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Aviônicos I Instrumentos Resumo www.hangarmma.com www.hangarmma.com CAPÍTULO 01 GENERALIDADES SOBRE INSTRUMENTOS Os instrumentos foram agrupados por analogia, de função ou pelo sistema como: Instrumentos de Voo Instrumentos de Navegação Instrumentos do Motor Instrumentos Diversos Características de construção dos instrumentos Na construção dos instrumentos de bordo modernos são levados em consideração os requisitos gerais como: Temperatura Os instrumentos devem funcionar satisfatoria- mente, dentro de uma variação de temperatura de -35ºC a +60ºC, sendo que a temperatura normal considerada é de 15ºC. Vibração Vedação Há dois modos de vedação: À prova de água. Vedação especial à prova de ar. Posição Amortecimento Escala Marcações Tamanho Peso Caixa Iluminação Outras características Os instrumentos de bordo devem possuir ainda as seguintes características: • precisão; • segurança; • durabilidade; • leveza; • fácil instalação; • mínimo de manutenção; • leitura simples. Inspeção periódica Quando o avião completa certo número de horas de voo é feita uma inspeção por uma equipe de especialistas. Esta inspeção é espe- cificada pelo Programa de Manutenção (PM) do avião. CAPÍTULO 02 INSTRUMENTOS DE VOO Os instrumentos servem para suprir as neces- sidades e limitações dos seres humanos. Os instrumentos são basicamente a ciência da medição de velocidade, distancia, altitude, ati- tude, direção, temperatura, pressão, rotação. Os instrumentos são classificados às analogias a que pertencem. Primeiros instrumentos Indicador de pressão de óleo e indicador de pressão de combustível. Instrumentos básicos Qualquer avião pequeno ou grande é obrigató- rio possuir três instrumentos básicos para voar que são: Altímetro, velocímetro e bússola Magnética. CARACTERISTICAS DA CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS Temperatura Devem trabalhar entre -35 graus á + 60 graus Vibrações É permitida instalação num plano de 45 graus com a horizontal e sujeitos a vibrações de NÃO MENOS DE 0,003’’ e NÃO MAIS DE 0,005’’ e amplitude de frequência de 600 a 2200 oscila- ções por minuto. Vedação Todos os instrumentos devem ser vedados ou a prova de água se forem instrumentos que captam pressão e a prova de ar se forem giros- cópios. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 1 www.hangarmma.com Posição Devem ser equilibrados e não podem ser afe- tados pela inclinação de ate 180 graus para ambos os lados. Amortecimentos Os amortecedores dos instrumentos são os coxins. Tamanhos = de 2 ¾ ‘’ e de 1 7/8 ‘’. Construção da caixa É feita de baquelite composto de fenol. Remoção e instalação Pode ser com flange ou com braçadeira. Inspeções Devem ser feitas antes de pré-voo. Substituição Qualquer indicação duvidosa deve ser substitu- ída. Nunca troque a localização de um instrumento. Painéis dos instrumentos É material não magnético (geralmente de alu- mínio). Indicação das marcas brancas nos instrumen- tos Servem para verificar se houve movimento do vidro em relação ao instrumento. Marcações Servem para indicar uma gama segura ou in- segura de operação nos vidros dos instrumen- tos e são pintadas com SHELAC OU RADIUN. Cores das faixas pintadas Arco vermelho: Operação proibida (máxi- mos e mínimos) Arco verde: Operação normal Arco amarelo: Operação indesejável (aten- ção) Arco azul: Operação de regime econômico. Arco branco: Operação especial com flap atuado. Classificação dos instrumentos São classificados em: Instrumentos de voo Instrumentos de navegação Instrumentos dos motores Instrumentos diversos Instrumentos de voo Velocímetro (Air Speed Indicator - ASI) (elemento sensível diafragma). Altímetro (Altimeter) (usa capsula ane- roide). Indicador de razão de subida e descida (Vertical Speed Indicator – VSI - Climb – Variômetro) (elemento sensível aneroide). Indicador de atitude (Attitude Indicator, HSI) Indicador de curva e derrapagem (Turn and Bank) (giroscópio). Machímetro (Mach Number Indica- tor/Machmeter). Sistema anemométrico Três instrumentos: Altímetro Velocímetro Variômetro – Climb – Razão de subida e descida VARIÔMETRO (Climb – razão de subida e descida) Nesse sistema o altímetro, o velocímetro e o variômetro (Climb) usam pressão estática. O tubo de pitot é responsável pela pressão dinâmica e também estática pelo orifício no tubo nos casos em que a tomada estática é acoplada, se for com tomada estática separada o pitot capta apenas pressão dinâmica, pois com tomada estática separada capta pressão estática (altitude) dessa forma é mais precisa. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 2 www.hangarmma.com Velocímetro Sua unidade é milhas/náuticas (Nós/Knots), no instrumento tem o VNE (Velocidade Nunca Exceda). Capta a pressão dinâmica responsável pela velocidade. TUBO DE PITOT COM TOMADA ESTÁTICA ACOPLADA Capta pressão dinâmica e estática tem um orifício e possui diafragma (pressão dinâmica e aneróide pressão estática). Quanto mais velo- cidade mais dilata o ANEROIDE e vice/versa. Tubo de pitot com tomada estática separada Capta só a pressão dinâmica e tem diafragma. Velocímetro Indica três velocidades: velocidade indicada, velocidade verdadeira e velocidade absoluta. Velocidade indicada (IAS): é lida sem cor- reção de temperatura e altitude. Velocidade verdadeira (TAS): é a correção da velocidade indicada, temperatura e alti- tude. Velocidade absoluta: é a velocidade do avião em relação ao solo. Altímetro Capta pressão atmosférica (estática). O coração de um altímetro é a cápsula aneroi- de. A pressão atmosférica é 14,7 PSI ou barométri- ca 1013 polegadas por mercúrio. Atmosfera A pressão é diretamente proporcional à densi- dade e inversamente á altitude, temperatura e umidade. Densidade Quanto mais quente (calor) o ar se expande e temos menos concentração de ar, e quanto mais frio as moléculas se agrupam e temos grande concentração de ar. Pressão Três tipos: Pressão absoluta (zero absoluto) Diferencial (comparação de pressões) Relativa (usa a pressão atmosférica como ponto zero). Altitude É a distância vertical de um nível , ponto ou objeto medido a partir de um determinado pla- no. Unidade (ft/min) ou pés por minuto. Altitude absoluta (altura) É a distância vertical (altura) a qual o avião voa sobre a terra. Altitude de campo É a altura lida no solo 1013 barométrica. Altitude indicada = é a leitura não corrigida do altímetro barométrico. Altitude calibrada É a altitude indicada corrigida. Altitude verdadeira É a altitude ao nível do mar é a lida pelo radio altímetro. Correções do altímetro Ele pode ser ajustado pelo piloto devido as variações de Temperatura e pressão atmosféri- ca. Altímetro codificador É o modulo do sistema do ATC ou transponder (controle de trafego aéreo). O transponder tem 4.096 códigos que permite visualizar na tela do radar a altitude do avião a cada 100 ft. frequência do ATC 1090 Mhz e 1030 Mhz. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 3 www.hangarmma.com Indicador de razão de subida e descida (Cilmb elemento sensível aneroide). Chamado também de VSI ou Variômetro, tem a finalidade de informar ao piloto se o avião está subindo, descendo ou se está em voo reto e nivelado. Funcionamento do Climb À medida que aumenta a altitude, diminui a pressão atmosférica. Quando o avião sobe a cápsula aneróide se contrai e quando perde altitude ela se dilata. Tem uma fenda calibrada. É conectado com pressão estática que funciona com diferença de pressão. Instrumentos giroscópicos São três: Horizonte artificial Giro direcional Turn bank Sua característica é a precessão e rigidez. Horizonte artificial Tambémchamado de HSI, indicador de atitude, giro horizonte e indicador de voo e ADI. Giroscópio Tem 2 anéis guimbal com 90 graus dos rola- mentos do rotor e 2 graus de Liberdade. INÉRCIA GIROSCOPICA OU RIGIDEZ É quando o giroscópio adquire um alto grau de rigidez. Precessão É o giro em torno do eixo horizontal represen- tado pela letra (P). SISTEMAS GIROSCOPICOS Vácuo ou elétrico Indicador de atitude São HORIZONTE ARTIFICIAL que é também chamado de HSI, indicador de atitude, giro hori- zonte, indicador de voo E ADI. Eles funcionam com sistema GIROSCOPICO. Dois tipos: Movido a ar ou elétrico. Movido a ar Gira a 12.000 RPM e é invertido quando o mos- trador esta para a esquerda do avião vai para a direita. Elétrico É alimentado com 115/400hz e o rotor gira a 22.000 RPM, é limitado a 85 graus em movi- mento de arfagem e para rolagem pode ate 360 graus. Taxa de ereção É de 3 a 5 graus/min. Turn bank É o indicador de curva e derrapagem. Funciona com o principio da precessão e os outros aci- mas citados por rigidez e precessão. Curva com derrapagem Pau de um lado e bola pro outro. Curva com glissada Pau do mesmo lado que a bola. Curva coordenada Pau e bola seguem sincronizados. Acelerômetro Indica a aceleração VERTICAL do avião. O importante é saber a forca ``G``. Machímetro Finalidade controlar a segurança do voo, unida- de Mach e a teoria é que este instrumento for- nece a velocidade que o avião se aproxima, iguala ou excede a velocidade do som. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 4 www.hangarmma.com CAPÍTULO 03 INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO São: Bússula ADF – Automatic Direction Finder VOR – VHF Omnidirectional Range ILS - Instrument Landing System (GLIDE SLOPE, LOCALIZER E MARKER BEACON). DME – Distance Measuring Equipment Doppler INS - Inertial Navigation System Latitude É na horizontal e a distancia da linha do equa- dor. Longitude É na vertical e a distância do meridiano Greenwich. Declinação magnética É o norte magnético pra onde aponta a bússola, já o norte verdadeiro é o norte geográfico. Linhas isogônicas É a linha imaginaria igual a declinação magné- tica. Bússola magnética É o instrumento mais simples de qualquer avi- ão, a agulha aponta na direção do norte mag- nético da terra e não no norte verdadeiro. A compensação de bússola e depois de com- pensada não deve exceder a 10 graus. Se a bússola tiver com um erro de 25 graus ela deve ser compensada. O erro de qualquer bús- sola é entre o norte verdadeiro e o norte mag- nético (norte da bússola). Liquido amortecedor da bússola é o querosene sem ácido. Componentes da bússola Tem um cartão compasso e uma linha de Fé. Sistema Pictorial de navegação É uma bússola com desenho, esta incluída GIRO DIRECIONAL, INDICADOR DE CURSO (HSI) e o indicador rádio magnético (RMI). RMI e HSI O HSI é o modelo mais antigo depois veio o RMI pra substitui-lo, são giroscópios assim como o giro direcional o coração deles é o ro- tor, tem dois anéis guimbal e geralmente 2 graus de liberdade. HS Nele está o sistema de ILS (Glide Slope, Locali- zer e Marker Beacon). Glide Slope Da informação do ângulo de descida e recebe sinal na horizontal, sua portadora é UHF modu- lada com 2 tons de 90 a 150 HZ UHF. Localizer Dá informação do centro da pista e recebe o sinal na VERTICAL de uma portadora VHF na faixa de 108,1 a 111,95 modulada por 2 tons iguais do glide slope 90 a 150 HZ. Marker Beacon São transmissores alinhados com o centro da pista operados na faixa de 75 MHZ. Tem três sinais de áudio: Interno 3.000 Hz cor branca. Médio 1300hz cor âmbar. Externo 400hz cor azul. RMI Nesse sistema não tem ILS, mas é equipado com o VOR e ADF (mais moderno). VOR Dá a direção precisa da cabeceira, é um TRANCEPETOR modulado em VHF trabalha em alta frequência dando as radiais indica a posição exata da pista. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 5 www.hangarmma.com ADF Apenas identifica a pista, mais não da à indica- ção da cabeceira e informações precisas, é quase igual o VOR e trabalha em baixa fre- quência VHF. VHF Faixa de operação de 108,0 a 136,95 MHZ (AM). HF De 3 a 30 MHZ. DME Indica a distância do avião para o seu destino. CAPÍTULO 04 INSTRUMENTOS DO MOTOR Indicador de temperatura do óleo Indicador de pressão de óleo Indicador de pressão de admissão Indicador de rotação (tacômetro), sin- croscópio. Indicadores de temperatura dos gases Indicador de fluxo de combustível INDICADORES DE TEMPERATURA Podem ser elétricos e termopares bimetálicos. Termopares bimetálicos: Em motores convencionais são: ferro e Cons- tatan. Em motores a jato são: Alumel e Cromel. Os dois tipos tem sonda termopar onde o com- primento e tamanho não pode ser alterado e podem ser de duas formas Gaxeta Baioneta Indicadores de temperatura do óleo (PSI) Consiste de um sistema com ponte de Wheats- tone (que são quatro resistores) e seu elemento sensível à temperatura é o bulbo (níquel puro com enrolamento de mica e prata, pois o níquel é sensível para temperatura). Indicadores de temperatura do óleo A variação de temperatura desequilibra a ponte de Wheatstone. INDICADOR DE PRESSÃO Indicadores de pressão (tubo de bourdon) São os manômetros. O sistema de óleo do motor está ligado no seu interior um tubo de bourdon. Indicador de pressão absoluta: calibrado em INHg é a indicação da pressão atmosférica + a pressão criada pelo compressor. Indicador de pressão tipo síncrono Três tipos: Autosyn, Magnesyn Selsyn São dispositivos elétricos que parecem um motor ligado em paralelo á outros síncronos. Assim temos os sincrogeradores e o sincromo- tor. Possuem rotor, estator e carcaça. São três imas em 120 graus é como se fosse um gera- dor. Autosyn, Magnesyn e Selsyn São usados para indicar a pressão do óleo, fluxo de combustível e tacômetro (elétrico). MEDIDOR DE PRESSÃO DO ÓLEO A pressão provém da bomba de óleo do motor. Indicadores da EGT Gases de exaustão são termopares. Indicadores TIT Temperatura de entrada da turbina, também Termopares. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 6 www.hangarmma.com Indicadores de temperatura intertubinan (air- bus) São 8 termopares de cromel ( cromo – níquel ) e alumel ( alumel – níquel ), ligados em parale- lo, eles possuem diâmetros diferentes para que os metais não sejam confundidos na instalação. Medidor de fluxo de combustível O Fluxômetro indica consumo de combustível. Indicação de rotação RPM: tacômetro pode ser elétrico ou mecânico. Em motor convencional mede em RPM, já em motor a reação mede em % da RPM. Indicação de rotação: mede a velocidade de rotação de: Compressor/turbina Turbina/hélice Hélice Tacômetro mecânico: usa cabo para mover forcas centrifugas. Tacômetro elétrico: usa sincrogerador. Sicroscópio: indica se dois ou mais motores estão girando em sincronismo, ou seja, mesma RPM (RPM sincronizados). CAPÍTULO 05 INSTRUMENTOS DIVERSOS Voltamperimetro Medidor de fadiga (acelerômetro) Indicador de temperatura do ar externo Indicador de quantidade de combustível Indicador de pressão hidráulica Indicador de degelo (Boots) VOLTAMPERIMETRO: usado para medir ten- são da bateria, dos geradores e a corrente de cada gerador. A maioria dos instrumentos de medições como: voltímetro, amperímetro, gal- vanômetro, etc...Possuem um mecanismo D`arsonval. VOLTÍMETRO É ligado em paralelo com o circuito e mede a D.D.P sua unidade é tensão. O voltímetro é um galvanômetro d`arsonval em série com uma alta resistência (multiplicadora). AMPERÍMETRO É ligado em serie com o circuito e mede a cor- rente sua unidade é ampere. O amperímetro é um galvanômetro d`arsonval em paralelo com uma baixa resistência (resistor shunt). ACELERÔMETROMedem as acelerações VERTICAIS da linha de voo ele monitora as acelerações verticais devi- do aos esforços (pesos) estruturais causando fadiga. Fica próximo ao C.G do avião. INDICADORES DE TEMPERATURA DO AR EXTERNO São termômetros com BULBO SENSOR que medem a temperatura do ar externo entre -60 até 60 graus Celsius. INDICADORES DE QUANTIDADE DE COMBUSTIVEL Dois tipos: Tipo boia e capacitivo. Tipo boia É o mais simples sistema de indicação de quantidade de combustível Tipo capacitivo: É eletrônico e mede o peso do combustível, tem uma sonda, uma ponte e um amplificador. O dielétrico é o isolador no capacitor, portanto o combustível é usado como dielétrico, dessa forma indica cheio quando o dielétrico for todo combustível. Sistema de indicação de ângulo de ataque São as vanes que avisam o ângulo de stol. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 7 www.hangarmma.com INDICADORES DE PRESSÃO HIDRÁULICA (tubo de bourdon), indica a pressão Hidráulica dos trem de pouso, flap, slat, etc.. INDICADORES DE PRESSÃO DE DEGELO Boots também tem um tubo de Bourdon e avi- sa se tem gelo nas camaras de borracha dos boots. Indicadores de sucção Indicam a sucção de ar para os sistemas giros- cópicos. Piloto automático Os elementos do sistema de piloto automático são: Comando Sensível Atuação CAPÍTULO 06 MATERIAIS ELÉTRICOS O desempenho satisfatório de qualquer avião moderno depende, em grande parte, da confi- ança contínua nos sistemas e subsistemas elétricos. A instalação ou manutenção incorreta ou descuidada da fiação pode ser fonte de pe- rigo imediato e potencial. Para efeito deste manual, um fio é apresentado como um condutor singelo e rígido ou como um condutor retorcido, ambos revestidos com um material isolante. O fio é fabricado em bitola de acordo com o modelo padrão especificado pelo AWG (Ameri- can Wire Gage). Os diâmetros do fio tornam-se menores à medida que os números do calibre tornam-se maiores. Diversos fatores devem ser considerados na seleção da bitola do fio para transmissão e distribuição de força elétrica. O primeiro fator é a perda da energia permitida (perda I2R) na linha. Esta perda representa a energia elétrica transformada em calor. O uso de condutores maiores reduz a resistên- cia e, portanto, a perda de I2R. Entretanto, os condutores maiores, em princípio, são mais caros do que os menores; eles são mais pesa- dos e necessitam de suportes mais substanci- ais. Um segundo fator é a queda de voltagem per- mitida (queda IR) na linha. Se a fonte mantiver uma voltagem constante na entrada para as linhas, qualquer variação na carga da linha provocará uma variação na corrente e, conse- quentemente, uma variação da queda IR na linha. Um terceiro fator é a capacidade do condutor para conduzir corrente. Quando a corrente pas- sa através do condutor há produção de calor. A temperatura do fio aumentará até que o calor irradiado, ou dissipado, seja igual ao calor ge- rado pela passagem de corrente através da linha. Se o condutor for isolado, o calor gerado no condutor não será logo removido. Dessa forma, para proteger o isolante de calor excessivo, a corrente através do condutor deve ser mantida abaixo de um certo valor. Os dois condutores mais comumente usados são o cobre e o alumínio. Embora o alumínio possua apenas cerca de 60% da condutibilidade do cobre, ele é usado extensivamente. Sua leveza torna possível vãos extensos e, seu diâmetro, relativamente grande para uma dada condutibilidade, reduz a corona (a descarga de eletricidade do fio quando ele possui um alto potencial). É recomendado que a queda de voltagem dos cabos principais da fonte de força de geração do avião ou da bateria para a barra não deve exceder 2% da voltagem regulada, quando o gerador estiver conduzindo uma corrente nomi- nal ou a bateria estiver sendo descarregada na razão de 5 minutos. A resistência do circuito de retorno de corrente à massa, através da estrutura da aeronave, é sempre considerada desprezível. A medida de resistência de 0,005 ohms de um ponto massa do gerador ou da bateria, até o terminal massa de qualquer componente elétri- co, é considerado satisfatório. Outro método satisfatório de determinar a resis- tência do circuito é o de verificar a queda de voltagem através do circuito. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 8 www.hangarmma.com Para selecionar a bitola correta do condutor, dois requisitos principais devem ser obedeci- dos: 1) A bitola do fio deve ser suficiente para evitar queda de voltagem excessiva, enquanto estiver conduzindo a corrente devida na distância ne- cessária; 2) A bitola deve ser suficiente para evitar supe- raquecimento do cabo durante o transporte da corrente devida. ISOLAMENTO DO CONDUTOR As duas propriedades fundamentais dos mate- riais isolantes (borracha, vidro, amianto ou plás- tico, etc.) são: a resistência do isolamento e; a força dielétrica. Essas são propriedades intei- ramente diferentes e distintas. A resistência do isolamento é a resistência da passagem de corrente, através e ao longo da superfície dos materiais isolantes. A resistência do isolamento pode ser medida com um MEGGER (medidor) sem danificar o isolamento, de modo que a informação obtida sirva como guia para determinar as condições gerais. A força dielétrica é a propriedade que o isolante possui de suportar a diferença de potencial e, é, geralmente, expressa em termos de voltagem, na qual o isolamento não funciona devido à tensão eletrostática. A força dielétrica máxima pode ser medida, aumentando-se a voltagem de uma amostra de teste até que o isolamento seja rompido. O tipo de material de isolamento do condutor varia com o tipo de instalação. Tais tipos de isolantes como a borracha, seda e papel não são mais usados nos sistemas do avião. Os mais comuns hoje em dia são: o vinil, o algo- dão, o náilon, o teflon e o amianto mineral. Identificação de fios e cabos: A fiação e os cabos do sistema elétrico do avião podem ser estampados com uma combinação de letras e números para identificar o fio, o circuito a que ele pertence, o número da bitola, e outra infor- mação necessária para relacionar o fio ou cabo com um diagrama elétrico. Essas marcas são denominadas código de identificação. Alguns componentes do sistema, especialmente os PLUGS e as tomadas, são identificados por uma letra ou grupo de letras e números adicionados ao número básico de identificação. Os fios são geralmente estampados com inter- valos de até 15 polegadas de extensão, e den- tro de 3 polegadas de cada junção ou ponto terminal. Cabo coaxial e fios nas barras de ligação de terminais e caixas de junção são geralmente identificados pela estampagem de uma luva nos fios. Para a fiação, de um modo geral, é geralmente usada uma luva flexível de vinil, que pode ser clara ou branca opaca. Para aplicações em alta temperatura é recomendada a luva de borracha de silicone ou de fibra de vidro de silicone. On- de a resistência à fluídos hidráulicos sintéticos ou solventes for necessária, a luva de nylon clara ou branca opaca pode ser usada. DEFINIÇÕES 1) Fiação descoberta - qualquer fio, grupo de fios ou chicote não envolvido por conduíte. 2) Grupo de fios - dois ou mais fios indo para o mesmo local amarrados juntos para reter a identidade do grupo. 3) Chicote - dois ou mais grupos de fios amar- rados juntos, porque eles estão indo na mesmo direção para um ponto onde a amarração está localizada. 4) Fiação protegida eletricamente - fios que incluem (no circuito) proteção contra sobrecar- ga tais como fusíveis, disjuntores ou outros dispositivos de limitação. 5) Fiação sem proteção elétrica - fios (geral- mente dos geradores até os pontos de distribui- ção da barra principal) que não possuem prote- ção tais como fusíveis, disjuntores ou outros dispositivos limitadores decorrente. FIOS TRANÇADOS Quando especificados em desenhos de enge- nharia, ou quando realizados como uma prática local, os fios paralelos devem, às vezes, ser trançados. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 9 www.hangarmma.com Mais comuns: 1) Fiação nas vizinhanças de bússola magnéti- ca ou da válvula de fluxo. 2) Fiação de distribuição trifásica. 3) Certos fios (geralmente na fiação para o sistema rádio) como especificado nos dese- nhos de engenharia. FROUXIDÃO NOS CHICOTES Os fios singelos ou chicotes não devem ser instalados com frouxidão excessiva. A frouxi- dão entre os suportes não deve, normalmente, exceder uma deflexão máxima de ½ polegada com pressão manual. Raio de curvatura As curvaturas nos grupos de fios ou chicotes não devem ser inferiores a 10 vezes o diâmetro externo dos grupos. Entretanto, nas barras de terminais, onde o fio está adequadamente su- portado em cada extremidade da curvatura, o diâmetro externo do grupo de fios ou do chico- te, igual a três vezes o diâmetro externo é nor- malmente aceitável. Exceções: O caso de certos tipos de cabo, como por exemplo, o cabo coaxial que nunca pode ser curvado num raio inferior a 10 vezes o diâmetro externo. Instalação e encaminhamento Toda fiação deve ser instalada de modo que ela seja firme e de boa aparência. Sempre que possível, os fios e os chicotes devem correr paralelos ou em ângulos retos com as nervuras ou longarinas da área envolvida. Como exce- ção desta regra temos o cabo coaxial, que é orientado tão diretamente quanto possível. A fiação deve ser fixada adequadamente em toda sua extensão. Um número suficiente de suportes deve ser instalado para evitar vibração indevida dos tre- chos sem sustentações. Proteção contra fricção Os fios e os grupos de fios devem ser protegi- dos contra fricção ou roçamento nos locais onde o contato com superfícies pontiagudas, ou outros fios, danificariam o isolamento. Os danos ao isolamento podem provocar curto- circuito, mau funcionamento ou operação inde- vida do equipamento. As braçadeiras de cabo devem ser usadas para sustentar os chicotes em cada orifício através de um anteparo. Se os fios se aproximarem mais de ¼ de pole- gada da borda do orifício, usa-se um gromete adequado. Proteção contra alta temperatura Para evitar deterioração do isolamento, os fios devem ser mantidos afastados de equipamen- tos de alta temperatura, tais como resistores, tubos de descarga ou dutos de aquecimento. A distância de separação é normalmente es- pecificada pelos desenhos de engenharia. Al- guns fios devem invariavelmente passar atra- vés de áreas quentes. Esses fios devem ser isolados com material de alta temperatura tal como amianto, fibra de vidro ou teflon. Uma proteção adicional é, tam- bém, frequentemente necessária sob a forma de conduítes. Proteção contra solventes e fluídos Os fios não devem ser instalados em áreas onde fiquem sujeitos a estragos por fluídos, a menos de 4 polegadas da parte mais baixa da fuselagem do avião, com exceção daqueles que devem atingir aquela área. Se houver possibilidade do fio ser molhado com fluídos, deverá ser usada uma tubulação plásti- ca para protegê-lo. Se o fio possuir um ponto baixo entre as extre- midades da tubulação, é feito um orifício de dreno de 1/8 de polegada. O fio nunca deve passar por baixo da bateria do avião. Todos os fios nas proximidades da bate- ria devem ser inspecionados frequentemente, e os fios descoloridos pelos gases prejudiciais da bateria devem ser substituídos. Precauções de Instalação Nenhum fio pode ser direcionado de modo que fique localizado mais próximo do que ½ pole- gada de uma tubulação. Nem mesmo um fio ou AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 10 www.hangarmma.com um chicote pode ser sustentado por tubulação que conduza fluídos inflamáveis ou oxigênio. A fiação deve ser instalada para manter uma folga mínima de pelo menos 3 polegadas dos cabos de controle. Se isso não puder ser ob- servado, guardas mecânicas deverão ser insta- ladas para evitar o contato entre a fiação e os cabos de controle. AMARRAÇÃO E ENLACE DOS CHICOTES Definições 1) Enlaçamento é prender junto um grupo de fios ou um chicote, através de pedaços indivi- duais de cordão, amarrados em volta daqueles em intervalos regulares. 2) Amarração é prender junto um grupo de fios ou um chicote por um pedaço contínuo de cor- dão, formando laços em intervalos regulares em volta daqueles. 3) Um grupo de fios é constituído de dois ou mais fios amarrados ou laçados juntos para identificar um sistema individual. 4) Um chicote é constituído de dois ou mais grupos de fios amarrados ou laçados juntos para facilitar a manutenção. O material usado para laçar ou amarrar é um cordão de nylon ou de algodão. O cordão de nylon é resistente a umidade e fungos, mas o cordão de algodão deve ser encerado antes de ser usado para que adquira as características necessárias de proteção. Enlace Todos os grupos de fios ou chicotes devem ser enlaçados onde os suportes estiverem com mais de 12 polegadas de distância. Terminais e emendas sem solda A emenda do cabo elétrico deve ser mantida num mínimo, e totalmente evitada em locais sujeitos às vibrações externas. Os fios individuais num grupo de fios ou em um chicote podem ser geralmente emendados, desde que toda a emenda seja localizada de modo que ela possa ser inspecionada periodi- camente. As emendas devem ser espaçadas para que o grupo de fios não se torne excessivamente grosso. Diversos tipos de conectores de emenda são utilizados para a emenda de fios individuais. Os conectores de emenda auto-isolante geralmen- te são os mais preferidos. As emendas de solda podem ser usadas, mas elas são geralmente inseguras e não recomen- dáveis. Ferramentas de estampagem Existem ferramentas portáteis manuais e elétri- cas, bem como máquinas elétricas de bancada para estampagem dos terminais. Essas ferramentas prendem o cilindro do termi- nal ao condutor e, simultaneamente, prendem a garra isolante ao isolante do fio. Alguns tipos de terminais não isolados são iso- lados após a instalação num fio, por meio de tubos flexíveis transparentes, denominados luvas. A luva proporciona proteção elétrica e mecânica à conexão. TERMINAIS DE FIO DE ALUMÍNIO O uso do fio de alumínio no sistema de avião está aumentando devido a vantagem de seu peso sobre o cobre. Entretanto, a dobradura frequente do alumínio provocará fadiga do metal tornando-o quebradi- ço. Isso resulta em falha ou rompimento das pernas dos fios, mais cedo do que num caso semelhante com fio de cobre. O alumínio também forma uma película de óxido altamente resistente assim que exposto ao ar. Para compensar essas desvantagens, é impor- tante que sejam usados os mais seguros pro- cedimentos de instalação. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 11 www.hangarmma.com Somente as alças de terminal de alumínio são usadas para acabamento dos fios de alumínio. Elas são geralmente encontradas em 3 tipos: Retos; Ângulo Reto Bandeira. Todos os terminais de alumínio possuem um furo de inspeção que permite verificar a profun- didade da inserção do fio. O cilindro do terminal de alumínio contém um composto de pó de petrolato de zinco. Esse composto retira a camada muito fina de óxido de alumínio através do processo de abrasão durante a operação de estampagem. O composto também diminuirá mais tarde a oxidação da conexão, pela eliminação da umi- dade e do ar. O composto é retido na parte interna do cilindro do terminal por um plástico ou um selante de alumínio na sua extremidade. EMENDAS DE EMERGÊNCIA Os fios quebrados podem ser consertados através de emendas de estampagem, usando- se um terminal do qual a alça foi cortada, ou soldando-se juntas as pernas quebradas, e aplicando-se o composto condutorantioxidante. Esses consertos são aplicáveis ao fio de cobre. O fio de alumínio danificado não deve ser emendado temporariamente. Esses consertos são para uso somente de emergência temporá- ria e devem ser substituídos, logo que seja possível, por consertos permanentes. Os terminais devem ser instalados sobre os blocos terminais de modo que eles sejam pre- sos contra o movimento no sentido de afrou- xamento LIGAÇÃO À MASSA Ligação à massa é a ligação elétrica de um objeto condutor com a estrutura primária com- pletando o caminho de retorno da corrente. As estruturas primárias são a fuselagem e as asas do avião, comumente denominadas como mas- sa ou terra. A ligação à massa é encontrada nos sistemas elétricos do avião para: Proteger o avião e o pessoal contra des- carga de raio. Proporcionar caminhos de retorno da cor- rente. Evitar o desenvolvimento de potenciais de radiofrequência. Proteger o pessoal contra choques. Proporcionar estabilidade de transmissão e recepção do rádio. Evitar a acumulação de carga estática. As ligações à massa devem ser mantidas tão pequenas quanto possível. A ligação não deve interferir na operação dos elementos móveis do avião tais como superfí- cies de controle; o movimento normal destes elementos não deve resultar em avaria na liga- ção à massa. A ação eletrolítica pode corroer rapidamente uma ligação à estrutura, se não forem observa- das as precauções adequadas. As ligações à massa são geralmente feitas em superfícies planas, furadas por meio de parafu- sos onde existe fácil acesso para instalação. As ligações à massa são feitas também numa chapa rebitada na estrutura. Em tais casos é importante limpar a superfície da ligação à massa, e fazer a ligação como se a conexão estivesse sendo feita na estrutura. As ferragens usadas para fazer as ligações à massa devem ser selecionadas com base na resistência mecânica, na corrente a ser condu- zida e na facilidade de instalação. Teste de ligações à massa A resistência de todas as conexões de ligações à massa deve ser checada depois que as co- nexões forem feitas, e antes do reacabamento. A resistência de cada conexão não deve, nor- malmente, exceder 0,003 ohm. A extensão das ligações, métodos e materiais usados, e a possibilidade de afrouxar as cone- xões em operação, também devem ser consi- derados. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 12 www.hangarmma.com TIPOS DE CONECTORES Os conectores são identificados pelos números AN, e são divididos em classes com variações do fabricante para cada classe. Há 5 (cinco) classes básicas de conectores AN usados na maioria dos aviões. As classes A, B, C e D são feitas de alumínio, e a classe K é feita de aço. Identificação de conectores As letras e os números do código são marca- dos no anel de acoplamento ou no invólucro para identificar o conector. O código proporcio- na toda informação necessária para se obter uma substituição correta da peça defeituosa ou avariada. CONDUÍTE O conduíte é usado nas instalações do avião para a proteção mecânica dos fios dos chico- tes. Ele é encontrado em materiais metálicos e não metálicos, nas formas rígida e flexível. Quando é selecionado um diâmetro do conduíte para a aplicação em um chicote (é prática co- mum para facilitar a manutenção, no caso de uma possível expansão futura) especifica-se o diâmetro interno do conduíte em torno de 25% maior do que o diâmetro máximo do chicote. O diâmetro nominal de um conduíte metálico rígido é o diâmetro externo. Portanto, para se obter o diâmetro interno, subtraímos duas ve- zes a espessura da parede do tubo. As partes danificadas do conduíte devem ser consertadas para evitar danos aos fios ou aos chicotes. O raio de curvatura mínimo permitido para um conduíte rígido deve ser o descrito nas instruções do fabricante. As curvaturas torcidas ou enrugadas num conduíte rígido não são aceitáveis. O conduíte de alumínio flexível é encontrado comumente em dois tipos: (1) Conduíte flexível desencapado (2) Revestido com borracha. O conduíte de latão flexível é normalmente usado no lugar do conduíte de alumínio flexível, onde for necessário para minimizar a interfe- rência no rádio. O conduíte flexível pode ser usado onde for impossível usar o conduíte rígido, tal como áreas que possuam movimento entre as extre- midades do conduíte, ou forem necessárias curvaturas complexas. A fita adesiva transparente é recomendada quando se corta a tubulação flexível com uma serra, para minimizar a desfiadura da trança. Limites de carga elétrica Quando se instala equipamento elétrico adicio- nal que consome força elétrica num avião, a carga elétrica total deverá ser seguramente controlada ou remanejada, dentro dos limites dos componentes afetados no sistema de ali- mentação do avião. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE CIRCUITOS Os condutores devem ser protegidos com dis- juntores ou fusíveis, localizados tão próximos quanto possível da barra da fonte de força elé- trica. O disjuntor ou fusível deve abrir o circuito antes do condutor emitir fumaça. Disjuntores religáveis devem abrir o circuito no qual eles estão instalados, independentemente da posição do controle de operação quando ocorrer sobrecarga ou falha do circuito. Disjuntores são chamados de "desarme-livre". Os disjuntores religáveis não devem ser usados como dispositivos de proteção nos circuitos no avião. INTERRUPTORES Um interruptor projetado especificamente deve ser usado em todos os circuitos, onde um mau funcionamento de um interruptor seria perigoso. Tais interruptores são de construção robusta e possuem capacidade de contato suficiente para interromper, fechar e conduzir continuamente a carga da corrente conectada; o do tipo de ação de mola é geralmente preferido para se obter abertura e fechamento rápidos, sem considerar a velocidade de operação da alavanca, o que, consequentemente, diminui o centelhamento dos contatos. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 13 www.hangarmma.com Relés Os relés são usados como interruptores, onde se possa obter redução de peso ou simplifica- ção dos controles elétricos. Um relé é um inter- ruptor operado eletricamente e, está, portanto, sujeito a falha sob condições de baixa voltagem no sistema. A apresentação anterior sobre os interruptores é geralmente aplicável para os valores de contato dos relés. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE AERONAVES Os sistemas de iluminação de aeronaves for- necem iluminação para uso externo e interno. As luzes da parte externa proporcionam ilumi- nação para tais operações como pousos notur- nos, inspeção das formações de gelo e segu- rança, para evitar colisão das aeronaves em voo. A iluminação interna fornece iluminação para os instrumentos, cabine de comando, cabines e outras seções ocupadas pela tripulação e pas- sageiros. Certas luzes especiais, tais como luzes indica- doras e de aviso, indicam a situação operacio- nal do equipamento. Luzes externas As luzes de posição anticolisão, e de táxi, são exemplos comuns de luzes externas das aero- naves. Algumas luzes, tais como as luzes de posição, luzes de inspeção das asas e as luzes de anti- colisão, são necessárias para operações notur- nas. Luzes de posição A aeronave que opera à noite deve ser equipa- da com luzes de posição que se enquadrem nas recomendações mínimas especificadas pelo FAA (Federal Aviation Regulations). Um conjunto de luzes de posição consiste de uma luz vermelha, uma verde e uma branca. As luzes de posição são, às vezes, chamadas de "luzes de navegação". Luz verde é sempre instalada na ponta da asa direita. Luz vermelha está instalada numa posição se- melhante na asa esquerda. Luz branca é geralmente instalada no estabili- zador vertical numa posição onde seja clara- mente visível através de um ângulo bem aberto, pela traseira do avião.Luzes de anticolisão Elas são feixes de luz móvel, que se acham instaladas no topo da fuselagem ou na cauda, numa localização tal, que a luz não afeta a vi- são dos tripulantes nem diminuirá a visibilidade das luzes de posição. Em alguns casos, uma das luzes fica instalada no ventre da fuselagem. Uma unidade de luz de anticolisão consiste geralmente de uma ou duas luzes rotativas operadas por um motor elétrico. A luz pode ser fixa, mas instalada sob espelhos giratórios dentro de uma proteção de vidro ver- melho saliente. Os espelhos giram num arco e a razão do pisca-pisca das luzes está entre 40 e 100 ciclos por minuto. A luz de anticolisão é uma luz de segurança para alertar outro avião, principalmente em áreas congestionadas. Luzes de pouso As luzes de pouso acham-se instaladas no avião para iluminar as pistas durante os pousos noturnos. Essas luzes são muito fortes, e são direcionadas por um refletor parabólico num ângulo que proporciona um alcance máximo de iluminação. As luzes de pouso geralmente estão localiza- das na parte mediana do bordo de ataque de cada asa, ou faceadas na superfície do avião. Cada luz pode ser controlada por um relé, ou pode ser ligada diretamente no circuito elétrico. Sabendo-se que o gelo nas lentes das lâmpa- das reduz a qualidade de iluminação das mes- mas, algumas instalações utilizam lâmpadas de pouso retráteis. Quando as lâmpadas não estão em uso, um motor as retrai para receptáculos existentes na asa, onde as lentes não ficam expostas ao ar. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 14 www.hangarmma.com Em alguns aviões são empregadas luzes de pouso retráteis que podem permanecer disten- didas em qualquer ponto de sua extensão. As luzes de pouso usadas nos aviões de alta velocidade são geralmente equipadas com um sensor de velocidade, que evita a extensão das luzes de pouso em velocidades excessivas. Tais sensores também provocam a retração das luzes de pouso se o avião exceder uma velocidade pré-determinada. A maioria dos aviões de grande porte são equi- pados com quatro luzes de pouso, das quais duas são fixas e duas são retráteis. As luzes fixas acham-se geralmente localiza- das nas áreas da raiz da asa ou junto a parte externa da fuselagem, no bordo de ataque de cada asa. As duas luzes retráteis acham-se geralmente localizadas na superfície externa inferior de cada asa e, são, normalmente, controladas por interruptores distintos. Luzes de táxi As luzes de táxi têm como finalidade fornecer iluminação no solo durante o táxi ou o reboque do avião na pista de pouso e decolagem, na pista de táxi ou no hangar. As luzes de táxi não são apropriadas para for- necer o grau de iluminação necessária como as luzes de pouso; as luzes de táxi de 150 a 250 watts são usadas na maioria dos aviões de porte médio e grande. Nos aviões com trem de pouso triciclo, as luzes de táxi (única ou dupla) acham-se instaladas na parte não direcional do trem de pouso do nariz. As luzes de táxi são montadas também em áreas de recesso do bordo de ataque da asa, sempre na mesma área com uma luz de pouso fixa. Luzes de inspeção das asas Algumas aeronaves são equipados com luzes de inspeção da asa para o bordo de ataque das asas, e para permitir a observação de formação de gelo e condição geral destas áreas em voo. Em alguns aviões, o sistema de luz de inspeção da asa (também chamada de luzes de gelo da asa) consiste de uma luz de 100 watts faciada no lado externo de cada nacele à frente da asa. Essas luzes permitem a detecção visual da formação de gelo nos bordos de ataque da asa durante o voo noturno. CAPÍTULO 07 SISTEMA DE PARTIDA E IGNIÇÃO Os requisitos básicos para o sistema de ignição de motores de combustão interna são sempre os mesmos Esse sistema deve liberar uma centelha de alta energia para cada cilindro do motor na sequência de ignição, com um núme- ro de graus de avanço pré-determinado em relação ao ponto morto alto do pistão. O sistema de ignição dos motores a reação é operado apenas durante o ciclo de partida do motor, sendo, portanto, menos complexo e estando sujeito a um menor número de proble- mas em comparação com os sistemas de igni- ção dos motores convencionais. SISTEMA DE IGNIÇÃO DO MOTOR ALTER- NATIVO O sistema de ignição pode ser dividido em duas classes: Ignição por bateria Ignição por magneto O sistema é também classificado como: Simples ou de ignição dupla. Princípios de operação do sistema de ignição por magneto O magneto, um tipo especial de gerador de corrente alternada acionado pelo motor, usa um ímã permanente como fonte de energia. O sis- tema de ignição por magneto nos aviões pode ser classificado como: Sistema por magneto de baixa ou de al- ta tensão. Sistema de magneto de alta tensão O sistema por magneto de alta tensão pode ser dividido, para efeito de discussão, em três cir- AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 15 www.hangarmma.com cuitos distintos; são eles: o circuito magnético, o circuito elétrico primário e o circuito elétrico secundário. O circuito magnético consiste em um ímã per- manente rotativo de múltiplos pólos, um núcleo de ferro doce, e sapatas polares. CONJUNTO DE CONTATOS PLATINADOS Esse conjunto, usado em sistemas de ignição por magneto de alta tensão, abre e fecha au- tomaticamente o circuito primário no devido tempo, em relação à posição do pistão no cilin- dro, no qual está ocorrendo o centelhamento. A interrupção do fluxo da corrente primária é conseguida através de um par de contatos pla- tinados, feito de uma liga resistente à corrosão e ao calor. Conjunto de bobina O conjunto das bobinas do magneto consiste em um núcleo em ferro doce, em torno do qual encontraremos as bobinas primária e secundá- ria, sendo que a secundária se encontra enro- lada sobre a primária. Ambas as bobinas são revestidas com um ma- terial não condutivo como baquelita, borracha rígida, ou cambraia envernizada. Por fim, o conjunto é fixado nas sapatas polares por para- fusos e braçadeiras. A potência da tensão indu- zida no enrolamento secundário, quando todos os outros fatores permanecem constantes, é determinada pelo número de espiras do enro- lamento. Distribuidor A alta tensão induzida na bobina secundária é enviada ao distribuidor, o qual consiste em du- as partes. A parte rotativa é chamada de rotor do distribuidor e a estacionária, de bloco do distribuidor. Em alguns sistemas, o conjunto distribuidor é parte integrante do magneto, mas em outros, estão remotamente localizados e separada- mente acionados. Já que o distribuidor gira com metade da velo- cidade do eixo de manivelas em todos os moto- res de quatro tempos, o bloco terá tantos ele- trodos quantos cilindros existirem, ou tantos eletrodos como cilindros servidos pelo magne- to. Ventilação do magneto e distribuidor A umidade, em qualquer situação, é um bom condutor de eletricidade e, se absorvida pelos materiais não condutores do magneto, como o bloco distribuidor, lingueta, e carcaças das bo- binas, pode criar uma fuga na condução elétri- ca. A corrente de alta tensão que normalmente flui pelos vãos de ar do distribuidor pode passar por uma superfície isoladora molhada para a massa, ou pode ser má orientada para alguma vela que não deveria ser ativada. Esta condição é chamada de "flashover" e, normalmente, re- sulta em explosão de cilindro fora de sequên- cia. Bobinas, condensadores, distribuidores e roto- res são encerrados de forma a reter a umidade em gotas isoladas, e não formando um circuito completo que permita o “flashover” (arco). Os magnetos não podem ser hermeticamente fechados para evitar a entrada de umidade, pois estão sujeitos a mudanças de pressão e temperatura em altitude. Entretanto, drenos adequados e apropriada ventilação, reduzem a tendência ao arco e à carbonização. Boa circulação de ar no magnetotambém ga- rante que os gases produzidos pelo arco nor- mal, através dos vãos do distribuidor, sejam eliminados para o exterior. Em algumas instalações, a pressurização de várias partes do sistema de ignição é essencial para manter uma elevada pressão absoluta e eliminar o arco. Cabos de ignição Os cabos de ignição possuem um fio isolado para cada cilindro que o magneto supre no motor. Uma extremidade de cada fio é conectada ao bloco distribuidor, e a outra é conectada à vela apropriada. Através da condução destas linhas de força magnética à massa, os cabos de ignição elimi- nam a interferência elétrica com o rádio e outro equipamento sensível. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 16 www.hangarmma.com Quando o rádio e outro equipamento elétrico são protegidos desta maneira, diz-se que a fiação do cabo de ignição está protegida por blindagem. Sem essa blindagem, a rádio co- municação se tornaria virtualmente impossível. Interruptores de ignição Todas as unidades do sistema de ignição de um avião são controladas por um interruptor localizado na cabine de comando. As duas maneiras de completar o circuito pri- mário: Através do platinado fechado para a massa Através do interruptor de ignição fechado para a massa. O interruptor possui quatro posições: desligado esquerdo direito ambos Na posição "desligado", ambos os magnetos estão aterrados, portanto, ficam inoperantes. Quando o interruptor é colocado na posição "esquerda", somente o magneto esquerdo fun- ciona; na posição "direita", somente o direito funciona, e na posição "ambos", os dois mag- netos funcionam. As posições "direita" e "esquerda" são usadas para testar sistemas de ignição dupla, permitin- do o desligamento de um sistema de cada vez. Magnetos com sistema simples e duplo de alta tensão Magnetos em sistema de alta tensão, usados em motores radiais, são do tipo simples ou duplo. O magneto duplo incorpora dois magne- tos em um alojamento. Sistema de montagem do magneto Os magnetos do tipo simples podem ser proje- tados para montagem em base ou flange. Os de tipo duplo são todos montados em flan- ge. Operação do sistema de ignição de baixa ten- são O circuito magnético de um típico sistema de magneto de baixa tensão consiste em um ímã permanente rotativo, sapatas e o núcleo da bobina. O sistema de baixa tensão elimina centelha tanto no distribuidor como na cablagem, pois o vão dentro do distribuidor foi eliminado pelo uso de outro distribuidor tipo escova, e a alta tensão está presente somente em cabos curtos entre o transformador e a vela. Em sistemas de baixa tensão, essa fuga é re- duzida consideravelmente, porque a corrente através da maior parte do sistema é transmitida em um potencial de baixa tensão. Distribuidor do sistema de baixa tensão Cada pulso de corrente produzido pelo magne- to de baixa tensão é direcionado para várias bobinas de transformador na adequada ordem de fogo, através do distribuidor do tipo escova. O conjunto do distribuidor consiste em uma peça giratória, chamada de escova do distribui- dor, e uma peça estacionária, chamada de bloco do distribuidor. UNIDADES AUXILIARES DE IGNIÇÃO Para aumentar o valor de uma tensão induzida, a força do campo magnético deve ser aumen- tada pelo uso de um ímã mais poderoso, pelo aumento do número de voltas na bobina, ou aumentando a razão de movimento relativo entre o ímã e o condutor. Uma vez que a força de rotação do ímã, e o número de voltas na bobina, são fatores cons- tantes em ambos os sistemas de ignição por magneto de alta ou baixa tensão, a tensão pro- duzida depende da velocidade com que o ímã gira. Durante a partida do motor, o ímã é girado a aproximadamente 80 RPM (motor alternado). Para facilitar a partida do motor, um dispositivo auxiliar é conectado ao magneto para suprir a alta tensão de ignição. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 17 www.hangarmma.com Os sistemas de partida dos motores alternati- vos, normalmente, incluem um dos seguintes tipos de sistemas auxiliares: Dínamo Vibrador de indução (algumas vezes cha- mado vibrador de partida) Acoplamento de impulso Vibrador de sistemas de partida Dínamo O conjunto dínamo consiste em duas bobinas enroladas em torno de um núcleo de ferro do- ce, um jogo de contatos, e um condensador. O condensador, o qual está conectado através dos contatos, tem uma importante função no circuito. Como o fluxo de corrente na bobina primária é interrompido pela abertura dos contatos, a alta tensão auto induzida, que acompanha cada colapso do campo magnético, é absorvida pelo condensador. Sem o condensador, ocorreria um arco através dos contatos a cada colapso do campo magné- tico. Isso poderia queimar e provocar covas nos contatos, reduzindo brutalmente a tensão de saída do dínamo. Vibrador de indução O vibrador de indução (ou vibrador de partida) consiste em um vibrador operado eletricamen- te, um condensador e um relé. O vibrador de partida, ao contrário do dínamo, não produz a alta tensão de ignição dentro de si. A sua função é transformar a corrente contínua da bateria em corrente pulsante e fornecê-la para a bobina primária do magneto. Também funciona como um relé, desconectan- do o circuito auxiliar quando esse não estiver em uso. A trajetória da corrente elétrica da ba- teria consumida pelo magneto é determinada pela posição do platinado primário; se os mes- mos estiverem fechados, a corrente flui através deles para a massa, se estiverem abertos, a corrente flui através da bobina primária para a massa. Acoplamento de impulso Motores que possuem um pequeno número de cilindros, algumas vezes são equipados com um acoplamento de impulso. Essa é uma uni- dade que, durante a produção da centelha, pega um dos magnetos ligados ao motor numa breve aceleração e produz uma centelha quen- te para a partida. Esse dispositivo consiste em pequenos contra- pesos e um conjunto de molas, localizados na carcaça que fixa o magneto ao eixo de acessó- rios. O uso do acoplamento de impulso produz forças de impacto no magneto, partes aciona- das do motor e várias partes das unidades aco- pladas. Muitas vezes os contrapesos ficam magnetiza- dos e não engatam os pinos batentes; e o óleo congelado durante o tempo frio produz o mes- mo resultado. Outra desvantagem do acoplamento de impulso é que esse pode produzir somente uma cente- lha por cada ciclo de movimento do cilindro. Essa é uma desvantagem, especialmente du- rante condições adversas de partida. VELAS DE IGNIÇÃO Finalidade Conduzir um curto impulso de corrente de alta voltagem, através de um espaço dentro da câmara de combustão. Os três principais componentes de uma vela de ignição são: Eletrodos Isolante Cobertura externa. A faixa de calor de uma vela de ignição é medi- da pela sua capacidade de transferir calor para a cabeça do cilindro. As velas de ignição precisam ser projetadas para operar tão quentes quanto possível, e em baixas velocidades e poucas cargas, e tão frias AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 18 www.hangarmma.com quanto possível em cruzeiro e potência de de- colagem. MANUTENÇÃO Quebra do material isolante, surgimento e au- mento de pontos de rachaduras e curto-circuito, ou quebra de conectores elétricos, não são incomuns. Esses defeitos devem ser encontrados e corri- gidos. Disco de sincronização O disco de sincronismo é um dispositivo de posicionamento do eixo de manivelas mais preciso do que as marcas de referência. Esse dispositivo consiste em um disco e um ponteiro mecânico, montado em um acessório acionado pelo motor. Indicador de posição do pistão Precisamos obter a indicação de posição do pistão para sincronizar a ignição, válvulas ou injeção de combustível. O ponto morto alto é a posição do pistão e do eixo de manivelas, a qual todas as outras loca-lizações do pistão e eixo de manivela são refe- renciadas. Todas as indicações de posição do pistão em uso utilizam o orifício da vela de ignição, que sempre encontra o cilindro em um plano exato, e a haste de indicação toca a mesma parte da cabeça do pistão. Sincronia do magneto de alta tensão em ban- cada Para alinhar o magneto em bancada, certas ferramentas são necessárias. Normalmente usa-se a luz de sincronia, uma ferramenta para segurar o magneto, uma chave de fenda co- mum para soltar alguns parafusos do conjunto e uma régua para verificar a folga “E”. Efetuando um teste no sistema de ignição Existem, normalmente, três testes de ignição efetuados na aeronave durante a verificação operacional do motor. Primeiro é efetuado durante o aquecimento. Segundo pela pressão barométrica do campo. Terceiro antes do corte do motor. SUBSTITUIÇÃO DA CABLAGEM Somente quando a blindagem do conduíte esti- ver danificada, ou quando o número de cabos danificados tornar mais prático a substituição da cablagem do que a dos fios individualmente. Substitui-se uma cablagem blindada somente quando ocorre indicação de fuga na porção blindada. Antes de se substituir qualquer cablagem para corrigir um mau funcionamento no motor, efe- tua-se um teste completo. Teste do sistema de bobina de alta tensão de ignição Para se verificar o enrolamento da bobina de alta tensão quanto à correta operação, remove- se o cabo de alta tensão do mesmo. MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DA VELA A operação da vela pode frequentemente ser a maior responsável por um mau funcionamento do motor, devido ao acúmulo de chumbo, grafi- te, ou carbono, e à erosão do vão entre os ele- trodos da vela. Carbonização das velas A carbonização proveniente do combustível é associada com misturas que são muito ricas para queimar ou misturas que são pobres e causam uma queima intermitente. Deposito de chumbo nas velas O depósito de chumbo é uma condição prová- vel em qualquer motor que use combustível com chumbo. Depósitos de chumbo nas superfícies da câma- ra de combustão são bons condutores elétricos em elevadas temperaturas e causam falhas na detonação. A formação do chumbo é geralmente confinada a uma específica faixa de temperatura de com- bustão, e que as temperaturas, maiores ou menores que aquelas da faixa especificada, minimizam a tendência de formação de chum- bo. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 19 www.hangarmma.com Diversos métodos de produção de choque tér- mico para partes do cilindro são usados. Um aumento brusco na temperatura de com- bustão pode ser obtido em todos os motores, operando-os em potência máxima por aproxi- madamente 1 minuto. Outra forma de produção de choque térmico é o uso de misturas ar/combustível excessivamente ricas. Essa forma refrigera repentinamente a câmara de combustão por causa do combustível em ex- cesso que não contribui para a combustão; ao contrário, ele absorve calor da área de combus- tão. Em motores equipados com injeção de água, a temperatura pode ser bruscamente diminuída pela operação manual desse sistema. Alguns sistemas de injeção de água são consi- derados automáticos; isto porque o operador não tem nenhum controle da potência na qual o sistema interromperá o processo. Formação de grafite nas velas Como resultado do descuido e da excessiva aplicação de uma camada de lubrificante nas roscas das velas, o lubrificante fluirá sobre os eletrodos, causando um curto-circuito. Isso ocorre porque o grafite é um bom condutor elétrico. Folga por erosão das velas A erosão dos eletrodos acontece em todas as velas de aeronaves quando a faísca salta entre os eletrodos. A faísca carrega consigo uma porção do eletrodo, parte do qual é depositada no outro eletrodo, já o remanescente é soprado na câmara de combustão. Como a folga é alargada pela erosão, a resis- tência que a faísca deve superar para saltá-la também aumenta. Isso significa que o magneto deve produzir uma voltagem mais elevada para superar aquela resistência. Remoção das velas As velas devem ser removidas para inspeção ou serviço em intervalos recomendados pelo fabricante. Inspeção do platinado A inspeção do magneto consiste essencialmen- te em uma inspeção periódica do platinado e dielétrico. Após o magneto ter sido inspecionado quanto à segurança de montagem, remove-se sua tam- pa, ou a tampa do platinado, e verifica-se o came quanto à lubrificação apropriada. Para se inspecionar as superfícies de contato do platinado, é preciso conhecer o aspecto dos contatos, qual condição de superfície é consi- derada com desgaste permissível, e quando é necessária sua substituição. A superfície de contato normal tem aparência áspera e de cor cinza opaca sobre a área onde o contato elétrico é feito. Isso indica que os pontos de contato se acamaram, estão alinha- dos um com o outro, e estão proporcionando o melhor contato possível. Esta não é a única condição aceitável. Irregularidades pequenas, sem fendas profun- das ou picos elevados, são consideradas des- gastes normais, e não é motivo para serem desbastadas ou substituídas. Um exemplo de erosão ou desgaste eh o chamado "frosting". Essa condição é resultante de um condensador com circuito aberto; e é facilmente reconhecida pela superfície cristalina e áspera e o apareci- mento de uma fuligem preta nas laterais dos pontos. Inspeção dielétrica Outra fase de inspeção do magneto é a inspção dielétrica. Essa inspeção é uma checagem visual quanto a rachaduras e limpeza. Se limpa todos os condensadores acessíveis e as carca- ças de bobina que contenham condensadores, esfregando-os com um tecido sem fiapo embe- bido com acetona. Nunca se usa solventes de limpeza inadequa- dos, ou métodos impróprios de limpeza. Carca- ças de bobinas, blocos distribuidores, rotores distribuidores e outras partes dielétricas do sistema de ignição são tratadas com uma ca- mada de cera quando novos e nas revisões gerais. O polimento dos dielétricos ajuda na sua resis- tência à absorção de umidade, carbono e de- pósitos de ácido. Quando essas peças encon- AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 20 www.hangarmma.com tram-se sujas ou oleosas, uma parte da prote- ção original é perdida, o que pode resultar em resistência de carbono. Manutenção dos cabos de ignição Embora os cabos de ignição sejam simples, eles são a ligação vital entre o magneto e a vela de ignição. O isolamento pode ser avariado dentro da ca- blagem e permitir uma fuga de alta voltagem, ao invés de fluir para a vela de ignição. Quando somente uma vela de ignição estiver funcionando no cilindro, a mistura não será consumida tão rapidamente quanto poderia ser se ambas as velas de ignição estivessem fun- cionando. Este fator faz com que o pico da pressão de combustão ocorra atrasado. Um longo tempo de queima superaquece o cilindro afetado, causando detonação, possível pré-ignição e, talvez, uma danificação perma- nente. Falhas das cablagens de ignição de alta tensão A primeira indicação de cablagem de ignição sem condições de serviço pode ser a falta de centelha para o motor, causada pela perda parcial da voltagem de ignição. Teste de cablagem O teste envolve a aplicação de uma voltagem definida para cada cabo e, então, a medida muito sensível da quantidade de corrente de fuga entre o cabo e o distribuidor da cablagem aterrado. Teste de cablagem de ignição de alta voltagem Um tipo comum de teste, é capaz de aplicar uma corrente contínua em qualquer tensão, de 0 até 15.000 volts, com uma entrada de 110 volts, 60 Hz. ANALISADOR DE MOTORES É uma adaptação do osciloscópio. É um ins- trumento portátil ou permanentemente instala- do, cuja função é detectar, localizar e identificar anomalias na operação de motores, como as que são causadas por falha do sistema de igni- ção, detonação, válvulas, mistura pobre, etc. Analisadores de motoressão classificados em 2 tipos: Que produz somente evidência da condição do sistema de ignição. Que revela vibrações anormais durante a operação, como as causadas pela explo- são, válvulas, ou mistura pobre de combus- tível, como também o mau funcionamento na ignição. Sistemas de ignição em motores a tur- bina Como os sistemas de ignição de motores às turbinas são operados por um curto período durante o ciclo de partida do motor, eles são, via de regra, menos passíveis de problemas em relação aos sistemas de ignição em motores convencionais. A maioria dos motores turbo jato é equipado com um sistema de ignição do tipo capacitivo de alta energia. Os motores do tipo turboélice e turbo jato po- dem ser equipados comum sistema de ignição tipo eletrônico, o qual é uma variação do siste- ma tipo capacitivo simplificado. Sistemas de ignição de motores turbo jato O motor turbo jato típico é equipado com um sistema de ignição do tipo capacitivo (descarga capacitiva), consistindo em duas unidades idên- ticas e independentes de ignição, operando a partir de uma fonte elétrica de corrente contínua de baixa tensão comum, que é a bateria de bordo da aeronave. Um sistema de ignição típico inclui: Duas unidades excitadoras Dois transformadores Dois cabos de ignição intermediários Dois cabos de ignição de alta tensão Sistema eletrônico de ignição AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 21 www.hangarmma.com O sistema consiste em uma unidade dinamo- tora/reguladora/filtro, um excitador, dois trans- formadores de alta tensão, dois cabos de alta tensão e duas velas de ignição. Dinamotor Utilizado para elevar a corrente contínua que é extraída da bateria de bordo ou da fonte exter- na, para a tensão de operação do excitador. No sistema eletrônico, a energia é armazenada em capacitores. Cada circuito de descarga inclui dois capacito- res, ambos localizados na unidade excitadora. A tensão através desses capacitores é elevada por meio de transformadores. No instante de ativação da vela de ignição, a resistência do eletrodo é reduzida o suficiente para permitir que o capacitor maior descarregue sua energia através do eletrodo. A descarga do segundo capacitor é de baixa tensão, porém com alta energia. O resultado é uma centelha de alta intensidade de calor, capaz não somente de causar a igni- ção de misturas anormais de combustível, mas também de eliminar quaisquer depósitos de material estranho nos eletrodos da vela. Velas de ignição de turbina A sujeira nos eletrodos, tão comum nas velas de motores convencionais, é minimizada pelo calor das velas de alta intensidade. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE IGNIÇÃO DE MOTORES A TURBINA A manutenção de um sistema típico de ignição de turbinas consiste primariamente em inspe- ção, teste, pesquisa de problemas, remoção e instalação. Fatores que afetam a seleção da bitola do fio: Perda da energia permitida na linha Queda de voltagem permitida na linha Capacidade do condutor de corrente CAPÍTULO 08 SISTEMAS ELÉTRICOS DE PROTEÇÃO CONTRA OS EFEITOS DA CHUVA E DO GELO E CONTRA FOGO Em condições atmosféricas, o gelo pode for- mar-se rapidamente nos aerofólios e entradas de ar. Os dois tipos de gelo encontrados durante o voo são: Opaco Vítreo. O gelo opaco Forma uma superfície áspera nos bordos de ataque da aeronave, porque a temperatura do ar é muito baixa e congela a água antes que ela tenha tempo de espalhar-se. O gelo vítreo Forma uma camada lisa e espessa sobre os bordos de ataque da aeronave. Quando a temperatura está ligeiramente abaixo do ponto de congelamento, a água tem mais tempo para fluir antes de congelar-se. Deve ser esperada a formação de gelo, sempre que: Houver umidade visível no ar, e a tempera- tura estiver próxima ou abaixo do ponto de congelamento. Uma exceção é o congelamento no carburador que pode ocorrer durante o tempo quente sem a presença visível de umidade. Se for permitido o acúmulo de gelo no bordo de ataque das asas e da empenagem, ele irá des- truir as características de sustentação do aero- fólio. Vários meios de evitar ou controlar a formação de gelo são usados hoje em dia em aeronaves: (1) aquecimento das superfícies usando ar quente (2) aquecimento por elementos elétricos AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 22 www.hangarmma.com (3) remoção da formação de gelo, feito nor- malmente por câmaras infláveis (boots) (4) álcool pulverizado O gelo pode ser controlado na estrutura da aeronave pelos seguintes métodos: DEGELO Usam degeladores de borracha chamados de polainas ou botas, presos ao bordo de ataque das asas e dos estabilizadores. Os degeladores são compostos por uma série de tubos infláveis. Durante a operação, os tubos são inflados com ar pressurizado, e desinflados por um ciclo alternado. A inflação e a deflação causam a ruptura e quebra do gelo, que é então removido pelo fluxo de ar. São inflados por uma bomba girada pelo motor (bomba de vácuo), ou pelo ar sangrado do compressor de um motor a turbina de gás. A sequência de inflação é controlada, tanto por uma válvula distribuidora localizada em uma posição central, como por válvulas operadas por solenóide, localizadas próximo as entradas de ar do degelo. Os degeladores são instalados em seções ao longo da asa, com as diferentes seções ope- rando alternadamente e simetricamente ao redor da fuselagem. Isto é feito para que algum distúrbio do fluxo de ar, causado pela inflação de um tubo, seja mantido a um mínimo de in- flação, somente em pequenas seções de cada asa, de cada vez. As polainas degeladoras são feitas de: Borracha macia e flexível ou de tecido embor- rachado, e contendo células de ar tubulares. A saída do degelador é de: Neoprene, para proporcionar resistência à dete- rioração pelos elementos e produtos químicos. O neoprene também proporciona: Superfície condutora para dissipar as cargas de eletricidade estática, evitando interferência com o equipamento de rádio. As polainas são fixadas ao bordo de ataque com: Cola especial, tiras de metal e parafusos, ou uma combinação de ambos. Além das polainas de degelo, os principais componentes de um típico sistema pneumático e degelo são: Uma fonte de ar pressurizado Um separador de óleo Válvulas de alívio de sucção e de pressão de ar; uma válvula de corte e reguladora da pressão; um controlador de tempo de infla- ção. Uma válvula distribuidora ou uma válvula de controle. Um separador de óleo está previsto para este fim. Ele remove aproximadamente 75% do óleo contido no ar. A unidade combinada de regulador, válvula descarregadora e separador de óleo, têm três funções: (1) remover todo o óleo residual deixado no ar pelo separador de óleo primário, antes da en- trada na linha de pressão; (2) controlar, dirigir e regular a pressão do ar no sistema; (3) descarregar o ar para a atmosfera. Uma válvula de regulagem de sucção está ins- talada em cada nacele do motor. Sua finalidade é manter automaticamente a sucção do siste- ma de degelo. A válvula distribuidora normalmente permite o suprimento de sucção, para que as polainas sejam mantidas desinfladas em voo. Um temporizador eletrônico é usado para o controle da sequência de operação das polai- AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 23 www.hangarmma.com nas, e os intervalos de tempo do sistema de degelo. Durante a checagem operacional do sistema de degelo, os indicadores de pressão flutuarão quando os tubos de degelo inflarem e desinfla- rem. Uma leitura relativamente estável deverá ser mantida no indicador de vácuo. As válvulas de alívio de vácuo estão instaladas em um sistema que usa uma bomba de vácuo para manter a sucção constante durante as variações de velocidade da bomba. Durante cada pré-voo e inspeçãoprogramada, checamos as polainas de degelo quanto a: Cortes Rupturas Deterioração Furos e segurança Durante as inspeções periódicas, fazemos e checamos os componentes do sistema de de- gelo e as tubulações, quanto a: Rachaduras. Se rachaduras causadas pelo tempo, forem encontradas: Aplicamos uma camada de cimento condu- tor. O cimento, além de selar as polainas contra o tempo, dissipa a eletricidade estática, para que ela não fure as polainas pelo arco formado com as superfícies metálicas. A limpeza dos degeladores normalmente é feita com: Sabão neutro dissolvido na água. Sempre que o grau de desgaste indicar que a condutibilidade elétrica da superfície do degela- dor está sendo destruída, pode ser necessário recapear o degelador. O recapeador do boots é: Uma substância negra, de cimento de neo- prene condutor. Desvantagem do sistema degelador pneumáti- co: Perturbação do fluxo de ar sobre a asa e empenagem, causada pelos tubos inflados. ANTIGELO (ANTI-ICE) Finalidade: Evitar a formação de gelo, ou para degelar o bordo de ataque do aerofólio, usualmente usa aquecimento do ar, canalizado ao longo da parte interna do bordo de ataque do aerofólio, e distribuindo em volta da sua superfície interna. Elementos aquecidos eletricamente também são usados para o degelo e antigelo do bordo de ataque do aerofólio. Existem diversos métodos usados para forne- cer ar aquecido. Entre eles estão: (1) sangria do ar quente vindo do compressor de um motor a turbina; (2) ar aquecido por trocadores de calor do es- capamento do motor; (3) ar de impacto aquecido por combustão. Quando um sistema está destinado para dege- lar bordos de ataque, muitos aquecedores de ar são supridos por pequenos períodos em um sistema cíclico. O sistema incorporado em algumas aeronaves inclui um controle automático de temperatura. A temperatura é mantida dentro de uma gama predeterminada pela mistura do ar aquecido com o ar frio. (air mixer). Um sistema de válvulas está previsto em algu- mas instalações para possibilitar que certas partes do sistema de antigelo sejam desliga- das. No caso de falha de um motor, essas válvulas também permitem suprimento para o sistema completo de antigelo, com o ar aquecido vindo de um ou mais dos motores remanescentes. As porções dos aerofólios que devem ser pro- tegidas da formação de gelo são usualmente providas de um revestimento duplo, entre os quais, o ar quente circula. Isto fornece suficien- te calor ao revestimento externo para derreter a AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 24 www.hangarmma.com camada de gelo próximo ou impedir a sua for- mação. O ar é então desviado para a atmosfera pela ponta da asa ou em locais onde a formação de gelo é mais crítica, por exemplo, no bordo de ataque das superfícies de controle. Quando o ar é aquecido por aquecedores à combustão, usualmente um ou mais aquecedo- res são previstos para as asas. Um outro aque- cedor está localizado na área da empenagem para permitir ar quente no bordo de ataque dos estabilizadores vertical e horizontal. Quando o motor é a fonte de aquecimento, o ar é dirigido para a empenagem através de tubos, os quais são normalmente localizados sob o piso. Quando o motor é a fonte de aquecimento, o ar é dirigido para a empenagem através de tubos, os quais são normalmente localizados sob o piso. No sistema de antigelo usando aquecedor à combustão, os interruptores de superaqueci- mento e o de ciclagem permitem que os aque- cedores operem a intervalos periódicos, e eles também interrompem completamente a opera- ção de aquecimento se ocorrer um superaque- cimento. O controle de balanceamento é usado para manter um aquecimento igual em ambas as asas. O interruptor de segurança do duto de pressão interrompe os circuitos de ignição do aquecedor se a pressão do ar de impacto falhar abaixo de uma quantidade específica. O antigelo do bordo de ataque da asa e da empenagem, usando aquecedores a gás da exaustão, é efetuado por um fluxo controlado de ar aquecido das camisas que envolvem o tubo de escapamento de um motor convencio- nal. Em algumas instalações este conjunto é conhecido como um “aumentador de calor”. Normalmente o ar aquecido, vindo de cada um dos motores, supre o sistema de antigelo do bordo de ataque da mesma seção de asa. Du- rante a operação monomotora, um sistema cruzado interconecta os dutos dos bordos de ataque da asa esquerda com os da direita. Válvulas unidirecionais no duto de cruzamento evitam o fluxo reverso de ar quente e também evitam a penetração de ar frio que entra pelo sistema de antigelo do motor inoperante. Um circuito de segurança controlado por inter- ruptores de limite termostático nos dutos do sistema antigelo, soltam o botão de antigelo para a posição desligado “OFF” sempre que um duto tornar-se superaquecido. Outro sistema de antigelo é o por sangria de ar do compressor do motor. Este sistema está dividido em seis seções. Cada seção inclui: (1) uma válvula de corte (2) um indicador de temperatura (3) uma lâmpada de aviso de superaquecimen- to. O ar de sangria aquecido é misturado com o ar ambiente (air mixer valve). A mistura, a aproxi- madamente 175ºC (350ºF), flui através de pas- sagens próximas do revestimento do bordo de ataque. Cada uma das válvulas de corte é pneumati- camente atuada e eletricamente controlada. Elas atuam para interromper o antigelo e con- trolar o fluxo de ar, quando o antigelo é neces- sário. Um interruptor térmico conectado ao solenóide de controle da válvula de corte causa o fecha- mento da válvula e o corte do fluxo do ar san- grado do compressor quando a temperatura no bordo de ataque atinge aproximadamente 85ºC (185ºF). Quando a temperatura cai a válvula abre, e o ar quente entra no bordo de ataque. O indicador de temperatura de cada seção de antigelo está localizado no painel de controle deste. Cada indicador está conectado a um bulbo de temperatura, do tipo resistência, loca- lizado na área do bordo de ataque. Os dutos do sistema pneumático usualmente são feitos de liga de alumínio titânico, aço ino- xidável ou tubos moldados em fibra de vidro. As seções de tubos, ou dutos, são fixadas umas nas outras por flanges aparafusados ou por braçadeiras. Os tubos são envolvidos com um material isolante de calor e resistente ao fogo, semelhante à fibra de vidro. AVIÔNICOS I - Instrumentos Page 25 www.hangarmma.com Em algumas instalações, a tubulação é interca- lada com foles de expansão. Esses foles estão localizados em posições estratégicas para ab- sorver alguma distorção ou expansão dos dutos que podem ocorrer devido as variações da temperatura. As uniões das seções dos dutos são hermeticamente seladas por anéis de ve- dação. Esses selos de vedação são fixados em reces- sos anulares nas faces de junção dos dutos. Quando estamos instalando uma seção de tubo, devemos nos certificar de que o selo está devidamente instalado, de encontro, e compri- mido pelo flange da junta. Quando especificado, os tubos deverão ser testados quanto à resistência da pressão, re- comendada pelo fabricante da aeronave. O teste de pressão é particularmente importante com a aeronave pressurizada, tendo em vista que um vazamento na tubulação pode resultar na impossibilidade de manter a pressão da cabine. Porém, esses testes são feitos mais frequen- temente para detectar defeitos no duto, os quais permitirão o escape de ar quente. A razão do vazamento, a uma determinada pressão, não deverá exceder as recomendações do manual de serviços ou de manutenção da ae- ronave. Os vazamentos de ar muitas vezes podem ser detectados por orifícios no revestimento ou no material isolante térmico. Porém, se forem en- contradas dificuldades em localizar os vaza- mentos, uma solução de água com sabão po- derá ser usada. Todas as tubulações deverão
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