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Direito Empresarial - MBA Negócio -aula 3 ago 17

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27/07/2017
1
Direito Empresarial
MBA Gestão Negócios
Prof. Rogério Castro
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO À GESTÃO
DE NEGÓCIOS
1. Economia e Direito (Empresarial);
2. O Direito como “direito-custo”; 
3. Registro de empresa e escrituração;
4. Direito Societário (LTDA, S/A e EIRELI);
5. Direito Contratual (compra e venda, representação comercial,
desconto bancário/factoring e seguro).
27/07/2017
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1 – ECONOMIA E DIREITO
1.1 – ECONOMIA (oikos/casa + nomos/lei): é a ciência social que
estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolha)
empregar recursos produtivos escassos na produção de
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias
pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as
necessidades humanas. Não houvesse escassez nem
necessidade de repartir os bens entre os homens, não
existiriam sistemas econômicos e nem Economia. (ROSSETI
– Introdução à Economia).
1 – ECONOMIA E DIREITO
1.2 – DIREITO:
• É um sistema de disciplina social fundado na natureza
humana que, estabelecendo nas relações entre os homens
uma proporção de reciprocidade de poderes e deveres
que lhe atribui, regula as condições existenciais dos
indivíduos e dos grupos sociais e, em consequência, da
sociedade mediante normas coercitivamente impostas
pelo poder público (Vicente Ráo).
• É a disciplina da convivência humana por excelência
(Goffredo Telles Jr.)
27/07/2017
3
1 – ECONOMIA E DIREITO
1.3 – CONSTRUÇÃO DO DIREITO:
Fato  Valor  Norma
(Teoria Tridimensional do Direito –
Miguel Reale)
1 – ECONOMIA E DIREITO
1.4 – TULLIO ASCARELLI (1903-1959): jurista economista
• O Direito Comercial nasce das exigências da sociedade
capitalista e, para entendê-lo, é necessário estudá-lo
historicamente; o direito é produto do processo histórico;
• É um direito que nasceu para disciplinar relações
econômicas que se desenvolvem em grande parte fora do
poder estatal (lei); é um direito que nasceu
predominantemente dos costumes e pactos entre
particulares (economia agrícola feudal  economia
mercantil  economia industrial);
27/07/2017
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1 – ECONOMIA E DIREITO
1.4 – TULLIO ASCARELLI (1903-1959):
• Estrutura normativa e função econômica;
• As normas são postas em relação às exigências de vida em
sociedade e não como desenvolvimento lógico das ações
(o direito não é lógica, mas experiência).
• As regras jurídicas são um elemento constitutivo de um
determinado sistema econômico, no sentido de que
contribuem para formá-lo, isto é, para forjá-lo e um modo ou
de outro.
1 – ECONOMIA E DIREITO
1.5 – O DIREITO determina a ECONOMIA ou a
ECONOMIA determina o DIREITO?
A meu ver, o Direito e a Economia se entrelaçam para formar
a realidade social e, ao se entrelaçarem, condicionam-se e
modificam-se mutuamente, numa construção e
reconstrução contínua. O Direito deve se preocupar com a
eficácia econômica, muito embora não esteja
obrigatoriamente condicionada a ela. O Direito têm valores
próprios que muitas vezes condicionam a atividade
econômica.
27/07/2017
5
1 – ECONOMIA E DIREITO EMPRESARIAL
1.6 – Os bens e serviços de que todos precisamos para viver são
produzidos em organizações econômicas especializadas e negociados
no mercado (Fábio Ulhoa Coelho); essa assertiva é do interesse de
diversas áreas do conhecimento, tais como Direito, Economia e
Contabilidade, dentre outras.
1.7 – Para a produção de bens e serviços, há necessidade de pessoas
com vocação para a tarefa de combinar fatores de produção (capital,
trabalho, insumo e tecnologia), sendo certo que essa vocação é
alavancada principalmente pela possibilidade de ganhar dinheiro, isto
é, obter lucro. Essas pessoas são os empresários.
1 – ECONOMIA E DIREITO EMPRESARIAL
1.8 – A tarefa do empresário está sujeita a risco. Estruturar a
produção ou a circulação de bens ou serviços significa reunir os
recursos financeiros (capital), humanos (mão de obra), materiais
(insumos) e tecnológicos que viabilizem oferece-los ao mercado
consumidor com preços e qualidade competitivos. Não é tarefa
simples, principalmente no Brasil.
1.9 – Riscos que cercam o empresário: (a) inexistência de
demanda; (b) crises políticas ou econômicas; (c) passivos
judiciais; (d) deslealdade de concorrentes; dentre outros.
27/07/2017
6
1 – ECONOMIA E DIREITO EMPRESARIAL
1.10 – O Direito Empresarial é indispensável à existência de
trocas econômicas, à geração de riquezas, à criação dos
mercados e ao desenvolvimento econômico dos países sob um
regime de produção capitalista.
1.11 – Para fins didáticos, dividiremos o Direito Empresarial em
“direito privado externo da empresa (“empresa de fora”,
“empresa atividade”) e “direito privado interno da empresa”
(“empresa de dentro”, “empresa organização”, “organização
jurídica da empresa).
2 – O DIREITO COMO “DIREITO-CUSTO”
2.1 – Há normas jurídicas que importam aumento do custo da
atividade produtiva (ex. normas tributárias, trabalhistas, etc),
conhecidas como normas de “direito-custo” (Fábio Ulhoa Coelho).
2.2 – O “direito-custo” exige interpretação o mais objetiva possível
para possibilitar o cálculo empresarial, isto é, a definição dos
custos da atividade econômica e dos preços dos produtos ou
serviços correspondentes.
27/07/2017
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2 – O DIREITO COMO “DIREITO-CUSTO”
2.3 – Normas de “direito-custo” relacionadas à exploração da atividade
da empresa:
(a) Responsabilidade civil (subjetiva x objetiva);
(b) Responsabilidade contratual (civil x consumerista);
(c) Propriedade industrial (amortização de investimentos em pesquisas x
tempo exclusividade exploração);
(d) Concorrência desleal e abuso do poder econômico (livre concorrência
x práticas desleais e abusivas);
(e) Anticorrupção (Lei 12.846/13) (compliance x custo);
(f) Recuperação do crédito (Lei 11.101/05) (recuperação judicial e
falência)
3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.1 – O que se entende por EMPRESA?
• É a atividade ou é o sujeito (ASQUINI, Perfis da empresa)?
• É uma instituição-organização, ou seja, uma criação do homem para
atender determinada necessidade social, que por atribuição legal passa
a gozar de personalidade jurídica?
• É uma forma de organização dos fatores de produção voltada ao lucro?
• É o centro de imputação de responsabilidades?
• É uma técnica jurídica indispensável à disciplina das relações entre o
Estado e o capital, é uma técnica de concreção da ordem econômica
(WARDE JR.)?
• É o resultado de um feixe de contrato (COASE)?
27/07/2017
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3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.2 – Registro de empresa
• Previsão legal (Lei 8.934/94 e Decreto 1.800/96);
• DNRC (federal) e Juntas Comerciais (estatuais);
• As sociedades empresárias, independentemente do objeto a que se
dedicam, devem ser registrar na Junta Comercial do Estado em que
estão sediados;
• As sociedades simples são registradas no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas (serviços engenharia, serviços médicos etc) ou no órgão de
classe (serviços de advocacia);
3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.2.1 – O registro do empresário na Junta Comercial assegura-lhe o uso
exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado (art. 1.166/CC)
3.2.2 – O empresário rural: tem a faculdade de requerer ou não o seu
registro na Junta Comercial (art. 971 CC).
3.2.3 – Microempreendedor Individual (MEI), com receita anual de até
R$ 81.000,00, não precisa de registro na Junta Comercial.
3.2.3 – Consequências da falta de registro: responsabilidade ilimitada
dos sócios; não pode requerer a falência de outro empresário; não pode
requerer recuperação judicial; impossibilidade nos cadastros federais,
estaduais e municipais (ex. CNPJ); leva à economia informal.
27/07/2017
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3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração
• Escriturar significa fazer a contabilidade. A contabilidade é o registro de
movimentações patrimoniais e financeiras. Dessa forma, a escrituração
são os registros contábeis do empresário.
• A vida do empresário está escrita em seus livros comerciais.
• O empresário (à exceção do microempreendedor individual – MEI) têm
o dever de mantera escrituração dos negócios de que participam (art.
1.179 a 1.195 do CC);
3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração:
• Não há como se falar em escrituração sem contador/contabilista; no
exercício de suas funções, são pessoalmente responsáveis pelos atos
culposos perante o preponente e pelos atos dolosos perante
terceiros (art. 1.177, § único CC).
• Funções da escrituração: (a) gerencial (tomada de decisões); (b)
documental (informações para sócios, investidores, bancos, licitações
etc); (c) fiscal (recolhimento de tributos).
27/07/2017
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3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração:
• É obrigação do empresário efetuar o levantamento anual das
demonstrações contábeis (art. 1.179/CC): balanço patrimonial
(demonstra a situação patrimonial desde o início da atividade) e
balanço de resultado econômico (revela a situação financeira de um
determinado período, a partir dos registros das receitas e das
despesas, apurando se houve lucro ou prejuízo).
• Em regra, o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico,
assinados por técnico em Contabilidade, deverão ser lançados no livro
Diário (art. 1.184, § 2º, CC)
3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração:
• Livros empresariais obrigatórios: (a) Diário: em que se lança os atos
ou operações diárias da atividade empresarial (art. 1.180/CC, exceto
aos pequenos empresários); (b) Registro de Duplicatas: livro
empresárial obrigatório especial caso seja emitido esse título de crédito
(art. 19 da Lei 5.474/68); (c) Registro de Ações, Registro das Atas das
Assembleias, Atas de Reuniões do Conselho de Administração e
Diretoria, dentre outros (art. 100 da LSA)
• Livros empresariais facultativos (auxiliares): Livro-Caixa, Conta-
Corrente, Razão, Contas a pagar e a receber, etc.
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3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração:
• Livros obrigatórios não empresariais: Trabalhista (Registro de
Empregados; Inspeção do Trabalho); Fiscais (entrada e saída de
mercadorias; apuração ICMS; apuração IPI);
• Eficácia probatória dos livros: Os livros empresariais que preencham
os requisitos exigidos por lei tem efeito de prova em litígios entre
empresários (arts. 417 e 418 CPC);
• Consequências da falta da escrituração: crime falimentar (art. 178
LF); perda do benefício da recuperação judicial (art. 51, V, LF); perda da
eficácia probatória (arts. 417 e 418 CPC).
3 – REGISTRO DE EMPRESA E ESCRITURAÇÃO
3.3 – Escrituração:
• Contabilidade eletrônica (alteração do meio papelizado para o digital):
SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) é um instrumento de
unificação das atividades de recepção, validação, armazenamento e
autenticação de livros e documentos integrantes da escrituração
comercial e fiscal das empresas, mediante fluxo único e
computadorizado de informações; ECD (Escrituração Contábil Digital)
tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela
escrituração transmitida via arquivo (livro Diário, Razão etc); NFe (Nota
Fiscal Eletrônica), etc.
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4 – DIREITO SOCIETÁRIO
4.1 – Introdução ao Direito Societário
• Exploração da atividade econômica pode ser feita pela pessoa física
(pessoa natural) e pela pessoa jurídica (sociedade empresária).
• Sociedade empresária é a pessoa jurídica que explora uma empresa;
Empresário, para todos os efeitos de direito, é a sociedade, e não os
seus sócios (empreendedores e investidores);
• Personalização: As sociedades empresárias são sempre
personalizadas, ou seja, são pessoas distintas dos sócios, titularizam
seus próprios direitos e obrigações; pessoa jurídica é uma criação do
Direito, é um sujeito de direito inanimado personalizado (Fábio Ulho
Coelho);
4 – DIREITO SOCIETÁRIO
4.1 – Introdução ao Direito Societário
• Classificação das pessoas jurídicas: (a) pessoas jurídicas de
direito público (União, Estados, Municípios, Autarquias – art. 41 CC);
pessoas jurídicas de direito privado (sociedade simples, sociedade
empresária, fundação, associação, cooperativa e EIRELI – art. 44 CC).
• Efeitos da personalização: a titularidade obrigacional, a titularidade
processual e a responsabilidade patrimonial (o princípio da autonomia
patrimonial, que é um dos elementos fundamentais do direito
societário; em razão desse princípio, os sócios não respondem, em
regra, pelas obrigações da sociedade).
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4 – DIREITO SOCIETÁRIO
4.1 – Introdução ao Direito Societário
• Início e término da personalização: começa com o registro dos atos
constitutivios da sociedade empresária na Junta Comercial e termina
com o procedimento dissolutório extrajudicial ou judicial (falência).
• Limites da personalização: O princípio da autonomia patrimonial não
é absoluto, pois não prevalece com relação a obrigações tributárias,
consumeristas, trabalhistas e ambientais. Praticamente fica restrito às
obrigações da sociedade perante outros empresários (obrigações
negociáveis).
4 – DIREITO SOCIETÁRIO
4.1 – Introdução ao Direito Societário
• Classificação das sociedades empresárias: (a) são cinco os tipos de
sociedades empresárias: nome coletivo, comandita simples,
comandita por ações, anônima e por quotas de responsabilidade
limitada (arts. 1.039 a 1.092 CC); (b) sociedade de pessoa e
sociedade de capital (a natureza da sociedade importa diferenças no
tocante à alienação da participação societária, à sua penhorabilidade
por dívida particular do sócio e à questão da sucessão por morte); (c)
sociedades contratuais e institucionais (contrato social x estatuto
social; Código Civil x Lei 6.404/76 – LSA); (d) responsabilidade
ilimitada (nome coletivo) e limitada (LTDA e S/A)
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4 – DIREITO SOCIETÁRIO
4.1 – Introdução ao Direito Societário
• Desconsideração da personalidade jurídica: (a) instrumento jurídico
para combater fraudes que o princípio da autonomia patrimonial possa
trazer (surge no século XIX); (b) a aplicação da teoria da
desconsideração não implica anulação ou desfazimento do ato
constitutivo da sociedade empresária, mas apenas a sua ineficácia
episódica; (c) previsão legal (art. 28 CDC; art. 18 da Lei Antitruste (Lei
8.884/94 revogada pela Lei 12.529/11); art. 4º Lei 9.605/98 (Crimes
Ambientais); art. 50 Código Civil; (d) Teoria Maior x Teoria Menor; (e)
aspectos processuais (cabe ao juiz decidir o incidente previsto no art.
133 a 137 do NCPC).

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