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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC CAMPUS DE SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO – BACHARELADO FÍSICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR: VALDENIR SILVEIRA PRÁTICA 08: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES HENRIQUE CESAR SOUZA DUARTE¹ - 487953 SIDYNELSON FERNANDES DOS SANTOS² - 433930 SOBRAL – CEARÁ 2019 HENRIQUE CESAR SOUZA DUARTE¹ - 487953 SIDYNELSON FERNANDES DOS SANTOS² - 433930 PRÁTICA 08: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES Relatório prático acadêmico apresentado Universidade Federal do Ceará – UFC do curso de Bacharel em Engenharia de Computação como parte dos requisitos avaliativos na disciplina de Física Experimental I. José Valdemir da Silveira Ministrante da Disciplina. SOBRAL – CEARÁ 2019 1 INTRODUÇÃO Em um sistema massa-mola, quando não há forças influenciando algum movimento o conjunto fica na posição de equilíbrio (geralmente denominada de x=0). A partir do momento em que alguma força F atua no sistema uma força FR também atua no sentido contrário. Essa força FR é denominada de força restauradora e é proporcionada pela mola. À medida que a massa se desloca da posição de equilíbrio a força FR tenta restaurar a forma original da mola que foi alongada. Essa força é proporcional a constante elástica k, essa constante depende das propriedades da mola (como o material que ela é feita), e a distância x0 que ela percorre a partir da posição de equilíbrio. Como FR tenta restaurar a forma original da mola, o sentido sempre vai ser o oposto ao da força que irá deslocar a massa. Então, a força será negativa. Logo, podemos encontrar a equação da força restauradora FR = kx0 Figura 1. Sistema massa-mola em sua posição de equilíbrio. Quando essa massa oscila periodicamente, em intervalos de tempo iguais, em torno do ponto de equilíbrio, realizando uma trajetória retilínea, dizemos que esse corpo realiza um Movimento Harmônico Simples MHS. Em um MHS, o período T do corpo em movimento é o tempo gasto na realização de uma oscilação completa e pode ser calculado a partir da expressão T = 𝟐𝝅√ 𝒎 𝒌 O período no S.I. é dado em segundos. Logo, percebemos que o período é diretamente proporcional a massa do corpo em movimento, inversamente proporcional a constante de elasticidade e não dependente da amplitude A do movimento. A partir do período T, encontramos a frequência que é o inverso do período. Então, f = 𝟏 𝑻⁄ A frequência no S.I. é dada em hertz. Figura 2. Esquema de como funciona o MHS em um sistema massa-mola onde o atrito entre a massa e o chão é desprezado. 2 OBJETIVOS Os principais objetivos deste relatório prático são: • Rever o conteúdo de Movimento Harmônico Simples aplicado a prática feita em laboratório; • Determinar o tempo de dez oscilações completas; • Calcular o período de oscilações e frequência variando as massas no sistema; • Analisar os gráficos com os resultados obtidos; 3 MATERIAIS • Trilho de ar; • Dois fotoelétricos; • Cronômetro; • Móvel (Carrinho); • Suporte para MHS vertical; • Molas; • Suporte para massas; • Calculadoras, e materiais de anotação; 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 MHS NA VERTICAL De início, montamos o experimento, fazendo assim o ajustamento do aparelho, colocando a mola, no suporte, e acoplado a ela o suporte das massas. Ao suporte, foi adicionado um peso de 100g. Com a massa no sistema, deslocamos sucessivamente em de 1, 2, 3, 4 , 5c da posição de equilíbrio, e em cada caso, determinamos o tempo de 10 oscilações onde fizemos a contagem com auxílio do cronometro. Assim com os valores coletados, montamos a tabela um conforme mostrado nos resultados. Continuando o experimento, fizemos a variação de massas, onde o sistema passou a ser feito com massas de 50 a 200g, assim como, utilizamos a medida da amplitude em 3cm, fizemos o mesmo processo anteriormente de calcular 10 oscilações e assim preencher a tabela 2 conforme mostrado nos resultados. 4.2 MHS NA HORIZONTAL No segundo momento, partimos para a utilização do trilho de ar, onde montamos o sistema. Prendemos o móvel (carrinho) a mola que estava acoplada num suporte físico do trilho de ar. Prendemos a ponta da linha a um peso de 0,68N, onde 60g estava veiculado ao peso, e 8g a massa do gancho de suporte. Fizemos a determinação da massa do conjunto oscilador, medindo o peso do carrinho e a massa suspensa, dados estes coletados e montados na tabela 3 conforme mostrado nos resultados. Colocamos o sensor na posição de equilíbrio e selecionamos a função F5. Manualmente afastamos o carrinho da posição de equilíbrio, mais precisamente a 10cm e depois soltamos. Através do cronômetro coletamos os dados e colocamos na tabela 3, e assim o experimento foi repetido 3 vezes. Ao longo da bateria de testes foram adicionadas massas ao carrinho a fim de completar a tabela. 5 RESULTADOS TABELA 1. PERÍODO E FREQUÊNCIA EM FUNÇÃO DA AMPLITUDE PARA UMA MASSA DE 100G. TABELA 2. PERÍODO E FREQUÊNCIA EM FUNÇÃO DA MASSA PARA UMA AMPLITUDE DE 3 CM. Deslocamento inicial, A(cm) Tempo de 10 oscilações (s) Período T (s) Frequência f (Hz) 1 7,00 0,700 1,428 2 6,99 0,699 1,430 3 7,03 0,703 1,422 4 7,01 0,701 1,426 5 7,03 0,703 1,422 Massas (g) Tempo de 10 oscilações (s) Período T (s) Frequência f (Hz) 50 5,46 0,546 1,831 100 7,03 0,703 1,422 120 7,56 0,756 1,322 150 8,36 0,836 1,196 TABELA 3. PERÍODO E FREQUÊNCIA EM FUNÇÃO DA MASSA PARA UMA AMPLITUDE CONSTANTE. 6 QUESTIONÁRIO 1 – Usando os dados das tabelas 1 e 2, verifique se há alguma dependência de T com A (amplitude) ou de T com m (massa). Resposta: Analisando os dados da tabela 1, percebemos que a medida que a amplitude é maior, o período oscila, porém, é algo mínimo. Observando os valores do período da tabela 1, notamos que sua variação não passa de 5% comparando com a média dos valores de T (média de T = 0,7 s). Logo, os valores de T são iguais mesmo com uma amplitude oscilante provando que o período não depende da amplitude. Analisando os dados da tabela 2, percebemos que a medida que a massa aumenta, o período também aumenta. Essa afirmação é verdadeira pois a medida que a massa aumenta, o movimento vai ficando cada vez mais “difícil” de ser executado. Logo, o tempo para realizar uma oscilação (período) vai elevar-se. 2 – Com os dados obtidos na tabela 01, faça o gráfico de A x T (amplitude versus período). A – Observe o resultado (disposição dos pontos) e a partir dele esboce a curva (linha de tendência) que melhor representa estes dados. B – Que tipo de curva é essa? C – Calcule o período médio para os dados da tabela 01. Gráfico 1. Amplitude versus período. Massa oscilante (kg) Período T (s) Frequência f (Hz) Quadrado de período T² (s²) T1 T2 T3 Média 0,286 1,128 1,130 1,126 1,128 0,886 1,272 0,326 1,200 1,203 1,200 1,201 0,832 1,444 0,366 1,270 1,272 1,273 1,271 0,786 1,615 0,406 1,333 1,334 1,337 1,334 0,749 1,779 0,69 0,71 0 1 2 3 4 5 6 P er ío d o ( s) Amplitude (cm) O tipo de curva de tendência obtida através das informações do gráficoé uma linear. Percebe-se que sua inclinação tende a zero (inclinação pequena) mostrando a veracidade dos teoremas apresentados pois o período é constante. O período médio para os dados da tabela 1 é 0,7012 s. 3 - Com os dados obtidos, faça o gráfico de T x m, para as tabelas 02 e 03. a - Observe o resultado (disposição dos pontos) e a partir dele esboce a curva (linha de tendência) que melhor representa estes dados. b - Que tipo de curva é essa? c - Pelo formato da curva obtida, como você diria que T está relacionado com m? Gráfico 2. Período T versus massa variante (dados da tabela 2). Gráfico 3. Período T versus massa variante (dados da tabela 3). Analisando a curva de tendência para os dois gráficos, a melhor que se adequa é a linear pois mostra o quanto os valores de y, ordenadas, dependem do crescimento dos valores de x, abscissas. A diferença entre a curva linear e a exponencial no gráfico é mínima (pontas mais curvas). Notamos com essa curva que, a medida que a massa cresce, o período cresce. Do 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 P er ío d o ( s) Massa (g) 1,1 1,2 1,3 0,2 0,3 0,4 P er ío d o ( s) Massa (kg) mesmo modo, quando a massa diminui, o período diminui. Logo, o período é dependente da massa. 4 - Com os dados obtidos, faça o gráfico de T2 x m, para as tabelas 02 e 03 a - Observe o resultado (disposição dos pontos) e a partir dele esboce a curva (linha de tendência) que melhor representa estes dados. b - Que tipo de curva é essa? c - Qual o significado físico da inclinação da curva traçada? Gráfico 4. Massa versus Período ao quadrado (dados da tabela 2). Gráfico 5. Massa versus o período ao quadrado (dados da tabela 3). A curva que melhor representa a situação é a linear. Calculando a inclinação da reta, obtemos a equação 𝟒𝝅𝟐 𝒌 . Essa equação é uma proporção de k e pode ser usada em conjunto com a massa. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 30 45 60 75 90 105 120 135 150 P er ío d o a o q u ad ra d o ( s² ) Massa (g) y = 4,23x + 0,0639 1 1,2 1,4 1,6 1,8 0,2 0,26 0,32 0,38 0,44 P er ío d o a o q u ad ra d o ( s² ) Massa (kg) 5 – Usando a Eq. 03 e as curvas traçadas na questão 4, determine o valor de k (constante elástica das molas utilizadas) a partir desta curva (T² x L). Compare o valor de k com o valor medido na prática 08. Resposta: Utilizando a equação T = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 , isolamos a constante elástica e obtemos 𝑘 = 𝑚4𝜋2/𝑇². Calculando k com o valor de T² da tabela 3, obtemos k = 8,87 N/m. Analisando a equação da curva de tendência e realizando os devidos cálculos, temos que k = 9,02 N/m. Comparando esses valores, a porcentagem de diferença é menor que 5%. Logo, eles são iguais. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FORÇA ELÁSTICA. In: Só física. Disponível em: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php. Acesso: 11/06/2019. OSCILAÇÕES: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES. In: Física.net – O canal da física na internet. Disponível em: https://www.fisica.net/mecanicaclassica/mhs_movimento_harmonico_simples.pdf. Acesso: 11/06/2019. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES. In: Brasil ESCOLA. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-harmonico-simples.htm. Acesso: 11/06/2019. https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php https://www.fisica.net/mecanicaclassica/mhs_movimento_harmonico_simples.pdf https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-harmonico-simples.htm
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