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AULA 4.1: Alimentos Funcionais Disciplina: Nutrição Funcional e Fitoterapia Professora: Agda Maryon MKT-MDL-02 Versão 00 Alimentos Funcionais • AF com Propriedades Imunomodulatórias • AF com Propriedades Antioxidantes • AFs que Possuem Ácidos Graxos Insaturados(ω-3 e ω-6) Linhaça, Aveia, Quinoa Cacau e derivados Frutas vermelhas (uva, morango), Vinho Peixes, Azeite de Oliva Kefir Oleaginosas (amêndoas, avelãs, nozes) Lista dos Alimentos Funcionais Cacau (chocolate) Linhaça Oleaginosas Kefir Uvas e Vinho Azeite de oliva Alho Aveia Chá verde e Chá branco Soja Tomate (licopeno) Vegetais brássicas Açaí Alecrim Cúrcuma Frutas cítricas Gengibre Orégano Kefir Os grãos de kefir são grânulos gelatinosos de forma irregular, com coloração branca ou levemente amarela, apresentam aspecto de couve-flor e o tamanho varia de 2-3cm de diâmetros. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir Segundo a definição da Food and Agriculture Organization/World Health Organization, os grãos de kefir são uma mistura complexa de bactérias (Lactobacillus Kefiri e espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter), além de leveduras fermentadoras de lactose (kluyveromyces marxianus) e leveduras não fermentadoras de lactose (Saccharomyces unisporus, Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces exiguus) que apresentam uma associação forte e específica. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir • O kefir é um alimento originário do Cáucaso obtido a partir da fermentação do leite pelos grãos ou por fermento de kefir. Os grãos de kefir são descritos como uma associação simbiótica entre leveduras, bactérias ácido láticas e bactérias ácido acéticas, envoltas por uma matriz de polissacarídeos. • Ele é uma bebida refrescante e estima-se que a origem dessa bebida remonte a mais de 2.000 a.C. nas montanhas do Cáucaso, na Rússia, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. A palavra Kefir, de origem turca, é derivada de keif, que significa sentir-se bem. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir • As tribos mulçumanas consideravam o kefir um presente de Alá e, por isso, não permitiam que outros povos, principalmente não mulçumanos, tivessem acesso a ele. Isso fez com que, durante muitos anos, o conhecimento a respeito desse alimento não fosse difundido para o restante do mundo. • No fim do século XIX, uma expedição russa foi à região do Cáucaso com a finalidade de conseguir grãos de kefir e utilizá-los no tratamento de doença, como a tuberculose, em casa de saúde, pois já se falava em propriedades "milagrosas" atribuídas ao produto. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir • Em 1908, o produto chegou a Moscou, e começou a ser difundido para outras regiões. Ao longo dos anos, o consumo de kefir ficou restrito aos indivíduos que tinham grãos em suas redidências e os utilizavam, repetindo sucessivamente o processo. Atualmente, o produto é encontrado nos comércios dos países como Rússia, Turquia, EUA, Canadá e França. • No Brasil, não é encontrado em forma industrializada, porém, seu consumo artesanal é bastante difundido. O Kefir apresenta um leve sabor ácido e refrescante, devido à formação de ácido lático e ácido acético; sabor alcoólico, devido à produção de etanol; uma efervescência devida ao gás produzido (CO2); aroma moderado de levedura fresca; consistência cremosa e uniforme. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir – Compostos Bioativos Composto Bioativo: KEFIRAN • O principal polissacarídeo encontrado nos grãos de kefir é o kefiran, porém os grãos podem conter outros exopolissacarídeos. • Existem exopolissacarídeos de diferentes estruturas e composições, estes são produzidos por uma variedade de bactérias de ácido lático incluindo Lactobacillus, Streptococcus, Lactococcus e Leuconostoc. Nos produtos alimentares, os exopolissacarídeos, frequentemente, contribuem para as características organolépticas e de estabilidade. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir – Compostos Bioativos • O kefiran apresenta propriedade de dissolução lenta em água fria e rápida em água quente, e forma uma solução viscosa com uma concentração de 2%. Desta forma, contribui para atividade reológica (viscosidade) e textura do produto, além de pode ser usado como aditivo para produtos não lácteos, pois atua como agente espessante, geleificante, estabilizador e emulsificante. • Estudos relatam que o exopolissacarídeo kefiran, apresenta propriedades benéficas à saúde, tais como: propriedades antitumoral, anti-inflamatória, antioxidante e imunomodulatória. MKT-MDL-02 Versão 00 Kefir – Benefícios à saúde • INTOLERÂNCIA À LACTOSE (estudos demonstraram que a ingestão de kefir natural melhorou a digestão da lactose -> elevado nível de atividade da enzima β-galactosidase) • ESTÍMULO DO SISTEMA IMUNE (O kefir apresenta capacidade imunomodulatória devido aos microrganismos probióticos presentes neles -> os probióticos são capazes de controlar a resposta da mucosa intestinal para a imunidade protetora induzida) • PROPRIEDADES ANTIMICROBIANAS (durante o processo de fermentação as bactérias e leveduras presentes no kefir são capazes de produzir diversas substâncias antimicrobianas, tais como: peróxido de hidrogênio, ácidos orgânicos (ácido lático e ácido acético), peptídios, bacteriocinas, entre outras. MKT-MDL-02 Versão 00 Alho (Allium sativum L.) O alho contém 33 compostos organossulfurados (COS), sendo que em cada grama de alho fresco podem ser encontrados de 11 a 35mg desses compostos; possui ainda quase quatro vezes mais COS (por grama de peso fresco) do que a cebola, brócolis, couve-flor. A maior concentração desses compostos encontra-se nos bulbilhos, popularmente conhecido como dentes de alho. MKT-MDL-02 Versão 00 Compostos Possível atividade biológica Aliina Hipotensor, hipoglicemiante Ajoeno Prevenção de coágulos, anti-inflamatório, vasodilatador, hipotensor, antibiótico Alicina e tiossulfinatos Antibióticos, antifúngicos, antivirais Alil mercaptano Hipocolesterolemiante S-alil-cisteína e compostos glutâmicos Hipocolesterolemiante, antioxidantes, quimioprotetores perante o câncer Sulfeto dialil Hipocolesterolemiante Alho (Allium sativum L.) • A maioria dos componentes organossulfurados (COS) não está nas células intactas, mas sim quando o alho é amassado, partido, cortado ou triturado. Nesse processo, esses componentes são liberados do interior da célula vegetal. Em razão disto, é recomendável que o alho amassado, partido ou triturado repouse por 10 minutos antes do aquecimento, a fim de favorecer as reações enzimáticas necessárias para a conversão, que são prejudicadas com o tratamento térmico. • A alicina e os outros COS voláteis são os compostos bioativos responsáveis pela propriedades funcionais do alho. A alicina mostra analogia estrutural com o dimetilsulfeto, o qual possui capacidade varredora de radicais livres, além disto, a presença do selênio no alho também contribui com este efeito. A alicina também possui ação bactericida, inibindo o crescimento de bactérias tanto gram-positivas como gram-negativas. MKT-MDL-02 Versão 00 Alho (Allium sativum L.) • Os compostos bioativos presentes no alho têm sido amplamente reconhecidos como agentes de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e outras doenças metabólicas como aterosclerose, hiperlipidemia, trombose, hipertensão e diabetes, além de possuírem uma variedade de efeitos biológicos como atividade antimicrobiana, anti-inflamatória, anticarcinogênica. Muitos desses efeitos podem estar relacionados às suas atividades antioxidantes. Alho e seus diferentes extratos têm demonstrado este potencial em diferentes modelos in vitro e in vivo. • Segundoa ADA o consumo indicada são 600 a 900mg de alho/dia, o equivalente a 1 dente de alho fresco cru. No Brasil, ainda não há consenso quanto à recomendação sobre a ingestão diária, mesmo porque sua recomendação depende da utilização terapêutica em questão. MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia em flocos finos Farinha de AveiaFarelo de Aveia Aveia em flocos grossos Aveia – Introdução Destaca-se entre os cereais por fornecer aportes energético e nutricional equilibrados, por conter em sua composição química aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e sais minerais indispensáveis ao organismo humano e, principalmente, pela composição de fibras alimentares. O FDA (Food and Drug Administration – EUA), em 29 de junho de 1995, reconheceu a aveia como sendo um alimento funcional e, em 1997, este órgão autorizou a rotulagem de produtos à base de aveia com as seguintes informações: “Dietas ricas em aveia ou farelo de aveia e pobres em gordura saturada e colesterol podem reduzir o risco de doenças coronárias”. *Doenças coronárias (doença nos principais vasos sanguíneos do coração) MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia – Composto Bioativo A presença do composto bioativo, denominado beta-glucana, na aveia e seus produtos (farelo, flocos e farinha) foi o responsável pela atribuição do título de alimento funcional a este cereal. Segundo a Anvisa, “(...) beta-glucana (fibra alimentar) que pode auxiliar na redução do colesterol. Seu consumo deve estar associado à uma alimentação equilibrada e baixa em gorduras saturadas e a hábitos de vida saudáveis”. As beta-glucanas são polissacarídeos que fazem parte da fração solúvel da fibra alimentar e estão presentes em alta concentração nas paredes celulares dos grãos, com maior concentração na subcamada e camada de aleuroma e no endoesperma amiláceo adjacente do embrião. O farelo da aveia é produzido a partir das camadas mais externas do grão da aveia (principalmente a camada aleuroma e sub-aleuroma), já a farinha de aveia é produzida após a moagem dos flocos quando existe separação mecânica do farelo. MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia – Estrutura do grão MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia – Benefícios à Saúde • Várias pesquisas científicas demonstraram que a beta-glucana é a responsável pelos benefícios à saúde humana conferidos pelo consumo regular da aveia, contribuindo com a redução do colesterol sérico, e consequente diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares. Ela promove a inibição da digestão e absorção de gordura da alimentação, pelo aumento da viscosidade do conteúdo intestinal, influenciando na emulsificação das gorduras através do aumento do tamanho das gotículas, diminuindo a superfície de contato entre os lipídios e a fase aquosa, promovendo diminuição da absorção e aumento da excreção de gordura nas fezes. MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia – Benefícios à Saúde • Além dos efeitos sobre o colesterol, o consumo de aveia pode diminuir a absorção de glicose. Através do aumento da viscosidade e capacidade de ligação com água, interferindo na digestão enzimática e absorção dos nutrientes na mucosa intestinal. • A aveia também é indicada em dietas que intencionem a manutenção de peso, atuando na prevenção e tratamento da obesidade... ...em virtude do poder de entumecimento das beta-glucanas que ao absorverem água promovem distensão estomacal causando sensação de saciedade. • Além disso, a beta-glucana da aveia pode estimular funções imunológicas, tanto in vitro quanto in vivo, com relatos inclusive de ação anticarcinogênica. MKT-MDL-02 Versão 00 Aveia – Recomendação de Consumo • O FDA e a ADA apoiaram a recomendação de consumo diário de 3g de beta- glucana de aveia, o equivalente a 60g de farinha de aveia ou 40g de farelo de aveia (peso bruto) para redução de risco de doenças cardiovasculares, juntamente com uma dieta com baixos níveis de colesterol e gordura saturada. • No Brasil, a recomendação da Anvisa é de que “(...) a alegação de propriedade funcional pode ser aprovada para aveia em flocos, farelo e farinha de aveia.. A utilização da alegação em outros produtos/alimentos está condicionada à comprovação científica de eficácia. MKT-MDL-02 Versão 00 Azeite de Oliva O azeite de oliva é o óleo extraído dos frutos das oliveiras (Olea europaea L.) e representa a principal fonte lipídica da dieta Mediterrânea, onde é utilizado no preparo e ou finalização de alimentos e receitas. MKT-MDL-02 Versão 00 Azeite de Oliva – Compostos Bioativos O acido oleico é o ácido graxo monoinsaturado predominante no azeite de oliva. Também estão presentes mais de 200 tipos de compostos minoritários (até 2% da massa de óleo) como α-tocoferol (100-300mg/kg), e os compostos fenólicos (200-1500mg/kg): ácidos fenólicos; álcoois fenólicos (hidroxitirosol, tirosol e hidroxitirosol glicosídeo); oleuropeína (majoritária no azeite de oliva e principal composto de amargor), flavonoides (apigenina e luteolina). A conservação inadequada do óleo, em condições que favorecem a fotoxidação ou autoxidação, constituem fator de redução de compostos antioxidantes do óleo. MKT-MDL-02 Versão 00 Azeite de Oliva - Benefícios • Evidências epidemiológicas demonstraram os efeitos do consumo regular de azeite de oliva extra virgem na redução do risco de doenças cardiovasculares, obesidade, síndrome metabólica, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, desordens cerebrais e relacionadas ao envelhecimento, assim como o câncer. • Os ácidos graxos monoinsaturados, presentes em elevadas concentrações no azeite de oliva, promovem a redução da concentração sérica da LDL-c e o aumento da HDL-c. • Os compostos fenólicos do azeite de oliva mostram-se biodisponíveis em humanos e apresentam efeitos protetores contra o dano oxidativo, a ação anti-inflamatória e antitrombótica, bem como atividade antimicrobiana. MKT-MDL-02 Versão 00 Azeite de Oliva – Recomendação de consumo • Os efeitos atribuídos a composição em ácidos graxos e compostos minoritários, são geralmente proporcionados com o consumo regular de 25-50ml de azeite de oliva extra virgem ao dia. • Os efeitos exibidos pelos compostos fenólicos determinam a importância da escolha de azeites de oliva de boa qualidade e de sua conservação em recipientes e ambientes que não favoreçam processos oxidativos. MKT-MDL-02 Versão 00 Chá verde e Chá branco (Camellia Sinensis L.) A Camellia Sinensis é a planta onde pode ser obtido, como resultado de diferentes processos de produção, o chá verde, o chá preto, o chá branco, dentre outros. MKT-MDL-02 Versão 00 Chá verde e Chá branco (Camellia Sinensis L.) – Processos de Produção • O chá verde é produzido com a folha fresca da Camellia Sinensis, após uma rápida inativação da enzima polifenoloxidase, por meio do emprego do calor seco em alta temperatura, o que preserva o conteúdo de compostos fenólicos e confere a coloração verde. • O chá branco é um chá não oxidado, produzido a partir de brotos e folhas muito jovens, colhidos apenas uma vez ao ano, no início da primavera, os quais são protegidos da luz solar para evitar a degradação dos polifenóis. Dessa forma, o chá branco contém maiores teores de compostos fenólicos e atividade antioxidante que os outros chás provenientes da mesma planta, além de possuir um sabor leve e delicado. MKT-MDL-02 Versão 00 Chá verde e Chá branco (Camellia Sinensis L.) – Compostos Bioativos • Os flavonoides e as catequinas são os principais componentes químicos terapêuticos da Camellia Sinensis, sendo potentes antioxidantes, sequestradores de radicais livres, quelantes de metais e inibidores da lipoperoxidação. • O Cháverde contém componentes fenólicos, que incluem flavanóis, flavandióis, flavonoides e ácidos fenólicos, que totalizam cerca de 30% do peso seco das folhas. A maioria dos compostos fenólicos do chá verde se apresenta como flavonóis, e dentre estes, predominam as catequinas. MKT-MDL-02 Versão 00 Chá verde e Chá branco (Camellia Sinensis L.) – Benefícios à saude • Entre os efeitos benéficos do chá verde à saúde humana, diversos estudos comprovam, além da atividade antioxidante, atividades anti-inflamatória, anticarcinogênica, antimicrobiana e hipoglicemiante. Além disso, os compostos bioativos do chá verde têm um potencial papel na prevenção de doenças que apresentam um processo inflamatório crônico, como a obesidade e a síndrome metabólica. • A maioria dos estudos feitos com chá branco pesquisaram sua composição, sua ação anticarcinogênica ou sua ação antioxidante. O principal benefício associado ao consumo regular de chá branco é atribuído à sua atividade antioxidante e de eliminação de radicais livres. MKT-MDL-02 Versão 00 Chá verde e Chá branco (Camellia Sinensis L.) – Recomendação de consumo • A ADA recomenda 1L de chá verde por dia, o equivalente a quatro ou seis xícaras de chá/dia, para promover um estado de saúde ótimo, reduzindo assim, a incidência de câncer; cabe destacar que não foram encontrados na literatura científica, dose recomendada para o chá branco. MKT-MDL-02 Versão 00 Soja MKT-MDL-02 Versão 00 Soja – Composição Nutricional Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de grãos de soja e o principal exportador de farelo de soja. Entre as leguminosas, a soja destaca-se pelo seu alto valor nutricional, contendo cerca de 35 a 40% de proteínas de alto valor biológico (contém os dez aminoácidos essenciais, com exceção da metionina); 18 a 22% de lipídios com predomínio de gorduras insaturadas, principalmente ácido linoleico; 30% de carboidratos, 5% de fibras, além de vitaminas do complexo B, vitaminas C, A e E, além de minerais, como magnésio, enxofre, cloro e potássio. A soja é uma excelente fonte de fibra, tanto insolúvel (15%) como solúvel (3%). MKT-MDL-02 Versão 00 Soja – Compostos Bioativos • Entre os componentes bioativos presentes na soja, os de maior interesse, atualmente, são as isoflavonas. • As isoflavonas são compostos intrínsecos das plantas e sua concentração pode variar muito, pois depende de fatores como crescimento e bases genéticas. Embora muitas sintetizem isoflavonas, a forma bioativa está contida em poucos vegetais destinados ao consumo humano, sendo a soja a maior fonte. MKT-MDL-02 Versão 00 Soja – Compostos Bioativos • As isoflavonas biologicamente ativas presentes na soja estão sob as formas de agliconas (sem a molécula de açúcar), compreendidas pela daidzeína, genisteína e gliciteína, que geralmente estão presentes de forma conjugada a glicosídeos em alimentos. Estas apresentam um efeito de equilíbrio nos níveis de estrógenos endógenos, que são benéficos durante toda a vida da mulher. Na pós-menopausa, quando as concentrações endógenas de hormônios diminuem, os receptores de estrógeno ficam mais disponíveis, o que favorece uma fraca ação estrogênica das isoflavonas. MKT-MDL-02 Versão 00 Soja – Benefícios DIMINUIÇÃO DOS SINTOMAS DA MENOPAUSA; PREVENÇÃO CONTRA DOENÇAS, COMO O CÂNCER DE MAMA E DOENÇAS CARIOVASCULARES; BENEFÍCIOS À SAÚDE DOS OSSOS; CONTROLE DA GLICEMIA, AUXILIANDO NO CONTROLE DE DIABETES; MKT-MDL-02 Versão 00 Soja – Recomendações de Consumo • No Brasil, a Anvisa aprovou a alegação: “O consumo diário de no mínimo 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. • A ADA e a Anvisa sugerem a ingestão de 25g de proteína de soja para auxiliar na diminuição de LDL-colesterol, enfatizando sempre sua utilização juntamente com alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Segundo Baird et al. para auxiliar na diminuição dos sintomas da menopausa, em especial os vasomotores, recomenda-se o consumo diário de 45 a 100mg de isoflavona, que equivalem a 60 a 100g de soja. MKT-MDL-02 Versão 00 Tomate Tomates e derivados aparecem como as maiores fontes de licopeno. O tomate cru apresenta, em média, 30mg de licopeno/kg do fruto; o suco de tomate cerca de 150mg de licopeno/L; e o catch-up contém em média 100mg/kg. MKT-MDL-02 Versão 00 Tomate Segundo Shami e Moreira, os carotenoides, juntamente com as vitaminas, são as substâncias mais investigadas como agentes quimiopreventivos, funcionando como antioxidantes em sistemas biológicos. Existem cerca de 600 pigmentos carotenoides encontrados na natureza e 25 no plasma e tecidos humanos, estando o licopeno incluído em ambos. Algumas das principais fontes de carotenoides são cenouras e abóboras (betacaroteno), melancia, goiaba e tomates e produtos derivados, como extrato, polpa e molhos (licopeno) e espinafre (luteína). MKT-MDL-02 Versão 00 Tomate – Composto Bioativo • O licopeno é um pigmento carotenoide, de cor avermelhada e, apesar de não apresentar função pró-vitamina A, aparece atualmente como um dos mais potentes antioxidantes, sendo sugerido na prevenção da carcinogênese e aterogênese por proteger moléculas como lipídios, LDL, proteínas e ácido desoxirribonucleico (DNA) contra os radicais livres. • O licopeno presente nos tomates varia conforme o tipo e o grau de amadurecimento dos mesmos. O tomate vermelho maduro contém maior quantidade de licopeno que de betacarotenos, o que é responsável pela cor vermelha predominante. MKT-MDL-02 Versão 00 Tomate – Biodisponibilidade do Licopeno • A biodisponibilidade do licopeno parece estar relacionada às formas isoméricas apresentadas, sendo o calor responsável pela conversão da sua forma isomérica trans à forma cis-licopeno, a qual é mais bem absorvida. • A absorção do licopeno parece ser maior em produtos que utilizam tomate cozidos e influenciada pela quantidade de gordura da refeição. Além disso, algumas fibras, como a pectina, podem reduzir a absorção de licopeno devido ao aumento da viscosidade. Alguns carotenoides também podem afetar a biodisponibilidade do licopeno, como a luteína e o betacaroteno, pois ocorre uma competição durante a absorção intestinal. MKT-MDL-02 Versão 00 Tomate – Benefícios • Vários estudos demonstraram uma relação inversa entre o consumo de alimentos fontes de licopeno e risco de câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas. A maioria das investigações tem sugerido os efeitos das dietas ricas em licopeno na contribuição da redução dos riscos da ocorrência de câncer de esôfago, gástrico, próstata, pulmão e benefícios para câncer de pâncreas, cólon, reto, entre outros. MKT-MDL-02 Versão 00 Uvas e Vinho MKT-MDL-02 Versão 00 Vinho O vinho é a bebida obtida a partir da fermentação alcoólica do mosto da uva (mistura de suco, cascas e bagas produzidas por esmagamento) fresca e madura, que resulta em uma bebida com graduação alcoólica de 8,6% a 14% em volume. MKT-MDL-02 Versão 00 Suco de Uva É a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da uva, sendo integral o suco no qual não se colocou açúcar, que não foi reconstituído e não foi mexido, ou seja, está na sua concentração natural e sem adição de compostos diversos. MKT-MDL-02 Versão 00 Uvas e Vinho – Compostos Bioativos A composição em compostos fenólicos merece destaque, pois influenciam as características sensoriais dessas bebidas como: cor, adstringência e amargor, além de sua capacidadeantioxidante. Nas uvas, os principais compostos fenólicos presentes são os ácidos fenólicos, estilbenos (resveratrol), flavanóis (catequina, epicatequina e epigalocatequina), flavonóis (Kaempferol, quercetina e miricetina), taninos e antocianinas (presentes principalmente na casca de variedades tintas) Em comparação ao vinho branco, o vinho tinto apresenta quantidades superiores de compostos fenólicos, haja vista a presença das cascas de uva na fermentação do vinho tinto, o que não ocorre na vinificação do vinho branco. MKT-MDL-02 Versão 00 Uvas e Vinho – Benefícios à Saúde As propriedades do suco e do vinho na diminuição do risco de doenças e na ação terapêutica em doenças cardiovasculares, neurológicas e até mesmo no câncer são atribuídas aos compostos fenólicos. MKT-MDL-02 Versão 00 Uvas e Vinho – Recomendação de Consumo • As dosagens utilizadas em alguns estudos que comprovaram efeitos benéficos advindos do consumo de suco de uva, foram em torno de 7ml de suco de uva integral/kg de peso corporal, consumidos diariamente por períodos de 7 a 14 dias. • Segundo as recomendações dietéticas da USDA, se houver consumo de álcool, este deve ser consumido com moderação pelos adultos. Para mulheres, o consumo diário indicado deve ser de até 1 dosagem de vinho (12% de álcool), equivalente a 147ml, e até 2 dosagens para homens. MKT-MDL-02 Versão 00 Vegetais Brássicas Vegetais como brócolis, couve, couve-flor, repolho, couve-de-bruxelas, agrião, rabanete e nabo pertecem à família Brassicaceae e gênero Brassica. Estes vegetais, também conhecidos como crucíferos, são cultivados e consumidos em todo o mundo, representando uma boa fonte de fitoquímicos, incluindo compostos fenólicos, glicosídeos sulfurados e carotenoides, além de selênio e vitaminas. MKT-MDL-02 Versão 00 Vegetais Brássicas – Compostos Bioativos e Benefícios • As propriedades anticarcinogênica e antioxidantes dos vegetais brássicas são atribuídas ao seu conteúdo relativamente alto de glicosinolatos. Estes são armazenados dentro dos vacúolos celulares de todos os vegetais crucíferos. • Evidências epidemiológicas sugerem que o consumo frequente de vegetais crucíferos está relacionado a vários efeitos na saúde, como menor risco de infarto do miocárdio e desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. Além disso, vem sendo estudada a utilização de compostos extraídos destes vegetais em doenças neurodegenerativas, diabetes e aterosclerose, apresentando resultados promissores. MKT-MDL-02 Versão 00 Considerações finais Evidências crescentes corroboram a observação de que os alimentos funcionais, sejam de origem animal ou vegetal, podem melhorar a saúde e reduzir o risco de inúmeras doenças. Contudo, os alimentos funcionais não devem ser considerados “alimentos mágicos ou milagrosos”. A ciência dos alimentos funcionais é uma área de estudo que carece de um maior número de pesquisas sobre como os compostos bioativos contido nesses alimentos são modificados pelo processamento e metabolizados pelo organismo humano, bem como, a quantificação das doses máximas e mínimas que podem ser ingeridas pela população. MKT-MDL-02 Versão 00 Referências Bibliográficas • DOLINSKY, Manuela. Nutrição Funcional. São Paulo: Payá, 2018. MKT-MDL-02 Versão 00
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