avido são: lactobacillus, Atreptococcus, pediococcus, leuconostoc. Acido acético Sempre presente na silagem, o alto teor dele significa que a fermentação não foi adequada. Deve-se a atuação de bactéria do grupo coliforme sobre o álcool existente no meio: etanol + O2 ácido acético + H2O. Também pode ser formado por outros microrganismos na fermentação láctica e butírica. Coliformes – temperatura ótima: 18-25°C – primeiros microrganismos a atuarem.O ácido acético conserva bem a silagem, mais concentrações acima de 0,8% são indícios de alterações indesejáveis. Acido butirico Deve-se a bactérias do gênero Clostridium, não se deve ter esse na silagem. Os Clostridium atuam sobre os açúcares residuais e sobre o lactato, produzindo ácido butírico, CO2 e H2. Clostridium proliferam em anaerobiose, temperatura entre 20 e 45°C e não resistem a pH inferior a 4,0. A produção de ácido butírico na massa ensilada é indesejável (mudanças na qualidade da silagem) O odor desagradável pode inclusive passar ao leite, Os Clostridium também secretam enzimas proteolíticas (indesejáveis). Reacoes proteolíticas Oxi-redução: formação de ácido acético, amônia e gás carbônico alanina + 2 glicina 3 ácido acético + NH3 + CO2 Deaminação: formação de ácidos graxos, amônia e gás carbônico 3 alanina 2 ácido propiônico + ácido acético + 3 NH3 + CO2 valina ácido iso-butírico + NH3 + CO2 leucina ácido iso-valérico + NH3 + CO2 Descarboxilação: formação de aminas (que podem ser tóxicas) ácido aspártico β-alanina arginina ornitina putrecina ácido glutâmico ácido γ-aminobutírico Roteiro para a produção de silagem acida Para obter uma boa silagem ácida, procura-se estimular as bactérias produtoras de ácido lático. Corte da planta no estádio vegetativo ideal. Picagem ou laceração do material a ser ensilado. Enchimento do silo. Expulsão do ar durante o carregamento do silo. Isolamento da massa ensilada à entrada de ar e água Corte da forrageira: O corte pode ser manual ou mecânico, O importante é o estádio vegetativo das plantas Picagem da forrageira: A picagem pode ser feita na “boca” do silo ou no momento do corte. Visa facilitar a compactação. Também promove um rompimento de células, facilitando a ação das bactérias. Quanto menor for o tamanho das partículas, melhor será o acamamento, facilitando a expulsão do ar, facilitando a retirada da silagem e abreviando a morte celular do material ensilado. Pedaços muito pequenos podem ser desfavoráveis aos ruminantes. O tamanho ideal das partículas deve ser de 0,5 a 2,0 cm. Pedacos pequenos auxiliam na compactação, mas diminui a efetividade da fibra. Ao picar acelera a morte das celulas. Tempo de carregamento: O carregamento do silo deve ser feito no menor tempo possível. Nunca deve-se interromper o carregamento por mais de um dia. A carregamento em um único dia também não é totalmente desejado, pois existe um acamamento natural, o que facilita a compactação. Expulsão do ar – Compactação: A massa picada deve ser distribuída por todo o silo em camadas de aproximadamente 30-40 cm e continuamente compactada. A compactação visa diminuir a quantidade de ar (controla a respiração). Com menor respiração, há menor aumento da temperatura. A compactação deve ser contínua até o momento de fechamento do silo. Compactacao deve ocorrer ate o fechamento do sino. Isolamento da massa ensilada: A vedação do silo é muito importante. A vedação evita a penetração de ar e de água. Após o fechamento, o processo se completa em aproximadamente 17-28 dias (em média, 21 dias) 1.Verifique antecipadamente equipamentos e material utilizados na confecção da silagem: Ensiladeiras, Carretas, Ferramentas, Lonas para fechamento, Limpeza do silo. 2. Verifique o estado das facas da ensiladeira: Se estiverem desgastadas, troque-as. Afie-as todos os dias durante o processo Tamanho ideal 0,5 a 2,0 cm. 3. Trabalhe com equipe de bons tratoristas e mão-de-obra treinada: O corte, o transporte, o carregamento e a compactação devem ser feitos simultaneamente 4. Fique atento ao momento certo para o corte da forrageira: O milho e o sorgo devem estar no ponto chamado de farináceo (mais maduros que o ponto leitoso) 5. Dimensione as quantidades de massa a serem ensiladas para atender um determinado número de cabeças por um determinado tempo 6. Determine o tamanho necessário do silo- Silos de superfície: a altura recomendada é de 1,5 m 7. Para uma boa compactação, planeje a largura mínima do silo de acordo com a bitola do trator. Largura mínina = 2 vezes a bitola (distancia entre os pneus, para a entrada no silo) do trator. Quando menor maior a compactação, com pneu menor. 8. Procure terminar o enchimento do silo o mais rápido possível (dentro de 5 ou 6 dias, Vedação deve ser o mais rápida possível. Quantidades muito grandes, divida em mais silos. Evite interrupções durante o processo 9. Distribua as camadas de material picado uniformemente dentro do silo, com no máximo 30-40 cm de espessura 10. Mantenha no local, à disposição, a lona que servirá para a vedação eventual no caso de chuva durante o processo 11. Após o carregamento de uma nova camada, compacte o silo de lado a lado. Em silos de superfície, apare as laterais, após cada compactação, removendo e remontando a parte mais fofa. 12. Silo trincheira: encha-o no sentido do fundo para a entrada até atingir a altura do fechamento e o máximo abaulamento possível 13. De preferência, cubra o silo com lonas sobrepostas. Cubra as lonas com uma camada de terra. Faça canaletas ao redor 14. Não permita que animais tenham acesso ao silo Se necessário, cerque a área 15. Espere no mínimo 28 dias para abrir o silo- Tempo necessário para estabilizar a silagem 16. Retire, a cada vez, uma fatia mínima de 15 cm de espessura. Use ferramentas bem afiadas 17. Ao abrir o silo, observe se há bolores (fungos), odor alcoólico (fermentação butírica) e partes escuras(aquecimento excessivo). Se houver elimine-as 18. Não repita erros anteriores Perdas da silagem As perdas que ocorrem durante o processo de silagem ocorrem tanto campo quanto no silo No campo: Perda de material: plantas inteiras ou partes da planta não são aproveitadas por deficiência do processo de colheira ou transporte. As perdas a campo podem chegar a 13% da MS – significativa. Perda nutricional: entre o momento da colheita ate a ensilagem em si, a planta perde nutrientes pela respiração ( principalmente glicídios). Neste momento também ocorre uma intensa proteólise. – necessário fazer uma colheita rápida e eficiente. Após a forragem ter sido colocada no silo, ocorrem perdas que podem ser: naturais – inerentes ao processo e não evitáveis em decorrência de um processo não adequado (intensidade variável) Perdas pela fermentação Resultantes das atividades fisiológicas e microbiológicas que transformam a massa verde em silagem. Perdas principalmente de açúcares solúveis (mas também de outros nutrientes). A atuação de bactérias heteroláticas resulta em maiores perdas que a de homoláticas ( heterolaticas – mais de uma via de fermentação, produzindo alcools e outros ácidos orgânicos- tem maior capacidade de sobrevivência, no entanto, são menos eficiente. homoláticas- apenas uma via de fermentação assim vc sabe exatamente o processo, produzindo apenas acido lático- sendo essas mais eficientes ) . A respiração aeróbica afeta principalmente as hexoses. Perdas por respiração podem ser amenizadas pela boa compactação Melhor forma de evitar essas perdas, e colher rápido ser eficiente e compactar bem Perdas pelo apodrecimento(falhas no processamento, na fase de ensilagem ou após a abertura do silo) Devido ao aumento da temperatura e aos bolores, que ocorrem na presença de ar. Perdas localizadas ( nas extremidades e bordas). Forte influencia de: teor de MS(influencia na capacidade de compactação, por quanto mais seco a silagem mais difícil de compactar), tipo de silo, compactação, se tiver a penetração de ar ou agua. Perde quantidade e qualidade, tendo que ser descartadas. Perdas pela drenagem A massa verde(aquela vinda do campo) e comprimida no silo. O excesso de umidade e ``drenado``- lixiviação. O liquido(chorume) carrega nutrientes solúveis. Estas perdas ocorrem principalmente quando: a forrageira possui mais que 70% de umidade, há penetração de agua de chuva. Quanto mais alto o silo, maiores são as perdas. Fatores a considerar: tipo de silo- perdas maiores quando não há proteção lateral e cobertura adequada. Estádio vegetativo – plantas mais maduras ( teor de MS adequado) tendem a reduzir as perdas no silo. Fracionamento da forrageira – picagem – quanto mais fracionada(menor tamanho), melhor a compactação e melhor a fermentação- menores perdas. Velocidade de enchimento- quanto mais rápido, melhor a silagem. Cobertura do silo- silagem protegida por cobertura adequada e comprimida com pesos tem perdas reduzidas. Umidade- evitar a adição de líquidos que possam provocar lixiviação. Recomendações de uso A silagem exposta ao ar deteriora-se muito rapidamente Toda silagem mofada(embolorada) deve ser descartada, presença de fungos e leveduras podem acarretar em diarreias, e pode apresentar micotoxinas Avaliacao da silagem Três são os principais parâmetros para avaliar a qualidade das silagens: concentração de ácidos orgânicos, pH, proporção de nitrogênio volátil em relação ao nitrogênio total Indicadores de uma silagem de gramínea de qualidade: pH ............................. 4,2 Ác. Lático .................. 1,5 a 2,5% Ác. Acético ............... 0,5 a 0,8% Ác. Butírico ............... < 0,1% N amoniacal ............. < 5-8% do N total Classificação da qualidade da silagem através do teor de ácido butírico e de N amoniacal De modo geral, a) O ácido láctico deve aparecer em porcentagem superior aos demais b) O ácido butírico deve aparecer em pequenas concentrações c) A presença de ácido butírico revela intensa degradação de proteínas d) Quanto maior a porcentagem de N amoniacal em relação ao N total, pior será a silagem – degradação de compostos proteicos e) Ácido acético (apesar de conservar bem o produto), quando elevado, também é indicativo de uma silagem de qualidade inferior f) O pH ideal está na faixa de 3,8 – 4,2 Densidade da silagem Depende do teor de umidade e do grau de compactação Normalmente: 400 a 700 kg/m3 Ideal: 500 a 600 kg/m3 A conservação da massa ensilada deve-se ao : anaerobiose, acidez e presença de antissépticos (álcool) A qualidade da silagem vai depender: do teor de matéria seca, teor de carboidrato solúvel ( substrato que va virar acido orgânico), poder tampão(capacidade de resistir a variação de ph), população microbiana predominante, e velocidade de fermentação. (para saber quando abrir o silo) Teor de matéria seca Ideal : 28 a 35%. Excesso e escassez de umidade podem afetar a qualidade. Agua pode afetar a qualidade vem essa da forrageira, chuva ou infiltração. Forragem muito seca ( acima de 40%)- compactação mais difícil, maior quantidade de ar residual, fase aeróbica mais longa, elevação da temperatura, maiores perda por respiração aeróbica, desenvolvimento de mofos. Forragem muito úmida – favorece a proliferação de clostridium (deixa o ambiente anaeróbico mais rapidamente com alto ph o que favorece a proliferação de clostridium), fermentação indesejada, produção de acido butiricos, degradação de proteína, maior lixiviação de nutrientes. Teor de carboidrato solúvel Os açúcares são os principais substratos utilizados pelas bactérias responsáveis pela produção de acido lático. Para uma boa silagem: a forragem deve conter açúcares em quantidade suficiente A quantidade de açúcares depende: da espécie forrageira, do estádio vegetativo, da fertilidade do solo, e das condições climáticas. Boas silagens são obtidas com forrageiras contendo mais que 8% de carboidratos solúveis ( na MS). Sorgo e milho tem entre 13 e 18% de CHO solúveis da MS. Gramíneas tropicais – entre 6 a 10 % de CHO solúveis da MS.Leguminosas: tepores muito baixos( insuficientes para a produção do acido)- para melhorar se usa aditivo, devido ela ter um bom potencial de tampão. Poder tampão Poder tampão das plantas – capacidade de resistir a variações de PH. A resistência ao abaixamento do Ph pode interferir na qualidade do produto final. Se o ph não cai, não há condições para impedir o desenvolvimento de fermentações secundarias e indesejáveis. Poder tampão das forrageiras : 68-80% são atribuídas aos anions. Plantas com alto poder tampão são mais piores para ensilar – necessitam de maior quantidade de acido lático para diminuir o Ph a nível inibitório ao desenvolvimento dos clostridium Poder tampão das proteínas: para atingir ph 4,2 – forragens com 20 % de PB necessitam de 2,5% de acido Cana de açúcar – pode ser colhida com um teor mais baixo de MS menos que 35% Tipo de bactéria predominante Durante o processo, uma abundante microbiota acompanha a forragem ( população epífita) Aeróbicas ( coliformes)- ácidos acético Clostridium- fermentação indesejável( acucares, lactatos, proteínas) Anaeróbicas homo e heterolaticas Artifícios empregados na ensilagem Quando a forrageira não for adequada para a ensilagem, pode-se lancar mao de alguns recursos para melhorar o processo: aditivos, murchamento e outros Para melhorar a ensilagem: intervenção no processo fermentativo – fontes de nutrientes, preservativos, auxiliares da acidificação, murchamento da forragem. Finalidade: fornecer condições adequadas para produção de silagem de melhore qualidade, controlar as bactérias do gênero clostridium A utilização de artifícios para melhorar o processo fermentativo acarreta: A utilização de artifícios para melhorar o processo fermentativo acarreta: Maiores gastos. Maior trabalho para homogeneizar o material. Aumento do tempo de enchimento do silo. Ácidos – perigo para os trabalhadores Aditivos Substâncias auxiliares de fermentação. Quando a forrageira for pobre em carboidratos solúveis – pode-se utilizar substâncias nutrientes auxiliares Normalmente, os aditivos são ricos em açúcares – servem como substrato para a atuação dos microrganismos produtores de ácido lático. Com o uso de aditivos, pode-se utilizar forragens mais jovens (ricas em proteínas, mas pobres em glicídios solúveis) Substancias auxiliares de fermentação Melaço de cana: rico em açúcar, facilmente utilizável pelos microrganismos, melhora a aceitabilidade, aumenta o valor energético da silagem, como e viscoso-diluir 1:1, desvantagem: aumenta a umidade, recomentacao – leguminosas – 40 a 50 kg/t e gramíneas 20 a 40 kg/t Cana de açúcar: alimento rico em açúcar, pobre em proteína, aumenta o teor de umidade, recomendação gramíneas- 20 % e leguminosas ate 50% Grãos de cereais: Ricos em amido, Bactérias produtoras de ácido lático não fermentam o amido, Aumentam o valor energético, Absorvem o excesso de umidade. Recomendação:Gramíneas – 35 kg/t, Leguminosas – 60-90 kg/t Mistura de forrageiras: Visa equilibrar o valor nutritivo da silagem e propiciar melhores condições para o desenvolvimento dos microrganismos, Forrageira rica em glicídios solúveis + forrageira rica em proteínas, Forrageira muito úmida + forrageira muito seca Soro de leite: Fonte de lactose, Pode também conter quantidades variáveis de cepas de Lactobacillus, Natural (líquido) ou seco (em pó).Recomendação: 1 a 3% de soro em pó – eleva a MS, aumenta a produção de ácido lático e melhora a digestibilidade da silagem Preservativos: Substâncias que inibem certas reações químicas no silo, Antibióticos, Bissulfito de sódio, Formaldeído. Antibióticos: Deve ter atuação específica, Não deve ser tóxico ao animal, Não deve ter ação terapêutica, Deve inibir fungos, leveduras e esporos de Clostridium sem prejudicar os microrganismos produtores de ácido lático, Estes requisitos, aliados ao custo, têm desestimulado o uso de antibióticos. Bissulfito (ou metabissulfito) de sódio: Reduz a degradação das proteínas, Diminui a palatabilidade e o consumo. Formaldeído: Reduz a hidrólise da proteína durante a fermentação, Apresenta propriedades bacteriostáticas, Normalmente é misturado com ácidos orgânicos (solução VIHER), Solução VIHER – 26% ácido fórmico (85% de pureza) + 70% formalina (37-40% formaldeído) + 4% água. Recomendação: 4,7 l VIHER/t Auxiliares da acidificação (inoculantes): A inoculação com bactérias pode favorecer a obtenção de silagens ácidas, A bactéria a ser inoculada: deve possuir alta velocidade de crescimento, deve ser homofermentativa, deve tolerar meio ácido e promover uma queda rápida do pH (ao redor de 4), não deve possuir ação sobre os ácidos orgânicos, deve ser tolerante a altas temperaturas (durante a fermentação aeróbica), deve possuir a capacidade de se desenvolver em condições de baixa umidade Auxiliares da acidificação (inoculantes) Bactérias heterofermentativas não atendem os requisitos. Das homofermentativas, os Lactobacillus são os mais indicados Acidificação direta: Ácidos orgânicos e inorgânicos. Finalidade: reduzir o pH em torno de 3,5 a 4,0. Silagens muito ácidas (com presença de ácidos fortes) podem, a longoprazo, provocar distúrbios fisiológicos. Para evitar distúrbios - usar neutralizantes (calcário ou bicarbonato). Acidificação direta Ácidos inorgânicos: Problemas de corrosão em instalações e equipamentos. Recomendação: 60-70% HCl e 30-40% H2SO4 – diluídos 5 vezes o volume em água Gramíneas: 6 l/t Leguminosas: 12 l/t. apenas pode ser oferecidas para ruminantes Acidificação direta - Ácidos orgânicos: São ácidos mais fracos que os inorgânicos. O mais utilizado é o fórmico. Recomendação: Ácido fórmico 85% - 3,3 l/t. Murchamento Algumas forrageiras têm seu melhor valor nutricional associado a um estádio vegetativo excessivamente úmido (20% MS) A remoção do excesso de água antes do processo de ensilagem é crucial: Evitar perdas por lixiviação (chorume), Formação de ácido butírico (degradação de proteínas) - Clostridium O pré-murchamento diminui a disponibilidade de íons inorgânicos (formação de sistema tampão com ácidos orgânicos) O maior benefício do pré-murchamento é a inibição de Clostridium Evitar murchamento excessivo. Quando a forragem perde muita umidade (passando de 35% MS):Dificulta a compactação, Não há eliminação total do ar, Maior aquecimento (respiração), Desenvolvimento de mofos (bolores) Outros produtos adicionados a silagem Alguns são de fundamentação técnica Sal comum: melhora a palatabilidade, acalera a plasmólise ( liberação dos sulcos celulares), normalmente 2-3% da massa ensilada. Calcário: efeito negativo dificulta o abaixamento do ph, dificulta o controle de clostridium Palhas: visa aumentar o teor de MS, valor nutritivo baixo, diminuir a qualidade nutricional da silagem. Ureia: aumenta o teor de PB, favorece fermentações indesejáveis. Alcalinizante de meio. Para equinos : restringir oferecimento de silagem, não oferecer se tiver ureia, se for artificialmente acidificada não deve-se dar a equinos. Feno e fenação Fenação processo de conservação de plantas forrageiras. Redução do excesso de umidade de 70-80% para 12-15%. O produto seco poder ser armazenado por longo tempo. O produto seco está protegido da fermentação, emboloramento e de combustão espontânea. Fenação=desidratação A planta e cortada e desidratada pelo calor ( sol), pelo vento ou por outro processo de secagem. Não a grandes perdas de nutrientes Feno- produto resultante de uma forrageira parcialmente desidratada, que contem quase a mesma composição inicial ( planta fresca). O proposito da fenecao e obter uma forragem desidratada de alta qualidade – a forragem a ser cortada deve ser de boa qualidade – a secagem deve ser feita com um mínimo de perda de nutrientes. A forragem ao ser cortada contem 70-80% de umidade ( 20-30% MS). Ao final da desidratação, contem 10-15% de umidade ( 85-90% de MS) Características desejáveis: 1.Alta relação folha:caule 2. Caules finos e macios 3. Coloração esverdeada (indicativo de menores perdas) 4. Estádio vegetativo ideal 5. Não conter substâncias estranhas (plantas daninhas, plantas tóxicas, terra, etc.) 6. Não conter bolores 7. O cheiro deve ser agradável 8. Deve ter boa aceitação pelos animais Bastante folha ajuda na perda de umidade Importante ter lugares com campos de feno Requisitos para um feno de boa qualidade: 1. Espécie forrageira adequada (cynodon, alfafa) 2. Estágio vegetativo adequado no momento do corte 3. Meio, clima e solo 4. Tecnologia empregada 5. Cuidados durante a secagem (aquecimento, chuvas, desprendimento de folhas já que as folhas são a parte mais nutritiva da planta) 6. Armazenamento Composição bromatologica e valor nutritivo – fatores do meio e potencial genético Estagio de desenvolvimento: maturidade vs. Valor nutritivo Qualidade da planta a ser fenada Estagio de desenvolvimento: florescimento marca a passagem do estagio vegetativo para o reprodutivo No inicio do florescimento a porcentagem e maior em: lamina foliar e bainha Já com sementes maduras a porcentagem e maior em: caule e inflorescência Época do ano: a composição da planta também varia de acordo com as estacoes do ano. Sendo que a relação folha caule e maior durante maio do que em julho Umidade da planta: o processo de fenação envolve a remocao de uma grande quantidade de agua. Sendo a umidade ideal para corte : gramínea – 60 a 75%, leguminosa- 70 a 75% Reações da planta ao corte O processo de secagem começa quando a planta e cortada. A taxa de secagem depende da diferença entre a pressão de vapor exercida pela agua interna próxima a superfície e a pressão de vapor do ar. Para perder umidade necessita ter um gradiente, sendo a maior perda por meio dos estômatos. A planta muitas vezes entra em equilíbrio com 35% umidade de equilíbrio do feno entre a pressão de vapor interno e externo Pressão de vapor : temperatura, concentração de subtancias dissolvidas, movimento de agua dentro dos tecidos, ventos Reações da planta ao corte : As partes da planta diferem quanto à resposta à perda de água. Folhas perdem umidade mais facilmente que os Caules. Para leguminosas, a diferença da perda de umidade entre folhas e caule é muito grande- folhas muito secas “se desprendem” - perda da parte mais nutritiva (folhas). Deixando a folha junto da planta fica mais fácil desidratar a planta Processo de desidratação O processo de secagem começa quando a planta é cortada. Quando a planta é cortada, há uma súbita interrupção da transpiração. A falta de suprimento de água pelas raízes e a contínua evaporação da superfície foliar levam ao pré-murchamento. Se o processo é estendido por mais tempo, ocorre a secagem e morte das células. Durante a secagem, ainda há alguma atividade enzimática, o que resulta em perda de nutrientes. Quanto mais rapidamente ocorrer a secagem, menores serão as perdas O período de secagem pode ser dividido em três fases, que diferem quanto: a duração, a taxa de perda de agua, a resistência a desidratação Fase 1: e rapida, intensa perda de agua, os estômatos ainda permanecem abertos, a perda pode chegar a 1 g/g MS/h Fase 2: fechamento dos estômatos ( inicia com 65 a 70% umidade), aumenta a resistência a desidratação, a perda de agua acontece via evaporação cuticular ( estrutura da planta e muito importante) Fase 3: em função da plasmólise, a membrana celular perde a permeabilidade seletiva, rapida perda de agua, inicia-se com cerca de 45% de umidade, velocidade de secagem depende mais das condições ambientais. Fatores que interferem na desidratação Fatores ambientais : radiação solar, temperatura, umidade do ar, velocidade do vento Fatores inerentes a planta: cerosidade da cutícula, teor de umidade inicial, estrutura da planta ( espessura das folhas e dos caules, relação folha:caule, espessura da cutícula, densidade de estômatos) Fatores de manejo: tipo de corte, manejo de forragem no campo Com controle a taxa de desidratação a porcentagem de umidade e maior, durante a noite ela pode se rehidratar Condicionadores químicos: Visam manter os estômatos abertos por mais tempo. Fusicoccina (toxina fúngica), Quinetina, Azida sódica Visam reduzir a resistência cuticular: Carbonato de K ou de Na, Herbicidas dissecantes (dinoseb, endothal, diquat) As perdas de folhas causadas pelo uso de ancinhos(maquina de arraste) variam de 1-3% para gramíneas, podendo chegar a 35% para leguminosas. O papel da superfície foliar Cerca de 5-10% da perda da agua se da através da cutícula. A maior parte dessa perda se deve através dos estômatos – através da superfície úmida do mesofilo na cavidade sub-estomatal. Se o ar próximo a folha não esta saturando com umidade, o vapor de agua se difundira através dos estômatos. Fatores que determinam a taxa de perda de agua : disponibilidade de agua na superfície das celular, abertura dos estômatos, forca de evaporação no ar. ESTÔMATOS A maioria das informações disponíveis sobre os mecanismos de abertura dos estômatos se refere a plantas intactas. Os estômatos estão abertos se as células guardas estiverem túrgidas Turgescência depende: Solutos orgânicos (produzidos pela fotossíntese), Íons, Suprimento Processo de fenação O objetivo da fenação é desidratar parcialmente a planta forrageira, para que possa ser armazenada por longos períodos sem perigo de fermentação ou apodrecimento A fenação é realizada por três fases disitintas: Corte ou ceifa, Secagem, desidratação ou cura, Armazenamento O tempo gasto para realizar as duas primeiras fases é bastante variável, dependendo principalmente das condições climáticas CORTE ou CEIFA Idade ideal para o corte. O processo de desidratação se inicia com o corte da forrageira. Antes de iniciar o processo, é muito importante consultar os serviços de previsão meteorológica. O corte deve ser feito de preferência no período da manhã. Cortar próximo ao solofacilita as operações Orvalho O orvalho evapora mais rapidamente na planta em pé do que na Cortada. No entanto, o tempo necessário para o orvalho secar é primordial. Na prática, corta-se ainda com orvalho, pois ao mesmo horário (meio-dia, por exemplo), a planta cortada com orvalho está mais seca que aquela que foi cortada após o orvalho evaporar CORTE ou CEIFA O corte pode ser manual ou mecânico Ferramentas e implementos: Alfange – quantidade pequena (corte manual). Segadora – máquina que corta a forragem (corte nivelado)- Segadora costal, Segadora acoplada ao trator, Segadora condicionadora. Roçadora – também podem ser utilizadas para o corte. SECAGEM,DESIDRATAÇÃO ou CURA Para a conservação dos princípios nutritivos, esta fase é considerada a mais importante no processo de fenação. Para não ter problemas com aquecimento e apodrecimento, o teor de umidade deve ser inferior a 25% (granel) ou 12-15% (enfardado). Quanto mais rápida for a secagem menores serão as perdas e os riscos de perdas. A secagem começa quando a planta é cortada e depende da diferença entre a pressão de vapor interna e externa A secagem pode ser feita por diversos processos: Fenação ou secagem a campo, Secagem à sombra, Desidratação artificial FENAÇÃO A CAMPO Energia solar e ventos. O Sol é o fator ambiental mais importante:produz calor para a secagem do material, mas pode destruir carotenoides e tocoferóis. A velocidade de desidratação pode ser acelerada nas etapas iniciais se a planta for submetida a tratamentos mecânicos capazes de afofar e virar a forrageira ceifada entrada de ar, vento e raios solares Como a secagem deve ser uniforme, a forragem deve ser “virada” de tempo em tempo. A viragem também é necessária para que a parte superior da camada ceifada não desidrate demasiadamente, enquanto a inferior permanece úmida. A viragem se inicia 2 a 3 horas após o corte. Viragem manual ou mecânica O feno deve ser esparramado durante as horas mais quentes do dia e juntando no período da noite quando a umidade aumenta. O processo de esparramar leiras de feno é executado pelos ancinhos. No final do processo, as viragens devem ser reduzidas (principalmente para leguminosas) ENLEIRAMENTO: À noite, Numa eventual chuva imprevista, Leguminosas acabam o processo de desidratação enleiradas (evitar perdas de folhas – enleiramento com 55% MS) FENAÇÃO À SOMBRA A forragem é cortada, recolhida e colocada em locais cobertos, onde pelo calor e pela circulação de ar a planta é desidratada Tempo de secagem é maior Perdas de folhas é menor Pode-se fazer uma pré-secagem a campo e finalizar a cura à sombra FENAÇÃO À SOMBRA A forragem é cortada, recolhida e colocada em locais cobertos, onde pelo calor e pela circulação de ar a planta é desidratada. Tempo de secagem é maior. Perdas de folhas é menor. Pode-se fazer uma pré-secagem a campo e finalizar a cura à sombra DESIDRATAÇÃO ARTIFICIAL A forragem é cortada, picada e lançada em um secador. Secadores a ar quente: Fornalha, Combustor a óleo, A temperatura pode ser bastante alta, mas o tempo de exposição é pequeno. Perdas mínimas. Armazenamento pode ser feito no campo, a granel e enfardado Armazenamento em fardos Vantagem: redução do volume ( ocupa cerca de 40% do volume a granel). Facilita: armazenamento, transporte, manuseio, distribuição aos animais. Fardos de diferentes formatos ( depende da enfardadora). Qualidade geral do feno nao há sistema oficial de classificação nacional Indicativos de qualidade do feno: composição química, digestibilidade, composição botânica, pureza, espessura de caule, teor de umidade. O feno de boa qualidade e aquele que provem de uma forrageira de boa qualidade, cortada no momento adequado, que passou por secagem bem feita, rápida e sem ocorrência de chuvas. Quanto mais folhas melhor a qualidade. Para leguminosas leva em consideração a composição química, tendo que ter acima de 22,5 de PB para ser de alta qualidade, maior o teor de fibra pior e a qualidade do feno Perdas na fenação Todo processo de conservação de forragens implica em perdas – físicas e nutricionais. A condução técnica adequada visa minimizar estas perdas Perdas durante a secagem No campo a forragem sofre alterações acentuadas – composição química, atividade fisiológica. As perdas de nutrientes de iniciam imediatamente após o corte. Respiração e oxidação são inevitáveis. Remocao rapida de agua – diminuição das perdas Perdas durante a secagem Perdas produtivas: perdas no corte devido a altura ( resíduo), perdas de folhas em decorrência de operações em excesso, perdas por deficiência no recolhimento. Perdas durante a secagem Perdas nutricionais: respiração celular, fermentação, lixiviação, decomposição de composto nitrogenados, oxidação de vitaminas. Fermentação: se o tempo de secagem for prolongado, pode ocorrer fermentações indesejáveis Chuvas A ocorrência de chuvas pode acarretar perdas inevitáveis. A perda em decorrência das chuvas pode representar mais que 30 % da MS produzida. A maior parte da perda e consequência da lixiviação de compostos solúveis ( altamente digestíveis). Perdas por lixiviação dependem do(a): volume da chuva, duração da chuva, intensidade da chuva. A ocorrência de chuvas pode afetar a taxa de secagem e a qualidade dos fenos de diferentes formas: prolongamento da vida das células vegetais, lixiviação de compostos solúveis, perdas indiretas de folhas ( maior necessidade de manuseio), ambiente adequado a fermentação Maiores perdas com chuva: quando ocorre no final da secagem células mortas e membranas sem permeabilidade diferencial, forragem condicionada(esmagamento do material, principalmente o caules para facilitar a desidratação), forragem susceptível a perda de folha mais operações maiores perdas PERDAS DE CARBOIDRATOS SOLÚVEIS Respiração e Fermentação. CHO solúveis têm alta digestibilidade. Perda de CHO solúveis perda acentuada de qualidade. Frutose, sacarose, frutosanas. Quando há perdas de CHO solúveis, proporcionalmente, há aumento de PB, FDN, FDA, LDA Compostos nitrogenados Durante a secagem – perdas pequenas. Na presença de umidade, o desdobramento de proteínas é muito rápido. Proteína formas mais simples (NNP) solúveis. Perdas de compostos nitrogenados é menor que de CHO solúveis No início do processo, proteases vegetais estão ativas. Teores de Ntotal solúvel aumentam e de Nproteico diminuem. O perfil aminoacídico também é alterado. Alguns aminoácidos são degradados mais facilmente glicina, serina, treonina, alanina, tirosina, valina, metionina, leucina, isoleucina prolina, glutamina, aspargina Para ruminantes não há grande perdas de valor nutritivo aproveitamento de diversas formas de N. Em media, 2,5% do N e perdido. A digestibilidade da proteína e afetada com : aumento da temperatura, interferência de microrganismos ( fermentação) Vitaminas A secagem ao sol diminui os teores de vitaminas A, C e E aumenta a oxidação. Todavia, vitamina D aumenta. Vitamina D aumenta. Vitamina D – praticamente ausente em forragem verdes. Fitoesteroides em presenca de luz são transformadas em vit. D aumenta a atividade antirraquítica. Aumenta a radicao UV com isso aumenta atividade antirraquítica Minerais Chuvas e perdas mecânicas podem acarretar em perdas principalmente de K, mas também de Ca e P. Compostos indesejáveis A secagem promove a diminuição na concentração de diversos compostos antinutricionais (glicosídeos cianogênicos, taninos, etc.). A desidratação e a radiação solar desnaturam as enzimas que liberam a cianida e volatilizam o ácido cianídrico. Cumesterol (fitoestrógeno presente na alfafa) – ciclo estral – fenação diminui a concentração. Alfafa verde alto teor de proteína solúvel timpanismo(diminui a motilidade do rumen) fenação diminui a concentração Perdas gerais do valor nutritivo A lixiviação pode remover 20-40% da MS, 30% do P, 65% do K e 20% da proteína Sempre há perda de qualidade nutritiva no feno se comparado à forragem verde. A chuva é um dos fatores que mais contribui para reduzir a qualidade PERDAS NO ARMAZENAMENTO As principais causas de perdas de MS no armazenamento estão relacionadas ao teor de umidade com que o feno foi recolhido. Se há umidade suficiente: a respiração continua há condições para o desenvolvimento microbiano (bactérias, fungos e leveduras). A intensa atividade microbiana promove o aumento da temperatura. Pode-se atingir valores superiores a 65°C ou até combustão espontânea Temperaturas elevadas são favoráveis a ocorrência de reações não enzimáticas entre caboidratos solúveis e grupos aminas dos aminoácidos - produtos de reação de Maillard A formação destes produtos promove uma diminuição acentuada da digestibilidade da proteína (aumenta os teores de NIDA) Mudanças de cor evidenciam a ação microbiana: verde → marrom. Há uma população epífita natural que é alterada durante o processo de fenação. Fungos de campo: Alternaria, Fusarium, Cladosporum Fenos armazenados com mais que 15% de umidade tendem a sofrer ação microbiana, acarretando em calor. Fungos de armazenamento são xerotolerantes e termotolerantes: Aspergillus, Absidia, Rhizopus, Paecilomyces, Penicillium, Emiricella, Eurotium e Humicola Fungos : além de alterações na composição química, o desenvolvimento de fungos pode ser prejucial a saude dos animais e das pessoas que manuseiam estes fenos. Micotoxinas ( fungos patogênicos – Aspergillus glaucis e A. fumigatus). Esporos – febre do feno ( doença respiratória em humanos). Nos animais, podem ocorrer doenças respiratórias e digestivas. Equinos – cólicas, doenças respiratórias obstrutivas crônicas. Bovinos – casos raros de abortos micóticos e aspergilose. Aditivos- controle do desenvolvimento de microrganismos. Principais: diacetato de sódio, urea, acido propionico . tipo de acao : diminuição da disponibilidade de agua e oxigênio, alteração de Ph, inibição do crescimento microbiano. Outras perdas no armazenamento Se o feno armazenado estiver bem seco, as perdas de armazenamento durante os primeiros 6 meses serão pequenas, as maiores perdas são no inicio . Se o feno armazenado estiver com umidade excessiva, podem ocorrer perdas enormes. A temperatura no interior do fardo ou do monte de feno e indicativo < 40 – perdas mínimas, 50-60 perdas no valor nutritivo, 65-80 bacterias são inativadas/mortas – oxidação continuam, 79-85 combustão expontanea Espécies forrageiras para fenação Em tese, toda forrageira poderia ser fenada, o processo de fenação e dispendioso, o retorno do investimento deve ser considerado. A qualidade do produto final ( feno) não e superior a da planta inicial ( forrageira). Características desejáveis em uma forrageira para fenação: alto potencial de produção, elevado valor nutritivo- leguminosas são mais ricas em proteínas, sais minerais e vitaminas. Facilidade para o corte. Capacidade de recuperação após o corte – capacidade de rebrota- recuperação mais rapida. Facilidade para deidratacao – folhas > caules finos e tenros > caules grossos e lignificados. Varias gramíneas e leguminosas podem ser fenadas. Pode-se aproveitar as sobras das pastagens ou capineiras, ou ainda áreas cultivadas exclusivamente para esta finalidade. Para uma desidratação mais rapida e uniforme: maior proporção folhas: caules, caules finos, condicionamento da planta ceifada. Princiapis gramineias para fenação Características indicadas: crescimento vigoroso, habito de crescimento adequado, facilidade de corte, produzir pouca macega, caules finos e tenros, homogeneidade de florescimento, rebrota virgorosa. Principais cynodon: estrelas, coastcross, tifton, jiggs Cynodon: origem africa ocidental e do sul, perene, prostrado ( estoloníferos), agressiva ( colonizadora). Uso: pastejo e feno, multiplicação : vegetativa (colmos ou estolões) – baixa viabilidade de sementes. Consorciação: centrosema e estilosante, valor nutritivo :alto, produção : 10 – 15 t/há
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