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PETTER BROCKER 1 Prótese Total TELLES, Daniel; Prótese Total – Convencional – Livro Estudante, 1ª Edição, Santos, 2001. Planejamento das Reabilitações Protéticas nos Pacientes Edentados Principal grupo de edentulos: Pessoas idosas e de renda menos favorecida. Pais com menor índice de edentulismo: Suécia (3%) Forma mais utilizada de reabilitação de Edentulos: Prótese Total Fatores que influenciam na retenção e estabilidade da PT: Quantidade de Saliva Ação da musculatura Oclusão Anatomia do Rebordo Muito importante sempre realizar um planejamento, tanto clinico como protético. Exame do Paciente Edentado Dados a serem coletados Questionar sobre estado de saúde Exames clínicos Intra e Extra-orais Exames complementares Patologias mais comuns associadas ao uso de prótese: Reabsorção do rebordo Residual o Maxila: Perde de 2 a 4 mm no 1º ano e 0,1mm a cada ano posterior. o Mandíbula: Perde 4 a 6 mm no 1º ano e 0,4 mm por ano posterior. Candidíase Eritematosa ou atrófica Crônica o Má higienização o Uso contínuo da prótese (à noite) o Barreira física (Prótese em boca) Hiperplasia Fibrosa inflamatória ou epúlide fissurada o Inflamação causada pela má adaptação da prótese, sem regredir o Câmara de Sucção Importância da saliva na reabilitação: Remover resíduos de alimentos e metabólicos microbianos Ação antibacteriana, antifúngica e antivirótica Iniciar a Digestão Lubrificar e proteger as mucosas Principal agente de retenção das PT o Produção normal de 800 a 1500 ml de saliva/dia Deve-se sempre analisar o Espaço Protético: Espaço livre entre papila periforme da mandíbula e túber da maxila. PETTER BROCKER 2 Principal parâmetro: DVO Tipos de Exames de imagem indicados: Radiografia Periapical: Usado na aviação de dentes remanescentes. Radiografia Oclusal: Prévia a tomografia, usada para medir o tamanho da arcada e analisar as áreas examinadas da maxila. Radiografia Panorâmica: Avaliação inicial da anatomia e dimensões ósseas, alterações patológicas e avaliação de dentes presentes, e ainda acidentes anatômicos. Relacionamento do Profissional com o Paciente Objetivos: Reconhecer e entender o problema Explorar e identificar o problema Interpretar e explicar o problema Oferecer uma solução para o problema Reestabelecimento imediato das condições bucais ideais Em alguns casos em que será necessário fazer alterações na forma de uso das próteses dos pacientes, o ideal é que seja feita previamente as alterações na prótese antiga, em uso. Dessa forma o mesmo já vai se acostumando e evita-se recusa do paciente em utilizar a nova prótese. Principais alterações: Condicionamento dos tecidos sob a base da prótese o Tratamento: Redução de placa bacteriana, melhoria na higiene bucal, exclusão de câmaras de sucção... Extensão e adaptação da base da prótese Pode-se fazer ajustes na extensão das próteses para melhor adaptação, selamento periférico e posterior, e justaposição da base da prótese à mucosa. o Para fazer o ajuste do selamento periférico, pode usar material de moldagem (Silicone denso) e posteriormente incorporar essa alteração permanente a base da prótese. o Quando apresentar deficiência no selamento posterior, causando falta de retenção a movimentos horizontais, deve-se acrescentar resina na parte posterior interna da prótese e corrigir o problema. Reestabelecimento de padrão oclusal o Reestabelecimento de DVO o Reestabelecimento da Posição Centrica Motivos Comprometimento Estético Presença de Queilite Angular Reestabelecer espaços protéticos entre rebordos PETTER BROCKER 3 Materiais de Revestimento Resiliente para Base de Próteses Totais Materiais elásticos que recobrem total ou parcial a base da prótese, com objetivo de diminuir o impacto da força mastigatória. Propriedades Gerais: o Facilmente processado o Baixa alteração dimensional o Mínima absorção de água o Baixa solubilidade na cavidade oral o Resistencia o Fácil de limpar o Estético o Atóxico Esses materiais tem são compostos de 2 formas: o Materiais a base de Resina Acrilica o Materiais a base de Silicone Podem ser: o Temporários Controle de Estomatites Proteção de feridas cirúrgicas Após extrações para instalação de PT Imediata Estabilização de bases de prova o Permanentes Crista Marginal Reabsorvida Recobrimento de superfície do nervo mentoniano Proeminências Contra-indicações cirúrgicas Fatores que são indicações de troca da prótese: Fraturas na base da prótese Perda de Resiliência Colonização por Cândida Albicans Instabilidade dimensional Falhas na adesão Dificuldades de manutenção e limpeza Dificuldade de acabamento e polimento Longevidade dos materiais Moldagem Anatômica Objetivos: PETTER BROCKER 4 Mínima deformação dos tecidos de suporte Extensão correta da base da prótese, com ajuste da moldeira individual Vedamento periférico funcional Contato adequado da base da prótese com o rebordo. Técnica de moldagem com alginato 1. Seleção da moldeira de estoque (Passo mais importante) a. Bacia mais rasa e cabos biangulados b. Largura Adequada para centralizar as tuberosidades da maxila c. Quando usado Alginato, as moldeiras devem ter furos de retenção 2. Individualizar as moldeiras com cera a. Cera bastão periférica ou cera utilidade 3. Lubrificar os lábios do paciente com vaselina 4. Levar a moldeira até a boca para individualizar a anatomia de fundo de sulco 5. Injetar alginato no fundo de vestíbulo superior e entre rebordo e língua 6. Alginato na moldeira e faz a moldagem em boca a. Se apresentar bolhas eventualmente, pode fazer uma nova moldagem de reembasamento, com alginato 50% mais fluido. Técnica de moldagem ideal: A que o operador indica ao material, através de algum artifício de técnica, reproduzindo os detalhes anatômicos necessários. 7. Desinfecção do molde com hipoclorito de sódio a 1% e deixar em recipiente fechado por 10 minutos. 8. Vazar gesso com tipo III, pegando todos os fundos de sulco pré-estabelecidos na moldagem Técnica de moldagem com Godiva 1. A placa de godiva deve ser plastificada em água quente formando uma bola homogênea 2. Pressiona-se sobre a moldeira, cobrindo toda a área 3. Coloca-se novamente na água quente e plastifica novamente 4. Leva à boca do paciente, fazendo movimentos que simulem funcionamento do fundo de vestíbulo 5. Desinfecção com glutaraldeído a 2% por 10 minutos. 6. Vazar gesso com tipo III. Técnica da moldagem com Silicone 1. Manipular silicone denso/pesado e colocar na moldeira 2. Levar a boca do paciente, repetir os procedimentos das outras moldagens 3. Reembasar com o fluido do silicone para obtenção de mais detalhes 4. Levar novamente a boca. 5. Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% glutaraldeído a 2% por 10 minutos 6. Vazar gesso com tipo III PETTER BROCKER 5 Moldagem Anatômica Dividida em 2 fases: Vedamento periférico Moldagem Funcional Moldeiras Individuais Objetivo Principal: Determinação dos limites da área chapeável, de acordo com a fisiologia dos elementos anatômicos. Deve ser construída o mais adaptável possível sobre o modelo anatômico. Pode ser feito alívios nas áreas de maior retenção, ou ainda, alívio total com cera 7 ou 9 em toda a região, o mais fino possível. Confeccionar o cabo da moldeira, com aproximadamente 10mm de alturaMateriais que podem ser utilizados na confecção da moldeira individual: Resina acrílica autopolimerizável 1. Manipula o material 2. Envolve entre 2 placas de vidro previamente isoladas com vaselina e pressiona mantendo um espaço com palitos ou cera 7 dupla, controlando a espessura. 3. Adapta ao modelo de gesso até a polimerização 4. Fabrica o cabo Resina acrílica termopolimerizável Resina composta fotopolimerizável Placas de poliestireno Ambas as placas devem ser recortadas/ajustadas no acabamento, na região estabelecida pelo fundo de vestíbulo. Vedamento Periférico O material mais indicado para esse procedimento é a godiva de baixa fusão, mas também pode ser utilizado resinas termoplásticas e silicones pesados. 1. Após escolha do material, aplicar sobre as margens da moldeira, de forma que faça o contorno completo pela moldeira. 2. Levar até à boca do paciente, pode-se pressionar com o dedo os lábios do paciente para que molde a musculatura envolvida e esperar que tome presa. É de extrema importância que o Vedamento faça a cópia completa de todas as anatomia da região, fazendo com que a funcionalidade atinja seu objetivo, definindo por completo o selamento periférico da prótese em suas extremidades. 3. Após o selamento, deve seguir com a 2ª etapa, onde utiliza-se um material de moldagem com viscosidade média para baixa que vai recobrir por completo a área interna da moldeira e a godiva ou silicone pesado utilizado no Vedamento periférico. Após todo o processo de moldagem, basta fazer o encaixotamento, o qual possui fazer a cópia perfeita de todas as regiões moldadas até o fundo de vestíbulo, copiando o vedamento realizado. PETTER BROCKER 6 Encaixotamento 1. Envolver na lateral do molde uma tira quadrada de cera utilidade, fixando com espátula aquecida 2. Região posterior uma lamina mais larga de cera utilidade. 3. Com laminas de cera 7, levanta uma muralha de cerca de 25mm, fixando-a na cera utilidade, com espátula aquecida, servido como contenção do gesso. 4. Após o encaixotamento pronto, vazar gesso tipo III e esperar tomar presa 5. Remover as ceras do encaixotamento e remover o modelo de gesso. 6. Recortar o modelo para remoção de excessos. Base de Prova e Planos de Orientação Base de Prova o Feitas sobre o modelo de gesso obtido o Material utilizado: Resina acrílica (Auto, termo ou fotopolimerizáveis) o Termopolimerizada possui vantagens: Possibilita a confirmação de resultados da moldagem funcional antes do termino do trabalho São mais estáveis sobre o rebordo de Edentados o Prensadas: São indicadas para situações de defeitos ósseos ou áreas muito retentivas. Porém, levam a destruição do modelo de gesso obtido. Planos de Orientação o São feitos em cera 7 ou cera 9, fundidas em um conformador ou ainda compactados prontos. Podem ser ainda confeccionados com cera 7 dobrada sobre si. o Deve recobrir a base inteira, na região onde vai ser alocado os dentes. Orientação Superior Suporte Labial Observar: Compensar a perda alveolar Contorno adequado do plano de cera para dar suporte a musculatura e facilitar a colocação dos dentes artificiais. o Objetivo: Fazer com que os lábios acompanhem o perfil do paciente, baseado em 3 pontos: Glabela, Subnásio e Mento. Altura Incisal o Porção visível dos dentes com os lábios em repouso. Linha do Sorriso o Curva que acompanha a borda superior do lábio inferior. Corredor Bucal o Espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha. PETTER BROCKER 7 Linha Média o Linha que coincide com o contato proximal das faces mesiais dos dentes incisivos centrais. Orientação Superior Dimensão vertical o Altura do terço inferior da face ou relação espacial da mandíbula em relação a maxila no plano vertical. Relação Centrica o É uma posição em que os côndilos da mandíbula estão dentro da cavidade glenoide, encostando nas paredes superior e posterior dessa cavidade, quando a mandíbula está em retrusão e quando a musculatura está relaxada.
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