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Melanie Klein 2 3 Contribuições para Psicanálise Etapas primitivas do desenvolvimento psicossexual e fantasias inconscientes Primeiras defesas contra a angústia Teoria das posições Conceito sobre a formação do ego, superego e situação edipiana Novo status dado ao objeto e as relações internas BIOGRAFIA Melanie Klein 4 Biografia Melanie Klein foi uma das maiores psicanalistas da história. Nasceu em 30 de março de 1882, em Viena. Faleceu em 22 de setembro de 1960. 5 Conceitos sobre as etapas primitivas do desenvolvimento psicossexual 6 7 Ao falar de Klein, é importante entender que sua teoria tem grande embasamento na psicanalise de Freud, e que a maioria das contribuições por ela realizadas, eram ideias somatórias e não controvérsias as que o autor expôs em suas obras. Para Klein, o termo fase é incorreto, pois acreditava que os estágios ou posições não tem tempo determinado nem idade na qual se sucedem, e sim funcionam de maneira dinâmica durante a vida inteira 8 Na teoria de Klein, em contrapartida da freudiana, as posições também não têm ordem certa para acontecer, como Freud propõe que primeiramente viria as fases oral, depois e anal e a fálica para finalmente atingir a libido sexual genital. Para ela, já no primeiro ano de vida, a criança alterna, em seu psiquismo, as posições esquizoparanóide e depressiva e essas não terminam, repetindo-se ao longo da vida constantemente. 9 De acordo com a teoria metapsicológica kleiniana, portanto, há que se considerar que cada criança nasce com um “dote pulsional”, um quantum de pulsão de vida e de morte, cujo equilíbrio se mantém quando o bebê está livre de tensões internas e/ou externas. Dessa forma, as experiências gratificadoras – como o carinho da mãe – reforçam a pulsão de vida e as experiências frustradoras – como a ausência da mãe – intensificam a pulsão de morte. No primeiro ano de vida, as vivências entre mãe e bebê são marcadas por uma modificação importante no que diz respeito às relações de objeto: a relação com o objeto parcial dá lugar à relação com o objeto total. 10 Enquanto Freud (1905/1996) admitia que a vida sexual da criança só era passível de ser observada em torno dos três ou quatro anos de idade, Klein teorizou o desenvolvimento libidinal em estágios psicossexuais desde o primeiro ano de vida, sendo a relação arcaica com a mãe o principal elemento de constituição do psiquismo. A organização da libido, do ponto de vista kleiniano, é dividida entre uma etapa pré-genital, com os estágios sádico-oral, sádico-uretral e sádico-anal, em que o sadismo predomina, e em uma etapa genital, quando a libido se sobrepõe ao sadismo. 11 No estágio sádico-oral descrito por Klein (1932/1997b), o bebê, inicialmente, apresenta um grande prazer em sugar o seio da mãe, mas, quando surge a impossibilidade de satisfação, o resultado é uma frustração interna e externa, já que o bebê almeja uma satisfação ilimitada. Mordendo, ele realiza o desejo sádico de destruir o objeto que gerou frustração. As fantasias cruéis também são expressas por meio da urina, como acontece no estágio sádico-uretral. O sadismo uretral se manifesta por meio de fantasias de inundação e destruição em que a urina da criança, em grandes quantidades, atuaria como um veneno que encharcaria, afogaria e queimaria o seio da mãe. No estágio sádico-anal, há um simbolismo por trás do ato de evacuar as fezes. Para o bebê, funciona como se ele estivesse expulsando o objeto incorporado, ato seguido por sentimentos hostis e cruéis e desejos de destruição. Fantasias Inconscientes 12 Fantasia de satisfação de desejos 13 A natureza das fantasias estão relacionadas com a realidade externa. A formação das fantasias e uma função do ego. A Fantasia não é simplesmente uma fuga da realidade ,mas um constante e inevitável acompanhamento de experiencias reais ,com as quais esta em constante interação. Fantasias inconscientes 14 As fantasias inconscientes para Klein seria o representante psíquico ou correlato mental dos instintos (para Freud instinto seria a fronteira entre o mental e o somático, representam o estímulo que se originam dentro do organismo e atingem a mente). A primeira fome e o esforço instintual para satisfaze-la, vem acompanhada pela fantasia de um objeto capaz de sacia-la. Bebê que adormece chupando o dedo: fantasia que está incorporando o seio (fantasia que tem dentro de si o seio que dá o leite). Exemplos de fantasias inconscientes 15 Primeiras defesas contra a angústia 16 17 Melanie Klein fundamentou sua teoria na observação do bebê em seu primeiro ano de vida. O ego é obrigado a lidar com a angústia que advêm do excesso pulsional experimentado pelo bebê nos primeiros meses, tendo que dominá-la e para isso cria mecanismos defensivos. A angústia para Klein é promotora de mecanismos defensivos. Teoria das posições 18 Posição Paranoide-Esquizoide 19 Seio bom Seio mal Emoções Ambivalentes Sentimentos paranoicos de perseguição Clivagem Posição Depressiva 20 O bom e o mau podem existir em um único objeto. Posição Depressiva 21 Ansiedade Culpa Desejos de reparação Sentimento de empatia Conceito sobre a formação do ego, superego e situação edipiana. 22 23 Ego: Freud x Klein Amamentação Desenvolvimento ego Divisão do ego Superego: Visão Kleiniana Analise crianças pequenas Pulsão de Vida x Pulsão de Morte Complexo de Édipo 24 Complexo de Édipo 25 Complexo de Édipo 26 Ambivalência Tendências Orais Incerteza da Escolha Novo status dado ao objeto e as relações internas. 27 Objeto: 28 Freud: A relação de objeto, somente é estabelecida após a dissolução do Complexo de Édipo, quando um terceiro elemento se interpõe na relação entre o filho e a mãe e a criança pode se abrir ao contato com o mundo, até então povoado por uma relação narcísica. Melanie Klein: a criança estabelece relações de objeto desde o nascimento, em especial com os pais. O contato com o seio da mãe satisfaz suas necessidades e seus desejos libidinais. Nesse sentido, a criança, quando entra em contato com esse outro, entende-o de acordo com suas próprias expectativas e fantasias, que podem ou não corresponder ao objeto real. 29 “O uso que Freud faz do termo ‘objeto’ é aqui um tanto diferente do uso que eu faço, pois ele está se referindo ao objeto de um alvo pulsional, ao passo que eu tenho em mente, além disso, uma relação de objeto que envolve as emoções, fantasias, ansiedades e defesas do bebê.” M. Klein Objetos parciais: 30 O primeiro objeto de desejo do bebê é parcial, na medida em concerne a seus aspectos isolados. Assim, logo após o nascimento, devido a premente necessidade de alimentação, a primeira relação objetal do bebê é em relação ao seio da mãe. Klein designou os objetos parciais como as primeiras experiências emocionais do bebê, gratificantes ou frustradoras – “boas” ou “más” respectivamente. Notamos aqui que “bom” e “mau” não possuem qualquer conotação no sentido moral, mas “prazer desprazer” que o bebê sente a partir de suas experimentações e conhecimentos inatos e adquiridos. 31 O bebê relaciona com objetos externos de formas fantasiosas e real. O primeiro objeto é o seio que alimenta, e posteriormente surge interesse pelo rosto e mãos que atendem suas necessidades e gratifica. Relações internas: 32 Por meio da fantasia é internalizados ou introjetam em sua estrutura psíquica esses objetos. Não são apenas pensamentos sobre coisas que estão do lado de fora da criança, são fantasias ativas que os objetos de fato estão dentro dela própria, assim como as características desses objetos. Tem haver com levar para dentro algo que está de fora, apropriando de verdade, internalizando qualidades, sentimentos emoções e outras coisas que vêm de fora da pessoa. 33 Durante o processo de desenvolvimento vemos as crianças fazerem isso a partir dos pais, às vezes, pegando coisas positivas e fazendo suas, ou pegando más características e lidando com elas. Essa noção de objetos internalizados de M. Klein, guarda um certo parentesco com a noção de Superego de Freud, que é a internalização dos ideais e valores morais dos pais. Obrigado! 34
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