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HIDROLOGIA APLICADA CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ - SANTA CATARINA Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária Departamento de Engenharia Civil Profa. Júlia Wahrlich E-mail: julia.wahrlich@estacio.br PRECIPITAÇÃO MÉDIA Lâmina de água de altura uniforme sobre toda a área da bacia considerada, associada a um período de tempo dado; Métodos disponíveis: conforme a ponderação que se faz das observações pontuais disponíveis. Método da média aritmética; Métodos interpolativos: isoieta e polígonos de Thiessen. PRECIPITAÇÃO MÉDIA MÉDIA ARITMÉTICA: Simples e rápido; Não considera as variações geográficas da precipitação; Admite que todos os pluviômetros tem o mesmo peso; Mais utilizado em áreas planas com variação gradual e suave do gradiente pluviométrico. 𝑃𝑚 = 1 𝑛 ∗ 𝑃𝑖 Pm: precipitação média na área Pi: precipitação média no i-ésimo pluviômetro N: número total de pluviômetros PRECIPITAÇÃO MÉDIA 50 mm 66 mm 44 mm 40 mm 42 mm MÉDIA ARITMÉTICA: 66+50+44+40= 200 mm 200/4 = 50 mm Pmédia = 50 mm PRECIPITAÇÃO MÉDIA MÉTODO INTERPOLATIVO: ISOIETAS Isoietas: isolinhas para igual precipitação; As isolinhas são interpoladas em SIG; Boa precisão, porém pouco prático para séries históricas; Considera a disposição espacial dos postos e o relevo. Exemplo de isoietas mensais, com valores em mm PRECIPITAÇÃO MÉDIA MÉTODO INTERPOLATIVO: ISOIETAS METODOLOGIA: 1. Localizar os postos no mapa da região de interesse; 2. Escrever o total precipitado para o período escolhido ao lado de cada posto; 3. Esboçar linhas de igual precipitação; 4. Ajustar estas linhas por interpolação entre os pontos; 5. Utilizar um mapa de relevo e sobrepor com o mapa das isoietas; 6. Para se obter a precipitação: 𝑃𝑚 = (𝐴𝑖,𝑖+1 ∗ 𝑃𝑖 + 𝑃𝑖+1 2 ) 𝐴 Ai,i+1: área entre a isoieta i e a consecutiva i+1; Pi e Pi+1: precipitações das isoietas i e i+1; Pm: precipitação média; A: área da bacia (somatório das áreas entre as isoietas) PRECIPITAÇÃO MÉDIA MÉTODO INTERPOLATIVO: ISOIETAS PRECIPITAÇÃO MÉDIA MÉTODO INTERPOLATIVO: POLÍGONOS DE THIESSEN Considera a não uniformidade da distribuição espacial dos pontos; Não leva em conta as características do relevo; Bons resultados em terrenos levemente acidentados, quando a localização e exposição dos pluviômetros são semelhantes e as distâncias entre eles não são muito grandes; Facilita o cálculo automatizado: os valores da área de influência permanecem constantes, alterando apenas as precipitações registradas. PRECIPITAÇÃO MÉDIA METODOLOGIA: 1. Unir os postos por linhas retas 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm PRECIPITAÇÃO MÉDIA METODOLOGIA: 2. Trace linhas perpendiculares aos trechos retilíneos passando pelo meio da linha que liga os pontos; 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm PRECIPITAÇÃO MÉDIA METODOLOGIA: 3. Prolongar as linhas perpendiculares até encontrar as outras linhas. O polígono é formado pela intersecção destas linhas, sendo a área de influência de cada posto. 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm Influência de cada um dos postos pluviométricos: Definição dos Polígonos de ThiessenPRECIPITAÇÃO MÉDIA 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm Definição dos Polígonos de Thiessen Influência de cada um dos postos pluviométricos: PRECIPITAÇÃO MÉDIA 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm Definição dos Polígonos de Thiessen Influência de cada um dos postos pluviométricos: PRECIPITAÇÃO MÉDIA 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm Definição dos Polígonos de Thiessen Influência de cada um dos postos pluviométricos: PRECIPITAÇÃO MÉDIA 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm Definição dos Polígonos de Thiessen Influência de cada um dos postos pluviométricos: PRECIPITAÇÃO MÉDIA PRECIPITAÇÃO MÉDIA METODOLOGIA: 4. A precipitação média será calculada pela equação: 𝑃𝑚 = 1 𝐴 ∗ 𝐴𝑖 ∗ 𝑃𝑖 Ai: área de influência de cada posto i Pi: precipitação registrada no posto i A: área total da bacia 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 40% 30% 15% 10% 5% 820,1750,05500,3700,41200,15P CHUVA DE PROJETO Chuvas máximas/intensas; Duração e distribuição temporal/espacial crítica; Interesse pelo conhecimento detalhado de chuvas máximas no projeto de estruturas hidráulicas como bueiros, pontes, canais e vertedores; Retratadas pontualmente por meio de curvas i-d-f. CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) Deduzidas a partir de observações de chuvas intensas durante um período de tempo suficientemente longo e representativo dos eventos extremos do local; Distribuição estatística aos maiores valores anuais de precipitação para cada duração; Para séries parciais: número de anos de dados é pequeno (<12 anos), tempos de retorno inferiores a 5 anos; Para séries anuais: seleção das maiores precipitações anuais de uma duração escolhida. CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) METODOLOGIA: 1. Para cada duração são obtidas as precipitações máximas anuais com base nos dados do pluviógrafo; 2. Para cada duração é ajustada uma distribuição estatística; 3. Divide-se a precipitação pela duração, obtendo a intensidade; 4. As curvas resultantes são a relação i-d-f. CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) Também é comum expressar as curvas utilizando a equação: 𝑖 = 𝑎 ∗ 𝑇𝑟𝑏 (𝑡 + 𝑐)𝑑 i: intensidade (geralmente em mm/h) Tr: tempo de retorno (anos) t: duração da chuva (minutos) a,b,c,d: parâmetros que devem ser determinados para cada local CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) EXEMPLO: Considerando um tempo de retorno de 10 anos e precipitação máxima com 2 horas de duração, calcule a intensidade da chuva em Curitiba/PR e na região do Parque da Redenção, em Porto Alegre/RS. Curitiba: 32 mm/h Porto Alegre: 19 mm/h CHUVAS DE PROJETO – CURVAS INTENSIDADE- DURAÇÃO-FREQUÊNCIA (I-D-F) Utiliza-se a tabela abaixo como base para estipular o tempo de retorno.
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