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LIDERANÇA X MOTIVAÇÃO: INFLUÊNCIAS E REFLEXOS ACADEMICOS: Fábio Costa Nascimento Jayza Sousa Maykon Guilherme da Silva Rayra Oliveira Costa TUTOR EXTERNO: Thaiany Tolentino RESUMO: A qualidade de vida no trabalho tem sido cada dia mais um dos objetivos das organizações, perante a uma realidade de mercado no qual o capital humano é tratado como um dos mais importantes para as empresas, compreender que cada dia que passa tem-se uma necessidade maior da valorização dos colaboradores. Esta relação tem oferecido a ambas as partes muitas vantagens, entre elas a de ter colaboradores comprometidos, motivados e muito felizes com o trabalho que exercem, e até mesmo agregando valores garantindo que a organização tenha qualidade e competitividade no mercado entre outras coisas mais que também é proporcionada, com esta forma de gestão inovadora. A metodologia utilizada para a elaboração é de base qualitativa, descritiva e bibliográfica com entrevista. É possível concluir que liderança tem um papel fundamental neste processo de gestão assim como os tipos de liderança a serem aplicados em todos os tipos de atividade mantendo sempre o sentimento de motivação nas equipes promovendo a retenção da mesma na empresa evitando a rotatividade que além de desgastar os colaboradores que ficam evita os custos de novos recrutamentos e os de demissões de colaboradores, aumentando desta forma as receitas de um modo geral. Palavras-chaves: Liderança. Motivação. Colaboradores. Organizações. 1 INTRODUÇÃO Para se alcançar altos níveis da satisfação dos colaboradores no trabalho existem vários fatores dentro da organização que são fundamentais, como por exemplo, um olhar minucioso na escolha da liderança e o tipo de liderança para cada atividade de que será desenvolvida, observa-se que com o mercado atual o capital humano tem ganhado uma valorização ampliada, considerado hoje em dia como um dos mais importantes capitais das empresas, e responsável por aumentar a qualidade, produtividade e a competitividade das organizações, com uma relação onde ambas as partes saem ganhando. Garantir essa qualidade de vida tornou-se algo interessante e inovador nas gestões empresariais, com um foco central voltado para a psicologia do trabalho no campo motivacional, interpretando comportamentos e compreendendo melhor os colaboradores, é possível o desenvolvimento de táticas operacionais para que ocorra o alcance desta qualidade. Sabemos que há um enorme desafio para garantir a qualidade de vida no trabalho, até conseguir aplicar as práticas de incentivos e técnicas de gestão não é uma tarefa fácil, porém neste artigo busca-se investigar as influências e reflexos da liderança na motivação. Para tanto se desenvolveu uma pesquisa de natureza descritiva como objetivo proposto, a coleta de dados apresentou-se em entrevista semiestruturada e a análise de dados realizado através da análise de conteúdo. A conclusão evidencia a importância da liderança na qualidade de vida no trabalho e quanto isso sugere que a produtividade das organizações. Para melhor desenvolvimento e interpretação deste artigo, o mesmo encontra-se formalizado em algumas seções. Na primeira seção, consiste em uma revisão de literatura pertinente ao tema proposto, com foco nos conceitos de Liderança, Motivação e Retenção de Talentos. A segunda seção apresenta a metodologia utilizada na realização da presente pesquisa e, por fim, a terceira seção, trazendo a conclusão da pesquisa e das referências bibliográficas utilizadas para o embasamento teórico das premissas discutidas nas seções existentes nesse estudo. 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA LIDERANÇA Liderança não é um dom exclusivo, porém alguns autores consideram a liderança uma arte, sendo que um líder é identificado por diversas qualidades e reconhecido por várias características, tem o poder de influenciar pessoas para chegar ao objetivo traçado, credibilidade no que diz, e arrasta seguidores, líder não é exclusividade de organizações, ele pode ser encontrado em diversos cenários desde a política, a um chefe de família, estas pessoas homens e mulheres são como uma luz, seus objetivos contagiantes e as pessoas que estão ao seu redor acabam sendo envolvido por este potencial que o líder possui. A liderança pode ser considerada uma das principais premissas para o sucesso das empresas. Liderança é o processo em que uma pessoa é capaz, por suas características individuais, de apreender as necessidades dos profissionais da empresa, bem como de exprimi-las de forma válida e eficiente, obtendo o engajamento e a participação de todos no desenvolvimento e na implementação dos trabalhos necessários ao alcance das metas e objetivos da empresa. (OLIVEIRA, 2009, p.195) Os líderes natos são pessoas que já nascem com a capacidade de liderança aperfeiçoada por natureza, porém esta capacidade pode ser acurada com treinamento, desenvolvimento e compreensão do comportamento humano, formando assim pessoas para liderar dentro das organizações. Ser um líder não é apenas dar ordens colocando seus interesses acima das pessoas, para ser reconhecido, pois para ser um líder e administrar uma empresa terá que mostrar o quanto é capacitado para seus colaboradores o seguirem, sendo que se deve ter a consciência de que não se alcançara nada sozinho, pois como afirma Maximiano (2009): Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores humanos. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades especificas é um líder. Um grande líder é aquele que tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de situações. (MAXIMIANO, 2009, P. 252) Havendo assim a necessidade dessa integração harmônica entre liderança e liderados. O líder é quem guia um grupo em torno de uma visão, mostrando o caminho a ser percorrido, garantindo o comprometimento de todos os colaboradores para chegar ao objetivo, o líder terá que acompanhar o desenvolvimento das atividades de cada um, orientando e fornecendo ferramentas e conhecimento para que seja feito da melhor forma o trabalho. De acordo com Chiavenato Liderança é necessária em todas as organizações humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar. Para os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos. (CHIAVENATO, 2003, p.122) Entende-se dessa forma que em todos os departamentos é muito importante que os líderes estejam preparados para lidar com pessoas, pois estas e as organizações têm objetivos diferentes e ambos devem ser alcançados. Ainda com Maximiano (2009): Em todas essas definições, assim como em outras semelhantes, a liderança é definida como uma relação de influência. Nessa relação, a figura do líder é dominante, como se a liderança fosse uma virtudeou competência que dá a algumas pessoas a capacidade de influenciar outras. No entanto, a liderança é mais que somente uma competência que, supostamente, algumas pessoas tem e outras não. (MAXIMIANO, 2009, P. 252) Compreende-se deste modo que o comportamento de um líder pode ser um fator fundamental na construção de bons resultados da equipe podendo determinar o sucesso da empresa, uma boa liderança é vista nos pequenos atos. Pode-se reconhecer um líder de qualidade quando ele mantem um bom relacionamento interpessoal, conhece as pessoas, tem estratégias e planejamentos de suas ações, sempre está bem capacitado e atualizado, sabe-se que nem sempre estas características são encontradas facilmente porém é preciso olhar com muita atenção para reconhecer um bom lider, pois a verdadeira liderança funciona em benéficos dos liderados este tipo de líder e amado, e elogiado pelas pessoas pois ele é um facilitador vai a frente abrindo os caminhos e quebrando barreiras para que todos alcancem seus objetivos. O líder tem sua influência reconhecida pelos seus seguidores que vem nele um reflexo de valores, motivação na busca dos resultados e com esta habilidade de trazer pra fora o melhor dos outros, compreender diferentes culturas e ser apaixonado pelo que faz, dessa forma o líder garante que sua trajetória seja motivadora e de muito sucesso. A capacidade de influência é uma característica percebível na liderança, estas pessoas não tem medo de se expor, tem uma eloquência na fala estão sempre disposto a ajudar e a dar um suporte. Tipos de liderança A figura do líder está presente nas organizações, porém cada empresa com seu estilo de liderança, podendo causar impacto direto nos seus liderados, não há um modelo de liderança certo para cada empresa, pois conforme a necessidade as organizações decidem a melhor forma de liderança a ser implantada, essa escolha influencia diretamente na organização com vantagens e desvantagens, desta forma compreende-se que é necessário, pois cada vez mais os resultados das organizações dependem das pessoas e de seu bem estar. É importante compreender que existe diferença entre estilo de liderança e líder, o líder é a pessoa responsável pelo cargo que coordena as pessoas que demanda as funções de forma formal ou informal determinando as atividades a serem seguidas. O estilo de liderança e a forma como a pessoa na capacidade de liderar influencia os demais liderados para alcançar o objetivo, consistindo deste modo nas atitudes para com seus colaboradores, a liderança pode ser estudada em termos de estilos buscando alcançar a melhor forma de lidar com os colaboradores, a forma de liderar é o que define o estilo de liderança que cada líder possui. Diversos são os autores que discorrem sobre o tema liderança, o que ocasiona diferentes pontos de vistas e uma multiplicidade de compreensões, porém, nesta pesquisa nos ateremos em três tipos de liderança, falaremos sobre cada uma delas, seus impactos diretos em seus subordinados, são elas: Liderança Autocrática, Liderança Democrática e Liderança Liberal. LIDERANÇA AUTOCRÁTICA Trata-se de uma liderança focada na qual o líder conduz todas as regras, ele quem divide as tarefas sem participação da equipe, todas as decisões de processo e ferramenta para a atividade ser executada é tomada exclusivamente pelo líder, deste modo não há autonomia na equipe para tomada de decisões. Centralizador não permite espaço para a equipe deixando a equipe sem nenhuma liberdade de escolha e ele que define as tarefas e quem vai executar. Liderança autocrática. O líder centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo. Compreende-se que o líder não deixa escolha para tomada de decisão da equipe trata-se um líder centralizador do poder da tomada de decisão ele decide e os colaboradores obedecem. Fica claro que não tem participação da equipe nas tomadas de decisões. (CHIAVENATO, 2003; VERGARA, 1999) LIDERANÇA DEMOCRÁTICA Liderança democrática predomina a democracia realmente, as decisões são tomadas com a participação do líder e dos liderados, nesta liderança percebe-se que é formado um vínculo de amizade na equipe, o líder consegue mesmo sem estar presente obter os resultados positivos da sua equipe, devido essa relação interpessoal que tem com os colaboradores ele por sua vez gera uma espécie de fidelização, com comprometimento dos liderados as atividades são desenvolvidas prazerosamente, pois a comunicação clara e espontânea permite que seja obtido estes resultados. De acordo com Vergara (1999, p. 76) “democrático é aquele que busca a participação. Ás vezes, até nos faz crer que só temos direitos (onde estão os deveres?)” (VERGARA, 1999, p.76). Deste modo fica compreendido que os envolvidos possuem uma satisfação em fazer parte da equipe, e tem bons desempenhos. A sinergia existente é tanta que mesmo sem o líder estar presente os colaboradores mantem as atividades sem perda da produtividade. Em consonância com Chiavenato (2010, p. 125) afirma que na liderança democrática “o líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas” (CHIAVENATO, 2010, p.125). Constata-se que neste tipo de liderança o líder aceita a participação da equipe permitindo que eles tomem também as decisões. LIDERANÇA LIBERAL (LAISSEZ FAIRE) É um tipo de liderança na qual o líder é liberal, ele permite que a tomada de decisões seja da equipe, não necessitando da participação dele, compreendido por Vergara (1999, p. 76) “Laissez-faire é aquele conhecido na intimidade por deixar rolar” (VERGARA, 1999, p.76). Seguindo assim algumas regras de parâmetro simples sem interferências, porém não é um tipo de liderança que apresenta bons resultados na maioria dos casos, os colaboradores conduzidos por esse tipo de liderança apresentam fortes sinais de insatisfação e individualismo, Em harmonia com liderança liberal, o líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o completamente à vontade e sem controle algum. Chiavenato (2010) percebe-se que desta forma a qualidade e quantidade das atividades não apresentam bons rendimentos, em contra partida no aspecto de análise individual de cada colaborador, é uma excelente ferramenta para conhecer as habilidades e níveis de conhecimento dos subordinados contribuindo para o desenvolvimento e a capacidade de alto confiança, desta forma percebe-se que em algumas situações a liderança liberal apresenta eficácia. Como em tudo na liderança é uma questão de análise das organizações de qual estilo e o melhor para a atividade desenvolvida. Liderança liberal. O líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa- o completamente à vontade e sem controle algum. Chiavenato (2010). Entende-se que este tipo de liderança não tem controle de equipe por isso que não e viável para todas as atividades de gestão. MOTIVAÇÃO É importante para o desenvolvimento de todas as atividades da vida humana, trata-se de um sentimento que é capaz de extrair os melhores resultados em produtividade e qualidade das pessoas, saber despertar a motivação nos colaboradores é extremamente importante, fazer com que eles sintam satisfação nas atividades desenvolvidas dentro da organização, as empresas que investem em bons ambientes de trabalho, refeitórios para alimentação incluindo o ambiente para descanso como forma motivacional tornando assim a vida dos colaboradores mais agradáveis. Existem pessoas que tem uma motivação interna, outras que são envolvidas pelos ambientes externo, no entanto tem aquelas que tem auto motivação diária, esse motivopara ação envolve desejos internos, sonhos objetivos de cada um é este comportamento que a psicologia do trabalho estuda, sempre em busca de mudança e melhoria da performance individual e coletiva dos colaboradores (BERGAMINI, 1997). Deste modo entende-se que a motivação deve ser desenvolvida com um enfoque na qualidade de vida do colaborador que por sua vez retribui com bons rendimentos dentro da organização. O homem é considerado um animal dotado de necessidade que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por diante, continua infinitamente. As necessidades motivam o comportamento das pessoas dando-lhe direção e conteúdo. Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de motivação: na medida em que cresce e amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis mais elevados. As diferenças individuais influenciam na duração, na intensidade e na possível fixação em cada um desses estágios. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem as necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto realização (CHIAVENATO, 2003). Necessidades fisiológicas: são necessidades primárias, vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo, necessidades psicológicas: são necessidade secundárias e exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidade (CHIAVENATO, 2003) Necessidade de autorrealização: São as necessidades mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa. São raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o ser humano procura maiores satisfações e estabelece metas crescentemente sofisticadas [...].(CHIAVENATO, 2003, p. 118) Para autores humanistas, a motivação é o impulso de exercer esforço para o alcance de objetos organizacionais desde que também tenha condição de satisfazer a alguma necessidade individual, em conformidade com o autor, Maximiano (2009) expressa que: A palavra motivação deriva do latim motivos, movere, que significa mover. Em seu sentido original, a palavra indica o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado, estimulado ou energizado por algum tipo de motivo ou razão. Motivo, motor e emoção são outras que têm a mesma raiz. O comportamento humano sempre é motivado. Sempre há um motor funcionando, que movimente o comportamento humano. (MAXIMIANO, 2009, p. 231) Observa-se que a motivação é essencial para os colaboradores, manter o estímulo através do sentimento de motivação traz uma forma mais agradável e prazerosa de viver no trabalho dando o melhor e consequentemente estará em constante desenvolvimento. Motivos internos são as necessidades, aptidões, interesses, valores e habilidades das pessoas. Os motivos internos fazem cada pessoa ser capaz de realizar certas tarefas e não outras; sentir-se atraída por certas coisas e evitar outras; valorizar certos comportamentos e menosprezar outros. São os impulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociólogos, como os grupos ou a comunidade de que a pessoa fez parte. (MAXIMIANO, 2009, p. 234) Compreende-se deste modo que a motivação ela não depende de fatores externos mais sim de fatores internos, onde cada ser humano tem seu motivo para agir. As teorias a respeito das necessidades humanas fornecem a primeira explicação importante sobre o papel dos motivos internos na motivação. Segundo essa ideia, o comportamento humano é motivado por estímulos interiores chamados necessidades, que são estados de carência. As pessoas agem nas mais diferentes situações, para satisfazer a esses estados de carência. (MAXIMIANO, 2009, p. 234). No entanto desta forma a motivação pode ser despertada através dos incentivos, uma vez que é preciso tê-la para mover-se em direção a ação que nos leva a concretizar planos, objetivos e metas que nos fazem chegar onde precisamos, tanto quanto as metas pessoais ou profissionais. A valorização dos colaboradores traz para organização uma competividade maior de mercado, que depende cada vez mais das pessoas que executam as tarefas organizacionais, formando assim o retrato da empresa e representando ela no mercado, entender as necessidades dos colaboradores e mais do que um grande passo, pode representar se não todo o sucesso da organização, pelo menos uma parte muita significativa. RETENÇÃO DE TALENTO Com a realidade atual e novos cenários, observamos que há uma inovação nos sistema de gestão nas empresas que busca não só produtividade mais reter estes talentos dentro da organização, para Marras (2011): Enquanto as organizações preocupam-se em ser mais competitivas, produzindo mais e melhor a custos menores, os empregados buscam no interior das empresas onde trabalha a compensação do estresse causado pela busca frenética de resultados. A conscientização do desejo de “viver qualitativamente melhor” é algo patente e palpável para a grande massa dos trabalhadores. (MARRAS, 2011, p. 18). Diante desse contexto a diversas formas de incentivos para reter um talento, e diminuir o estresse, para que aja esta compensação do estresse, um exemplo é buscar novos desafios que estimulem a criatividade, metas de formas inovadoras, que tragam um comprometimento cada vez maior do colaborador com a organização, havendo a necessidade de um planejamento com objetivo de manter os colaboradores de forma motivada, tomar consciência que são talentos que precisam estar satisfeitos para que possam permanecer dentro da organização, e serem capazes de dar o máximo, afinal de contas talentos de qualidade fazem grande diferença nos dias atuais, a diversos concorrentes em busca dos mesmos talentos, deste modo segundo Maximiano nos apresenta três programas de incentivos o qual as empresas implantam no intuito de reter seus talentos, são eles; recolhimento, monetário, mercadoria e viagens. • Programas de recolhimento: Os programas de recolhimento estabelecem premiações de natureza psicológicas ou social recompensando de alguma forma os vencedores. O funcionário do mês tem suas fotos colocadas nas paredes, para que os colegas e clientes possam vê-los. • Incentivos monetários. A premiação em dinheiro é a mais simples que uma empresa pode usar. É também muito tradicional e largamente usada: comissões de vendas, bonificações por peças produzidas, participação nos lucros e prêmios por sugestões são apenas alguns dos inúmeros exemplos que essa modalidade de premiação oferece. • Viagens. As viagens de incentivos representam a maneira mais dispendiosa de premiar o desempenho. No entanto, as viagens certamente são o que há de mais atraente para muitas pessoas. (MAXIMIANO, 2009, p. 248). Compreende-se desse modo que com os programas de incentivos nas empresas tem chances maiores de reter seus talentos mesmo com um cenário de mercado tão competido e desafiador onde palavras chaves de destaques como inovação e valorização são vista como o segredo do sucesso para muitas organizações para Chiavenato (2010): Não basta agregar, desenvolver, recompensar e aplicar talentos. É preciso retê-los na organização sempre engajados e satisfeitos. A razão disso e que o investimento mútuo – tanto da organização quanto do talento – precisa ser compensado pelo retorno duradouro e valioso. Se isso não ocorrer, ambas as partes saem perdendo. Na disputa por talentos, sobressaem-se as organizações bem –sucedidas em mantê-los e, maisdo que isso, impulsioná- los rumo ao alcance de objetivos mútuos – tanto da organização quanto do talento. Daí a importância dos processos de manter pessoas na organização. (CHIAVENATO, 2010, p. 267) Verifica-se que bons incentivos realmente funcionam para manter os talento por mais tempo na organização e com satisfação, comprometimento e que faz toda uma diferença para ambas as partes. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia consiste em mostrar o processo pelo qual foi efetuado o caminho para realização da pesquisa de um modo geral existe uma técnica própria para todos os métodos. O estudo foi conduzido por pesquisa descritiva, tendo em vista que permite uma explicação entre as relações e efeitos dos contextos sociais (RICHARDSON, 1999), através de estudo de caso onde Triviños (2006) ressalta que “entre os tipos de pesquisa, talvez o Estudo de Caso seja um dos mais relevantes” (TRIVIÑOS, 2006, p. 133). Para esse trabalho utilizamos a pesquisa qualitativa o qual consideramos que ser mais condizente com o objetivo proposto por apresentar dados que não podem ser quantificáveis, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. (GIL, 2009), Tendo em vista o objetivo de identificar como a liderança influencia na qualidade de vida no trabalho dentro das organizações, realizamos uma entrevista com um colaborador de uma empresa no ramo de antenas na cidade de Maringá. Esta pesquisa realizada trata-se de natureza qualitativa, sendo que não ouve utilização numérica na mesma, com este método faz-se possível uma análise mais aprofundada do tema em questão para que possamos entender melhor tem-se as seguintes definições (LAKATOS e MARCONI, 2002) A natureza descritiva se dá pelo fato da não interferência na análise do caso, foram feitas apenas a verificação de como funcionam os processos, métodos, sistemas, e técnicas de gestão utilizados pelas organizações no campo da qualidade de vida no trabalho que segundo Lakatos e Marconi (2002, p. 20) “delineia o que aborda também quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais, objetivando seu funcionamento no presente” (LAKATOS e MARCONI, 2002, p. 20) Considerando que também é uma pesquisa bibliográfica pelo instrumento de coleta de dados secundários a partir de livros com fontes já existentes, pois, a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias e a que especificamente interessa a esse trabalho. Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. “Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulações de suas informações” (LAKATOS e MARCONI, 2002, p. 42-43). No intuito de um entendimento claro dos dados toda a entrevista foi transcrita com todas as falas do entrevistado respeitando, a linguagem do entrevistado não sofreu alterações ou correção formal, mantendo essência e a veracidade a entrevista. 4. ANÁLISE DE DADOS Encontra-se a relutância da entrevista assim como a mesma transcrita apresentando os principais desfechos deste estudo de caso, de modo que é levado em total consideração o ponto de vista do entrevistado, mantendo o foco no tema que aqui está proposto, com um roteiro semiestruturado contendo perguntas específicas para uma análise com mais clareza. Quando questionado como a liderança influencia na qualidade de vida no trabalho o colaborador responde da seguinte forma: Entrevistado: “Com a forma de liderar, dependendo do jeito do líder imponha (sic) as tarefas, ele pode motivar e desmotivar o colaborador”. Conforme a resposta nos deixa clara, o modelo de liderança adequado para as atividades é de fato um diferencial para o colaborador, percebe-se em sua fala que a forma de falar com pessoas faz a diferença podendo motivar ou desmotivar dentro da organização o colaborador. E dando continuidade perguntamos, de que forma é vivenciada a qualidade de vida na empresa: Entrevistado: “Aqui na empresa como qualidade de vida temos o refeitório, tem café da manhã, uma cesta básica, almoço, a carga horaria é justa. Desta forma é que vivo a qualidade de vida aqui na empresa”. Com essa resposta fica clara a importância de oferecer um benefício, algo a mais para o colaborador do que apenas o salário. Quando indagado sobre como os líderes conseguem fazer com que os colaboradores mantenham a motivação e a produtividade no ponto de vista do entrevistado, nos passou a informação de que os líderes procedem da seguinte forma: Entrevistado: “Quando se mostram companheiros se preocupa (sic) com o colaborador quando compreende as situações de que a pessoa pode chegar atrasado não porque quis, mas porque furou um pneu ou porque aconteceu alguma coisa, se interessa saber realmente o que aconteceu e não vão só advertindo se você chegou atrasado ou não” Nesta questão o entrevistado não esconde a importância da compreensão por parte da liderança, saber ouvir é um destaque que nota-se na gestão dessa empresa, observa-se que o líder tem uma base de companheirismo com o liderado. Então perguntamos no ponto de vista do entrevistado qual é o segredo para que a organização mantenha um colaborador mais satisfeito por mais tempo na empresa: Entrevistado: ”Na minha opinião é quando a empresa passa segurança de que vai pagar meu salário em dia, que ela tem um suporte de incentivos que ajudam nesse salário, quando oferece um seguro de vida, um plano de saúde, quando tem uma perspectiva de carreira profissional que vai reconhecendo conforme o tempo passa”. Compreendemos na fala do entrevistado o quanto é significativo o fator segurança, plano de carreira e políticas de incentivos. Acrescentando ainda qual tipo de beneficio que é mais interessante para ele na organização: Entrevistado: “Para mim o incentivo mais atraente na empresa são as cestas básicas, festa de confraternização, pois são sorteados prêmios bons como tv, computador e outros, e o plano de saúde”. Percebe-se que realmente incentivos com premiações são importantes para os colaboradores, segundo Maximiano (2011, p. 248): Mercadorias. A utilização de mercadorias como premiação também é muito comum e representa o dinheiro transformado em algo material, como uma caneta, relógio ou até mesmo um automóvel. A mercadoria tem apelo diferente do dinheiro. Os concorrentes sabem que o ganhador irá levar para casa um prêmio que pode ser visto e admirado. (MAXIMIANO, 2009, p. 248) Entende-se desse modo que fixa na memória do colaborador aquela admiração pelo prêmio trazendo satisfação para ele. Buscamos saber da parte dele de uma forma mais aprofundada quanto a liderança atual se atende às expectativas, e que nota daria para a liderança atual. Entrevistado: ”Sim, a líder de produção é uma pessoa bem humana, ela é compreensiva observadora e confiável está sempre buscando o melhor para todos. De um modo geral daria um nove para a gestão desenvolvida pela gerente de produção da empresa”. É percebível que o líder precisa entender de pessoas, de acordo com Oliveira (2009, p. 195) “liderança é o processo em que uma pessoa é capaz, por suas características individuais, de apreender as necessidades dos profissionais da empresa, bem como de exprimí-las de forma válida e eficiente, obtendo o engajamento e a participação de todos”. (OLIVEIRA, 2009, p. 195). Evidencia-se quequando há uma liderança adequada com a necessidade na atividade que a empresa desenvolve fica claro o engajamento entre líderes e liderados. E por fim o último questionamento ao entrevistado foi, um ambiente de descanso, com refeitório, e uma liderança compressiva mais incentivos financeiros, folgas com viagens, e cestas básicas, faz com que os colaboradores permaneçam na organização. Entrevistado: “Sim, porque não é toda a empresa que tem esse olhar para os colaboradores, esses incentivos fazem a diferença, com certeza quem não quer trabalhar numa empresa que tem lugar pra descansar na hora do almoço, ou ganhar uma viagem nas férias então eu acho que faz a gente permanecer na empresa por muito tempo”. Constatou-se que a análise da empresa em questão com as respostas do entrevistado foi otimista, o modelo de gestão têm de alguma forma atendida as expectativas dos colaboradores a prática utilizada tem dado certo de forma que a empresa tem conseguido reter seus funcionários mantendo os motivados e produtivos. Não basta remunerar as pessoas pelo tempo dedicado a organização. Não basta remunerá-las pelo que passou. Isso é necessário, mas insuficiente. É preciso olhar para frente e incentivá-las continuamente a fazer o melhor possível, a ultrapassar o desempenho atual e a alcançar metas e resultados desafiantes formulados para o futuro. A remuneração fixa funciona geralmente como fator higiênico e não consegue motivar as pessoas para a superação de metas e objetivos ou para a melhoria continua das atividades. Na verdade, a remuneração fixa foi um produto do início do século XX para compensar o trabalho rotineiro e repetitivo dos funcionários em uma época de estabilidade e permanência. Era uma época em que tudo se repetia indefinitivamente. Mas o mundo mudou. E as organizações também. Fica evidente desse modo que os programas de incentivos são um diferencial das organizações que tem destaque, e que consegue manter seus colaboradores talentosos companheiros e comprometidos. 5. CONCLUSÃO O propósito desta pesquisa é analisar como a liderança influência na qualidade de vida no trabalho do colaborador, assim como os tipos de liderança, motivação, e retenção; fica evidente os resultados da pesquisa, que para ter qualidade de vida no trabalho não basta pensar só em produzir, e de nada adianta ter um olhar apenas externo, mas sim uma visão global da organização nos mínimos detalhes, inclusive na qualidade de vida do colaborador, que tem um papel fundamental para o sucesso da empresa. No cenário atual de globalização onde o capital humano é considerado um dos mais importantes dentro da organização, identificou-se que a escolha do estilo de liderança necessitará ser de acordo com a necessidade para cada empresa, percebe-se que para a relação entre o líder e os liderados tem um peso de muita importância para o sucesso da empresa e o bem estar dos colaboradores, vimos o quanto esta escolha faz diferença para o desenvolvimentos das atividades. Conclui-se também que os incentivos são fundamentais como fatores externos para manter a motivação, compreendendo que cada colaborador tem seus objetivos independente da organização, evidenciou-se que é uma ótima ferramenta para reter os talentos, que tornou-se um desafio para as empresas nos dias atuais onde encontra-se grande dificuldade de encontrar comprometimento dos mesmos, os programas de incentivos são excelentes ferramentas para facilitar está retenção, a entrevista nos permitiu conhecer um pouco mais de como funciona a organização que foi objeto do nosso estudo, as técnicas e ferramentas que por ela são utilizadas para manter seus colaboradores por mais tempo são satisfatórias, por fazer parte de uma empresa que busca atender não só as necessidades externas mais também as internas da sua equipe, e que vem mantendo-se no mercado a mais de 38 anos, trata se uma gestão que até o momento presente tem dado certo, logicamente não é um resultado absoluto porque devido ser muito amplo o estudo seria necessário mais análises e mais entrevista para aprendermos mais sobre esta gestão. REFERENCIAS BERGAMINI, Cecília Whitaker Motivação nas organizações / Cecilia Whitaker Bergamini. -. ed. – São Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO. Idalberto. Introdução a teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações/ Idalberto Chiavenato – 7. Ed. Ver. E atual.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 _____, Idalberto Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. – São Paulo: Atlas, 2010. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antonio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo : Atlas, 2009. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, analise e interpretação de dados / Mariana de Andrade Marcone, Eva Maria Lakatos. – 5.ed. – São Paulo: Atlas, 2002. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru Introdução à Administração / Antonio Cesar Amaru Maximiano. – 7. Ed. Ver. e ampl. – 3 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2009. MARRAS, Jean Pierre Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico / Jean Pierre Marras. – 14.ed. – São Paulo: Saraiva, 2011. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de introdução à administração: teoria e prática / Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira. —São Paulo: Atlas, 2009. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999 TRIVIÑOS, A. N. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2006 VERGARA, S. C. Métodos de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 1999.
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