Buscar

pasta de semiologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Noemi Ribeiro de Oliveira Teixeira
SEMIOLOGIA – PASTA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
POUSO ALEGRE
2019
Sumário
1. Recém-nascidos -0 a 30 dias 
“A avaliação nutricional de recém-nascidos (RN)- de 0 a 30 dias, principalmente de prematuros, visa à detecção precoce de crescimento anormal, implicando mudança de terapia no pré-natal e no pós-natal, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade neste período.” (ROSSI, 2009)
Procedimentos
Anamnese com ênfase nos dados maternos
Exame físico (corresponde a uma avaliação sumária da nutrição intrauterina)
Classificação do RN
Antropometria
Avaliação da oferta nutricional por meio, basicamente, de balanços de nutrientes, água, proteína etc.
Avaliação laboratorial.1
A classificação do RN poderá ser realizada segundo a idade gestacional (IG) e/ou o peso ao nascer (PN), conforme os seguintes critérios:
Segundo IG
IG < 37 semanas: RN pré-termo (RNPT)
IG entre 37 e 42 semanas: RN a termo (RNT)
IG > 42 semanas: RN pós-termo.1 Prematuro tardio — nascido entre 34 semanas completas e 36 semanas e 6 dias. 
Esse último subgrupo tem merecido destaque nos últimos anos devido ao aumento de sua frequência na população neonatal e cujo termo de definição foi adotado em 2005 durante um workshop realizado pelo National Institute of Child Health and Develpment. (ROSSI, 2009)
A atenção na avaliação ponderal torna-se essencial, pois esses RN apresentam perda de peso mais acentuada, pelas comorbidades. (ROSSI, 2009)
Dados acerca do peso ao nascer (PN)
Macrossomia: 4.000 g ou mais
PN normal: 2.500 a 3.999 g
PN < 2.500 g: RN de baixo peso (RNBP)1
RN de muito baixo peso (RNMBP): PN < 1.500 g
RN de muitíssimo baixo peso (RNMMBP): PN < 1.000 g
RN microprematuro: PN < 800 g.1
Crianças com peso ao nascer próximo de 500 g e idade gestacional em torno de 24 a 25
semanas têm sobrevivido, e alimentá-las é, cada vez mais, um grande desafio.
2 Um RN com PN <1.000 g tem reserva energética para 4 dias, e aqueles com PN < 2.000 g, para 12 dias, sendo necessário suporte nutricional precoce.
1.1-Curvas de crescimento RN
A avaliação do crescimento é realizada por 3 diferentes tipos de gráficos
a) Gráfico de crescimento intrauterino: representa o crescimento fetal e é considerado o padrão ouro de crescimento do prematuro. A maneira de obtenção pode ser indireta, por meio de medidas ultrassonográficas do feto, ou direta por meio de medidas de RN prematuros considerados “normais” ao nascimento. 
Utilizam-se para tanto os gráficos de Alexander et al.,1996
A avaliação nutricional do RN é realizada por meio das curvas de crescimento fetal, de acordo com as diferentes idades gestacionais, utilizando-se o critério de percentis:
1Adequado para a IG (AIG): entre os percentis 10 e 90
Grande para a IG (GIG): acima do percentil 90
Pequeno para a IG (PIG): abaixo do percentil 10.
*Demais curvas de crescimento em anexo ou disponível em https://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologia/graficos-de-crescimento/
Analisa-se ainda o perímetro cefálico: se assimétrico, o crescimento da cabeça é relativamente poupado, associa-se à nutrição materna deficiente ou início tardio ou exacerbação de doença vascular materna, no simétrico são afetados igualmente perímetro cefálico, comprimento e peso.
Associa-se a doenças que afetam o número de células fetais (distúrbios cromossômicos,
malformações, teratogênese ou hipertensão arterial materna intensa).
b) Gráfico de crescimento pós-natal: construído por medidas sucessivas de grupos de RN de características semelhantes. No caso, prematuros. 
Leva em consideração a perda de peso das primeiras semanas e posterior recuperação. Trata-se, na realidade, de padrão de “crescimento típico” não constituindo de fato padrão de normalidade. É influenciado pela estratégia nutricional utilizada.
c) Gráfico de crescimento do RN a termo: representa, na sua maioria, o crescimento de crianças saudáveis até 24 ou 36 meses de vida e possibilita a comparação do crescimento dos RNPT a partir da idade esperada para o nascimento (40 semanas) com os seus correspondentes que nasceram a termo, para tanto, utilizar as curvas propostas pela OMS, 2006.
2. Avaliação de crianças menores que 2 anos. 
1ª Infância (0 a 2 anos)
• Recém-nascido - 0 a 30 Dias
• Lactente - 1 mês a 1 Ano
• Ablactente - 1 ano a 2 anos
2.1 Procedimentos para avaliação de crianças menores que 2 anos. 
2.1.1 Peso
Expressa a dimensão das massas orgânica e inorgânica das células, tecidos de sustentação, órgãos, músculos, ossos, gordura, água, enfim o volume corporal total.6 Sua alteração mostra distúrbios perinatais agudos e crônicos.
2.1.2 Técnicas recomendadas para a coleta do peso de crianças com menos de 2 anos
A balança pediátrica — eletrônica ou mecânica (Figura 1) — deve estar apoiada sobre uma superfície plana, lisa e firme
O prato da balança deve ser forrado com uma proteção (papel descartável ou fralda) antes da calibragem, para evitar erros na pesagem;
1º Passo: Destravar a balança; 
2º Passo: Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal);
3º Passo: Caso contrário, calibrá-la girando lentamente o calibrador até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
4º Passo: Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada;
5º Passo: Despir a criança com o auxílio da mãe, retirando também a fralda;
6º Passo: Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o peso igualmente. No caso de RN, colocá-lo no centro do prato, envolto em campo utilizado na tara da balança; destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa posição;
7º Passo: Mover os cursores sobre a escala numérica. O primeiro cursor movido é o maior, para os quilos;
8º Passo: Depois, o menor, para os gramas, até que a agulha do braço e o fiel estejam
Nivelados;
9º Passo: Travar a balança, evitando que sua mola se desgaste, assegurando o bom funcionamento equipamento;
10º Passo: Realizar a leitura de frente para o equipamento, com os olhos no mesmo nível da escala, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores;
11º Passo: Fazer a anotação do peso na ficha/prontuário;
12º Passo: Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica;
13º Passo: Marcar o peso no gráfico.
Figura 1- Balança mecânica
Figura 2 – Balança digital
2.1.3 Comprimento
Termo utilizado para altura.13 No período neonatal, essas medidas são excelentes para o acompanhamento longitudinal do crescimento. Ao contrário do peso, o comprimento não é influenciado pelo estado hídrico, nem sofre variação negativa insensível para déficits nutricionais de curta duração.
As técnicas recomendadas para a coleta do comprimento (Figura 3) referem-se a crianças menores de 2 anos.
2.1.4 Técnicas para medir o comprimento de crianças de 0 a 2 anos
Passo nº1 O antropômetro horizontal deve estar apoiado em uma superfície plana, firme e lisa;
Passo nº1: Deitar a criança, descalça, no centro do antropômetro com a cabeça livre de adereços;
Passo nº2: Manter, com a ajuda da mãe ou outra pessoa, a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto, o queixo afastado do peito, os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio do antropômetro e os braços estendidos ao longo do corpo;
Passo nº3: As nádegas e os calcanhares da criança devem estar em pleno contato com a superfície que apoia o antropômetro;
Passo nº4: Pressionar, com cuidado, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que
fiquem estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até a planta dos pés, com cuidado para que estes não se mexam;
Passo nº5: Fazer a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se moveu da posição indicada;
Passo nº6: Anotar o valor obtido na ficha/prontuário;
Passo
nº7: Por último, retirar a criança;
 
Figura 3 – Estadiômetro tipo régua ou Estadiômetro Vertical Portátil + Infantômetro Medidor
Figura 4 - Estadiômetro infantil com trava seca
2.1.5 -Perímetro braquial 
O perímetro braquial (PB) é a medida recomendada para avaliações rápidas do estado nutricional de crianças e quando não for possível a utilização das medidas de peso e comprimento.
Reflete a combinação de massa muscular e reserva de gordura. Se relacionada com o peso e a idade gestacional, confirma a maturidade do RN. Recomenda-se a aferição 1 vez/semana.
As técnicas recomendadas para a medição do perímetro braquial consistem em determinar o ponto médio da distância entre o acrômio e o olecrano, com o antebraço fletido em 90° em relação ao braço esquerdo, estando o neonato deitado em decúbito dorsal. Com uma fita inelástica, milimetrada, envolve-se o braço no ponto médio encontrado, e a anotação é feita em centímetros. 
2.1.6 Perímetro cefálico
	Indicador do crescimento do sistema nervoso central (SNC) em RN e lactentes. O perímetro cefálico (PC) é utilizado como método diagnóstico do estado patológico de microcefalia, macrocefalia ou hidrocefalia; sua utilização para classificação de desnutrição está associada ao perímetro torácico (PT) a partir da construção do indicador PT/PC.
O perímetro cefálico deve ser medido com o RN em decúbito dorsal, com a fita métrica passando pela circunferência occipitofrontal acima das sobrancelhas e, posteriormente, pelo occipício, de modo a obter a maior medida.
A medição do perímetro cefálico é realizada entre 6 e 12 h de vida e necessita de confirmação 48 a 72 h após, devido à acomodação dos ossos dos crânios. Deve ser aferida 1 vez/semana, e o crescimento esperado é de 1 cm por semana.
 
3. Crianças maiores que 2 anos 
2ª Infância (2 a 10 anos)
• Pré-escolar - 2 a 6 anos
• Escolar - 7 a 10 anos
3.1 Avaliação nutricional em crianças maiores que 2 anos 
Peso
Altura
Circunferências
Dobras cutâneas (T e SE)
3.1.1 Técnicas para verificação do peso
O peso é a medida mais tradicional utilizada para avaliação do estado nutricional de crianças. Ele expressa a dimensão da massa ou do volume do corpo que é constituída por todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo.
Essa medida concreta é sensível em sua pronta resposta aos possíveis agravos de saúde e nutrição e reflete os incrementos ou diminuições da massa corporal que ocorrem por meio de hipoplasia, hiperplasia e/ou hipertrofia. 
O peso pode ser considerado de fácil compreensão tanto para os profissionais quanto para os responsáveis na interpretação de suas variações, que têm relação direta com a saúde infantil.
Balança Antropométrica Digital Balança Antropométrica Mecânica
Para proceder a averiguação do peso devemos seguir os seguintes passos:
1º Passo: Crianças com mais de 2 anos de idade devem ser pesadas descalças e com roupas leves. O ideal é que estejam somente de calcinha, short ou cueca, na presença da mãe ou do responsável.
2º Passo: Como técnica de pesagem, se for utilizada a balança mecânica de plataforma, esta deve estar calibrada, travada e afastada da parede.
3º Passo: A criança deve estar descalça e com roupas leves e deve permanecer em pé (ereta) no centro da plataforma do equipamento, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo.
4º Passo: Em seguida, destrava-se a balança e move-se o cursor maior sobre a
escala numérica para marcar os quilos e o cursor menor para marcar os gramas até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados
5º Passo: Trava-se a balança realizando a leitura de frente para o equipamento, com os olhos no mesmo nível da escala
6º Passo: Anota-se o valor obtido no prontuário/ficha de avaliação da criança
3.1.2 Técnicas para verificação da altura
3.1.3 Técnicas para verificação da circunferência
3.1.4 Técnicas para verificação das dobras cutâneas (T e SE)
3.2 Pontos de corte de peso por idade para crianças
3.3 Pontos de corte de estatura por idade para crianças
3.4 Pontos de corte de peso por estatura para crianças
3.5 Pontos de corte de IMC por idade para crianças
** As tabelas com as curvas constam nos anexos
1 módulo: Crianças menores que 2 anos 
2 módulo: Crianças maiores que 2 anos e adolescentes 
3 módulos: Adultos e idosos
4 módulos: Enfermos 
5 módulos: Instrumentos Avaliação Global e Subjetiva (AGS) e triagem 
▪Dados antropométricos para esses indivíduos
▪Padrão de referência 
▪Curvas
▪Classificação (Se está adequado ou não)
▪Fotos com a técnica

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando