Buscar

LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS_METROCAMP_PROF KASSOUF

Prévia do material em texto

____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
1 
 
 
 
 
FFAACCUULLDDAADDEE IINNTTEEGGRRAADDAA MMEETTRROOPPOOLLIITTAANNAA DDEE CCAAMMPPIINNAASS 
CCUURRSSOO EENNGGEENNHHAARRIIAA CCIIVVIILL 
DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: MMEECCÂÂNNIICCAA DDOOSS SSOOLLOOSS 
EENNSSAAIIOOSS LLAABBOORRAATTOORRIIAAIISS EEMM GGEEOOTTEECCNNIIAA.. 
 
 
 
 
 
 
PPRROOFF.. EENNGG..ºº MM..SScc.. RROOBBEERRTTOO KKAASSSSOOUUFF 
PPRROOFFEESSSSOORR AASSSSIISSTTEENNTTEE.. 
 
 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
2 
 
 
CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO TTÁÁCCTTIILL EE VVIISSUUAALL DDEE SSOOLLOOSS 
 
O solo se apresenta na natureza de uma forma bastante heterogênea 
tendo, na sua composição, as três fases - sólida, líquida (geralmente a água) e 
gasosa (geralmente o ar), partículas minerais com tamanhos médios que podem 
variar desde dezenas de milímetro até faixas coloidais com tamanhos inferiores a 
milésimos de milímetro, além de material orgânico, requerendo critérios de 
classificação que permitam quantificar suas propriedades físicas e seu desempenho 
como material de construção ou de suporte de obras de engenharia como, por 
exemplo, aterros, barragens de terra, fundações, etc. 
No Brasil são utilizados sistemas de classificação normalizados pela 
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas - e pelo DNER - Departamento 
Nacional de Estradas de Rodagem -, inspiradas principalmente em normas 
americanas a utilização destes sistemas de classificação requer sempre a execução 
de uma série de ensaios de laboratório, específicos para a obtenção de 
características necessárias que visam à inserção de determinado solo num grupo 
para o qual várias propriedades, tanto qualitativa quanto quantitativa, já estão 
definidas. 
Assim, através de ensaios de caracterização de solos, é possível 
determinar à qual grupo pertence um solo dentro da Unified Soil Classification 
System - Classificação Unificada de Solos, proposta em 1952 pelo Bureau of 
Reclamation e pelo Corps of Engineers dos Estados Unidos da América e, com isso, 
ter uma idéia qualitativa que permite uma identificação inicial do solo e suas 
potencialidades (tabelas 1 e 2). 
A classificação táctil e visual de solo é um passo inicial que permite ao 
engenheiro ter uma idéia aproximada do solo no campo, através da execução de 
testes físicos simples, que não exigem o emprego de equipamentos especiais e do 
uso de laboratórios. 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
3 
 
PARÂMETROS REQUERIDOS 
 
AAMMOOSSTTRRAA:: especificações detalhadas do local de procedência. 
CCOORR: a cor predominante; se várias cores estiverem presentes de tal 
forma a não caracterizar uma cor predominante, o solo deve ser classificado como 
variegado. 
OODDOORR: quando um solo apresenta quantidade significativa de material 
orgânico, o odor é característico de material em decomposição. 
TTEEXXTTUURRAA: quando predomina fração grossa como pedregulho, areia, 
silte grosso, o manuseio do solo com os dedos dá uma sensação áspera de 
"arranhar"; quando predomina fração fina como silte médio e fino e argila, a 
sensação é lisa e observa-se um comportamento plástico, maleável. É sempre 
importante deixar clara a textura predominante do solo que está sendo examinado, 
bem como a possível fração de importância secundária, numa denominação dupla 
como, por exemplo, argila arenosa - predominância de um comportamento plástico, 
mas sente-se a presença de material granular -, areia argilosa - predominância de 
material granular, mas sente-se a presença de material plástico. 
 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS DDAA FFRRAAÇÇÃÃOO FFIINNAA 
 
A Resistência à compressão: após peneirar o solo através da peneira 40 
(abertura 0,42 mm), moldar pequenos cubos (aproximadamente 1 cm de lado) com 
auxílio de água. Deixar os cubos secarem ao ar por 24 horas e testá-los, 
comprimindo-os entre os dedos polegar e indicador. A resistência à ruptura destes 
cubos ê uma medida da característica e da quantidade ' da fração argilosa presente 
no solo. A resistência que o cubo de solo oferece à ruptura aumenta com o aumento 
da plasticidade. 
Elevada resistência à compressão é característica, por exemplo, das 
argilas do grupo CH. Um silte do grupo ML ou OL (silte orgânico) apresenta, em 
geral, baixa resistência à compressão. Siltes finos e areias possuem também baixa 
resistência à compressão e podem ser distinguidos uns dos outros pelo tato, 
quando se pulveriza os cubos. 
A areia fina se apresenta com uma sensação de atrito entre os dedos, 
enquanto que, um silte, apresenta uma sensibilidade "lisa", de farinha, ao tato. De 
acordo com a Classificação Unificada de Solos, os termos utilizados para 
caracterizar a resistência à ruptura dos cubos de solo são: muito baixa, baixa, 
média, alta, muito alta. 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
4 
 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
5 
 
 
DDIILLAATTÂÂNNCCIIAA (mobilidade da água): após peneirar o solo através da 
peneira 40, prepara-se uma pasta de solo com volume de aproximadamente 2 cm3, 
adicionando água até obter uma mistura mole, mas não pegajosa. Esta pasta de 
solo deve ser colocada na palma da mão e vibrada, batendo várias vezes à outra 
mão nas costas da primeira. Em solos que apresentam dilatância, a água fluirá 
para a superfície do mesmo e, quando a amostra é amolgada entre os dedos, a água 
"desaparece" no seu interior. A rapidez com que a água flui à superfície da pasta de 
solo durante a vibração da palma da mão permite identificar a característica dos 
finos do solo. Solos arenosos apresentam resultados instantâneos no surgimento da 
água na sua superfície, enquanto que argilas não mostram nenhuma reação ao 
ensaio. Siltes inorgânicos apresentam resultados em tempo intermediário aos da 
areia e da argila. De acordo com a Classificação Unificada de Solos, os termos 
utilizados para caracterizar a resistência à dilatância são: rápida, média, lenta, 
nenhuma. 
DDUURREEZZAA (consistência próxima do limite de plasticidade): após peneirar o 
solo através da peneira 40, uma amostra dele de aproximadamente 2cm3 é 
misturada à água, até atingir uma consistência plástica. Em seguida, a amostra é 
rolada entre a mão e uma superfície levemente rugosa (placa de vidro esmerilhado), 
até formar filamentos de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro. Em seguida, 
o filamento é amolgado e rolado repetidas vezes, de tal forma a perder água 
gradualmente, até que finalmente o solo perca sua plasticidade e venha a 
apresentar fissuras. Quanto mais duro e resistente for o filamento, e isto ocorre 
perto do limite de plasticidade, mais ativa será a fração da argila presente no solo. 
Falta de resistência do filamento indica argila inorgânica de baixa plasticidade, 
como exemplo argilas do grupo das caolinitas, ou argilas orgânicas que se situam 
abaixo da linha A do gráfico de plasticidade. Argilas altamente orgânicas, além de 
serem características pelo odor e cor escura, são muito fracas (baixa resistência) e 
apresentam aspecto de "esponja" no limite de plasticidade.De acordo com a Classificação Unificada de Solos, os termos utilizados 
para caracterizar a dureza (também chamada de tenacidade) são: fraca, média, 
rígida, dura. 
EENNSSAAIIOO DDEE DDIISSPPEERRSSÃÃOO: colocar a amostra de solo dentro de um frasco 
com água (preferencialmente um cilindro graduado), agitar a mistura e deixar os 
sólidos sedimentarem. As partículas mais grossas sedimentarão primeiro e os finos 
permanecerão em suspensão por mais tempo. Areias sedimentam entre 30 e 60 
segundos, os siltes levam de 15 a 60 minutos e as argilas permanecem em 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
6 
 
suspensão por várias horas e mesmo dias. 
 
Com este ensaio, é. possível ter uma idéia aproximada das percentagens 
dos diversos tamanhos de partículas que compõem o solo analisado. Uma 
classificação final de cada solo é feita após analisar todos os resultados e 
observações aqui descritos, através de uma conclusão conjunta. 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
7 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS - 
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ____________________________________________________________ 
RA: ________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: _______ CORPO DE PROVA: ____ 
CARACTERIZAÇÃO TÁCTIL-VISUAL DE SOLO 
AMOSTRA Nº ____ Nº ____ Nº ____ Nº ____ Nº ____ 
COR 
 
ODOR 
 
TEXTURA 
 
PROVÁVEL 
RESISTÊNCIA À 
COMPRESSÃO 
 
DISPERSÃO 
AREIA (%) 
 
SILTE (%) 
 
ARGILA (%) 
 
USCS 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 8 
 
DIVISÕES GERAIS GRUPO NOMES TÍPICOS 
CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO EM 
LABORATÓRIO 
S
O
L
O
S
 
D
E
 
G
R
A
N
U
L
A
Ç
Ã
O
 
G
R
O
S
S
A
 
-
 
M
A
I
S
 
D
A
 
M
E
T
A
D
E
 
R
E
T
I
D
A
 
N
A
 
#
 
2
0
0
 
P
E
D
R
E
G
U
L
H
O
S
 
-
 
M
A
I
S
 
D
A
 
M
E
T
A
D
E
 
R
E
T
I
D
A
 
N
A
 
#
 
4
 
PEDREGULHOS COM 
POUCO OU NENHUM 
FINOS 
GRANDE INTERVALO DE TAMANHO DE 
PARTÍCULAS, COM PARTÍCULAS DE TAMANHO 
INTERMEDIÁRIO GW 
PEDREGRULHO BEM GRADUADO, 
AREIA PEDREGULHOSA, POUCO OU 
NENHUM FINOS 
D
E
T
E
R
M
I
N
A
R
 
P
O
R
C
E
N
T
A
G
E
M
 
D
E
 
P
E
D
R
E
G
U
L
H
O
S
 
E
 
A
R
E
I
A
 
N
A
 
C
U
R
V
A
 
G
R
A
N
U
L
O
M
É
T
R
I
C
A
,
 
D
E
P
E
N
D
E
N
D
O
 
D
A
 
Q
U
A
N
T
I
D
A
D
E
 
D
E
 
F
I
N
O
S
,
 
O
S
 
S
O
L
O
S
 
G
R
A
N
U
L
A
R
E
S
 
P
O
D
E
M
 
S
E
R
 
C
L
A
S
S
I
F
I
C
A
D
O
S
 
E
M
:
 
F
I
N
O
S
 
<
 
5
%
:
 
G
W
,
 
G
P
,
 
S
W
,
 
S
P
.
 
F
I
N
O
S
 
>
 
1
2
%
:
 
G
M
,
 
G
C
,
 
S
M
,
 
S
C
.
 
E
N
T
R
E
 
5
%
 
E
 
1
2
%
 
-
 
S
Í
M
B
O
L
O
 
D
U
P
L
O
.
 
U>4; 1<CC<3 
PREDOMINÂNCIA DE UM TAMANHO DE 
PARTÍCULA 
GP 
PEDREGRULHO MAL GRADUADO, 
AREIA PEDREGULHOSA, POUCO OU 
NENHUM FINOS 
QUANDO NÃO 
SATISFEITOS PARA 
GW 
PEDREGULHOS COM 
APRECIÁVEL 
QUANTIDADE DE 
FINOS 
PARTÍCULAS FINAS COM CARACTERÍSTICAS 
NÃO PLÁSTICAS GM 
PEDREGRULHO SILTOSO, MISTURA 
DE PEDREGULHO, AREIA E SILTE IP<4=GM; IP>7=GC; 
4<IP<7=SÍMBOLO 
DUPLO. PARTÍCULAS FINAS COM CARACTERÍSTICAS 
PLÁSTICAS GC 
PEDREGRULHO ARGILOSO, MISTURA 
DE PEDREGULHO, AREIA E ARGILA 
A
R
E
I
A
 
-
 
M
A
I
S
 
D
A
 
M
E
T
A
D
E
 
P
A
S
S
A
 
N
A
 
#
 
4
 
AREIAS COM POUCO 
OU NENHUM FINOS 
GRANDE INTERVALO DE TAMANHO DE 
PARTÍCULAS, COM PARTÍCULAS DE TAMANHO 
INTERMEDIÁRIO SW 
AREIA BEM GRADUADA, AREIA 
PEDREGULHOSA, POUCO OU 
NENHUM FINOS 
U>6; 1<CC<3 
PREDOMINÂNCIA DE UM TAMANHO DE 
PARTÍCULA 
SP 
AREIA MAL GRADUADA, AREIA 
PEDREGULHOSA, POUCO OU 
NENHUM FINOS 
QUANDO NÃO 
SATISFEITOS PARA 
SW 
AREIAS COM 
APRECIÁVEL 
QUANTIDADE DE 
FINOS 
PARTÍCULAS FINAS COM CARACTERÍSTICAS 
NÃO PLÁSTICAS SM 
AREIA SILTOSA, MISTURA DE 
PEDREGULHO, AREIA E SILTE IP<4=SM; IP>7=SC; 
4<IP<7=SÍMBOLO 
DUPLO. PARTÍCULAS FINAS COM CARACTERÍSTICAS 
PLÁSTICAS 
SC 
AREIA ARGILOSA, MISTURA DE 
PEDREGULHO, AREIA E ARGILA 
S
O
L
O
S
 
D
E
 
G
R
A
N
U
L
A
Ç
Ã
O
 
M
A
I
S
 
F
I
N
A
 
-
 
M
A
I
S
 
D
A
 
M
E
T
A
D
E
 
R
E
T
I
R
A
 
N
A
 
#
 
2
0
0
 
S
I
L
T
E
 
E
 
A
R
G
I
L
A
 
-
 
L
L
 
<
 
5
0
%
 
RESISTÊNCIA DO 
SOLO SECO 
MOBILIDADE DA 
ÁGUA 
DUREZA 
 
NENHUMA OU POUCA RÁPIDA A LENTA NENHUMA ML 
SILTE INORGÂNICO E AREIA FINA 
SILTOSA COM POUCA PLASTICIDADE 
GRANULOMETRIA E LIMITES DE 
CONSISTÊNCIA, SE APLICÁVEIS 
MÉDIA A ALTA 
NENHUMA A MUITO 
LENTA 
MÉDIA CL 
ARGILA INORGÂNICA E BAIXA A 
MÉDIA PLASTICIDADE 
LIMITES DE CONSISTÊNCIA 
POUCA A MÉDIA LENTA POUCA OL 
SILTE ORGÂNICO E ARGILA SILTOSA 
ORGÂNICA DE BAIXA PLASTICIDADE 
LL E LP: ESTADO NATURAL E SECO EM 
ESTUFA 
S
I
L
T
E
 
E
 
A
R
G
I
L
A
 
-
 
L
L
 
>
 
5
0
%
 
POUCA A MÉDIA NENHUMA A LENTA POUCA A MÉDIA MH 
SILTE INORGÂNICO, SOLOS 
ARENOSOS OU SILTOSOS MICÁCEOS 
GRANULOMETRIA E LIMITES DE 
CONSISTÊNCIA, SE APLICÁVEIS 
ALTA A MUITO ALTA NENHUMA ALTA CH 
ARGILA INORGÂNICA DE ALTA 
PLASTICIDADE 
LIMITES DE CONSISTÊNCIA 
MÉDIA A ALTA 
NENHUMA A MUITO 
LENTA 
POUCA A MÉDIA OH 
ARGILA ORGÂNICA DE MÉDIA A ALTA 
PLASTICIDADE 
LL E LP: ESTADO NATURAL E SECO EM 
ESTUFA 
SOLOS ATUALMENTE ORGÂNICOS: FACILMENTE IDENTIFICÁVEIS PELA COR, CHEIRO E 
TEXTURA. 
Pt 
TURFA E OUTROS SOLOS MUITO 
ORGÂNICOS 
UMIDADE E ENSAIO DE ADENSAMENTO 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
9 
 
 
TTEEOORR DDEE UUMMIIDDAADDEE DDEE SSOOLLOO 
 
A determinação do teor de umidade de um solo, w, é essencial, uma vez 
que praticamente todos os ensaios laboratoriais em geotecnia exigem este índice 
físico. A precisão na sua obtenção é fundamental, uma vez que, erros na sua 
determinação podem, facilmente, influenciar nos resultados de outros ensaios e na 
obtenção de outros parâmetros do solo. 
O teor de umidade de solo, em geotecnia, é definido como a quantidade de 
água (por massa), Ww, presente no solo, em relação à massa do solo seco, W„ ou seja:EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS 
 
Cápsulas 
Balança 
Estufa com temperatura controlável para 110° C ± 5o C 
 
PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOO DDEE EENNSSAAIIOO 
 
1. Obter a tara da cápsula; 
2. Colocar na cápsula de alumínio uma quantidade de solo, do qual se 
deseja determinar o teor de umidade, de tal forma que o volume de solo dentro da 
cápsula ocupe aproximadamente 2/3 do volume interno da cápsula; 
3. Obter a massa do conjunto "cápsula + solo úmido"; 
4. Colocar a cápsula com o solo na estufa, e deixar para secagem durante 
12 a 18 horas (na prática, costuma-se deixar secando durante aproximadamente 24 
horas); 
5. Retirar a cápsula da estufa, tampar e deixar esfriar até a temperatura 
ambiente em local seco (geralmente o resfriamento é feito dentro de um dessècador - 
recipiente de vidro com sílica gel no seu interior); 
6. Após o resfriamento até a temperatura ambiente, obter a massa do 
conjunto "cápsula + solo seco"; 
 
____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 
10 
 
 
 
 
7. Obter a massa de água que estava presente nos vazios do solo, Ww: 
 
Ww = [cápsula + solo úmido] - [cápsula + solo seco] 
 
8 . Obter a massa do solo seco, Ws: 
 
Ws = [cápsula + solo seco] - [tara da cápsula] 
 
9. Determinar a umidade do solo, w: 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 11 
 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS 
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ___________________________________________________________________ 
RA: _______________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO 
CÁPSULA Nº ____ Nº ____ Nº ____ Nº ____ Nº ____ 
TARA DA CÁPSULA (g) 
 
CÁPSULA + SOLO (g) 
 
CÁPSULA + SOLO ÚMIDO (g) 
 
CÁPSULA + SOLO SECO (g) 
 
MASSA DE ÁGUA (g) 
 
MASSA DE SOLO SECO (g) 
 
TEOR DE UMIDADE (%) 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 12 
 
 
MMAASSSSAA EESSPPEECCÍÍFFIICCAA MMÉÉDDIIAA DDOOSS SSÓÓLLIIDDOOSS DDOO SSOOLLOO 
 
A massa específica média dos sólidos de um solo, Ɣs, é definida pela relação entre a 
massa de sólidos do solo e o volume ocupado por estes sólidos. A massa específica média 
dos sólidos do solo é utilizada para determinação da massa específica do solo em 
qualquer situação de saturação, desde seco até saturado, desde que sejam conhecidos 
seu índice de vazios e o grau de saturação. Além disso, o conhecimento deste índice físico 
do solo é exigido na maioria dos ensaios laboratoriais em geotecnia. Segundo a definição 
de massa específica média dos sólidos de um solo, Ɣs = Wy/Vs, o ensaio consiste 
basicamente na determinação do volume ocupado pelos sólidos, já que a massa deles é a 
massa do solo seco. 
 
EQUIPAMENTOS 
Picnômetro (balão de vidro) de 250 ou 500 ml 
Bomba de vácuo 
Água destilada 
Balança (sensibilidade de 0,01 g) 
Termômetro (graduado em 0,1° C) 
Estufa 
 
PROCEDIMENTO DE ENSAIO 
1. Obter a tara do picnômetro absolutamente limpo e seco; 
2. Colocar dentro do picnômetro cerca de 50 g (para o picnômetro de 500 ml) 
do solo seco em estufa e destorroado; 
3. Obter a massa do conjunto "picnômetro + solo seco"; 
4. Descontar da massa do conjunto "picnômetro + solo seco" a tara do 
picnômetro obtendo, assim, de maneira precisa, a massa de solo seco, Ws; 
5. Colocar água destilada dentro do picnômetro até aproximadamente 2/3 de 
sua capacidade interna de modo a cobrir, com folga, o solo no seu interior; 
6. Aplicar vácuo no interior do picnômetro durante aproximadamente 30 
minutos, agitando a mistura levemente algumas vezes, para ajudar à de aeração; 
7. Terminado o processo de aeração da mistura solo/água destilada, completar o 
volume do picnômetro com água destilada até perto da marca de sua capacidade nominal. 
Deixar o conjunto em banho-maria (com a água do banho na temperatura ambiente), até 
que a temperatura da mistura se equilibre com a temperatura do banho; 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 13 
 
 
8. Completar com água destilada até a marca da capacidade nominal do picnômetro, 
enxugar bem o picnômetro (inclusive por dentro, entre a boca e a marca de sua capacidade 
nominal) obter a massa do conjunto "picnômetro + Ws + água destilada". 
 A massa deste conjunto será denominada de W2; 
9. Retirar a mistura de dentro do picnômetro lavá-lo bem e colocar no seu 
interior somente água destilada até aproximadamente 2/3 de sua capacidade interna e, em 
seguida, aplicar vácuo; 
10. Após o término da de aeração da água destilada contida no interior do 
picnômetro, completar com mais água destilada até próximo da marca da capacidade nominal 
do picnômetro e levar ao banho-maria; 
11.Quando a temperatura da água destilada contida no interior do picnômetro 
igualar a temperatura do banho, completar o picnômetro com água destilada até sua 
marca de capacidade nominal, enxugar externamente e internamente entre a boca e a 
marca da capacidade nominal e obter a massa do conjunto "picnômetro + água destilada". A 
massa deste conjunto será denominada de ωi. 
12. Calcular γs pela relação: 
 
 
 
Terminado o processo de aeração da mistura solo/água destilada, completar o volume do 
picnômetro com água destilada até perto da marca de sua capacidade nominal. Deixar o 
conjunto em banho-maria (com a água do banho na temperatura ambiente), até que a 
temperatura da mistura se equilibre com a temperatura do banho; 
13. Repetir as etapas 1 a 12 obtendo valores adicionais de γs até serem obtidos dois valores, tais 
que: 
 
O valor médio deles será o valor a ser definido para γs. 
Como a capacidade nominal do picnômetro é definida para a temperatura de 20° C, o 
valor obtido para γs deverá ser corrigido, se a temperatura do banho-maria for diferente 
daquela, de acordo com a tabela seguinte: 
 
T ºC 16 18 20 22 24 26 
A 1,0007 1,0004 1,0000 0,9996 0,9991 0,9986 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 14 
 
 
 
 
Dessa forma, o valor final para a massa específica média dos sólidos de um solo será 
obtida pela relação final: 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 15 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS - 
 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: _________________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA MÉDIA DOS SÓLIDOS DE UM SOLO 
ENSAIO Nº 
 
PICNÔMETRO Nº 
 
VOLUME NOMINAL A 20ºC 
(ml) 
TEMPERATURA (ºC) 
 
TARA DO PICNÔMETRO (g) 
PICNÔMETRO + WS (g) 
WS (g) 
 
W2 (g) 
 
W1 (g) 
 
����S (g/cm3) 
a 
 
����S = a.����S (g/cm3) 
γS = WS/[(W1 + WS - W2)/ γw] 
WS = MASSA DE SOLO SECO 
W1 = MASSA DO PICNÔMETRO + ÁGUADESTILADA 
W2 = MASSA DO PICNÔMETRO + SÓLIDOS (SOLO SECO) + ÁGUA DESTILADA 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 16 
 
 
AANNÁÁLLIISSEE GGRRAANNUULLOOMMÉÉTTRRIICCAA CCOONNJJUUNNTTAA 
 
A análise granulométrica conjunta é composta de duas fases de ensaio: 
peneiramento e sedimentação. A primeira consiste no peneiramento do solo através de uma 
série de peneiras empilhadas em ordem crescente de abertura das malhas das peneiras, que 
representarão o tamanho médio das partículas do solo. O peneiramento é efetuado para a 
fração do solo de granulometria mais grossa, ou seja, aquela retida na malha da peneira 200 
(abertura de 0,074 mm). 
A sedimentação é baseada na equação de Stokes, que calcula a velocidade de queda 
livre de uma esfera através de um meio viscoso, conhecendo-se o diâmetro da esfera, sua 
massa específica, a densidade e a viscosidade do meio. No ensaio de sedimentação, "mede-se" a 
velocidade de descida das partículas do solo através de uma variação de densidade (o solo é 
levado a um processo de sedimentação em meio líquido), o que leva, a partir da lei de Stokes, 
a determinar o "diâmetro", ou tamanho médio da partícula, e sua porcentagem em relação à 
amostra total. O ensaio de sedimentação é feito sobre a fração de finos do solo cujas partículas 
passam através da malha da peneira 200. 
A análise granulométrica é utilizada na identificação e classificação de solo segundo 
os vários sistemas de classificação existentes, na determinação aproximada da permeabilidade 
em solos arenosos, em projetos de filtros e drenos, etc. 
O procedimento de ensaio da análise granulométrica conjunta depende do tipo de 
solo utilizado. Se o solo for constituído em sua maior parte de grãos graúdos, que não 
passam através das malhas da peneira 200, então, apenas o ensaio por peneiramento deverá 
ser efetuado. A análise granulométrica conjunta (peneiramento + sedimentação) deverá ser 
utilizada em solos que apresentarem mais do que 12% dos seus minerais passando na malha 
da peneira 200. 
 
PENEIRAMENTO 
 
EQUIPAMENTO 
Conjunto de peneiras 
Agitador de peneiras 
Destorroador (almofariz e soquete destorroador) 
Balança
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 17 
 
 
PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOO 
 
1. Tomar exatamente 500 g de solo destorroado, muito bem homogeneizado de tal 
forma a representar o solo natural, e seco em estufa. No caso de peneiramento com 
lavagem, este processo poderá ser acelerado se o solo for primeiramente destorroado, 
seco em estufa e peneirado através da peneira 200, eliminando-se em seguida a fração 
que passa nesta penetra. 
2. Se a amostra, após a inspeção visual, contiver apreciável quantidade de solo 
grosso (areia), e poucos finos (silte e argila), a fase da lavagem poderá ser omitida, e o 
prosseguimento do ensaio será efetuado a partir da etapa 4. Caso contrário, lavar a 
amostra retida na peneira 200 através da sua malha, até que a água de lavagem saia 
limpa. Tomar cuidado para não danificar a peneira que possui uma malha muito 
sensível. 
3. Cuidadosamente, retirar a fração de solo retida na peneira 200 utilizando, 
se necessário, bisnaga para lavar a malha no sentido contrário ao do peneiramento, 
transferindo todo o material retido para uma tigela larga. Deixar o solo sedimentar no 
fundo da tigela e retirar, com o auxílio da bisnaga, a máxima quantidade de água 
possível, sem remover os grãos do solo. 
4. Após secagem em estufa, pesar o solo, e peneirá-lo através de um conjunto 
de peneiras dispostas em série, conforme a tabela abaixo. No caso de peneiramento sem 
lavagem, a amostra original será diretamente peneirada pela série de peneiras da tabela 
abaixo. As peneiras serão empilhadas em ordem crescente de abertura das malhas. 
 
SÉRIE DE PENEIRAS (U. S. BUREAU OF STANDARDS - USBS) 
Nº PENEIRA TAMPA 4 10 20 40 60 100 200 PRATO 
ABERTURA 
(mm) 
- 4,76 2,00 0,83 0,42 0,25 0,149 0,074 - 
 
Se for observada a presença de pedregulhos de pequeno diâmetro no solo, 
poderão ser adicionadas ao conjunto peneiras com abertura de malha maior. 
5. Colocar o conjunto de peneiras em um agitador mecânico por 5 a 10 
minutos, dependendo da granulométria e da quantidade do material. 
6. Retirar o conjunto do agitador, e determinar a massa do material retido em 
cada peneira. Somar as massas retidas e comparar com o peso original da amostra 
utilizada no início do ensaio, ou na etapa 4, quando houver lavagem. Se houver perda de 
material superior a 2% durante o peneiramento, o ensaio deverá ser repetido. 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 18 
 
 
 
7. Determinar a porcentagem retida em cada peneira, dividindo a massa 
retida, pela massa original da amostra. 
8. Determinar a porcentagem que passa começando de 100% e subtraindo as 
porcentagens retidas em cada peneira, através de um processo acumulativo. 
9. Traçar a curva granulométrica do solo (tamanho médio dos minerais x 
porcentagem em massa que passa), com o tamanho médio dos minerais em escala 
logarítmica, determinando, a partir dela, os seguintes parâmetros: 
 
a) se menos de 12% de solo passa através da malha da peneira 200, 
determinar U (coeficiente de uniformidade) e Cc (coeficiente de curvatura da curva de 
distribuição granulométrica), onde: 
 
b) se mais de 12% de solo passa através da malha da peneira 200, não há a 
necessidade de determinar U e CC, pois esses parâmetros são próprios para classificar 
solos arenosos. 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 19 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS - 
 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: _________________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA CONJUNTA - PENEIRAMENTO 
PENEIRA 
USBS 
ABERTUR
A (mm) 
TARA 
PENEIRA (g) 
PENEIRA 
+ SOLO 
(g) 
SOLO 
RETIDO 
ACUMULADO 
(g) 
(%) RETIDO 
ACUMULAD
O 
(%) EM 
MASSA 
QUE 
PASSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 20 
 
 
SEDIMENTAÇÃO 
 
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 
Dois cilindros graduados de 1000 cm3 
Densímetro 
Agitador de solo (liquidificador) 
Defloculante (hexametafosfato de sódio) 
Termômetro (precisão de 0,1° C) 
Balança 
Cronômetro 
Água destilada 
Espátula 
Bisnaga 
Agitador 
 
PROCEDIMENTO 
1. Obter exatamente 50 g de solo previamente seco em estufa, destorroado e que 
tenha passado através da peneira 200. 
2. Misturar o solo com água destilada até formar uma pasta homogênea. Adicionar 
125 ml de solução de hexametafosfato de sódio, na concentração de 45,7 g/l de água destilada. 
3. Deixar a solução descansar pelo tempo mínimo de 12 horas. 
4. Transferir toda a solução, sem perda de material, para o agitador e agitar por 3 a 
5 minutos, adicionando mais água destilada. 
5. Transferir toda a solução agitada, sem perda de material, para um cilindro 
graduado de 1000ml. Completar o volume do cilindro com água destilada. 
6. Preparar um cilindro graduado de 1000 ml com água destilada e 125 ml de 
solução Defloculante idêntico ao utilizado na etapa 2. Este cilindro será denominado de 
cilindro de controle, e servirá para obter a "correção inicial" na leitura do densímetro, 
necessária devido à adição do Defloculante à mistura solo + água. Deve-se tomar cuidado 
para que os dois cilindros, de sedimentação e de controle, tenham sempre a mesma 
temperatura. 
7. Com o agitador, agitar a solução contida no cilindro de vidro durante 1 minuto. 
Depositar o cilindro cuidadosamente sobre uma bancada e imediatamente inserir no interior 
da mistura o densímetro e fazer leituras de densidade do meio depois de decorridos ½, 1, 2 e 4 
minutos. Registrar também a temperatura da mistura. 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 21 
 
Evitar a agitação da mistura durante a introdução do densímetro, procedendo 
vagarosamente, mas sem ultrapassar 10 segundos. Em seguida, efetuar as leituras de 
densidade e da temperatura também no cilindro de controle. As leituras no densímetro devem 
ser efetuadas na parte superior do menisco, para ambos os cilindros. 
8. Continuar as leituras de densidade da solução solo + água destilada seguindo os 
tempos de 8, 15, 30 minutos, 1, 2, 4 e 24 horas. O densímetro e o termômetro serão 
introduzidos no cilindro de sedimentação para obtenção de cada leitura, e deverão ser 
mantidos no cilindro de controle durante os intervalos das mesmas. Para solos com grande 
porcentagem de argila, o ensaio poderá ser conduzido até 96 horas. 
CCÁÁLLCCUULLOO 
1. Corrigir as leituras do densímetro, Ra, com o fator de correção devido ao menisco, 
obtendo-se R, conforme o anexo 1 
2. Com o valor de R, obter L através da curva de calibração do densímetro. 
3. Obter a massa específica dos minerais do solo, ys. com o qual, e com os 
valores de temperatura para cada leitura do densímetro, determinar, através da tabela 1 do 
anexo 2, o valor de K. 
4. Com os valores de K, L e tempo de ensaio, t, determinar os "diâmetros" 
(tamanho médio) das partículas, D, através da relação: 
5. Determinar o valor Re (leitura corrigida) através da relação: 
onde, 
Ra: leitura no densímetro sem correção de menisco 
Correção inicial: valor obtido na leitura do densímetro no cilindro de controle 
CT: fator de correção devido à temperatura, apresentado na tabela 2 do anexo 2. 
 
6. Determinar a porcentagem de finos correspondente a cada "diâmetro" D, através 
da relação: 
(%) em massa que passa = [(Re . a) / Ws]. 100 onde, 
 
a: fator de correção para a massa específica dos sólidos do solo,ys, apresentado na 
tabela 3 do anexo 2. 
W: massa inicial do solo que está sendo submetido ao ensaio de sedimentação. 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 22 
 
Traçar a curva de distribuição granulométrica com os valores computados de D e 
respectivas (%) em massa que passa. No caso de análise conjunta, esta curva deverá 
complementar aquela obtida no ensaio de peneiramento. 
 
ANEXO 1 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 23 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 24 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS - 
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: _________________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA CONJUNTA - SEDIMENTAÇÃO 
DENSÍMETRO Nº ___________________________ PROVETA Nº ________________ ƔS (g/cm3) = ______ 
DEFLOCULANTE ___________________________ CONCENTRAÇÃO (g/l): ________ a = _____________ 
CORREÇÃO INICIAL: ________________________ CORREÇÃO MENISCO: ________ WS (g) = ________ 
DATA HORA 
TEMPO, 
t (min) 
TEMP. 
ºC 
RA RC 
(%) EM 
MASSA QUE 
PASSA 
R L L/t K 
D 
(mm) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RA = LEITURA NO DENSÍMETRO 
RC = LEITURA NO DENSÍMETRO CORRIGIDA (RC = RA - CORREÇÃO INICIAL + CT) 
CT = FATOR DE CORREÇÃO DEVIDO À TEMPERATURA 
R = LEITURA CORRIGIDA PELO MENISCO 
a = FATOR DE CORREÇÃO DE γS 
L = PROFUNDIDADE EFETIVA DO DENSÍMETRO 
(%) EM MASSA QUE PASSA = (RC. a)/WS 
D = K.√L/t (DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS) 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 25 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS 
 - LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: _________________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA 
DENSÍMETRO Nº _____________________ PROVETA Nº _____________ γS (g/cm3) = _________ 
DEFLOCULANTE _____________________ CONCENTRAÇÃO (g/l): _____ a = ________________ 
CORREÇÃO INICIAL: __________________ CORREÇÃO MENISCO: _____ WS (g) = ___________ 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 26 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 27 
 
 
LIMITES DE ATTERBERG 
 
Um solo de granulometria fina (silte, argila) pode ser encontrado em seu estado natural 
apresentando consistências que dependem da quantidade de água presente em seus vazios. Como 
conseqüência, o seu comportamento físico (compressibilidade, resistência ao cisalhamento, 
permeabilidade) também dependerá desta quantidade de água e, por sua vez, da sua consistência. 
Atterberg definiu quatro estados de consistência do solo, denominando "limites de 
consistência" aos teores de umidade que definem as transições de um estado para outro. 
Posteriormente, Arthur Casagrande padronizou ensaios para definir estes teores de umidade para os 
quais ocorrem as mudanças de consistência. São eles: 
 
O limite de liquidez, LL, é o teor de umidade no qual o solo apresenta resistência ao 
cisalhamento tão pequena que flui quando vibrado sob condições padronizadas, fechando uma 
ranhura, também padrão, realizada em seu meio. 
O limite de plasticidade, LP, é o teor de umidade no qual o solo começa a fissurar 
quando rolado para formar pequenos cilindros de dimensão padronizada. 
O limite de contração, LC, é o teor de umidade que corresponde à quantidade de água 
necessária para preencher completamente os vazios do solo (saturação de 100%) quando este se 
apresentar em seu volume mínimo, obtido por secagem em estufa a 110° C (± 5o C). 
O teor de umidade necessário para levar a umidade do solo do seu limite de 
plasticidade para o seu limite de liquidez é uma indicação da plasticidade do solo. Esta plasticidade 
é indicada pelo índice de plasticidade, IP, definido pela diferença entre seu limite de liquideze limite 
de plasticidade, ou seja, IP = LL - LP. 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 28 
 
 
EQUIPAMENTOS 
Aparelho de Casagrande 
Cinzel 
Espátula 
Bisnaga com água 
Tigela de louça 
Cápsulas 
Balança 
Placa de vidro com uma face esmerilhada 
Bastão comparador 
Estufa 
 
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ 
 
1. Calibrar o aparelho de Casagrande; 
2. Em uma tigela de louça, colocar aproximadamente 100 g de solo seco ao ar, 
destorroado e que tenha passado através das malhas da peneira 40 (abertura 0,42 mm). Adicionar 
água ao solo e misturar bem até obter uma pasta homogênea e com umidade uniforme; 
3. Com o auxílio de uma espátula, colocar o solo, neste estado de pasta, na concha do 
aparelho de Casagrande, previamente limpa. A profundidade máxima do solo na concha deverá 
ser de YT (aproximadamente 1,3 cm) após o nivelamento da sua superfície; 
4. Efetuar uma ranhura através do centro da amostra com o auxílio do cinzel. O solo, 
na concha, deverá ser separado em duas metades iguais; 
5. Girar a manivela do aparelho de Casagrande na velocidade de 2 revoluções por segundo, 
e registrar o número de golpes necessário para fechar a base da ranhura na extensão de ½” de 
comprimento; 
6. Determinar o teor de umidade do solo retirado das vizinhanças da porção fechada 
da ranhura (cerca de 25 g); 
7. Colocar o restante do solo novamente na tigela, adicionar mais água e fazer nova 
mistura, agora mais fluida que a anterior. Repetir as etapas 3 a 7 de tal forma a obter dois ensaios 
com resultados de números de golpes entre 27 e 35, e dois ensaios com resultados entre 10 e 18 
golpes. Limpar e secar sempre a concha antes de repetir cada ensaio. 
Os pares de valores "n° golpes x umidade", colocados num gráfico com o n° de golpes em 
escala logarítmica, devem resultar em pontos alinhados. O limite de liquidez do solo será o teor de 
umidade necessário para fechar a base da ranhura em 1/4" para exatamente 25 golpes. 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 29 
 
 
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE 
 
1 Em uma tigela de louça, colocar aproximadamente 100 g de solo seco ao ar, 
destorroado, e que tenha passado pela malha da peneira 40 (abertura de 0,42 mm). Adicionar água e 
misturar bem até formar uma massa que possa ser moldada como bola. 
2 Rolar a bola inicialmente entre as mãos, e depois sobre uma placa de vidro 
esmerilhado, de face rugosa, até formar cilindros com 3 mm de diâmetro e aproximadamente 4 cm 
de comprimento. Se os cilindros começarem a fissurar com estas dimensões, colocá-los em 
cápsulas para determinação do teor de umidade. 
3. Se os cilindros apresentarem fissuras com dimensões maiores do que 3 mm de 
diâmetro, adicionar água à amostra e repetir a etapa 2. 
4. Se os cilindros não apresentarem fissuras, role mais a amostra para perder 
umidade e repetir o ensaio, até obter fissuras em cilindros com as dimensões indicadas na etapa 2. 
5. Repetir a etapa 2 até obter mais dois cilindros que serão utilizados com o primeiro 
para o cálculo do teor de umidade médio, o qual será o limite de plasticidade procurado. 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 30 
 
 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS 
- LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE ATTERBERG 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: _______________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ 
CÁPSULA Nº 
 
TARA DA CÁPSULA (g) 
 
CÁPSULA + SOLO ÚMIDO 
(g) 
CÁPSULA + SOLO SECO (g) 
 
MASSA DE ÁGUA (g) 
 
MASSA DE SOLO SECO (g) 
 
TEOR DE UMIDADE (%) 
 
Nº DE GOLPES 
 
W (%) 
 
Nº GOLPES 
 
LL = _________________________ 
 
LP = _________________________ 
 
IP = __________________________ 
 ____________________________________________________ENGENHARIA CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 31 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE 
CÁPSULA Nº 
 
TARA DA CÁPSULA (g) 
 
CÁPSULA + SOLO ÚMIDO 
(g) 
CÁPSULA + SOLO SECO (g) 
 
MASSA DE ÁGUA (g) 
 
MASSA DE SOLO SECO (g) 
 
TEOR DE UMIDADE (%) 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 32 
 
 
EENNSSAAIIOO DDEE CCOOMMPPAACCTTAAÇÇÃÃOO PPRROOCCTTOORR NNOORRMMAALL 
 
A compactação de solo é necessária em vários tipos de obras, tais como na 
construção de estradas, barragens e qualquer outro tipo de obra que exija aterro. A compactação 
do solo é necessária por três razões fundamentais: 
- diminuir a compressibilidade do solo, a fim de evitar recalques (deformações) 
excessivas 
- aumentar a resistência ao cisalhamento do solo 
- diminuir a permeabilidade 
 
A água adicionada a um solo seco permite uma função de lubrificação entre as 
partículas. O processo de compactação do solo torna-se, então, mais fácil e eficiente, mas até 
um limite de teor de umidade, quando o excesso de água nos vazios do solo atuará como 
dissipador de energia de compactação. 
O teor de umidade correspondente à máxima massa específica seca do solo, quando 
compactado à mesma energia, é denominado de umidade ótima. Proctor (1933) foi quem 
desenvolveu o ensaio de compactação utilizado na determinação da relação umidade x massa 
específica seca do solo, quando este é submetido a uma energia constante de compactação. 
 
EQUIPAMENTOS 
 
Além daqueles necessários para a determinação de umidade, são utilizados, no ensaio 
de compactação, os seguintes equipamentos: 
- molde cilíndrico com capacidade aproximada de 1.000 cm3, base e "colar de 
extensão" 
- soquete com peso de 2,5 kgf. 
- peneira n. 4 (USBS) 
- macaco extrator de amostra 
- balança com capacidade para até 10 kgf. 
- régua metálica bizelada 
- bandeja 
- almofariz 
- destorroador 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 33 
 
 
PROCEDIMENTO DE ENSAIO 
 
1. Obter aproximadamente 3 kgf. de solo seco ao ar, destorroado e passando pela 
peneira n. 4. Adicionar ao solo cerca de 100 ml de água e homogeneizar, de tal forma que todo 
o solo fique com a .mesma umidade. . 
2. Pesar o molde cilíndrico com a base (sem o "colar") 
3- Adicionar o "colar" ao conjunto base + molde 
4. Compactar o solo no cilindro, em três camadas aproximadamente iguais, cada 
camada compactada com 26 golpes do soquete de 2,5 kgf. caindo em queda livre de uma altura 
de 30 cm sobre cada camada de solo. Após a compactação de cada camada, antes de iniciar a 
compactação da seguinte, deve-se revolver com uma espátula a parte superior do solo já 
compactado, para se obter um melhor embricamento entre as camadas. 
5. Depois de compactadas as três camadas, retirar o "colar extensor" e nivelar o 
topo da amostra com a régua bizelada, de tal forma que o solo remanescente ocupe 
exatamente o volume interno do cilindro. 
6. Pesar o conjunto base + cilindro + solo 
7. Retirar o solo do cilindrocom a ajuda do macaco extrator. Partir o solo 
compactado ao meio e retirar solo para determinação da umidade. 
8. Quebrar e destorroar completamente o restante da amostra de solo compactado, 
misturar ao solo original, colocar mais água, homogeneizar e repetir toda a operação descrita 
acima. O ensaio pode ser considerado concluído quando o peso do conjunto base + cilindro + 
solo acusar valor repetido ou menor do que o anterior. 
9. Com os pares de valores umidade (w) e massa específica seca (yd) é levantada a 
curva de compactação, da qual se extrai, para a energia de compactação aplicada, o valor da 
massa específica seca máxima (yd mix) e a umidade ótima de compactação (wot). 
 
 
 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 34 
 
FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS 
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR NORMAL 
ALUNO: ____________________________________________________________________ 
RA: ________________________________________________________________________ 
SONDAGEM Nº ______ PROFUNDIDADE: ________ CORPO DE PROVA: ________ 
DIMENSÕES DO CILINDRO: 
DIÂMETRO = _______ cm; ALTURA = _______ cm; VOLUME = _______ cm3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
γD (g/cm3) 
 
W (%) 
 ____________________________________________________ENGENHARIA 
CIVIL 
Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos– Prof. Engº M.Sc. Roberto Kassouf - Página 35 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
É recomendada a consulta a livros e publicações pertinentes aos assuntos tratados e, 
em particular, são recomendados os seguintes textos: 
 
1º) VARGAS, M. (1977) - Introdução à Mecânica dos Solos. Editora MacGraw-Hill do 
Brasil Ltda. 
2º) CAPUTO, H.P. (2000) - Mecânica dos Solos e suas Aplicações. Fundamentos. Vol. 
1, 2 e 3. Livros Técnicos e Científicos Editora. 
3º) SERAPHIM, Luis Antonio - Apostila e Notas de Aula. 
4º) KASSOUF, Roberto (2009) – Apostila e Notas de Aula - Faculdade Politecnica de 
Jundiaí SP.\ 
5º) KASSOUF, Roberto (2009) – Apostila Laboratório de Mecânica dos Solos 
Faculdade Politecnica de Jundiaí SP.\