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Novembro/2019 Kathryn Arantes 1- Hemiplegia laringeana Relato de caso: Animal jovem, apresentando grave falta de ar e cianose (asfixia), em estado de repouso. Pela endoscopia, foi possível observar o fechamento total (colabamento) da laringe, sendo diagnosticado como Hemiplegia laringeana. Protocolo - como o animal não está respirando, já em estado cianótico, se faz primeiramente uma Traqueotomia de emergência que será temporária. É feito uma incisão na traquéia para que haja passagem de ar, que será temporária, apenas para o animal conseguir respirar e ser levado para a cirurgia. Tratamento - Cricoaritenopexia, é a mais indicada (onde é feito a sutura da cartilagem cricóide na cartilagem aritenóide), pois esta técnica permite a correção da mesma.. Aritenoidectomia - é a retirada daquela região, retira um pedaço. Não é a mais indicada, pois não permite correção após ser retirada, podendo ter como consequências passagem da ingesta/pneumonia aspirativa com o tempo. Obs: Cricoaritenopexia também tem como consequência a pneumonia aspirativa, porém, as chances de acontecer são bem menores/mais lenta do que uma Aritenoidectomia. 2- Caso de Aderência entre as paredes da cavidade - muito comum em cirurgias de herbívoros, principalmente em equinos. Causas: Peritonite, inflamação do peritônio, que pode ser causada pela própria manipulação cirúrgica durante a realização do procedimento. Fios da sutura que ficam expostos na região do mesentério. Uso de antibióticos na cirurgia - é errado usar, pois são substâncias irritantes na mucosa. Os resultados da cirurgias são muito melhores quando não usado quando comparado com aqueles que usaram. Outras complicações da abertura da cavidade abdominal: Aderências - processos inflamatório no peritônio Eventração - quando teve falha na sutura da muscular (quando a sutura é muito tensionada ou feita de forma incorreta), ocorre a eventração, a correção é botar uma tela cirúrgica 60 dias +/- após a cirurgia. Deiscência dos pontos. Obs: Quanto menos manipulação da ferida cirúrgica, melhor! Só se mexe na ferida do pós operatória de houver necessidade, como na presença de secreções como pus (fora isso, não é necessário ficar passando pomadas e trocando curativo). 3- Enterólito/cálculo intestinal Geralmente ocorre em animais idosos, com mais idade, pois demoram anos para se formarem, então é mais raro ver em animais filhotes/jovens. Relato de potro com cólica leve a moderada, com presença de muco nas fezes, sem alterações gerais. Foi levado ao centro cirúrgico para uma uma laparotomia exploratória, onde foi encontrado um pequeno enterólito em uma das alças, e com o ceco dentro do cólon (o ceco simplesmente entrou para dentro do cólon). Causa - animal tinha uma alimentação extremamente errada e inadequada, o que auxiliou na formação de um cálculo tão cedo (o animal se alimentava e restos de uma fábrica e salgadinho) Tratamento: Enterotomia - abertura da cavidade intestinal para remoção do cálculo. 4- Perfuração de Intestino por Corpo Estranho Caso - animal passou por uma viagem de 3 horas até o hospital com uma perfuração por corpo estranho (um pedaço grande de madeira) em região abdominal. Animal estava com extravasamento de fezes pelo local atingido, já em péssimo estado geral com várias alterações sistêmicas. Protocolo - estabilizar o paciente e analisar a situação. Prognóstico muito ruim, com possível eutanásia, pois o caso era muito grave. Obs: Em casos de perfuração da alça intestinal, a contaminação é muito rápida (após 6 horas da ruptura, o animal entra em septicemia), sendo muito difícil de converter a situação.
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