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Obesidade: Definição, Epidemiologia e Aspectos Clínicos

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OBESIDADE 
YANA MARCIA MONTE COELHO 
DEFINIÇÃO 
A obesidade é uma doença crônica que pode ser definida 
como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou 
generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional 
associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-
metabólicos. 
DEFINIÇÃO 
 
Obesidade é uma doença multifatorial, recidivante e 
muitas vezes silenciosa, e se não prevenida e cuidada 
corretamente, tem um impacto devastador na vida do 
indivíduo, bem como na economia do País. A prevenção 
e o tratamento da obesidade se caracterizam por uma 
abordagem multiprofissional e transdisciplinar. 
http://www.ans.gov.br/images/Manual_de_Diretrizes_para_o_Enfrentamento_da_Obesidade_na_Sa%C3%BAde_Suplementar_Brasileira.pdf 
São consideradas com excesso de peso pessoas com 
índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 25, e 
obesas as que possuem IMC igual ou acima de 30. O 
resultado é obtido pela divisão do peso do indivíduo 
pela altura ao quadrado. 
EPIDEMIOLOGIA 
Hábitos dos brasileiros impactam no 
crescimento da obesidade e aumenta 
prevalência de diabetes e 
hipertensão; 
Prevalência de obesidade duplica a 
partir dos 25 anos ; 
Cresce o consumo regular de frutas e 
hortaliças. Em 2008 era 33,0%, e 
2016, 35,2% Em 2016, apenas 1 entre 
3 adultos consomem frutas e 
hortaliças em 5 dias da semana 
 
VIGITEL BRASIL 2016 
VIGETEL,2016(VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E 
PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO 
TELEFÔNICO . 
 
 
Estabilidade no consumo 
abusivo de álcool e 
também de qualquer 
quantidade de bebida 
alcoólica antes de dirigir 
EXCESSO DE PESO Mais da metade 
da população está com peso acima do 
recomendado OBESIDADE 18,9% dos 
brasileiros estão obesos 
Aumento de 61,8% de diabetes 
Aumento de 14,2% de hipertensão 
HÁBITOS SAUDÁVEIS 
Aumentou consumo regular de 
frutas e hortaliças Reduziu 
consumo de refrigerantes e 
sucos artificiais Aumentou 
atividade física no lazer 
Cai consumo regular de 
refrigerante ou suco 
artificial Em 2007 o 
indicador era de 30,9% e em 
2016, foi 16,5% 
EPIDEMIOLOGIA 
 A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 
44 anos, atinge indicador alto: 17%. 
 Excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos Passando de 42,6% em 2006 para 
53,8% em 2016 
 O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. 
 Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por 
semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. 
 O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e 
o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. 
 
OBESIDADE 
 Obesidade cresceu 60% em dez anos De 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016 
 Frequência é semelhante entre os sexos 
 Obesidade é maior entre os que tem menor escolaridade 
 
OBESIDADE: ASPECTOS 
PSICOSSOCIAIS 
oNão se classifica a obesidade como um transtorno psiquiátrico. 
oEstudos sobre preconceito com relação à obesidade na infância 
demonstraram que essas crianças são avaliadas como preguiçosas, 
sujas, burras, feias, trapaceiras e mentirosas. 
o Sintomas de estresse, tais como ansiedade, depressão, nervosismo e o 
hábito de se alimentar quando problemas emocionais estão presentes, 
são comuns em pacientes com sobrepeso ou obesidade, sugerindo 
relação entre estresse e obesidade. 
o O estresse pode ser uma consequência da obesidade devido a fatores 
sociais, à discriminação e, alternativamente, a causa da obesidade. 
o Diminuição da autoestima, isolamento e diminuição das práticas 
sociais também são comuns. 
 
OBESIDADE : ASPECTOS CLÍNICOS 
o A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, 
ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. 
o Durante a consulta de um paciente que apresente sobrepeso ou obesidade, é 
fundamental avaliar as causas que levaram ao excesso de peso, bem como investigar 
possíveis morbidades associadas. 
o Doenças endócrinas podem estar associadas a obesidade mas não são tão frequentes. 
São elas: hipotireoidismo, ovários policísticos, deficiência do hormônio do crescimento, 
insulinoma (tumor de pâncreas) e hiperinsulínismo, Síndrome de Cushing, etc. 
o Devemos também lembrar que a obesidade pode ser ocasionada pelo uso de certos 
medicamentos, entre os quais os psicotrópicos, cortisona, antidepressivos tricíclicos e o 
lítio. Existem também várias síndromes genéticas que causam a obesidade 
CAUSAS DA OBESIDADE 
GENÉTICA........ 
 
O fato de haver forte influência genética na 
obesidade não indica que esta seja 
inevitável, devendo-se por em prática todos 
os esforços para tentar adequar o peso 
dessas crianças e realizar, assim, um 
importante trabalho preventivo, numa 
condição ligada a tantos efeitos deletérios 
em curto, médio e longo prazos. 
OBESIDADE: ASPECTOS CLÍNICOS 
O IMC é calculado 
dividindo-se o peso do 
paciente pela sua altura 
elevada ao quadrado 
Para o diagnóstico em 
adultos, o parâmetro 
mais comumente 
utilizado é o do índice de 
massa corporal (IMC). 
Para ser considerado 
obeso, o IMC deve estar 
acima de 30. 
IMC-INDICE DE MASSA CORPOREA 
 EXCESSO DE PESO =Quando um indivíduo apresenta um peso que excede o 
padrão baseado de acordo com a sua altura. 
 OBESIDADE = condição de gordura excessiva, generalizada ou localizada 
ATENÇÃO...... 
 Obs.: nem todo o aumento de peso está relacionado à obesidade. Atletas são 
mais “pesados” pois possuem maior massa muscular, e não adiposa. 
IMC 
Observações sobre o IMC: 
O IMC é um bom indicador, mas não totalmente correlacionado 
com a gordura corporal. 
As suas limitações são: 
Não distingue massa gordurosa de massa magra 
Não reflete, necessariamente, a distribuição da gordura 
corporal. Indivíduos com o mesmo IMC podem ter diferentes 
níveis de massa gordurosa visceral 
MEDIDA ABDOMINAL 
AVALIAÇÃO COMBINADA 
A associação da medida da circunferência abdominal com o IMC pode oferecer uma 
forma combinada de avaliação de risco e ajudar a diminuir as limitações de cada 
uma das avaliações isoladas. 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
O Que Sente? 
 O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo 
quando atinge valores extremos. 
Características: 
 Abdome globoso ou em avental; 
 Limitações de movimentos; 
 Tendem apresentar infecções de pele em suas dobras de gordura. 
 Tendem apresentar problemas de coluna e membros inferiores, apresentando a 
longo prazo degenerações (artroses) de articulações, da coluna, quadril, joelhos 
e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com 
úlceras de repetição e erisipela 
COMPLICAÇÕES E FATORES DE RISCO 
 A obesidade é fator de risco para uma série 
de doenças. 
 O obeso tem mais propensão a desenvolver 
problemas como hipertensão, doenças 
cardiovasculares, diabetes tipo 2 (e suas 
complicações: retinopatia, pé diabético, etc 
...), dislipidemia, entre outras. 
 O excesso de mortalidade condicionada 
pela obesidade decorre principalmente da 
maior ocorrência de eventos 
cardiovasculares. 
 
COMPLICAÇÕES E FATORES DE RISCO 
 A obesidade predispõe a outras morbidades tais como: apneia 
obstrutiva do sono, alterações da ventilação pulmonar, doenças da 
vesícula biliar (ex. litíase biliar), esteatose hepática, pancreatite aguda, 
cirrose e hepatocarcinoma, osteoartrite, osteoartrose (joelho e 
quadril), transtornos psiquiátricos (de humor, ansiedade, 
personalidade, alcoolismo), entre outras... 
Associação entre IMC elevado e risco de câncer de: Câncer de cólon, reto 
e próstata tem sido observados em homens obesos, enquanto a 
obesidade em mulheresse associa à maior frequência de câncer de 
vesícula, endométrio e mamas. 
 
TRATAMENTO :OBESIDADE 
TRATAMENTO 
 O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. 
 Várias especialidades médicas geralmente estão envolvidas no tratamento, assim 
como outros profissionais de saúde: nutricionista, educador físico, psicólogo e 
enfermeiro. 
 Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva 
mudança de estilo de vida. 
 Quanto maior o grau de excesso de peso, maior a gravidade da doença. 
 Para o sucesso do tratamento dietético, deve-se manter mudanças na alimentação 
por toda a vida. 
 MEV 
ESTRATÉGIAS COMPORTAMENTAIS: 
ORIENTAÇÕES 
 AUTOMONITORAMENTO: Registros escritos sobre sua ingestão 
alimentar diária, episódios de compulsão e eventos desencadeantes 
 CONTROLE DE ESTÍMULOS: Pode-se utilizar o controle de estímulos 
para modificar situações que antecedem o comportamento disfuncional, 
como ingesta em excesso ou inatividade física. 
 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA: Consiste em modificar o sistema de 
crenças dos pacientes, visando à reestruturação cognitiva. 
Identificar e corrigir crenças e pensamentos disfuncionais com relação ao 
 peso e à alimentação é um dos objetivos desta estratégia. 
 
COMPULSÃO ,ANSIEDADE, 
OBESIDADE 
Estratégias Comportamentais 
 
Um dos objetivos do uso das técnicas 
comportamentais é que o paciente possa 
identificar os estímulos que antecedem o 
comportamento compulsivo, bem como situações 
que facilitam a não aderência ao tratamento e, 
consequentemente, seu insucesso. As estratégias 
cognitivo-comportamentais são utilizadas 
visando à modificação de hábitos prejudiciais ao 
paciente. 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Idealmente, deve-se estabelecer o grau de obesidade no qual se aceita a 
intervenção com medicamentos em cada população, mas os critérios aceitos são: 
 1) IMC de 30 kg/m2 ou 25 kg/m2 na presença de comorbidades; 
2) falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. 
Existem, atualmente, alguns medicamentos registrados para tratar a obesidade 
no Brasil: dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol, sibutramina e 
orlistate,saxenda. 
Esse medicamentos devem ser prescritos e acompanhados por um profissional 
médico (estimulação do SNC. ... Taquicardia, PA ...) 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 45 kg/m² associa-se a diminuição da 
expectativa de vida e aumento da mortalidade por causa cardiovascular, podendo chegar a 
90% em grandes obesos. 
Portanto, a cirurgia bariátrica (CB) é um recurso consistente nos casos de obesidade grave 
com falha de tratamento clínico, proporcionando aos pacientes redução nos índices de 
mortalidade e melhora de comorbidades clínicas, como se demonstrou em estudo 
observacional de dez anos de seguimento. 
 
CIRURGIA BARIÁTRICA 
CIRURGIA BARIÁTRICA/FAMOSOS

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