Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anomalias Mudanças que produzem uma alteração visível dos cromossomos. Elas podem se manifestar clinicamente ou não, mas, quando se manifestam, causam anormalidades tanto físicas quanto funcionais. O conjunto de anormalidades característico de uma anomalia cromossômica específica é denominado síndrome. Anomalia Constitucional: Está presente em todos as células do corpo. Ela deve ter estado presente nos primeiros estágios do desenvolvimento, mais provavelmente como resultado de um espermatozoide ou ovócito secundário anormal logo no início do desenvolvimento embrionário. Anomalia Somátia ou Adquirida: Está presente em alguma células ou tecidos de um indivíduo. Esse indivíduo é chamado de mosaico, já que possui duas populações de células com constituição cromossômicas distintas, sendo as duas derivadas do mesmo zigoto. Um dessas populações serão de células anômalas e a outra de células normais. Incidência na Espécie Humana Crianças nascidas vivas: Em 50 mil cariótipos analisados observou-se uma incidência de 1:200 com anormalidades, com maior incidência de anomalias de cromossomos sexuais, anomalias estruturais e trissomias. Produtos não selecionados de abortos: Incidência foi de 50%, com alta frequência de trissomias, monossomias e euploidias, alguns rearranjos estruturais e mosaicos. Numéricas Euploidia: Alterações cromossômicas numéricas que alteram todo o conjunto cromossômico de um indivíduo. O número final de cromossomos é múltiplo dos número de cromossomos haploides (n=23). São incompatíveis com a vida. Monoploidia ou haploidia: Quando ocorre a perda de uma parte do material genético, e eles passam a possuir apenas um genoma, indicado como n. Poliploidia: Aumenta completo do número de cromossomos. Pode ocorrer pela fertilização de um gameta diploide, formado pela não disjunção cromossômica na gametogênese materna ou paterna, e a fertilização de um ovócito secundário por dois espermatozoides (dispermia). Por exemplo, na triploidia temos o indivíduo 3n (3x23=69 cromossomos) e na tetraploidia ele é 4n (4x23=92 cromossomos). A última, muitas vezes, se deve a falhas em completar a primeira divisão zigótica, pois apesar de o DNA ter sido replicado a divisão celular não ocorre. Os seres humanos possuem mecanismos durante a fecundação que tentam impedir a polispermia. Caso relatado de uma euploidia em mosaico, a qual a paciente sobreviveu pois possui células normais. Apresentava o cariótipo do tipo: 46, XX / 69, XX. Aneuploidia: Um ou mais cromossomos individuais estão representados em uma cópia extra ou estão faltando. O número final de cromossomos não é múltiplo do número haploide. Ocorre por erros na disjunção dos cromossomos. De acordo com o tipo de cromossomos em que ocorrem, podem ser classificas em autossômicas (cromossomos autossômicos) ou alossômicas (cromossomos sexuais). Monossomia: Apenas 1 cromossomo, ao invés de 2 (2n-1=45). Um exemplo é a monossomia do X (45, X0), conhecida como Síndrome de Turner. A mossomia de cromossomos autossômico é incompatível com a vida. Trissomia: Possui 3 cópias de um cromossomo particular, ao invés de 2 (2n+1=47 cromossomos). Um exemplo é a trissomia do 21 (47, XX,+21), conhecida como Síndrome de Down. Outras comuns são as no 18 e 13. No entanto, a do cromossomo 1 é incompatível com a vida. Estruturais Deleção: Há perda de um fragmento do cromossomo. Podendo ser terminal ou intesticial, quando ocorre no meio do crossomo. Um exemplo de síndrome é a de Cri- du-chat. Haploinsuficiência: Incapacidade de uma cópia do gene executar a função normal de duas cópias. Biologia Molecular Júlia Morais de Moura – 143 (2019.2) 03/09/19 Prof. Sônia Middleton Cromossômicas Júlia Morais marca 2 Pseudodominância: Ocorre quando há expressão de uma mutação recessiva em heterozigotos, devido a inativação ou deleção do alelo dominante. Duplicação: Parte do segmento do cromossomo é repetida. Pode derivar de crossing desigual entre cromossomos homólogos. Pode resultar em um desequilíbrio cromossômico, como a trissomia parcial. Tandem: Região duplicada é imediatamente adjacente ao segmento original. Deslocada: O segmento duplicado está a alguma distância do original. Reversa: O segmento duplicado está invertido, com uma orientação diferente do original. Inversão: Ocorrem quando um segmento de DNA se separa por duas quebras e sofre rotação de 180º antes de se fundir novamente à molécula. Isso pode dificultar o pareamento cromossômico, causando uma monossomia ou trissomia, e quando o crossing-over ocorrer dentro da região invertida pode produzir gametas inviáveis, com cromossomos dicêntricos (2 centrômeros) e acêntricos (sem centrômeros). Além disso, muitos genes são regulados de um modo dependente de posição (efeito de posição), logo, se suas posições forem alteradas eles podem ser expressos em épocas ou tecidos impróprios. Paracêntrica: Não envolve o centrômero. Pericêntrica: Envolve o centrômero. Translocação: Rearranjo cromossômico balanceado em que há troca de fragmentos entre não homólogos. Recíproca: Há uma permuta recíproca dos segmentos perdidos. Simples: Ocorre quando um dos cromossomos perde um segmento por deleção, o qual é inserido no outro cromossomo. Robertsoniana: Ocorre fusão de dois cromossomos acrocêntricos (grupo D e G) próximo à região do centrômero com a perda dos braços curtos (satélites) gerando um cromossomo metacêntrico com dois braços longos e outro com dois braços curtos. O cromossomo pequeno acaba se perdendo durante a segregação levando a uma redução geral do número de cromossomos de 46 para 45. Cromossomo em anel: Decorrem da deleção de porções terminais dos dois braços dos cromossomos (p e q), seguida da fusão da porção mediana, gerando um anel. Isocromossomo: É um cromossomo no qual um braço está ausente e o outro está duplicado. Isso resulta de erros na divisão do centrômero, quando, ao invés das cromátides serem separadas os cromossomos que são. Também, pode decorrer da translocação entre cromátides irmãs de um mesmo cromossomos, próximas ao centrômero. Júlia Morais marca 2 Mosaico O mesmo indivíduo apresenta duas ou mais linhagens diferentes de células. Regiões ou tecidos possuem constituições cromossômicas diferentes. A não disjunção em uma divisão mitótica pós-zigótica inicial pode gerar áreas de células nas quais elas podem ter anomalias cromossômicas e outras nas quais elas possuem o cariótipo normal. Júlia Morais marca 2
Compartilhar