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OSCILAÇÃO DE UM SISTEMA MASSA - MOLA Turma: PU9A Autor(es): Leonardo H. S. Almeida Data: 04/02/2021 Objetivos Determinar o valor da constante elástica k de uma mola. Introdução Considerando uma mola ideal de massa desprezível e constante elástica(k) conhecida, pendurada verticalmente, ao pendurar um objeto as forças resultantes sobre a mola serão mg=kx0 (1). Entretanto, mesmo que a constante seja desconhecida, com objetos de massa conhecida, e precisa, junto a uma régua milimetrada é possível determinar sua constante elástica. Mas com um movimento harmônico, como oscilações de um sistema massa mola, é possível conhecer grandezas relevantes. Nesse processo estão envolvidas as energias potencial elástica, potencial gravitacional e energia cinética. O esporte radical Bungee Jumping é um exemplo prático de como esse princípio ocorre cotidianamente. Um sistema massa-mola pode ser facilmente estudado em laboratório, basta um suporte, uma mola e objetos de massa conhecida, para poderem ser colocados no suporte e medir os deslocamento da mola e seu movimento variante frente à uma perturbação. A equação abaixo mostra como se podem descobrir grandezas importantes através desse experimento, inclusive a constante elástica da mola. 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝐾 Métodos MATERIAL UTILIZADO o 1 mola. o Suporte universal. o Régua milimetrada. o Discos, com um furo central, de massa 45,0 ± 0,1 g. o Suporte para acondicionamento de discos. o Cronômetro PROCEDIMENTO Montou-se o sistema com a mola, o suporte universal, o suporte de objetos com 100g em massa de objetos, e em seguida colocou-se 01 disco no suporte e comprimiu-se completamente a mola. Após essa etapa soltou-se a mola e simultaneamente acionou-se o cronometro e aferiu-se o tempo decorrido para o sistema realizar 10 oscilações. O processo foi repetido novamente, acrescentando-se mais um disco, comprimindo-se a mola, soltando- a e aferindo o tempo decorrido para a realização de 10 oscilações. E o processo foi repetindo-se até completar X discos no suporte e aferir o tempo decorrido para o sistema realizar 10 oscilações. Equação 01 Resultados Massa dos objetos em kg (±0,0001) Tempo decorrido para ocorrer 10 oscilações completas t1 t2 t3 t4 t5 tmédio Desvio padrão da média 0,1000 5,27 5,43 5,44 5,36 5,31 5,36 0,02 0,1100 5,72 5,88 5,83 5,81 5,77 5,80 0,01 0,1200 5,94 6,10 6,13 6,03 5,99 6,04 0,02 0,1300 6,26 6,42 6,39 6,35 6,24 6,33 0,03 0,1400 6,44 6,60 6,64 6,53 6,47 6,54 0,03 0,1500 6,76 6,92 6,84 6,79 6,74 6,81 0,02 0,1600 6,98 7,14 7,19 7,07 6,94 7,06 0,04 Tabela 1_Registro dos tempos de medição e das massas utilizadas. Utilizando o quadrado da equação 01, tem-se a relação linear entre a massa aplicada sobre o sistema. Considerando que no procedimento mediu-se o tempo para 10 períodos (ou 10 oscilações completas), a tabela 2 a seguir, mostra os dados que construíram o gráfico 1 e a equação da reta. Massa dos objetos em kg (±0,0001) T 2 0,1000 0,288 0,1100 0,337 0,1200 0,365 0,1300 0,401 0,1400 0,427 0,1500 0,464 0,1600 0,499 Tabela 2_Dados utilizados para construir o gráfico. Na equação 01 tem-se que 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝐾 , desse modo, o ajuste necessário para linearizar um gráfico, a equação teve seus dois membros elevados ao quadrado, excluindo-se as raízes. A equação para tratamento dos dados e construção do gráfico é demonstrada por: 𝑇2 = 4𝜋2 𝐾 𝑚 Abaixo segue o gráfico mostrando a relação linear entre as grandezas, sendo que o termo A – da equação da reta – como 4𝜋 𝐾 . Desse modo a grandeza m assume o valor de x. Gráfico 1_Relação linear entre período e massa no movimento oscilante. Considerando os valores de T 2 e suas respectivas massas, temos que: ΔK= ΔK= 0,354 K= (11,649 ± 0,354) N/m Discussão Considerando o experimento feito, e a relação matemática que o exemplifica, a medição de tempo não é possível de se realizar singularmente, sendo que a realização de um grupo de 10 períodos, em um conjunto de cinco medições, traz maior praticidade na análise matemática e uma melhor estimativa de média e desvio padrão. Com isso, ao utilizar o programa SciDAvis, considerando o desvio padrão de tempo, e também a incerteza das massas, ele traça a melhor reta de regressão linear que explica – matematicamente – o experimento registrado. O uso de um programa computacional permite-se obter um coeficiente angular e incerteza melhores refinadas. Com os valores de massa e tempo, através de 10 períodos, e a linearização dos dados, através da equação 01 sendo elevada ao quadrado, consegue-se um valor de K que satisfaz as medidas de oscilação e massa obtidos experimentalmente, assim pode-se atribuir um K para a mola, com valores precisos e sua respectiva incerteza. Conclusão Ao conhecer o sistema, e desejar conhecer uma grandeza não tão aparente do mesmo, como o sistema massa-mola experimentado, a medição de variáveis, que permitem construir um gráfico linear, pode-se determinar a grandeza desconhecida. No presente experimento, a equação matemática que melhor descreve o experimento, é uma equação com raízes quadradas, o que dificulta uma análise gráfica direta. Com ferramentas algébricas, consegue-se uma reta linear, onde com o valor do coeficiente angular consegue-se isolar uma variável e definir seu valor. Desse modo, obteve-se a constante elástica da mola com sua respectiva incerteza. Referências bibliográficas NEVES, Leonardo Teixeira. Oscilação de um Sistema Massa-mola. Departamento de Física, Instituto de Ciências Exatas-ICEx, UFMG. Acesso em 20/01/2021. Disponível em: <https://www.fisica.ufmg.br/ciclobasico/wpcontent/uploads/sites/4/2020/05/Constante_Elastica_de _Molas.pdf>. YOUNG, H.D. FREEDMAN, R.A. Física I:mecânica 12°ed. São Paulo: Pearson, 2008. 𝐀 = 𝟒𝛑𝟐 𝐤 → K= 4𝜋2 𝐴 → k= 11,649 N/m https://www.fisica.ufmg.br/ciclobasico/wpcontent/uploads/sites/4/2020/05/Constante_Elastica_de_Molas.pdf https://www.fisica.ufmg.br/ciclobasico/wpcontent/uploads/sites/4/2020/05/Constante_Elastica_de_Molas.pdf