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TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS

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TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS
WILLIAM NASCIMENTO SILVA
Graduando do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; estagiário da Fundação 
Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro-FIPERJ. Willian_pok@hotmail.com
MARIANNA SEVERO DE SOUZA
Graduanda do curso de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, Brasil, estagiária da Fundação 
Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro-FIPERJ. Marianna.sev@hotmail.com
ELAINE DA CONCEIÇÃO PINTO DE OLIVEIRA
Analista de Recursos Pesqueiros da Fundação Instituto de Pesca do Estado do 
Rio de Janeiro, Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. elainep2000@bol.com.br
MARCELO MAIA PEREIRA
Pesquisador da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro, Rio das Flores, 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mmaiap2001@yahoo.com.br
JOSÉ TEIXEIRA DE SEIXAS FILHO
Pesquisador da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro ; docente do 
Centro Universitário Augusto Motta. Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. jseixas4@gmail.com 
SILVIA CONCEIÇÃO REIS PEREIRA MELLO
Pesquisadora da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro – Guaratiba; docente do 
Centro Universitário Augusto Motta, Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. silviaqua@uol.com.br
RESUMO
 As estratégias reprodutivas em anfíbios anuros 
derivam de uma combinação de atributos morfológi-
cos, fisiológicos e comportamentais, adaptados a certas 
condições ambientais. Para uso da técnica de fertili-
zação artificial, os reprodutores e matrizes são man-
tidos em instalações com controle da temperatura e 
do fotoperíodo. Dentre as espécies de anfíbios anuros, 
a mais estudada é a Lithobates catesbeianus (Shaw, 
1802), popularmente conhecida como rã-touro (Bull-
frog). O estudo foi realizado em fevereiro de 2016, no 
Laboratório de Pesquisa em Ranicultura da Estação 
Experimental de Aquicultura Almirante Paulo Morei-
ra da Fiperj, localizado na cidade do Rio de Janeiro. 
Foram selecionados oito machos e três fêmeas, os ani-
mais foram separados em três grupos. Para indução à 
espermiação e ovulação foi utilizado produto a base 
de acetato de buserelina (Análogo sintético do GnRH). 
Os reprodutores (machos) de rã-touro receberam uma 
aplicação de 0,1mL na cavidade celomática uma hora 
antes da coleta do sêmen, já as fêmeas receberam duas 
Revista Semioses, V 11, n.02, 2017
ARTIFICIAL FERTILIZATION TECHNIQUE FOR ANURAN AMPHIBIANS
https://doi.org/10.15202/1981996x.2017v12n2p40
doses de 1 mL com intervalo de 12 horas entre uma 
aplicação e outra. O manejo da extração dos óvulos foi 
realizado segurando a fêmea pelas patas posteriores 
e comprimindo levemente o ventre, os óvulos foram 
coletados em um recipiente, seco e limpo. O esperma 
diluído foi vertido sobre os óvulos, agitando-se a mis-
tura por, aproximadamente, dois minutos. Os ovos fe-
cundados foram misturados com água até a completa 
hidratação. A fertilização artificial é uma técnica que 
pode ser utilizada com sucesso em programas de me-
lhoramento genético de anfíbios, reprodução para re-
povoamento, assim como em ranários comerciais.
 
 Palavras-chave: Lithobates catesbeianus. 
Fertilização artificial. GnRH. Reprodução.
ABSTRACT
 The reproductive strategies in anuran am-
phibians derive from a combination of morphologi-
Revista Semioses, V 11, n.02, 2017
cal, physiological and behavioral attributes adapted to 
certain environmental conditions. For use of the artifi-
cial fertilization technique, the males and females are 
kept in facilities with temperature and photoperiod un-
der control. Among the species of anuran amphibians, 
the most studied is Lithobates catesbeianus (Shaw, 
1802), popularly known as bullfrog. The study was 
conducted in February 2016 at Research Laboratory in 
Admiral Paulo Moreira Aquaculture Station of the Fi-
perj, located in the city of Rio de Janeiro. Eight males 
and three females were selected, the animals were se-
parated into three groups. For induction to spermiation 
and ovulation, a product based on buserelin acetate 
(synthetic GnRH analogue) was used. Bull frog males 
were given 0.1 mL application in the Peritoneal cavity 
one hour before semen collection, while the females 
received two doses of 1 mL with 12-hour interval be-
tween one application and another. The management 
of egg extraction was performed by holding the female 
by the hind legs and lightly compressing the belly, the 
eggs were collected in a clean and dry container. The 
diluted sperm was poured onto the ovules, the mixtu-
re being stirred for approximately two minutes. The 
fertilized eggs were mixed with water until complete 
hydration. Artificial fertilization is a technique that can 
be successfully used in amphibian breeding programs, 
reproduction for restocking, as well as in commercial 
frog farms.
 Key words: Lithobates catesbeianus. Artifi-
cial fertilization. GnRH. Reproduction
1 INTRODUÇÃO
 
 Como todo animal presente naturalmente em 
um ambiente, os anfíbios desempenham um papel fun-
damental no funcionamento do mesmo, e se por algu-
ma eventualidade deixarem de existir, sérias complica-
ções poderão ocorrer. De acordo com as observações 
de Hayes et al. (2010) os anfíbios estão em declínio 
no mundo todo, provavelmente por um sinergismo de 
fatores. A taxa de declínio dos anfíbios é de no mínimo 
211 vezes maior do que a predita pelo registro fóssil 
(MCCALLUM, 2007) e infere-se que a degradação 
ambiental causada pelo homem é o fator que mais tem 
incrementado as taxas de declínio e extinção destes 
animais. Sendo assim, Wake e Vredenburg (2008) res-
saltaram que estamos entrando na sexta onda de extin-
ção em massa dos anfíbios. As cinco anteriores foram 
naturais e esta sexta é, provavelmente, acelerada pe-
los impactos causados pela sociedade (MCCALLUM, 
2007). Declínios catastróficos são ainda mais preocu-
pantes quando ocorrem nas regiões de alta riqueza e 
endemismo de espécies do planeta. Este é justamente o 
caso do Brasil, detentor absoluto do maior número de 
espécies, abrigando aproximadamente 17% da diversi-
dade global, e o maior número de espécies endêmicas 
do mundo (FROST, 2010; SBH, 2016). Esta riqueza 
ainda está em constante ascensão e deve aumentar sig-
nificativamente nos próximos anos, por meio de des-
crições de novas espécies e rearranjos taxonômicos 
(ARAÚJO et al. 2009). 
 O desaparecimento dos anfíbios pode trazer 
diversos problemas, como por exemplo, o fato de que 
os anfíbios se alimentam fundamentalmente de insetos 
e consomem uma quantidade massiva destes organis-
mos por ano. A remoção dos anfíbios em um ambiente 
deve, portanto, acarretar em desequilíbrio ecológico, 
gerando surtos de pragas agrícolas. Esta situação já 
foi registrada na Índia, gerando a necessidade de uso 
extensivo de inseticidas, causando prejuízos ao agro-
negócio e aumentando a poluição ambiental (OZA, 
1990). 
 Um grande número de pessoas vem buscando 
cada vez mais produtos orgânicos, que somente podem 
ser produzidos com auxílio de controle biológico e, os 
anfíbios, participam ativa e diretamente desse contro-
le. Nos corpos d’água a incidência da eutrofização tem 
aumentado e os anfíbios anuros na fase larval (girinos) 
se alimentam de algas e a extirpação destas larvas dos 
ambientes aquáticos, contribuirá para elevar à eutro-
fização de rios e principalmente de reservatórios de 
água. Isto pode prejudicar o abastecimento de água 
potável para a população, além de encarecer o valor 
do seu tratamento para o consumo humano (TOLEDO 
et al, 2010). Outra ocorrência esperada é o aumento de 
patologias, pelo fato dos anfíbios, em muitas situações, 
corresponderem à maior biomassa de vertebrados ter-
restres em um ambiente, constituindo a base da dieta de 
diversos organismos terrestres e aquáticos. Ademais,se alimentam de uma grande quantidade de invertebra-
dos, proporcionando seu controle. Logo, a extinção ou 
declínio dos anfíbios de um ambiente, deverá acarre-
tar desequilíbrios em diversos níveis tróficos, prejudi-
cando o ecossistema como um todo. Um dos possíveis 
efeitos é o aumento de epidemias de doenças trans-
mitidas por insetos vetores (RAGHAVENDRA et al. 
2008), também poderá acarretar impactos na indústria 
farmacêutica visto que os anfíbios produzem uma mi-
ríade de substâncias por suas glândulas cutâneas, para 
defesa contra predadores, contra micro-organismos 
e patógenos, ou mesmo para permitir trocas gasosas 
adequadas (já que boa parte da respiração é cutânea). 
Muitos destes compostos químicos estão sendo utiliza-
dos para produção de fármacos no Brasil e no mundo 
(CAMARGO 2005; PUKALA et al. 2006).
42
TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS
nas em ambientes úmidos (DUELLMAN, 1989).
 Dentre todas as espécies de anfíbios anuros, a 
espécie abordada mais profundamente é a Lithobates 
catesbeianus (Shaw, 1802), popularmente conhecida 
como rã-touro (Bullfrog), assim denominada porque o 
macho na época da reprodução emite um som potente, 
o coaxar, muito parecido com mugido de boi (FERREI-
RA et al, 2002; IFSC, 2016). Em relação às fêmeas, um 
aspecto reprodutivo interessante é que quando adultas, 
permanecem maduras durante o ano todo (COSTA, 
1991), todavia, o processo de maturação final e ovu-
lação somente é desencadeado por estímulos ambien-
tais, como as chuvas e o aumento da temperatura logo 
após o final do inverno (AGOSTINHO et al, 2000), 
contudo, para que a temperatura tenha efeito sobre a 
reprodução há necessidade de que as rãs estejam sen-
sitivas, o que depende de um ritmo circadiano endó-
geno (BEATTIE, 1985). A luz não tem seu papel bem 
definido para os anuros (SALTHE; MECHAM, 1974), 
entretanto, sabe-se que os anfíbios mantidos em labo-
ratórios ajustam seus estados fisiológicos às condições 
de luz oferecidas (EASLEY et al., 1979). A temperatu-
ra e o fotoperíodo controlados artificialmente afetam o 
desenvolvimento dos órgãos reprodutivos das fêmeas 
de rã-touro e um fotoperíodo de 12/12 (L/E) evita a 
regressão dos ovários (FIGUEIREDO et al., 2001). 
3 FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS 
ANUROS
 
 Para garantir a reprodução nos sistemas de 
produção, pesquisas em melhoramento genético e pro-
jetos de repovoamento existem técnicas de reprodução 
artificial ou induzida, esses métodos podem ser reali-
zados em laboratório, onde os reprodutores e matrizes 
são mantidos em instalações com controle da tempera-
tura e fotoperíodo. Com esse controle, os fatores abió-
ticos se assemelhem ao natural. Os primeiros trabalhos 
de indução à reprodução de rã-touro pelo uso de hi-
pófises foram realizados por Rugh (1935). Em 1974, 
o National Academy of Science (NAS, 1974) propôs 
a utilização de duas hipófises misturadas com 5 mg 
de progesterona para a indução da ovulação. Ribeiro 
Filho (1998) trabalhou com várias dosagens de hipófi-
se e obteve os melhores resultados com 5 ou 7 mg/kg 
aplicados em duas doses (10% do total na primeira e o 
restante na segunda dose, 12 horas após).
As técnicas de indução à ovulação e fertilização artifi-
cial têm importante papel na resolução deste problema, 
pois usam hormônios liberadores de gonadotropina 
para desencadear o processo reprodutivo e possibili-
2 REPRODUÇÃO DOS ANFÍBIOS ANUROS
 
 As estratégias reprodutivas em anfíbios anu-
ros derivam de uma combinação de atributos morfo-
lógicos, fisiológicos e comportamentais, adaptados a 
certas condições ambientais. Embora muitas espécies 
de anuros tropicais possam se reproduzir ao longo do 
ano, a chuva parece ser o fator extrínseco primário 
no controle dos padrões reprodutivos dessas espécies 
(DUELLMAN; TRUEB, 1986). Wells (1977) consi-
derou dois padrões temporais de comportamento re-
produtivo em anuros: o explosivo e o prolongado. A 
reprodução explosiva estende-se por poucos dias, ao 
passo que a prolongada por várias semanas. Estes dois 
padrões reprodutivos influenciam as estratégias repro-
dutivas adotadas pelas populações de anuros.
 A diversidade de modos de reprodução nos 
anuros é uma das maiores observada para os vertebra-
dos (DULLMAN; TRUEB, 1986). Os anfíbios anuros 
possuem a maior diversidade de modos reprodutivos 
dentre os vertebrados tetrápodes, com 39 modos co-
nhecidos (HADDAD; PRADO, 2005). Nas comunida-
des de anuros neotropicais, isso se deve à existência 
de espécies que apresentam modos de reprodução mais 
generalizados, onde os ovos são depositados direta-
mente na água, e de espécies que apresentam modos de 
reprodução mais especializados, inclusive em ambien-
tes terrestres. Entre as diferentes espécies de anuros, é 
evidente uma tendência a uma menor dependência dos 
ambientes aquáticos, chegando a ocorrer independên-
cia total destes ambientes nos grupos mais especiali-
zados (SALTHE; DUELLMAN, 1973; DUELLMAN, 
TRUEB 1986; DUELLMAN, 1989; HODL, 1990). A 
alta pluviosidade e a umidade e temperatura elevadas 
possivelmente influenciaram na diversificação evolu-
tiva de formas de reprodução nas florestas tropicais 
(HODL, 1990). Além disso, é possível que a predação 
tenha exercido forte pressão, na evolução de formas 
menos dependentes da água (MAGNUSSON; HERO, 
1991; HADDAD; PRADO, 2005). Geralmente pressu-
põe-se que, em anuros, a desova aquática é a condição 
reprodutiva primitiva e as desovas terrestres, com de-
senvolvimento direto, o modo mais derivado (DUELL-
MAN; TRUEB, 1986). Alguns modos reprodutivos 
evoluíram independentemente em diferentes linhagens 
filogenéticas, ao passo que outros são conhecidos ape-
nas em uma (DUELLMAN, 1989). Uma tendência 
evolutiva na reprodução dos anuros foi a remoção dos 
ovos da água. Como os anuros não desenvolveram es-
truturas eficientes contra a dessecação de suas desovas, 
ovos não aquáticos destes animais são conhecidos ape-
43
TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS
4 METODOLOGIA
 O estudo foi realizado na Estação Experi-
mental de Aquicultura Almirante Paulo Moreira, no 
Laboratório de Pesquisa em Ranicultura, localizado 
na cidade do Rio de Janeiro, coordenadas geográfi-
cas 22°59’58.1’’S 43°, 35’25.9’’W em fevereiro de 
2016. Foram selecionados oito machos e três fême-
as, os animais permaneceram em jejum para coleta 
do sêmen por um período de 48 horas, segundo téc-
nica proposta por Agostinho et al. (2010), os óvulos 
das fêmeas foram coletados dentro desse período. Os 
animais foram separados em três grupos, para possi-
bilitar a fertilização artificial do produto (óvulos) de 
três fêmeas: grupo1 (1 fêmea e 3 machos); grupo 2 
(1 fêmea e 2 machos); grupo 3 (1 fêmea e 3 machos). 
Para indução à espermiação e ovulação foi utilizado o 
produto Sincroforte® a base de acetato de buseralina 
(Análogo sintético do GnRH). Os reprodutores (ma-
chos) de rã-touro receberam uma aplicação de 0,1mL 
de Sincroforte® na cavidade celomática uma hora an-
tes da coleta do sêmen, já as fêmeas receberam duas 
doses de 1 mL com intervalo de 12 horas entre uma 
aplicação e outra. 
 Para extração do volume seminal foi utilizado 
uma pipeta de vidro de 2mL, que foi introduzida na 
cloaca dos animais e ao mesmo tempo foi realizada 
uma massagem com os dedos na cavidade celomática, 
próximo a região pélvica (figura 1). A coleta do sê-
men dos exemplares de rã-touro foi realizada após 60 
minutos da aplicação do produto hormonal, de acordo 
com o preconizado por Agostinho et al (2000).
Figura 1: Aspecto da técnica de coleta do sêmen de macho 
de rã-touro (Lithobates catesbeianus).
Fonte: foto de William Nascimento Silva 
 Antes do manejo de fertilização artificial, os 
óvulos extraídos de cada fêmea foram pesados e foi 
mensurado o volume do sêmen obtido de cada grupo 
tam a sincronização das desovas parao período de-
sejado (AGOSTINHO et al, 2000). A solução viável 
para o produtor de rãs é o uso de hormônios libera-
dores de gonadotropina análogos, que têm apresen-
tado excelentes resultados na indução da ovulação e 
espermiação, são facilmente encontrados e de fácil 
aplicação. Entre estes pode-se citar o acetato de bu-
serelina (ALONSO, 1997). O emprego de hormônio 
sintético para induzir a ovulação e espermiação é uma 
técnica rotineira em laboratórios, entretanto, a utili-
zação da técnica de fertilização artificial em ranários 
comerciais ainda é limitada, devido à sua complexida-
de e à baixa fecundidade obtida, quando se emprega 
a metodologia descrita nos trabalhos publicados até o 
momento.
 A importância dessas técnicas de reprodu-
ção consiste em ajudar a recuperar espécies que so-
frem com a constante degradação do meio ambiente 
em que vivem, visto que, a constante degradação dos 
ecossistemas naturais é ocasionada pelas ações antró-
picas, que implicam na alteração ou eliminação com-
pleta dos “micro-habitats” específicos explorados por 
anuros, considerada o principal fator responsável pelo 
declínio populacional observado em diversas espécies 
de anfíbios (YOUNG, 2001). A literatura apresenta 
uma série de informações para permitir a interferência 
e facilitar o repovoamento das espécies na natureza e 
a reprodução em cativeiro, dentre estas, uma de gran-
de importância é a criopreservação do sêmen visando 
garantir a existência de gametas para a reprodução e a 
manutenção de bancos de recursos genéticos de con-
servação de anfíbios (KOUBA; VANCE, 2009).
 De acordo com Lima e Agostinho (1988), a 
técnica de fertilização artificial consiste na aplicação 
de hormônio nos machos e nas fêmeas, coleta de es-
perma que é feita por meio da introdução de uma pi-
peta na cloaca do macho e extração dos óvulos das 
fêmeas. Para a extração é necessário segurar a fêmea 
pelas patas posteriores comprimindo levemente o 
ventre com o auxílio do polegar. Os óvulos são cole-
tados em recipiente seco e limpo e o esperma diluído 
é vertido sobre os óvulos, agitando-se a mistura por, 
aproximadamente, dois minutos. Os ovos fecundados 
são misturados em 15 litros de água, até a completa 
hidratação. Após a hidratação, os ovos são colocados 
em incubadoras flutuantes providas de fundo de tela 
plástica com malha de 1,0 mm (1,0 m x 0,70 m). 
44
TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS
Fonte: Tabela elaborada pelos autores
 As fêmeas mais pesadas apresentaram deso-
vas maiores e, consequentemente, a quantidade de 
ovos foi maior. Para o grupo 1, devido ao tamanho, a 
desova foi dividida em dois recipientes, um com seis 
litros e outro com sete litros. De cada recipiente foram 
feitas três amostragens de 40 mL para contagem dos 
ovos. A média obtida foi de 30,83 ovos/ 40mL, então 
para os 13 litros a quantidade total estimada foi de 
10.020 ovos. Para o grupo 2, a quantidade de ovos foi 
estimada pela contagem de 40 mL de amostra em tri-
plicata, coletada do recipiente de hidratação, a média 
foi de 12 ovos/ 40mL, como estavam alojados em um 
recipiente de sete litros, o número total estimado foi 
de 2.100 ovos. Essa menor quantidade esta relaciona-
da ao peso da fêmea que também era mais jovem. Para 
o Grupo 3, a estimativa do número de ovos seguiu o 
mesmo procedimento adotado nos grupo 2 e o total foi 
de 4.025 ovos.
 Em relação ao número de ovos, Agostinho et 
al. (2000) observaram em desova obtida por indução, 
no mês de julho, um número de 12.500 ovos, bem pró-
ximo da quantidade obtida no presente trabalho. Lima 
e Agostinho (1992) e Ribeiro Filho et al. (1998) rela-
taram que a capacidade de produção de ovúlos em rã-
-touro fica entre 2.000 e 25.000. Levando-se em con-
sideração a idade da fêmea (SILVA, 1982) relatou que 
a primeira desova foi observada com mais freqüência 
em animais com dois anos de idade, que apresenta-
ram, em média, 1.500 ovos por desova, ressaltando-se 
que, à medida que há o envelhecimento das fêmeas, 
sua capacidade reprodutiva vai aumentando até atin-
gir, não raro, 20.000 ovos. 
 A quantidade média de ovos obtidos em deso-
vas de Lithobates catesbeianus é de 5.000, sendo que 
de machos em mililitros. 
 O manejo da extração dos óvulos foi realizado 
segurando a fêmea pelas patas posteriores e compri-
mindo levemente o ventre com o auxílio do polegar (fi-
gura 2). Os óvulos foram coletados em recipiente seco 
e limpo. O tempo necessário para o completo esgota-
mento do ovário foi de aproximadamente um minuto. 
O esperma foi vertido sobre os óvulos, agitando-se a 
mistura por, aproximadamente, dois minutos. Os ovos 
fecundados foram misturados com água até a completa 
hidratação. 
Figura 2: Extrusão dos óvulos de fêmea de rã-touro (Litho-
bates catesbeianus) uma das etapas da reprodução induzida 
em cativeiro
Fonte: foto de William Nascimento Silva 
 Uma amostra de ovos hidratados, obtidos de 
cada grupo, foi coletada em triplicada em um Becker 
de 40 mL e feita a contagem para se estimar a média de 
ovos por mL para posterior estimativa do número total 
de ovos obtidos.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Na tabela 1 a seguir observa-se o peso das fê-
meas e dos machos, o peso total dos óvulos obtidos, 
o volume de sêmen por grupo de machos e o número 
estimado de ovos por desova. 
Tabela 1: Peso das fêmeas, peso médio dos machos e 
desvio padrão, peso total dos óvulos, volume total de 
sêmen e número estimado de ovos de cada grupo de 
animais.
 
45
TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO ARTIFICIAL DE ANFÍBIOS ANUROS
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, C. A.; WECHSLER, F. S.; NICTHE-
ROY, P. E. D. O.; PINHEIRO, D. F. Indução à ovula-
ção pelo uso de LHRH análogo e fertilização artificial 
em rã-touro (Rana catesbeiana). Revista Brasileira 
de Zootecnia, v. 29, n. 5, p. 1261-1265, 2000.
ALONSO, M.Uso de análogos do GnRH para in-
dução de desova e espermiação em rã-touro, Rana 
Catesbeiana Shaw, 1802. 1997. 136 f. Tese de Dou-
torado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.
ARAUJO, C. O. ; CONDEZ, T. H.; SAWAYA, R. J. 
Anfíbios Anuros do Parque Estadual das Furnas do 
Bom Jesus, sudeste do Brasil, e suas relações com ou-
tras taxocenoses no Brasil. Biota Neotropica, v. 9, n. 
2, p. 1, 2009.
BEATTIE, R. C. The date of spawning in populations 
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altitudes in northern England. Journal of Zoology, v. 
205, n. 1, p. 137-154, 1985.
CAMARGO, A. C. M. de. Perspective for pharma-
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nology (CEPID-center for research, innovation and 
dissemination-FAPESP). Journal of Venomous Ani-
mals and Toxins including Tropical Diseases, v. 11, 
n. 4, p. 384-390, 2005.
COSTA, C. L. S. Desenvolvimento do aparelho re-
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da rã-touro no sistema anfigranja. 1991. 90 f. Tese 
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DUELLMAN, W. E. Alternative life-history styles in 
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p. 101-126.
DUELLMAN, W. E.; TRUEB, L. Reproductive stra-
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1986. p. 54-55.
EASLEY, K. A.; CULLEY Jr. D. D.; HOSERMAN, 
N. D.; PENKALA. Environmental influences on hor-
uma mesma fêmea, conforme sua idade e peso pode 
liberar 20.000 ovos por postura. Contudo, para efeito 
de planejamento de um ranário, considera-se 3.000 
ovos um número viável em cada desova. Ferreira et 
al. (2002). Oliveira; Moura (1988) afirmaram que o 
número de ovos por desova varia de 2.777 a 6.446, 
entre animais de um a cinco anos.
 Os machos utilizados nos três grupos desse 
estudo apresentaram peso médio semelhante aosma-
chos utilizados por Nascimento (2015), em seu traba-
lho de análise da eficácia hormonal do acetato de bu-
serelina. O peso médio desses animais foi de 497,7 g 
±72,4 e foi utilizada a proporção de três machos para 
cada fêmea, evidenciando a necessidade da utilização 
de um número maior de machos para viabilizar a fe-
cundação dos óvulos de uma fêmea.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A fertilização artificial é uma técnica que 
pode ser utilizada com sucesso em programas de me-
lhoramento genético e repovoamento, assim como em 
ranários comerciais. 
 Essa técnica de reprodução tem grande im-
portância na recuperação de espécies que sofrem com 
a degradação do meio ambiente em que vivem, visto 
que, a constante degradação dos ecossistemas naturais 
é ocasionada pelas ações antrópicas, que implicam 
na alteração ou eliminação completa dos “micro-ha-
bitats” específicos explorados por anuros (YOUNG, 
2001).
 Para que a técnica de fertilização artificial 
seja realizada com sucesso, os reprodutores e matrizes 
deverão ser mantidos em baias climatizadas com foto-
período, umidade e temperatura controlados. Segundo 
Figueiredo et al (2001), a temperatura e o fotoperíodo 
afetam o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos 
das fêmeas de rã-touro.
O estudo evidenciou que o peso e idade dos animais 
influenciam o número de óvulos e espermatozóides 
obtidos e, segundo os autores pesquisados (SILVA, 
1982; LIMA e AGOSTINHO, 1992; RIBEIRO FI-
LHO et al, 1998; AGOSTINHO et al., 2000; FERREI-
RA et al., 2002), a capacidade de produção de óvu-
los em rã-touro varia de 2.000 e 25.000, sendo que a 
quantidade de óvulos na desova é menor em animais 
mais jovens. 
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