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CURATIVOS Enfermeiro Charles Eduard de Oliveira Toledo. ANATOMIA DA PELE A pele é constituída de duas camadas principais – a epiderme e a derme. Cada uma delas é composta de tipos de tecidos diferente e tem funções distintas. EPIDERME Camada mais externa da pele, e fina e avascular; e costuma regenerar-se em 4 a 6 semanas. Suas funções básicas são manter a integridade da pele e atuar como barreira física. Constituída por várias camadas de células, a epiderme contém cinco subcamadas – o estrato córneo, mais externo; o estrato lúcido; o estrato granuloso; o estrato espinhoso, e a camada mais interna, o estrato germinativo, ou camada de células basais. O estrato germinativo liga a epiderme a segunda e mais espessa das camadas da pele, a derme. DERME A função da derme é oferecer resistência, suporte, sangue e oxigênio à pele. Essa camada contém vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. A derme é composta de fibroblastos, colágeno e fibras elásticas. Os fibroblastos são responsáveis pela formação de colágeno, substância matricial, e proteínas de elastina. O colágeno dá resistência à pele e a elastina é responsável pelo rechaço cutâneo. Espessos feixes de colágeno ligam a derme ao tecido subcutâneo e às estruturas de suporte subjacentes, como fáscia, músculo e ossos. COMPOSIÇÃO DA PELE O tecido subcutâneo é composto pelos tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. A espessura da epiderme, da derme e subcutâneo variam entre diferentes pessoas e partes do corpo. ANATOMIA DA PELE FISIOLOGIA DA PELE A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo cerca de 10% do peso corporal. Está constantemente exposta a agressões físicas, químicas e mecânicas, que podem ter conseqüências físicas permanentes ou não. AS FUNÇÕES DA PELE Proteção: a pele atua como barreira física contra microrganismos e outras substâncias estranhas, protegendo contra infecções e perda excessiva de líquidos. Sensibilidade: as terminações nervosas da pele permitem que a pessoa sinta dor, pressão, calor e frio. Termorregulação: a pele ajuda a regular a temperatura corporal mediante vasoconstrição, vasodilatação e sudorese. Excreção: a pele ajuda na termorregulação, mediante a excreção de resíduos, como eletrólitos e água. Metabolismo: a síntese de vitamina D na pele exposta à luz solar, por exemplo, ativa o metabolismo de cálcio e fosfato, minerais que desempenham um papel importante na formação óssea. Imagem Corporal: a pele detalha a nossa aparência, identificando de modo único cada indivíduo. ASPECTOS PSICOLÓGICOS Mantendo a metodologia de atendimento holístico do assistido não devemos pensar simplesmente em sua lesão cutânea, mas sim nele como um todo. Integrando corpo e alma! Sabemos que a manifestação da ferida pode ter várias origens, podendo inclusive denotar o nível de desenvolvimento de uma população. ASPECTOS PSICOLÓGICOS A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização das lesões são importantes a boa nutrição, assiduidade corporal e higiene da área afetada. Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial está sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum. Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, a salientar mais uma vez a importância da abordagem interdisciplinar, necessitando em muitos casos da intervenção do psicólogo. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS QUANTO AO DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO Define a origem da doença que propiciou o aparecimento da lesão cutânea. QUANTO À MORFOLOGIA Descreve a localização, número, dimensão e profundidade. QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO Limpa, parcialmente infectada ou infectada. QUANTO À FASE CICATRICIAL Define as três etapas: inflamatória, proliferativa e maturação. QUANTO À CARACTERÍSTICA DO EXSUDATO Descreve a sua presença ou ausência, aspecto, coloração e odor. QUANTO À CARACTERÍSTICA DO LEITO DA FERIDA Necrótico, fibrinoso, necrótico-fibrinoso, granulação e epitelização. QUANTO À CULTURA DA SECREÇÃO Define o agente etiológico e a antibioticoterapia específica. QUANTO À EVOLUÇÃO DA FERIDA Aguda ou crônica. QUANTO AO TIPO DE CICATRIZAÇÃO Primária, secundária ou primária tardia. SEGUNDO A COR Vermelha: indica tecido de granulação saudável e limpo. Quando uma ferida começa a cicatrizar, cobre seu leito uma camada de tecido de granulação róseo-pálido, que posteriormente torna-se vermelho-vivo. SEGUNDO A COR Amarelo: indica a presença de exsudato ou secreção e a necessidade de limpeza da ferida. O exsudato pode ser amarelo-claro, amarelo-cremoso, amarelo-esverdeado ou bege. SEGUNDO A COR Preta: indica a presença de necrose. O tecido necrótico torna mais lenta a cicatrização e proporciona um local para proliferação de microrganismos. ESTADIAMENTO E DOCUMENTAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO GRAU 1 Uma úlcera de pressão em grau 1 é uma alteração observável relacionada com pressão na pele íntegra, cujos indicadores comparativos à área adjacente ou oposta do corpo podem incluir mudanças em um ou mais das seguintes condições: Temperatura da pele (aquecimento ou resfriamento) e/ou sensibilidade (dor, prurido). A úlcera manifesta-se como uma área definida de hiperemia persistente na pele pouco pigmentada, ao passo que, em peles mais escuras, a úlcera pode manifestar-se como tonalidades persistentes de vermelho, azul ou púrpura. Documente e descreva somente comprimento e largura. Não é possível descrever a profundidade, pois a epiderme está íntegra, embora o tecido abaixo dela possa estar lesado. A avaliação das úlceras de pressão em grau 1 pode ser difícil nos pacientes com pele mais escura. GRAU 2 Perda cutânea de espessura parcial envolvendo epiderme ou derme. A úlcera é superficial e manifesta-se clinicamente por abrasão, flictema ou cratera rasa. Documente e descreva comprimento, largura e profundidade. Todas as úlceras de pressão em grau 2 têm profundidade, pois a ferida já penetrou a epiderme. Nas úlceras de pressão superficiais, a profundidade pode ser descrita com inferior a 0,1 cm. Qualquer profundidade igual ou maior do que 0,1 cm deve ser medida com precisão, com ajuda de algum dispositivo para esse fim. GRAU 3 Perda cutânea de espessura total envolvendo lesão ou necrose do tecido subcutâneo, que pode se estender até a fáscia subjacente, sem atravessá-la. A úlcera manifesta-se clinicamente como uma cratera profunda, com ou sem comprometimento subjacente do tecido adjacente. Documente e descreva comprimento, largura e profundidade, além da presença de formação de túneis, se houver. Quando existe tecido necrótico, não é possível realizar um estadiamento exato da úlcera de pressão até a descamação ou a úlcera ter sido desbridada e a base da ferida tornar-se visível. GRAU 4 Perda cutânea de espessura total com destruição extensa, necrose tecidual ou lesão muscular, óssea ou das estruturas de suporte ( por ex.: tendão ou cápsula articular). A formação de túneis ou de tratos fistulosos também pode estar associada à úlcera de pressão em grau 4. Documente e descreva comprimento, largura e profundidade, bem como a presença de formação de túneis (se houver) e as estruturas de suporte subjacentes visíveis (fáscia, músculo e osso). Se houver tecido necrótico, o estadiamento exato da úlcera de pressão só será possível, quando a descamação ou a úlcera tiverem sido desbridadas e a base da ferida tornar-se visível. FASES CICATRICIAIS A reparação tecidual ocorre em três fases distintas, complexas, dinâmicas e sobrepostas. A liberação de mediadores ocorre em cascata, atraindo estruturas à periferia da região traumatizada. O conhecimento das fases evolutivas do processo fisiológico cicatricial é fundamental para o tratamento adequado da ferida. FASE INFLAMATÓRIAOU EXSUDATIVA Sua duração é de aproximadamente 48 a 72 horas. Caracteriza-se pelo aparecimento dos sinais prodrômicos da inflamação: dor, calor, rubor e edema. Mediadores químicos provocam vasodilatação, aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem a quimiotaxia dos leucócitos - neutrófilos combatem os agentes invasores e macrófagos realizam a fagocitose. FASE PROLIFERATIVA Tem a duração de 12 a 14 dias. Ocorrem neo-angiogênese, produção de colágenos jovens pelos fibroblastos e intensa migração celular, principalmente queratinócitos, promovendo a epitelização. A cicatriz possui aspecto avermelhado. FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO A terceira etapa pode durar de meses a anos. Ocorre reorganização do colágeno, que adquire maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume a coloração semelhante à pele adjacente. FORMAS DE CICATRIZAÇÃO CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA Advém da sutura por planos anatômicos. Na cicatrização primária não há perda tecidual. Pode ocorrer complicações como isquemia peri-sutura em decorrência de técnica inadequada, presença de corpo estranho, coleção de líquidos, hematomas e infecção superficial. Esses fatores poderão evoluir à deiscência de sutura cirúrgica. CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA Quando a evolução cicatricial da ferida é espontânea chama-se secundária. CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA TARDIA Às vezes, para acelerar o processo de cicatrização secundária pode-se realizar aproximação das bordas da ferida com pontos de sutura simples. Tal procedimento é denominado cicatrização primária tardia. Fisiologicamente, o mecanismo de cicatrização é o mesmo, variando na duração do processo e nos resultados estético-funcional, que são melhores na cicatrização primária. FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO FATORES LOCAIS São fatores ligados à ferida, que podem interferir no processo cicatricial, tais como: - dimensão e profundidade da lesão; - grau de contaminação; - presença de secreções, hematoma e corpo estranho; - necrose tecidual; - infecção local. FATORES SISTÊMICOS Faixa etária: A idade avançada diminui a resposta inflamatória. Estado Nutricional: O estado nutricial interfere em todas as fases da cicatrização. A hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, síntese de colágeno e função fagocítica. DOENÇAS CRÔNICAS Enfermidades metabólicas sistêmicas podem interferir no processo cicatricial. Terapia Medicamentosa Associada: A associação medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo: - antiinflamatórios; - antibióticos; - esteróides; - agentes quimioterápicos. TRATAMENTO TÓPICO INADEQUADO A utilização de sabão tensoativo na lesão cutânea aberta pode ter ação citolítica, afetando a permeabilidade da membrana. A utilização de soluções anti-sépticas também podem ter ação citolítica. Quanto maior for à concentração do produto maior será a sua citotoxidade, afetando o processo cicatricial. Essa solução em contato com secreções da ferida tem a sua ação comprometida. ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS IMPERÍCIA É execução de uma função sem a plena capacidade para tal. E cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade, como, por exemplo, um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma inadequada. IMPRUDÊNCIA É o erro cometido com conhecimento das regras, porém não executado com as cautelas exigidas no tratamento da ferida. Por exemplo, o profissional preparado insistisse em realizar um curativo sem o diagnóstico ou material adequado, ou caso o acadêmico, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo sem a plena convicção do diagnóstico e, ainda, sem solicitar auxílio. NEGLIGÊNCIA Não obstante todas essas condutas tenham de ser evitadas, a negligência é considerada, no âmbito ético-profissional, a mais grave dos três. É o erro cometido com consciência de como deve ser feito o tratamento da ferida e sem a existência de algum fator de impedimento, porém, por mero desleixo, menosprezo ou indolência, não é realizado adequadamente. CURATIVO SECO X CURATIVO ÚMIDO CURATIVO ÚMIDO Protege as terminações nervosas superficiais, reduzindo a dor; Promove necrólise e fibrinólise; Acelera o processo cicatricial; Previne a desidratação tecidual e a morte celular. O curativo seco é recomendado em feridas cirúrgicas limpas, com sutura direta. A troca é, geralmente, diária, até a retirada dos pontos. LIMPEZA SOLUÇÃO FISIOLÓGICA X LIMPEZA MECÂNICA A limpeza com solução fisiológica a 0,9% é indicada para hidratar a ferida e acelera a cicatrização, evitando o traumatismo direto da ferida. A limpeza mecânica provoca traumatismo do tecido em cicatrização, retardando o processo. ANTI-SÉPTICOS EM FERIDA CUTÂNEA ABERTA Anti-sepsia com polivinilpirrolidona (PVPI) tópico (Povidine®): Tem finalidade de prevenir a colonização. Pode ser neutralizado rapidamente na presença de matéria orgânica e tecido necrótico. É indicado na anti-sepsia da pele íntegra e mucosas, de peri-cateteres, peri-introdutores e fixadores externos. É contra-indicado em feridas abertas, pois é citolítico e retarda o processo de cicatrização. Anti-sepsia com a solução de clorexidina: Tem ação bacteriana tanto para Gram positivas como Gram negativas, porém com maior efeito nas Gram negativas. A atividade germicida mantém-se mesmo na presença de materiais orgânicos. Possui as mesmas indicações e contra-indicações do PVPI. FINALIDADE DO CURATIVO Remover o acumulo de secreções e tecido morto da ferida ou da área de incisão; Diminuir o crescimento de microrganismo na ferida ou na área da incisão; Promover a cicatrização da ferida. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS Trocas de curativos são freqüentemente dolorosas: avaliar a necessidade relativa à dor e medicar o paciente 30 minutos antes do início do procedimento; Os pacientes geriátrico e pediátrico são freqüentemente imunodeprimidos e têm uma baixa resistência, sendo necessária uma estrita assepsia para minimizar a exposição aos microrganismos. TÉCNICA DE CURATIVO MATERIAL Bandeja; Material de curativo; Cuba rim; Fita adesiva; Luvas de procedimento; Solução salina de 250 ml (bolsa) ou 125 ml (frasco); Algodão embebido em álcool 70%; Agulha 40x12; Pacotes de gazes; Saco de lixo branco; Solução recomendada. PROCEDIMENTO Lavar as mãos e organizar o material; Reduzir a transmissão de microrganismo; Explicar o procedimento ao paciente e dar assistência às suas necessidades; Diminuir a ansiedade; Promover a cooperação; Avaliar o nível de dor do paciente com uso de medicação e esperar que a medicação faça efeito antes de começar, quando necessário; Diminuir o desconforto da troca de curativos. Colocar a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo; Facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis; Colocar o material na mesa ao lado da cama; Promover a rápida troca de curativo; Saco de lixo ao lado da cama; Facilitar a eliminação do material contaminado. Abrir o pacote de curativo; Abrir mais pacotes de gazes; Se o curativo for muito grande; Colocar a agulha no frasco de solução salina, previamente aquecida à temperatura corporal; Calçar as luvas de procedimentos; Retirar a fita adesiva, puxando em direção à ferida e remover o curativo sujo; Permite visualizar a área da ferida e do curativo e também a exposição para a limpeza. Molhar o curativo com solução salina, se estiver aderido á ferida, então puxar suavemente; Colocar o curativo no saco de lixo; Colocar a cuba rim abaixo da ferida; Lavar a ferida com jato de soro morno; Para fazer a limpeza da ferida sem retirar áreas já regeneradas. Pegar a pinça e fazer uma torunda de gaze; Passar a gaze, em áreas que não tenha tecido de granulação, trocando a gaze sempre que necessário; Prevenir a contaminação da ferida por microrganismos; Usar medicação, pomada, óleo, recomendado pelo médico ou enfermeiro;Seguir a prescrição de enfermagem ou médica. Colocar as gazes sobre a área da ferida ou incisão até que a área esteja completamente coberta; Prevenir a contaminação do curativo ou ferida; Fixar o curativo com fita adesiva; Dispensar as luvas, os materiais e guardá-los apropriadamente; Manter o ambiente organizado. Posicionar o paciente com conforto; Lavar as mãos; Diminuir a expansão de microrganismos. DOCUMENTAÇÃO Deve ser anotado no prontuário do paciente: a localização e o tipo da ferida ou da incisão; o estado do curativo anterior; o estado da área da ferida/incisão; a solução e os medicamentos aplicados na ferida; as observações feitas pelo paciente; a tolerância do paciente ao procedimento. ALGUNS TRATAMENTOS Açúcar Carvão Ativado Filme Transparente com Hidrocolóide ou Hidrogel Papaína 1% e 8% Solução Fisiológica Sulfadiazina de Prata A.G.E. – Ácido Linoleico NÃO PENSE NOS MOMENTOS DIFÍCEIS COMO SENDO O FIM DO MUNDO. VEJA-OS COMO MAIS UM OBSTÁCULO A SER SUPERADO, POIS É NOS MOMENTOS DIFÍCEIS QUE SE CRESCE E SE APRENDE. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Atkinson L. D., Murray M. E.: Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. Candido L.C.: Tratamento Tópico e Cirúrgico de Úlcera Neuropática – “Pé Diabético” . In: Abstract Compact Disc do IV Congresso Brasileiro de Estomaterapia e I Congresso Brasileiro de Enfermagem em Dermatologia, São Paulo (SP), 2001. Declair V.: Aplicação de Triglicérides de Cadeia Média (TCM) na Prevenção de Úlceras de Decúbito. Res.Bras.Enf, 8a:4-6, 1994-A. Smetzer S.C., Bare B.G.: Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
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