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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA YASMIM FERREIRA DE OLIVEIRA RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE PATOLOGIA: DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO PETROLINA – PE 2019 INTRODUÇÃO A ideia de que o sistema circulatório é um conjunto fechado de tubos interligados que conduz o sangue impulsionado por um mecanismo de bombas, embora simplista, permite que os conhecimentos sobre as variações das propriedades plásticas dessas estruturas e de seu conteúdo facilite a compreensão dos vários fenômenos patológicos que envolvem a circulação quando um território do organismo é agredido. De modo resumido, pode-se dizer que o sistema circulatório é formado por uma bomba (coração), por tubos de distribuição e coletores (artérias, veias e vasos linfáticos) e por uma grande rede de tubos de paredes finas (vasos capilares) que permite a troca rápida de substâncias entre o sangue, o interstício e as células. (BOGLIOLO, 2016) As alterações circulatórias estão relacionadas a distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico (o qual quando for interrompido pode levar ao surgimento de alterações como o edema). Os fluidos corporais transitam dentro de compartimentos, os quais estão em homeostase, e qualquer situação que interrompa esse equilíbrio vai levar ao surgimento de alterações no organismo, as quais são chamadas de distúrbios da circulação. Os distúrbios da circulação incluem: aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia e isquemia); coagulação do sangue no leito vascular (trombose); aparecimento de substâncias ou corpos que não se misturam ao sangue e causam obstrução vascular (embolia); saída de sangue do leito vascular (hemorragia) e alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema). (BOGLIOLO, 2016) RESULTADOS E DISCUSSÃO Lâmina 1: Edema pulmonar Edema pulmonar é o acúmulo de fluido nos pulmões diminuindo a eficiência das trocas gasosas (O2 e CO2) podendo resultar em insuficiência respiratória. Fonte: Yasmim Ferreira Edema no tecido pulmonar do tipo exsudato, pois há a presença de água e proteínas em sua composição. A área de coloração rosa caracteriza esse tipo de edema. Toda a massa rosa é o edema que se estende por todo o parênquima. É possível observar focos de hemorragia, região de coloração rosa um pouco mais escura que o rosa do edema. Também é possível observar na lâmina, “pontinhos roxos” que são células do sistema imune. Legenda: Seta branca com azul: hemorragia > alvéolo expandido com fluido Lâmina 2: Congestão Pulmonar Congestão, ou hiperemia passiva é um aumento local do volume de sangue em um determinado tecido. Este aumento é de forma passiva, resultante de um retorno venoso ineficiente. Fonte: Larissa Oliveira Nessa lâmina é possível observar muitos vasos com hiperemia passiva, que pode ser causada por alterações no lado esquerdo do coração ou veias pulmonares. Apresenta edema do tipo transudato. Legenda: Seta branca com azul: bronquíolo > Vasos ingurgitados Lâmina 3: Hemorragia no pulmão É a saída do sangue do espaço vascular para o compartimento extravascular ou para fora do organismo. Fonte: Yasmim Ferreira Hemorragia no tecido pulmonar com a presença de edema e hiperemia. Nessa lâmina é possível observar a presença de vaso hiperêmico com formação de brotos vasculares ao redor do vaso. Também é possível observar a presença de alvéolos com fluido. Há a presença de focos hemorrágicos, onde houve extravasamento do conteúdo dos vasos sanguíneos, o que pode ser observado pela presença de hemácias no tecido, além de células de defesa. Legenda: Região circulada: Brotos vasculares > Alvéolo com fluido Lâmina 4: Infarto agudo do miocárdio Fonte: Yasmim Ferreira Presença de tecido necrótico onde são encontradas muitas células de defesa (neutrófilos), o que caracteriza um infarto agudo, pela presença dessas células que tem ação imediata, formando um infiltrado inflamatório. Ainda não há formação de tecido fibroso. Legenda: Tecido necrótico na lâmina quase inteira (tecido desorganizado; presença de material necrótico) Lâmina 5: Infarto hemorrágico no pulmão Fonte: Yasmim Ferreira Infarto hemorrágico em tecido pulmonar, no qual houve extravasamento do conteúdo dos vasos sanguíneos, apresentando coloração avermelhada, que caracteriza esse tipo de infarto. Presença de necrose liquefativa e tecido de granulação, formado por leucócitos, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo, além de hemácias provenientes da hemorragia. Legenda: Região circulada: região do infarto. Lâmina 6: Infarto do miocárdio - Reparação Fonte: Yasmim Ferreira Nessa lâmina é possível observar um tecido que sofreu infarto e passou por reparo. Pode-se observar uma região mais clara constituída por tecido fibroso (fibroblastos), que confere maior rigidez ao tecido. Legenda: Região circulada: Região de reparo Lâmina 7: Trombo venoso Trombo venoso é o trombo ou coágulo que, majoritariamente, se forma no interior das veias. É formado principalmente por agregados de hemácias após eventos ou períodos de estase sanguínea. Fonte: Yasmim Ferreira Na lâmina é possível observar presença de trombo oclusivo, com obstrução de 100% do vaso. A coloração rosa é indicativa de fibrina e plaquetas. A parte vermelha indica a presença de hemácias. Lâmina 8: Trombo em organização Fonte: Yasmim Ferreira O trombo em organização é assim chamado por causa do processo de recanalização, onde há formação de vasos dentro do trombo e presença de fluxo sanguíneo dentro do trombo, devido a ativação do sistema fibrinolítico e o processo de angiogênese feito pelos fibrinopeptídeos. É possível observar a presença de macrófagos (células espumosas). Legenda: *Processo de calcificação > Vaso formado dentro do trombo Região Circulada: Parede vascular Lâmina 9: Êmbolo Séptico Consiste na existência de um corpo sólido, líquido ou gasoso transportado pelo sangue e capaz de obstruir um vaso. Em 90% dos casos os êmbolos se originam de trombos. Fonte: Yasmim Ferreira A região sinalizada pela seta indica um êmbolo séptico caracterizada por uma massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo sangue para um local distante do seu ponto de origem. É possível observar a presença de colônia de bactérias. Legenda: > Êmbolo Séptico Região Circulada: Bactérias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PATOLOGIA EM HIPERTEXTO – UFMG. Alterações Circulatórias. Disponível em: <http://depto.icb.ufmg.br/dpat/old/5altcirc.htm>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2019. FILHO, Geraldo Brasileiro. Bogliolo patologia: Nona edição. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan LTDA, 2016.
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