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Inspeção Higênica Sanitária e Tecnologia de Pescado, Leite e Mel Qual a diferença entre a Inspeção Municipal, Estadual e Federal? A inspeção municipal faz a fiscalização de estabelicimentos que produz e comercializa dentro do município. A inspeção estadual fiscaliza estabelecimentos que produz e comercializa seus produtos entre outros municípios do mesmo estado. A inspeção federal fiscaliza estabelecimento que comercializa seus produtos entre estados e exportação. Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993 - MS Aprova o Regulamento Técnico para a inspeção sanitária de alimentos, as diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos e o Regulamento Técnico para o estabelecimento de padrão de identidade e qualidade para serviços e produtos na área de alimentos. Âmbito: federal. Circular nº 272, de 22 de dezembro de 1997 - DIPOA/SDA/MAPA Implanta o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e do Sistema de Análise de Risco e Controle de Pontos Críticos (ARCPC) em estabelecimentos envolvidos com o comércio internacional de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos e mel e produtos apícolas. Âmbito: federal. Portaria nº 46, de 10 de fevereiro de 1998 - MAPA Institui o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC a ser implantado, gradativamente, nas indústrias de produtos de origem animal sob o regime do Serviço de Inspeção Federal - SIF, de acordo com o Manual Genérico de Procedimentos, anexo a esta Portaria. Âmbito: federal Circular nº 369, de 02 de junho de 2003 – DCI/DIPOA/MAPA Estabelece instruções para elaboração e implantação dos sistemas PPHO e APPCC nos estabelecimentos habilitados à exportação de carnes. Âmbito: federal. Circular nº 175, de 16 de maio de 2005 - CGPE/ DIPOA/ MAPA Estabelece Programas de Autocontrole que serão sistematicamente submetidos à verificação oficial de sua implantação e manutenção. Estes Programas incluem o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO (SSOP), o Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC (HACCP) e, num contexto mais amplo, as Boas Práticas de Fabricação – BPFs (GMPs). Em razão de acordos internacionais existentes, são estabelecidos os Elementos de Inspeção comuns às legislações de todos os países importadores, particularmente do setor de carnes. Resolução - RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004 - MS Aprova o Regulamento Técnico e estabelece procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Âmbito: federal. http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/port_1428_93_ms_fiscalizacao_sanitaria.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/circular_272_97_ppho_para_produtos_do_mapa.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/portaria_46_98_mapa_appcc_produtos_animal.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/circular_369_03_appcc_est_export.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/Circular175-05PPHOparacarne.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/RDC216BPFparaservicosdeAlimentacao20_09_04.pdf Resolução nº 10, de 22 de maio de 2003 – DIPOA/SDA/MAPA Institui o Programa Genérico de Procedimentos – Padrão de Higiene Operacional – PPHO, a ser utilizado nos Estabelecimentos de Leite e Derivados que funcionam sob o regime de Inspeção Federal, como etapa preliminar e essencial dos Programas de Segurança Alimentar do tipo APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Âmbito: federal. Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 - ANVISA Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores Industrializadores de Alimentos. Âmbito: federal. Programas de autocontrole A premissa dos programas de autocontrole fundamenta-se na responsabilidade dos estabelecimentos de garantir a qualidade higiênico-sanitária e tecnológica dos seus produtos, através de um Sistema de Controle de Qualidade capaz de se antecipar à materialização dos perigos à saúde pública e de outros atributos de qualidade, gerando registros e informações, de forma que o Sistema possa sofrer, continuamente, a verificação do Serviço Oficial de Inspeção de Produtos de Origem Animal. O autocontrole é feito através dos seguintes sistemas: Boas Praticas de Fabricação (BPF); Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), detalha como vai ser feito a limpeza (o que vai usar, como usar, quando usar, com que frequência etc.); Procedimentos Sanitários Operacionais (PSO), explica como vai ser o procedimento de produção (de quanto em quanto tempo a faca vais ser lavada, frequência de troca de luva etc.); Analise de Perigo e Pontos Críticos de Controlo (APPCC), avalia os pontos que podem haver contaminação do produto, essa analise é de todo o processo desde antes a matéria prima chegar a indústria, e vai até a comercialização. Boas Práticas de Fabricação Importância: As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/res_10_03_ppho_para_leite_e_derivados.pdf http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/rdc_275_pop.pdf Se qualquer parte do programa de higiene não estiver adequada, a implantação do sistema APPCC será prejudicada, pois deverá se estabelecer o controle de muitos pontos a serem monitorizados para garantia da qualidade e segurança dos produtos. Os itens que constituem o programa de higiene funcionam como medidas preventivas de perigos diminuindo o risco de sua ocorrência. Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO (Ministério da Agricultura) São procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados, visando estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto, preservando a sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais. O Plano PPHO deve ser estruturado em 9 pontos básicos: PPHO 1. Segurança da Água; PPHO 2. Condições e higiene das superfícies de contato com o alimento; PPHO 3. Prevenção contra a contaminação cruzada; PPHO 4. Higiene dos Empregados; PPHO 5. Proteção contra contaminantes e adulterantes do alimento; PPHO 6. Identificação e Estocagem Adequadas de substâncias Químicas e de Agentes Tóxicos; PPHO 7. Saúde dos Empregados; PPHO 8. Controle Integrado de Pragas; PPHO 9. Registros. Procedimento Operacional Padronizado – POP (Ministério da Saúde) São procedimentos escritos de forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. É basicamente a mesma coisa que PPHO, a diferença é que POP é utilizado pelo Ministério as Saúde e pode ser feito um POP de qualquer procedimento até mesmo de como ligar e desligar um computador, já PPHO é usado pelo Ministério da agricultura e se limita a padronização da higienização da indústria. Os serviços de alimentação devem implementar os Procedimentos Operacionais Padronizados relacionados aos seguintes itens: a) Higienização de instalações, equipamentos e móveis; b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas; c) Higienização do reservatório; d) Higiene e saúde dos manipuladores. HACCP – APPCC (Hazard Analysis and Control Critical Points - Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle) É um sistema preventivo que através de uma avaliação sistemática identifica, avalia e controlaos perigos de contaminação de um alimento desde sua obtenção, preparação até o consumo final. HISTÓRICO Mundo Anos 60: Pillsbury Company e NASA; 1973: Documento: Food Safety Through the Hazard Analisys and Critical Control Point System Pillsbury Company; 1988: ICMSF (Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para os Alimentos) – Livro propondo o Sistema APPCC como instrumento fundamental no Controle da Qualidade de Alimentos; 1993: Comissão do Codex Alimentarius publica – Diretrizes para a aplicação do Sistema HACCP. BRASIL Década de 1990: Estabelecimento de Normas e Procedimentos pelo SEPES/MA para implantação do sistema HACCP nos estabelecimentos de pescado e derivados 1993: Portaria no 1428 de 26.11.1993 do Ministério da Saúde – Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos: dispondo sobre a obrigatoriedade da implantação do Sistema APPCC nas indústrias de alimentos. 1998: Portaria no 46 de 10.02.1998 do Ministério da Agricultura dispondo sobre a implantação do Manual Genérico de Procedimentos para APPCC em Indústrias de Produtos de Origem Animal. O Impacto do Sistema APPCC - Sistema Preventivo - Com base científica - Afasta-se do genérico para o específico - Separa o “bonito” do necessário - Separa o essencial do não essencial - Cobre toda cadeia de produção e distribuição do alimento (sistemático) Sete Princípios Básicos do Sistema APPCC 1. Identificação dos perigos potenciais e avaliação do risco de sua ocorrência. 2. Determinação dos PCC. 3. Determinação das medidas de controle e estabelecimento de limites. 4. Estabelecimento de um sistema de monitoramento. 5. Estabelecimento de medidas corretivas. 6. Estabelecimento de procedimentos de verificação. 7. Estabelecimento de um sistema de Registro e documentação Aplicação Do Sistema APPCC 1a Etapa: COMPROMETIMENTO Certeza de que todos os níveis estão interessados na implantação do Sistema (do mais alto cargo até os operários); 2a Etapa: FORMAÇÃO DO GRUPO APPCC (“HACCP TEAM”) A função do grupo é escrever o plano. Quem faz o plano é o produtor. O Sistema APPCC não pode ser visto como uma receita de bolo, cada caso tem que ser analisado isoladamente, a função do governo é ver se o plano está sendo aplicado. A final um ponto critico em uma empresa não é necessariamente critico na outra, mas alguns são críticos em todas as empresas como a qualidade da água. Grupo: - Responsável financeiro (poder administrativo); - Responsável técnico (Gerente Controle da Qualidade); - Pessoas responsáveis por cada setor: encarregados; - Técnicos laboratoriais; - Gerente de compras: alguém relacionado com quem fornece a matéria prima. 3a Etapa: DESCRIÇÃO DO PRODUTO E IDENTIFICAÇÃO DO MODO FINAL DE CONSUMO 4a Etapa: CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DE FLUXO: Deverá conter todas as etapas do processo, de forma sequencial, clara e simples, para que sejam analisados cada uma das fases e os perigos para a saúde pública. Diagrama de fluxo. 5a Etapa: CONFIRMAÇÃO “IN LOCO” DO DIAGRAMA 6a Etapa: IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS POTENCIAIS E AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUA OCORRÊNCIA. O QUE É PERIGO? Uma propriedade biológica, química ou física que possa tornar um produto alimentar impróprio para o consumo. Ache o perigo na foto. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS: - BIOLÓGICOS: bactérias, vírus, parasitos, toxinas microbianas. - QUÍMICOS: Metais pesados, inseticidas, poluentes, toxinas. - FÍSICOS: corpos estranhos, vidro… AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE E DO RISCO: - GRAVIDADE/SEVERIDADE: é a dimensão das conseqüências quando o perigo ocorre. - RISCO: estimativa da probabilidade ou possibilidade da sua ocorrência. 7a Etapa: DETERMINAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE Ponto, etapa ou procedimento onde, por uma ação de controle apropriada, um perigo para a segurança alimentar pode ser evitado, eliminado ou reduzido a um nível aceitável. Exemplo na aquisição de matéria prima como o leite fazer o teste de acidez antes de misturar com outro leite já aprovado pelo controle. Os PCC devem ser escolhidos cuidadosamente em função do risco e da gravidade do perigo a controlar. 8a Etapa: DETERMINAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE E LIMITES CRÍTICOS. Qualquer ação que evite ou elimine a introdução de perigos ao produto ou que reduza a um nível aceitável. Exemplo: Tratamento térmico; Manutenção sob refrigeração; Higiene pessoal. Valor ou atributo estabelecido, que não deve ser excedido no PCC. - valores que separam os produtos aceitáveis dos inaceitáveis. 9a Etapa: ESTABELECIMENTO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO. Sistema simples, que forneça resultado rápido, capaz de detectar desvios em relação às especificações e critérios. O que? Como? Quando? Quem? Controle de temperatura, pH, Aw (atividade de água), concentração de sal. Potenciómetro A aparelhagem e os instrumentos utilizados no controle devem ser cuidadosamente verificados e suas performances regularmente validadas. 10a Etapa: ESTABELECIMENTO DE MEDIDAS CORRETIVAS. O sistema deve permitir a aplicação imediata das medidas corretivas sempre que os resultados do monitoramento indiquem que um PCC deixou de estar controlado. - Rejeição do lote ou matéria-prima; - Ajuste da temperatura; - Reprocessamento; - Recolhimento do produto no mercado. 11a Etapa: ESTABELECIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO. É a utilização de métodos, procedimentos, testes e auditorias, aplicáveis para validar o plano HACCP. QUANDO SE APLICA? - quando se aplica o sistema pela primeira vez; - em caso de produto novo; - como parte da revisão contínua de um programa estabelecido anteriormente. Pessoas da empresa, Organizações do Governo, Serviço de Inspeção, Autoridades do país importador, Organizações privadas, Laboratórios de controle da qualidade. 12a Etapa: ESTABELECIMANTO DE UM SISTEMA DE REGISTRO E DOCUMENTAÇÃO. Deve conter : - Limites críticos utilizados no controle; - Valores encontrados por ocasião do monitoramento; - Medidas corretivas adotadas; - Horário dos procedimentos; - Assinatura do responsável pelo procedimento ou controle que gerou o registro. - Devem ser devidamente arquivados APPCC Controle do processamento, e não do ambiente. É um modo para a indústria controlar e prevenir problemas e garantir alimentos seguros, controlando o processo de produção do princípio ao fim, em lugar de detectar problemas no término da linha. Verificação dos Programas de Autocontrole pelo Serviço de Inspeção Circular Nº 175, DE 16 DE MAIO DE 2005 – DIPOA/MAPA CIRCULAR Nº 176/2005/CGPE/DIPOA Ementa: Procedimentos de Verificação dos Programas de Autocontrole (Versão Preliminar) A verificação oficial da Implantação e Manutenção dos Programas de Autocontrole, fundamenta-se na inspeção do processo e na revisão dos registros de monitoramento dos programas de autocontrole da indústria. Frequência de Execução: Depende do Programa de autocontrole e dos procedimentos aplicados (no local ou Documentais) A frequência pode ser diária, semanal, quinzenal ou mensal. Verificação local diária Equipamentos (área de produção); Vestiários e sanitários - funcionalidade das barreiras, organização e higiene ambiental; Controle de temperaturas; Iluminação; Ventilação; Águas residuais; PPHO; APPCC; Água de abastecimento - pH e cloro livre; Controle de pragas - dispositivos de proteção; Hábitos Higiênicos; Procedimentos sanitários das Operações; Matéria prima – Reinspeção; Verificação no local semanal Somente o programa de aferição/calibração dos instrumentos de controle de processo. Verificação no local quinzenal Controles microbiológicos de produtos; Controle de matéria-prima, ingredientes e material de embalagem (aspectos relacionados com o armazenamento); Ventilação (áreas secas); Iluminação (áreas que não são PCC’s, pontosde inspeção, etc); Vestiários, sanitários e barreiras sanitárias – focalizando a manutenção; Instalações e equipamentos (áreas e equipamentos que não são usados na preparação, manipulação e armazenamento de produtos). Verificação no local mensal Água de abastecimento (captação, armazenamento e distribuição); Controle Integrado de Pragas (área externa, iscas, etc).
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