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Mecânica dos Solos Professor: MSc. Paulo G. T. Marinho Filho Determinação do teor de umidade em amostras de solo Coleta de amostra em campo • Para entender o comportamento dos solos, faz-se necessário primeiramente realizar a coleta de material; 2016 Coleta de amostra em campo • Definições • Poço: Escavação vertical de seção circular ou quadra, quando projetada em um plano horizontal, com dimensões mínimas suficientes para permitir o acesso de um observador, visando a inspeção das paredes e fundo, e retirada de amostras representativas deformadas e indeformadas; • Trincheira: Escavação geralmente vertical, ao longo de uma determinada linha ou seção de modo a se obter uma exposição contínua do terreno, com dimensões variáveis, sendo as mínimas suficientes para permitir o acesso de um observador, visando a inspeção das paredes e fundo, e retirada de amostras representativas deformadas e indeformadas; Coleta de amostra em campo • Definições • Amostra indeformada: Extraída com o mínimo de perturbação, procurando manter sua estrutura e condições de umidade e compacidade ou consistência naturais. Coleta de amostra em campo • Definições • Amostra deformada: Extraída por raspagem ou escavação, implicando na destruição da estrutura e na alteração das condições de compacidade ou consistência naturais. Coleta de amostra em campo • Definições • Amostra deformada: Extraída por raspagem ou escavação, implicando na destruição da estrutura e na alteração das condições de compacidade ou consistência naturais. Preparação de amostras • Antes de iniciar a caracterização das amostras, é necessário entender alguns aspectos; • A amostra segundo o dicionário é “pequena porção de alguma coisa dada para ver, provar ou analisar, a fim de que a qualidade do todo possa ser avaliada ou julgada.” • O processo consiste então em secar, destorroar, quartear, pesar e peneirar a amostra para que ao final do processo obtenha-se uma quantidade suficiente, homogênea e representativa do solo a ser analisado. Preparação de amostras • Destorroamento da amostra: • A finalidade deste procedimento é desagregar as partículas menores das partículas maiores do solo; • A amostra é colocada no almofariz de porcelana, com capacidade de 5 kg de solo, e aos poucos, com auxílio da mão de gral, recoberta de borracha, pressiona-se a amostra, fazendo-se movimentos circulares até se conseguir uma total desagregação das partículas do solo; • O destorroamento não deve reduzir o tamanho real das partículas, para tanto a mão de gral deve ter seu recobrimento em perfeito estado Preparação de amostras • Quarteamento da amostra: • Definição: É o processo pelo qual se extrai uma amostra menor da amostra total, sendo esta amostra homogênea e representativa. • O procedimento deve ser realizado com amostra destorroada, podendo ser utilizado um repartidor de amostras. Preparação de amostras • Seguiremos os procedimentos comentados na ABNT NBR 6457/2016 em substituição a NBR 6457/1986 • Ensaios de caracterização englobam: • Determinação do teor de umidade de solos • Análise granulométrica • Determinação dos limites de liquidez e pllasticidade • Massa específica das partículas Preparação de amostras • Para a determinação do teor de umidade de amostras de solos deverá ser utilizado o ANEXO A da normativa citada; • A aparelhagem a ser utilizada: • Balanças que permitam pesar nominalmente 200g, 1,5kg e 5kg, com resolução de 0,01g, 0,1g e 0,5g, respectivamente e sensibilidade compatível; • Estufa capaz de manter a temperatura entre 60 ºC e 65 ºC e entre 105º e 110ºC; • Recipientes adequados, confeccionados com material não corrosível, como cápsular metálicas; Método da estufa Preparação de amostras • Método do ensaio: • Tomar uma quantidade de material, função dos grãos maiores contidos na amostra, como indicado na Tabela A.1, detorroar, colocar no estado fofo, em cápsulas metálicas adequadas, e fechar com a tampa. Pesar o conjunto, com a resolução correspondente, e anotar como M1. Fonte: ABNT NBR 6457/2016 Método da estufa Preparação de amostras • Método do ensaio: • Remover a tampa e colocar a cápsula em estufa, à temperatura de 105 ºC e 110 ºC, onde deve permanecer até apresentar constância de massa. Normalmente, um intervalo de 16 h a 24 h é suficiente para secagem do material, podendo intervalos maiores serem necessários, dependendo do tipo e da quantidade de solo ou se o material estiver muito úmido. A tampa não deve ser recolocada enquanto o material estiver em estufa; • OBS.: SOLOS ORGÂNICOS, TURFOSOS SÃO SECADOS EM ESTUFA, À TEMPERATURA DE 60 ºC a 65 ºC, REQUERENDO INTERVALOS MAIORES DE SECAGEM Método da estufa Preparação de amostras • Método do ensaio: • Retirar a cápsula da estufa e transferi-la para o dessecador, onde deve permanecer até atingir a temperatura ambiente. Recolocar a tampa e pesar o conjunto, com a resolução correspondente, e anotar como M2; • Efetuar no mínimo três determinações do teor de umidade da amostra. Método da estufa Determinação do teor de umidade • Cálculos: • Após a determinação das massas (M1 e M2) pode-se determinar o teor de umidade das amostras de solo utilizando a seguinte equação: Onde: h – teor de umidade, expresso em porcentagem M1 – Massa de solo úmido + massa do recipiente (em gramas) M2 – Massa do solo seco + massa do recipiente (em gramas) M3 – Massa do recipiente com tampa (em gramas) É necessário que seja calculada a média dos teores de umidade calculado para cada amostra de solo; Quando necessária grande acurária do resultado do teor de umidade, pelo menos os valores de duas determinações obtidos não devem diferir 0,2% 𝒉 % = 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐 𝑴𝟐 − 𝑴𝟑 𝒙 𝟏𝟎𝟎 𝑭𝑪 = 𝟏 𝟏 + 𝒉 Quando deseja-se determinar o peso de solo seco, utiliza-se a seguinte equação para o fator de conversão Método da estufa Preparação de amostras • Este procedimento pode ser usado no campo, quando autorizado pela fiscalização. Restrições são devidas à falta de controle da temperatura, que causa queima de matéria orgânica e pode provocar “cracking” em partículas de argila por perda de água de constituição. Como a queima de álcool comum deixa água como resíduo, só deve ser usado álcool etílico não hidratado. Método expedito do álcool Preparação de amostras • APARELHAGEM • a) Balança com capacidade 200 g e sensibilidade 0,01g; • b) cápsulas metálicas com tampa, com numeração marcada de forma permanente; • c) espátula de aço de ponta arredondada (~ 8 cm de comprimento); • d) pinça com tamanho suficiente para manipular a cápsula utilizada. Método expedito do álcool AMOSTRA Tomam-se cerca de 50 g de solo a ser ensaiado, passando na peneira de 2,0 mm. Preparação de amostras Método expedito do álcool PROCEDIMENTO 1) Pesar cada cápsula (seca e limpa) com tampa (P1); 2) Colocar cada amostra na cápsula, espalhar e tampar. Pesar e anotar (P2); 3) Adicionar álcool etílico à amostra, revolvendo-a com a espátula; 4) Atear fogo à amostra, estando a cápsula presa com as pinças e revolvendo continuamente a amostra para evitar grumos de solo, até que toda a água se evapore. 5) Repetir os procedimentos (3) e (4) até observar constância de massa. (Geralmente isto ocorre a partir da terceira pesagem. Depois de cada queima, a cápsula é imediatamente tampada, e a pesagem é feita com a cápsula à temperaturaambiente.) 6) Pesar a cápsula com o solo seco e anotar (P3). CÁLCULOS 1. Peso da água Pw= P2 – P3 2. Peso do solo seco Ps = P3 – P1 3. Teor de umidade h = 100 . Pw / Ps Preparação de amostras Método expedito do álcool Preparação de amostras Speedy test Fonte: acervo pessoal Determinação do teor de umidade Obs.: Não existem normas para utilização deste equipamento como método oficial para determinação do teor de umidade em amostras de solo Medidor de umidade com fonte de calor infravermelho Determinação do teor de umidade Obrigado pela atenção!
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