Buscar

Sistema Nervoso Periférico e Sensibilidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MÓDULO II 
Percepção, 
consciência e emoção 
 
 
Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo 
2017 
 
 
 
 
1. COMPREENDER O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (NERVOS, TERMINAÇÕES 
NERVOSAS, PLEXO BRAQUIAL, PLEXO LOMBOSSACRO) 
NERVO 
CRANIANO 
ORIGEM APARENTE 
NO CRÂNIO 
ORIGEM 
APARENTE NO 
SNC 
INERVAÇÃO 
I – Olfatório Lâmina crivosa do 
osso etmoide 
Bulbo olfatório Impulsos olfatórios 
II – Óptico Canal óptico Quiasma óptico Impulsos visuais 
III – Oculomotor Fissura orbitária 
superior 
Sulco medial do 
pedúnculo 
cerebral 
Músculo ciliar, músculo 
esfíncter da pupila e músculos 
extrínsecos do olho, exceto 
reto lateral e oblíquo superior 
IV – Troclear Fissura orbitária 
superior 
Véu medular 
superior 
Músculo obliquo superior 
V – Trigêmeo Fissura orbitária 
superior (oftálmico) 
 
Forame redondo 
(maxilar) 
 
Forame oval 
(mandibular) 
Entre a ponte e o 
braço da ponte 
Sensibilidade da face (V1, V2 e 
V3), sensibilidade geral nos 
2/3 anteriores da língua e 
músculos da mastigação 
VI – Abducente Fissura orbitária 
superior 
Sulco bulbo-
pontino 
Músculo reto lateral 
VII – Facial Forame 
estilomastóideo 
Sulco bulbo-
pontino 
Sensibilidade gustativa dos 2/3 
anteriores da língua, músculos 
da mímica, glândulas lacrimal, 
submandibular e sublingual 
VIII - 
Vestibulococlear 
Entra pelo meato 
acústico interno, 
mas não sai 
Sulco bulbo-
pontino 
Audição e equilíbrio 
IX – Glossofaríngeo Forame jugular Sulco lateral 
posterior do 
bulbo 
Sensibilidade gustativa no 1/3 
posterior da língua, faringe e 
glândula parótida 
X – Vago Forame jugular Sulco lateral 
posterior do 
bulbo 
Cordas vocais e inervação 
visceral, tanto quanto à 
sensibilidade quanto à função 
parassimpática 
XI – Acessório Forame jugular Sulco lateral 
posterior do 
bulbo 
Músculo trapézio e 
esternocleidomastoideo 
XII – Hipoglosso Canal do hipoglosso Sulco lateral 
anterior do bulbo 
Músculos intrínsecos e 
extrínsecos da língua 
 
 
 
 
PLEXO BRAQUIAL: C5-T1 
- inervação dos membros superiores 
- sai da intumescência cervical 
PLEXO LOMBOSSACRO: T12-S4 
- inervação dos membros inferiores 
- sai da intumescência lombar 
2. COMPREENDER O MECANISMO DE PERCEPÇÃO E OS DIFERENTES TIPOS DE 
SENSIBILIDADE 
Somestesia = sensibilidade geral do corpo. 
Tipos de sensibilidade: 
 
 
SUPERFICIAL 
Tátil 
Térmica 
Dolorosa 
PROFUNDA Proprioceptiva 
Vibratória 
INTEGRAÇÃO CORTICAL Estereognosia 
Grafestesia 
 
3. CONHECER A CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES E DAS FIBRAS NERVOSAS 
a) GERAIS/ESPECIAIS 
GERAIS: estão em todo o corpo. 
ESPECIAIS: estão apenas na cabeça e fazem parte dos órgãos dos sentidos (visão, audição e 
equilíbrio, gustação e olfação). 
b) MORFOLOGIA 
ENCAPSULADOS: intensa ramificação da extremidade do axônio no interior de uma cápsula 
conjuntiva. 
- Corpúsculo de Meissner: tato, pressão e estímulos vibratórios. 
- Corpúsculo de Vater-Paccini: sensibilidade vibratória. 
- Cospúsculo de Ruffini: tato e pressão. 
- Fusos neuromusculares: situados nos ventres dos músculos estriados esqueléticos. 
Cada fuso é constituído de uma cápsula conjuntiva que envolve 2 a 10 pequenas fibras 
intrafusais. Cada uma dessas fibras possui 1 região equatorial (não contrátil) e 2 regiões 
polares (contrátil). 
- Órgãos de Golgi: encontrados na junção dos músculos estriados com seu tendão. 
Informam o SNC da tensão exercida pelos músculos em suas inserções tendinosas no osso e 
permitem a avaliação da força muscular que está sendo exercida. 
 
NÃO ENCAPSULADOS: tato protopático, dor, temperatura e propriocepção. 
- Terminações nervosas livres (nociceptores e termoceptores): dor. 
- Discos de Merkel: tato e pressão. 
 
c) NATUREZA DO ESTÍMULO 
- Quimioceptores 
- Osmoceptores 
- Termoceptores 
- Fotoceptores 
- Nociceptores 
- Mecanoceptor 
d) LOCALIZAÇÃO 
EXTEROCEPTORES: ativados por agentes externos como calor, frio, tato, pressão, luz e som. 
PROPRIOCEPTORES: situam-se nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. Os 
impulsos proprioceptivos podem ser conscientes ou inconscientes. Responsáveis pelos 
sentidos de posição e de movimento. 
INTEROCEPTORES dão origem às diversas formas de sensações viscerais, como a fome, sede a 
dor visceral. 
4. DIFERENCIAR MONONEUROPATIA, MONONEUROPATIA MÚLTIPLA E 
POLINEUROPATIA 
MONONEUROPATIA: 
- lesão de 1 nervo só 
- causa: compressão 
 
MONONEUROPATIA MÚLTIPLA: 
- lesão de vários nervos de forma assimétrica ou de 1 nervo em vários lugares 
- causa: diabetes, doença do colágeno 
 
POLINEUROPATIA: 
- sinais e sintomas são simétricos (múltiplos nervos em diferentes membros são atingidos 
simetricamente) 
- diminuição dos reflexos distais 
- perda sensitiva e motora distal primeiro nos membros inferiores, depois nos superiores(“em 
bota e luva”) 
- causas: tóxicas, HIV, diabetes, deficiência de vitaminas do complexo B, doenças 
desmielinizantes, hanseníase 
*Polineuropatia comprimento-dependentes: quando mais longo o nervo, mais fácil é de lesar. 
5. CONCEITUAR APALESTESIA, PARESTESIA, ABATIESTESIA, ABARESTESIA 
APALESTESIA: perda da sensibilidade vibratória. 
PARESTESIA: sensação desagradável (formigamento, queimação, agulhadas). 
ABATIESTESIA: perda da propriocepção. 
ABARESTESIA: perda da sensibilidade à pressão. 
6. CONHECER O SINAL DE ROMBERG E SUA INTERPRETAÇÃO 
- O paciente fica de pé com os olhos abertos, depois os fecha por 30 segundos. 
- O examinador empurra suavemente o para trás, desequilibrando-o de leve. 
- Observe a ocorrência de quedas ou passos laterais. 
- O teste só é positivo se ocorrer desequilíbrio após fechar os olhos. 
*Pedir para fechar os olhos durante o teste do Romberg, ajuda a descobrir se a propriocepção 
alterada pode ter sido mascarada pela visão. 
 
INTERPRETAÇÃO: Quem tem alterações da propriocepção, ao fechar os olhos perde a noção da 
posição das pernas e desequilibra-se - necessita da visão para saber em que posição está. 
7. CONHECER OS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS LESÕES DOS NERVOS PERIFÉRICOS 
 
Eletroneuromiografia: serve para diferenciar as doenças medulares, da placa motora e dos 
músculos. Informa se NP é do tipo axonal ou desmielinizante e é, também, de ajuda para a 
determinação do prognóstico. 
 Síndrome de Guillan-Barré 
Tem início, geralmente, após uma infecção (reação à vacinas, virose) e é reversível. 
Ocorre uma desmielinização, de origem autoimune, que acomete os nervos periféricos. 
Os sintomas decorrem da redução ou ausência da condução do impulso nervoso que leva à 
contração da musculatura estriada esquelética, resultando em fraqueza muscular progressiva 
seguida de paralisia. 
A paralisia evolui de forma ascendente, iniciando-se em membros inferiores e podendo levar 
à perda da marcha. 
DIAGNÓSTICO: punção lombar > muitas proteínas (anticorpos) e células normais. 
*Pode afetar os músculos da respiração. 
 
 
8. COMPREENDER A ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DA MEDULA 
ESPINHAL 
 
 
*Apenas na medula cervical, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em 
fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
 
Regrinha: 
C2-T10 vértebra + 2 = segmento medular 
T11-T12 L1-L5 
L1 S1-S5 
L2 saco dural 
 
A medula termina em L2 e o saco dural e a aracnoide terminam em S2. Entre esses 2 niveis, o 
espaço subaracnóideo é maior, contem maior quantidade de liquor e nele se encontram 
apenas o filamento terminal e a cauda equina. Dessa forma, não há risco de lesão da medula, 
sendo ideal para introdução de agulhas (punção lombar) que visam: 
- retirada de líquor para fins terapêuticos ou de diagnostico nas punções lombares; 
- medida de pressão do líquor; 
- introdução de substâncias que aumentam o contraste em exame de imagem (mielografia); 
- anestesia raquiadiana; 
- administração de medicamento. 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Pode ser divida em: 
- Coluna anterior 
- Coluna posterior (onde encontra-se a substância gelatinosa) 
*A substânciagelatinosa é uma área constituída por tecido nervoso translúcido, rico em 
células neurogliais e pequenos neurônios. 
- Substância cinzenta intermédia 
 
o Classificação dos neurônios medulares 
 
NEURÔNIOS DE AXÔNIO LONGO 
- Radiculares: seu axônio sai da medula para constituir a raiz ventral. 
a) Viscerais: são os neurônios pré-ganglionares do SNA, cujos corpos celulares localizam-
se na substância cinzenta intermédia. Destinam-se à inervação de músculos lisos, 
cardíacos ou glândulas. 
b) Somáticos: são os neurônios motores inferiores, cujos corpos celulares localizam-se na 
coluna anterior. Destinam-se à inervação de músculos estriados esqueléticos. 
Podem ser, ainda: 
- Alfa: destinam-se à inervação de fibras musculares extrafusais. 
Neurônio alfa + fibras musculares inervadas = Unidade motora 
- Gama: destinam-se à inervação das fibras musculares intrafusais. 
 
- Cordonais: seus axônios constituem as fibras que formam os funículos da medula. 
a) De projeção: possuem axônio ascendente que termina fora da medula, integrando as 
vias ascendentes da medula. 
b) De associação: possuem um axônio que, ao passar pela substância branca, se bifurca 
em um ramo ascendente e outro descendente, ambos terminando na substância 
cinzenta da própria medula. É o mecanismo de integração de segmentos medulares, 
situados em níveis diferentes, que permite a realização de reflexos intersegmentares 
na medula. Formam os fascículos próprios. 
NEURÔNIOS DE AXÔNIO CURTO (OU INTERNUNCIAIS/DE ASSOCIAÇÃO) 
O axônio destes neurônios permanece sempre na substância cinzenta. Estabelecem 
conexão entre as fibras aferentes (que penetram pelas raízes dorsais) e os neurônios 
motores, interpondo-se em alguns dos arcos reflexos. 
*Célula de Renshaw: localizada na coluna anterior. Os impulsos nervosos provenientes da 
célula de Renshaw inibem os neurônios motores. 
Neurônios de 
axônio longo 
Radiculares 
Viscerais 
Somáticos 
Alfa 
Gama 
Cordonais 
De 
associação 
De projeção 
Neurônios de 
axônio curto 
Os axônios dos neurônios motores, antes de deixar a medula, emitem um ramo colateral 
que volta e estabelece sinapse com uma célula de Renshaw, cujo neurotransmissor é 
inibitório. A célula de Renshaw, por sua vez, faz sinapse com o próprio neurônio motor que 
emitiu o ramo colateral. Assim, os impulsos nervosos que saem pelos neurônios motores 
são capazes de inibir o próprio neurônio através do ramo colateral e da célula de Renshaw. 
 
o Núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula 
Os neurônios medulares não se distribuem de maneira uniforme na substância cinzenta, 
agrupando-se em núcleos. 
Coluna anterior: 
- Núcleos do grupo medial: neurônios motores que inervam o musculatura axial. Existem em 
toda a extensão da medula. 
- Núcleos do grupo lateral: neurônios motores que inervam a musculatura apendicular 
(membros superior e inferior). Aparecem apenas nas regiões de intumescência cervical e 
lombossacral. 
 
Coluna posterior: 
- Núcleo torácico: relaciona-se com a propriocepção inconsciente e contém neurônios 
cordonais de projeção que vão para o cerebelo. Existe apenas na região torácica e lombar alta. 
- Substância gelatinosa: recebe fibras sensitivas que entram pela raiz dorsal e nela funciona o 
portão da dor (mecanismo que regula a entrada de impulsos dolorosos no sistema nervoso). 
 
 SUBSTÂNCIA BRANCA 
São os tratos e fascículos. 
o Vias descendentes 
TRATO CORTICOESPINHAL LATERAL 
Via da motricidade voluntária das extremidades. 
90% das fibras cruzam na decussação das pirâmides no bulbo formando o trato 
corticoespinhal lateral. 
1º neurônio: córtex. 
CRUZAM NA DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES NO BULBO. 
2º neurônio: coluna anterior da medula. 
Conduz impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula. 
*Não passa pelo tálamo. 
O córtex de um hemisfério cerebral comanda os neurônios motores da medula do 
lado oposto. 
 
TRATO CORTICOESPINHAL ANTERIOR 
Via da motricidade voluntária das extremidades. 
Apenas 10% das fibras seguem no trato corticoespinhal anterior para cruzar apenas 
na comissura branca da medula. 
Ocupam o funículo anterior da medula. 
1º neurônio: córtex. 
2º neurônio: corno anterior da medula. 
CRUZAM NA COMISSURA BRANCA DA MEDULA. 
 
TRATO RUBROESPINHAL 
Motricidade voluntária da parte distal dos membros (músculos intrínsecos e extrínsecos da 
mão e do pé). 
1º neurônio: núcleo rubro do mesencéfalo. 
CRUZAM NA DECUSSAÇÃO TEGMENTAR VENTRAL DO MESENCÉFALO. 
2º neurônio: corno anterior da medula. 
Conduz impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula. 
 
TRATO TETOESPINHAL 
Envolvido em reflexos visuomotores, em que o corpo se orienta a partir de estímulos visuais. 
1º neurônio: colículo superior. 
*O colículo superior recebe fibras da retina e do córtex visual. 
2º neurônio: funículo anterior da medula cervical. 
Onde estão os neurônios motores responsáveis pelo movimento da cabeça. 
 
TRATOS VESTIBULOESPINHAIS 
Mantém a cabeça e os olhos estáveis diante de movimentos do corpo e faz ajustes posturais, 
permitindo que seja mantido o equilíbrio mesmo após alterações súbitas do corpo no espaço. 
1º neurônio: núcleos vestibulares do bulbo. 
Levam aos neurônios motores os impulsos nervosos necessários à manutenção do equilíbrio a 
partir de informações que chegam a esses núcleos, vindas da parte vestibular do ouvido 
interno e do vestibulocerebelo. 
2º neurônio: coluna anterior da medula. 
 
TRATOS RETICULOESPINHAIS 
Determinam o grau adequado de contração dos músculos axiais e proximais dos membros, de 
modo a colocar o corpo em uma postura básica ou postura de partida, necessária à execução 
de movimentos delicados pela musculatura distal dos membros. 
 
Promovem a ligação de várias áreas formação reticular com os neurônios motores da medula. 
À essas áreas chegam informações de setores como o cerebelo e o córtex pré-motor. 
 
informações do cerebelo/córtex pré-motor > formação reticular do bulbo > neurônios motores 
da medula 
 
TRATO RETICULOESPINHAL PONTINO: aumenta os reflexos antigravitacionais da medula, 
facilitando os extensores e a manutenção da postura ereta. 
 
TRATO RETICULOESPINHAL BULBAR: libera os músculos antigravitacionais do controle reflexo. 
 
*Mesmo após lesão do trato corticoespinhal, a motricidade voluntária da musculatura 
proximal dos membros é mantida pelos tratos reticuloespinhais. 
o Vias ascendentes 
FASCÍCULO GRÁCIL E CUNEIFORME 
Via da propriocepção consciente, tato epicrítico, sensibilidade vibratória e 
estereognosia. 
1º neurônio: gânglio sensitivo. 
2º neurônio: núcleos grácil e cuneiforme do bulbo. 
FORMAM AS FIBRAS ARQUEADAS INTERNAS, CRUZAM NA DECUSSAÇÃO DOS 
LEMNISCOS DO BULBO E FORMAM O LEMNISCO MEDIAL. 
3º neurônio: núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. 
*Impulsos só se tornam conscientes no córtex. 
GRÁCIL: conduz impulsos provenientes dos membros inferiores e metade inferior 
do tronco. 
CUNEIFORME: conduz impulsos provenientes dos membros superiores e da metade 
superior do tronco. 
TRATO ESPINOTALÂMICO ANTERIOR 
Via da pressão e trato protopático. 
1º neurônio: gânglio sensitivo. 
2º neurônio: coluna posterior da medula. 
CRUZAM NA COMISSURA BRANCA DA MEDULA. 
Ao nível da ponte, as fibras desse trato se unem com as fibras do espinotalâmico 
lateral formando o lemnisco espinhal. 
3º neurônio: núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. 
*Impulsos tornam-se conscientes já em nível talâmico. 
 
TRATO ESPINOTALÂMICO LATERAL 
Via da sensibilidade térmica e dolorosa. 
1º neurônio: gânglio sensitivo. 
2º neurônio: coluna posterior da medula. 
CRUZAM NA COMISSURA BRANCA DA MEDULA. 
Ao nível da ponte, as fibras desse trato se unem com as fibras do espinotalâmico 
anterior formando o lemnisco espinhal. 
3º neurônio: núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. 
*Impulsos tornam-se conscientes já em nível talâmico. 
 
Junto dele sobem também as fibras espinorreticulares,que conduzem impulsos 
dolorosos. Essas fibras fazem sinapse na formação reticular do tronco encefálico, 
onde se originam as fibras reticulotalâmicas, constituindo a via espino-retículo-
talâmica. 
 
VIA ESPINO-RETÍCULO-TALÂMICA: dores do tipo crônico e difuso (dor em 
queimação). 
 
VIA ESPINOTALÂMICA: dor aguda e bem localizada da superfície corporal. 
 
TRATO ESPINOCEREBELAR POSTERIOR 
Via da propriocepção inconsciente. 
1º neurônio: gânglios espinhais. 
O prolongamento periférico desses neurônios liga-se aos receptores (fusos neuromusculares e 
órgãos neurotendinosos situados nos músculos e tendões) e o prolongamento central penetra 
na medula. 
2º neurônio: corno posterior da medula. 
Originam axônios que se dirigem para o funículo lateral do mesmo lado, sobem e penetram no 
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. 
3º neurônio: cerebelo. 
A via é homolateral. 
 
TRATO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR 
Informa grau de movimento. 
1º neurônio: gânglios espinhais. 
O prolongamento periférico desses neurônios liga-se aos receptores (fusos neuromusculares e 
órgãos neurotendinosos situados nos músculos e tendões) e o prolongamento central penetra 
na medula. 
2º neurônio: coluna posterior e substancia cinzenta intermédia. 
Originam axônios que, em sua maioria, cruzam para o funículo lateral do lado oposto, sobem, 
cruzam na medula novamente e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior. 
CRUZAM NA MEDULA 2 VEZES. 
A via é homolateral ou contralateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. COMPREENDER AS SÍNDROMES MEDULARES 
SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR (PARALISIA FLÁCIDA): 
Lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula ou dos núcleos motores dos 
nervos cranianos. 
- Hiporreflexia/Arreflexia 
- Hipotonia 
- Atrofia da musculatura inervada 
 
SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR (PARALISIA ESPÁSTICA): 
Lesão das áreas motoras do córtex cerebral ou do trato corticoespinhal. 
- Hiperreflexia 
- Hipertonia 
- Sinal de Babinski presente 
 Poliomielite 
O vírus destrói os neurônios motores da coluna anterior da medula, resultando numa 
síndrome do neurônio motor inferior (paralisia flácida). 
- Hiporreflexia/Arreflexia 
- Hipotonia 
- Atrofia da musculatura inervada 
Quando a destruição ocorre nos neurônios responsáveis pelo movimento respiratório, pode 
haver morte por insuficiência respiratória. 
 
 Esclerose lateral amiotrófica 
Perda progressiva de toda a motricidade voluntária por lesão dos neurônios motores alfa, sem 
alterar a sensibilidade. 
 
 Tabes dorsalis 
Consequência da neurossífilis, lesando as raízes dorsais e os fascículos grácil e cuneiforme. 
- Perda da propriocepção consciente, sensibilidade vibratória, estereognosia e tato epicrítico 
 
 Hemissecção da medula (síndrome de brown-séquard) 
 Ocorre a interrupção dos principais tratos que percorrem uma metade da medula. 
Sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão: 
- Lesão dos tratos corticoespinhais: síndrome do neurônio motor superior (paralisia espástica 
– hiperreflexia, hipertonia, sinal de Babinski presente) do mesmo lado da lesão 
- Lesão dos fascículos grácil e cuneiforme: perda da propriocepção consciente, sensibilidade 
vibratória, estereognosia e tato epicrítico do mesmo lado da lesão 
 
Sintomas que se manifestam do lado oposto ao da lesão: 
- Lesão do trato espinotalâmico lateral: perda da sensibilidade térmica e dolorosa do lado 
oposto ao da lesão 
- Lesão do trato espinotalâmico anterior: diminuição do tato protopático e da pressão do lado 
oposto ao da lesão 
 *as fibras da raiz dorsal, que levam essa sensibilidade, dão ramos ascendentes muito grandes, 
que emitem colaterais em várias alturas antes de fazer sinapse na coluna posterior e cruzar 
pro lado oposto. 
 
 Siringomielia 
Ocorre a formação de uma cavidade no canal central da medula destruindo a substância 
cinzenta intermédia central e a comissura branca. 
- Lesão do trato espinotalâmico lateral: perda da sensibilidade térmica e dolorosa nos braços 
(pois é mais comum nos níveis cervicais) 
- Lesão do trato espinotalâmico anterior: diminuição da pressão e tato protopático* 
Dissociação sensitiva: perda da sensibilidade térmica e dolorosa, com persistência da 
sensibilidade tátil, pois há preservação do fascículo grácil e cuneiforme. 
 
*As fibras mais inferiores são laterais, enquanto as mais superiores são mediais. 
 
 Transecção da medula 
Imediatamente o paciente entra em choque espinhal. 
Choque espinhal: perda total da sensibilidade, dos movimentos, do tônus dos músculos 
inervados, retenção de urina e de fezes e perda da função erétil. 
Após um tempo, o paciente apresenta uma liberação piramidal: 
- Hiperreflexia 
- Sinal de Babinski presente 
- Eliminação de urina e fezes passa a ser feita reflexamente, sem controle voluntário 
- Ereção só é possível com estimulação manual 
 
 Compressão da medula 
Ocorre em casos de tumor. 
- Lesão do trato corticoespinhal lateral: hemiparesia 
- Lesão do trato espinotalâmico lateral: perda da sensibilidade térmica e dolorosa 
*Quando um tumor comprime a medula de dentro para fora, as fibras originadas nos 
segmentos sacrais são lesadas por último ou são preservadas (preservação sacral). Quando um 
tumor comprime a medula de fora para dentro, essas fibras são lesadas em primeiro lugar. 
 
 Degeneração subaguda combinada da medula (anemia perniciosa) 
Ocorre por lesão de B12. 
- Lesão do funículo posterior: perda da sensibilidade vibratória, estereognosia, tato epicrítico 
e propriocepção consciente 
- Lesão do trato corticoespinhal: paresia do mesmo lado da lesão 
 
 Esquistossomose 
As veias do plexo venoso vertebral interno (espaço epidural) drenam para a cavidade 
abdominal, mas o aumento da pressão intrabadominal inverte o fluxo sanguíneo, levando o 
parasita/ovo eventualmente para a medula, causando mielite. 
 
 Cordotomia 
Secção cirúrgica do trato espinotalâmico lateral (perda da sensibilidade térmica e dolorosa do 
lado oposto ao da lesão). 
 
 Mielotomia da linha média 
Lesão das fibras responsáveis pela dor visceral de origem pélvica e abdominal, que se localizam 
num fascículo medial ao fascículo grácil. 
≠ LESÃO RADICULAR (Radiculopatia) 
Lesão de uma ou mais raízes nervosas. 
Dor distribuída ao longo dos 
dermátomos, sintomas sensitivos ao 
longo do mesmo dermátomo, 
fraqueza ao longo do miótomo 
correspondente, reflexos ausentes ou 
deprimidos. 
Causada por hérnia de disco, 
espondilose, infecções, neoplasias. 
 
 
 
 
 
10. COMPREENDER A ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPIA DO BULBO 
 
Diferenças do bulbo para a medula: 
1- Fragmentação da substância cinzenta no tronco encefálico, formando os núcleos dos 
nervos cranianos. 
2- Presença da formação reticular. 
Essas modificações do bulbo em relação à medula são devidas ao: 
- Aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo 
- Decussação das pirâmides (motora) 
- Decussação dos lemniscos (sensitiva) 
- Abertura do IV ventrículo 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA À DA MEDULA: são os núcleos dos nervos cranianos. 
 
 
 
 
 
Núcleo 
ambíguo 
 
 
 
 
Motor 
Saem as fibras 
eferentes dos IX 
(glossofaríngeo), X 
(vago) e XI 
(acessório) 
destinadas à 
musculatura da 
laringe e da faringe 
 
 
 
Profundamente 
no interior do 
bulbo 
 
 
 
Núcleo do 
hipoglosso 
 
 
 
 
 
Motor 
Saem as fibras 
eferentes para a 
musculatura da 
língua que 
emergem como 
nervo XII 
(hipoglosso) no 
sulco lateral 
 
 
 
 
 
Trígono do 
hipoglosso 
anterior do bulbo 
 
 
 
 
Núcleo dorsal 
do vago 
 
 
 
 
Motor 
pertencente ao 
parassimpático 
 
Saem os neurônios 
pré-ganglionares do 
nervo X (vago) 
 
Corresponde à 
coluna lateral da 
medula 
 
 
 
 
 
 
Trígono do 
vago 
 
 
 
 
 
Núcleos 
vestibulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sensitivo 
 
 
Recebem as fibras 
que entram na 
parte vestibular do 
VIII 
(vestibulococlear). 
 
*No bulbo estão 
apenasos núcleos 
vestibulares inferior 
e medial 
 
 
 
 
 
 
 
 
Área vestibular 
 
 
 
 
Núcleo do trato 
solitário 
 
 
 
 
Sensitivo 
Recebe fibras 
aferentes 
relacionadas à 
sensibilidade geral e 
gustativa da língua 
que entram nos VII 
(facial), IX 
(glossofaríngeo) e X 
(vago) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo do trato 
espinhal do 
nervo trigêmeo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sensitivo 
 
Recebe fibras 
eferentes 
relacionadas à 
sensibilidade de 
quase toda a cabeça 
pelos nervos V 
(trigêmeo), VII 
(facial), IX 
(glossofaríngeo, 
relacionado ao 
pavilhão e conduto 
auditivo externo) e 
 
X (vago) 
 
 
Núcleo 
salivatório 
inferior 
 Origina fibras que 
saem pelo nervo IX 
(glossofaríngeo) 
para inervação da 
parótida 
 
 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO BULBO 
 
 
Núcleos grácil e cuneiforme 
Saem fibras arqueadas internas 
que cruzam o plano mediano e 
formam o lemnisco medial 
 
 
 
 
Núcleo olivar inferior, acessório 
medial e dorsa 
Recebe fibras do córtex cerebral, 
da medula e do núcleo rubro. 
 
Liga-se ao cerebelo através das 
fibras olivocerebelares que 
cruzam o plano mediano e 
penetram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar inferior 
 
 SUBSTÂNCIA BRANCA 
É divida em: 
- FIBRAS ARQUEADAS/TRANSVERSAIS 
Internas: 
axônios dos neurônios do núcleo grácil e cuneiforme no trajeto entre estes núcleos e o 
lemnisco medial. 
fibras olivocerebelares que, do complexo olivar inferior, cruzam o plano mediano, penetrando 
no cerebelo do lado oposto, pelo pedúnculo cerebelar inferior. 
Externas: 
originam-se do núcleo cuneiforme acessório e penetram no cerebelo pelo pedúnculo 
cerebelar inferior. 
 
- FIBRAS LONGITUDINAIS 
Formam as vias ascendentes, descendentes e de associação do bulbo. 
o Vias de associação 
FASCÍCULO LONGITUDINAL MEDIAL 
- Liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos, sendo especialmente importantes suas 
conexões com os núcleos dos nervos III, IV e VI e da cabeça (núcleo da raiz espinhal do nervo 
acessório que inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo). 
- Recebe fibras dos núcleos vestibulares, trazendo impulsos que informam sobre a posição da 
cabeça. 
**Importante para a realização de reflexos que coordenam os movimentos da cabeça com os 
do olho. 
o Vias ascendentes 
LEMNISCO MEDIAL 
Formado pela junção do fascículo grácil e cuneiforme, terminando no tálamo. 
 
PEDÚNCULO CEREBELAR INFERIOR 
É um proeminente feixe de fibras ascendentes que percorrem as bordas do IV ventrículo até o 
nível dos recessos laterais, onde se fletem dorsalmente para penetrar no cerebelo. 
Constituído por: 
- Fibras olivocerebelares 
- Fibras do trato espinocerebelar posterior 
- Fibras arqueadas externas 
 
TRATO ESPINOTALÂMICO LATERAL 
TRATO ESPINOTALÂMICO ANTERIOR 
TRATO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR 
TRATO ESPINOCEREBELAR POSTERIOR 
o Vias descendentes 
TRATO TETOESPINHAL 
Envolvido em reflexos visuomotores, em que o corpo se orienta a partir de estímulos visuais. 
1º neurônio: colículo superior. 
*O colículo superior recebe fibras da retina e do córtex visual. 
2º neurônio: funículo anterior da medula cervical. 
Onde estão os neurônios motores responsáveis pelo movimento da cabeça. 
 
TRATOS VESTIBULOESPINHAIS 
Mantém a cabeça e os olhos estáveis diante de movimentos do corpo e faz ajustes posturais, 
permitindo que seja mantido o equilíbrio mesmo após alterações súbitas do corpo no espaço. 
1º neurônio: núcleos vestibulares do bulbo. 
Levam aos neurônios motores os impulsos nervosos necessários à manutenção do equilíbrio a 
partir de informações que chegam a esses núcleos, vindas da parte vestibular do ouvido 
interno e do vestibulocerebelo. 
2º neurônio: coluna anterior da medula. 
 
TRATO CORTICONUCLEAR 
Diferença do trato corticoespinhal: 
- transmite impulsos aos neurônios motores do tronco encefálico, e não da medula; 
- tem grande número de fibras homolaterais, pois a maioria dos músculos da cabeça está 
representado no córtex motor dos 2 lados. 
 
*Essa representação bilateral é mais acentuada nos grupos musculares que não podem ser 
contraídos voluntariamente de um lado só (ex: m. da laringe e da faringe). Por esse motivo, 
tais músculos não sofrem paralisia quando o trato corticonuclear é interrompido de um só 
lado. Entretanto, pode haver um enfraquecimento dos movimentos da língua, cuja 
representação no córtex cerebral é predominantemente heterolateral . 
 
1º neurônio: córtex cerebral. 
Passam pelo joelho da cápsula interna e descem pelo tronco encefálico, associadas ao trato 
corticoespinhal. 
2º neurônio: formação reticular. 
3º neurônio: núcleos motores dos nervos cranianos (no bulbo, terminam no núcleo ambíguo e 
núcleo do hipoglosso). 
 
TRATO ESPINHAL DO NERVO TRIGÊMEO 
Constituído por fibras sensitivas que penetram na ponte pelo nervo V (trigêmeo) e descem até 
chegar no núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo. O número de suas fibras diminui à 
medida que elas vão terminando no núcleo do trato espinhal. 
 
TRATO SOLITÁRIO 
Formado por fibras aferentes viscerais, que penetram no tronco encefálico pelos nervos VII, IX 
e X e descem até o núcleo do trato solitário. 
 
TRATOS RETICULOESPINHAIS 
TRATO CORTICOESPINHAL LATERAL 
TRATO CORTICOESPINHAL ANTERIOR 
TRATO RUBROESPINHAL 
 
Formação reticular do bulbo: 
- centro vasomotor 
- centro respiratório 
- centro do vômito 
11. CONHECER AS SÍNDROMES BULBARES 
 Lesão da base do bulbo 
Lesão da pirâmide e do nervo hipoglosso: 
- Lesão do trato corticoespinhal (está na pirâmide): hemiparesia do lado oposto ao da lesão. 
- Lesão do nervo hipoglosso (XII): paralisia dos músculos da hemilíngua do mesmo lado da 
lesão, com síndrome do neurônio motor inferior (atrofia desses músculos). 
 
 
 
 Síndrome de Wallemberg 
Ocorre pela trombose da artéria cerebelar inferior posterior. 
- Lesão do pedúnculo cerebelar inferior: incoordenação dos movimentos do mesmo lado da 
lesão 
Na protrusão da língua, a língua desvia para o lado DA LESÃO!!! 
 
- Lesão do trato espinhal do trigêmeo e seu núcleo: perda da sensibilidade térmica e dolorosa 
na hemiface do mesmo lado da lesão 
- Lesão do trato espinotalâmico lateral: perda da sensibilidade térmica e dolorosa no 
hemicorpo do lado oposto ao da lesão 
- Lesão do núcleo ambíguo: disfagia e disfonia por paralisia dos músculos da laringe e da 
faringe 
12. COMPREENDER A ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPIA DA PONTE 
 
 
Formada por uma base e um tegmento que são separados pelo corpo trapezoide. 
› BASE DA PONTE 
É constituída por: 
FIBRAS LONGITUDINAIS 
Fibras que formam os tratos. 
 
TRATO CORTICOESPINHAL 
Na base da ponte, o trato corticoespinhal forma vários feixes dissociados, não tendo a 
estrutura compacta que apresenta nas pirâmides do bulbo. 
 
TRATO CORTICONUCLEAR 
No caso da ponte, as fibras vão sair do córtex e terminar nos neurônios motores dos núcleos 
do facial (VII), trigêmeo (V) e abducente (VI), podendo em terminar em núcleos do mesmo 
lado e do lado oposto. 
 
TRATO CORTICOPONTINO 
Fibras que saem do córtex e se dirigem para os núcleos pontinos. 
 
 
 
NÚCLEOS PONTINOS 
Neles terminam as fibras corticopontinas (trato corticopontino). Os axônios dos neurônios dos 
núcleos pontinos constituem as fibras transversais da ponte (fibras pontinas ou 
pontocerebelares). 
 
FIBRAS TRANSVERSAIS (PONTINAS/PONTOCEREBELARES) 
Essas fibras cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio. 
› TEGMENTO DA PONTE 
Constituída por: 
- Fibras ascendentes, descendentes e transversais; 
- Substância cinzenta homóloga à da medula (são os núcleos dos nervos cranianos V, VI, VII e 
VIII); 
- Substância cinzenta própria da ponte; 
- Formação reticular da ponte. 
 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA À DA MEDULA 
Núcleos do trigêmeo (V) Sensibilidade dos 2/3 anteriores da cabeça. 
Dele (núcleo sensitivo principal) saem fibras 
que formam o lemnisco trigeminal. 
Núcleodo abducente (VI) As fibras que saem do nervo facial (VII) 
contornam o núcleo do nervo abducente (VI) 
formando o joelho interno do nervo facial e, 
por fora, o colículo facial. 
 
Núcleo do facial (VII) 
 
 
 
 
 
 
Núcleo do vestibulococlear (VIII) 
Núcleos cocleares: recebem as fibras da 
parte coclear do VIII. A maioria das fibras 
originadas nesse núcleo cruza para o lado 
oposto formando o corpo trapezoide e 
sobem para formar o lemnisco lateral. Outra 
parte das fibras termina do núcleo olivar 
superior. 
 
Núcleos vestibulares: recebem as fibras da 
parte vestibular do VIII. As fibras originadas 
nesse núcleo compõe: fascículo 
vestibulocerebelar, fascículo longitudinal 
medial, trato vestibuloespinhal e fibras 
vestibulotalâmicas. 
 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DA PONTE: 
Núcleos pontinos Saem fibras que constituem as fibras 
transversas da ponte que cruzam o plano 
mediano e entram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar médio. 
 
Participam da via córtico-ponto-cerebelar. 
Núcleo olivar superior É um núcleo da via auditiva, envolvido na 
localização do som. Recebe fibras 
provenientes dos núcleos cocleares e envia 
fibras para o colículo inferior ipsilateral, 
através do lemnisco lateral. 
Núcleo do corpo trapezoide Formado por fibras provenientes dos núcleos 
cocleares que cruzam o plano medial e se 
infletem cranialmente para formar o 
lemnisco lateral. 
Núcleo do lemnisco lateral Pertence à via auditiva, é composto por fibras 
que saem dos núcleos cocleares e que farão 
sinapse no colículo inferior, no mesencéfalo. 
 
 SUBSTÂNCIA BRANCA 
LEMNISCO LATERAL 
Formado pelas fibras que saem dos núcleos cocleares e formam o corpo trapezoide (via 
auditiva). 
 
LEMNISCO TRIGEMINAL 
Formado pelas fibras trigeminais. 
 
LEMNISCO MEDIAL 
Formado pela junção do fascículo grácil e cuneiforme. 
 
LEMNISCO ESPINHAL 
Formado pela junção do trato espinotalâmico anterior e lateral. 
 
PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR 
Formado por fibras que saem do cerebelo, entram no tegmento da ponte e, já no limite com o 
mesencéfalo, começam a se cruzar com as do lado oposto, formando a decussação dos 
pedúnculos cerebelares superiores. 
 
Formação reticular da ponte: 
- centro da deglutição 
- centro do olhar conjugado na horizontal (parabducente) 
- centro da mastigação 
- locus ceruleus: contém neurônios ricos em noradrenalina 
- núcleos da rafe: contém neurônios ricos em serotonina 
13. CONHECER AS SÍNDROMES PONTINAS 
 Lesões do nervo facial (VII): 
o nervo facial origina-se do seu núcleo situado na ponte, emerge do sulco bulbo-pontino, 
penetra no osso temporal pelo meato acústico e interno e sai do crânio pelo forame 
estilomastoideo, para inervar os músculos mímicos. 
 
PARALISIA PERIFÉRICA PARALISIA CENTRAL 
Lesão do nervo ou do núcleo do nervo facial Lesão do córtex ou do trato corticonuclear 
Hemiface inteira do mesmo lado da lesão Parte inferior da face do lado oposto ao da 
lesão 
*Se o paciente consegue enrugar a testa, a paralisia é central. 
*Há lesão também do músculo responsável pelo fechamento da pálpebra. Como o músculo 
elevador da pálpebra (inervado pelo oculomotor) está normal, a pálpebra permanece aberta, 
predispondo o olho a lesões e infecções. 
*Reflexo corneano abolido. 
 
 
 
 
 
**As lesões do nervo facial antes de sair do forame estilomastoideo, associam-se ao nervo 
intermédio. Neste caso, há perda da sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores da língua. 
**As lesões do nervo facial antes de sair do forame estilomastoideo, associam-se à um de seus 
ramos que inerva o músculo responsável pelo controle da audição, levando a uma hiperacusia. 
A comissura labial desvia para o lado oposto ao DA PARALISIA!!! 
 
 
 Lesão da base da ponte (Síndrome de Millard-Gubler) 
Lesão do trato corticoespinhal e nervo abducente (síndrome alterna). 
- Lesão do trato corticoespinhal: hemiparesia do lado oposto ao da lesão 
- Lesão do nervo abducente (VI): paralisia do músculo reto lateral do mesmo lado da lesão, 
diplopia, estrabismo covergente. O movimento dos 2 olhos deixa de ser conjugado. 
A lesão pode se estender até o nervo facial, resultando numa paralisia periférica. 
 
 Lesão da ponte ao nível da emergência do nervo trigêmeo (V): 
Lesão do trato corticoespinhal e do nervo trigêmeo. 
- Lesão do trato corticoespinhal: hemiplegia do lado oposto ao da lesão, com síndrome do 
neurônio superior 
- Lesão do nervo trigêmeo: paralisia dos músculos da mastigação do lado da lesão, anestesia 
da face do mesmo lado da lesão e perda do reflexo corneano 
 
 
A lesão pode se estender até o lemnisco medial, levado à perda da propriocepção consciente, 
tato epicrítico, sensibilidade vibratória e estereognosia do lado oposto ao da lesão. 
14. ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DO MESENCÉFALO 
 
 
A mandíbula desvia para o lado DA LESÃO!! 
 
 
 
Está situado entre a ponte e o diencéfalo. 
É constituído pelo teto do mesencéfalo e pelos pedúnculos cerebrais, separados pelo 
aqueduto cerebral (une o III ao IV ventrículo), circundado pela substancia cinzenta central. 
› TETO DO MESENCÉFALO 
Apresenta 4 eminências (corpos quadrigêmeos): 
- 2 colículos superiores: se ligam aos corpos geniculados laterais e fazem parte da via óptica. 
*Lesão dos colículos superiores podem causar perda do olhar conjugado no sentido vertical, 
porque existem fibras ligando o colículo superior ao núcleo do nervo oculomotor. 
 
- 2 colículos inferiores: recebe as fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral e se ligam 
aos corpos geniculados mediais, fazendo parte da via auditiva. Algumas fibras auditivas 
cruzam constituindo a comissura do colículo inferior. 
 
- Área pré- tectal: relaciona-se com o controle reflexo das pupilas. 
› PEDÚNCULO CEREBRAL 
É dividido pela substância negra em base do pedúnculo e tegmento do pedúnculo. 
 
 formado pelos tratos corticoespinhal, corticonuclear e corticopontino. 
*Lesões de base do pedúnculo cerebral causam paralisias do lado oposto ao da lesão. 
 
 é a continuação do tegmento da ponte. É constituída por: 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA À DA MEDULA 
 
 
 
 
Núcleo do nervo troclear (IV) 
Suas fibras contornam a substância cinzenta 
central, cruzam com a do lado oposto e 
emergem do véu medular superior. Inerva o 
músculo obliquo superior. 
 
*Únicas fibras que saem da face dorsal do 
Base do Pedúnculo: 
Tegmento do Pedúnculo: 
encéfalo e que cruzam antes de sair do 
tronco encefálico. 
Núcleo do nervo oculomotor (III) É divido em parte somática (inerva músculos 
reto superior, reto medial, reto inferior e 
levantador da pálpebra) e parte visceral 
(inerva músculo ciliar e músculo esfíncter da 
pupila). 
Núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo 
(V) 
Recebe as informações proprioceptivas que 
entram pelo nervo trigêmeo. 
 
 
- SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO MESENCÉFALO 
 
 
Núcleo rubro 
Participa do controle da motricidade 
somática. Recebe fibras do cerebelo e do 
córtex, dando origem ao trato rubroespinhal 
(termina nos neurônios motores da medula 
responsáveis pela motricidade voluntária da 
musculatura distal dos membros). 
 
 
Substância negra 
É formada por neurônios que contêm 
melanina e são ricos em dopamina. Fazem 
conexão com o corpo estriado e sua 
degeneração pode levar à doença de 
Parkinson. 
Substância cinzenta central (periaquedutal) É importante na regulação da dor. 
 
 SUBSTÂNCIA BRANCA 
Formada pelas vias ascendentes que continuam da ponte (lemnisco medial, lemnisco lateral, 
lemnisco espinhal, lemnisco trigeminal e pedúnculo cerebelar superior). 
 
PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR 
Ao nível do colículo inferior, cruza com o do lado oposto, na decussação do pedúnculo 
cerebelar superior e sobe, envolvendo o núcleo rubro. 
 
LEMNISCOS 
Ao nível do colículo inferior, os 4 lemniscos já cruzados aparecem agrupados em uma só faixa. 
*O lemnisco lateral, pertencenteàs vias auditivas, termina no núcleo do coliculo inferior, 
enquanto os demais sobem. 
 
FASCÍCULO LONGITUDINAL MEDIAL 
Presente em toda a extensão do tegmento mesencefálico. 
 
Formação reticular do mesencéfalo: 
- Núcleos da rafe: contem neurônios ricos em serotonina. 
- Locus ceruleus: contem neurônios ricos em noradrenalina. 
- Área tegmentar ventral: contem neurônios ricos em dopamina 
 
15. SÍNDROMES DE PARINAUD, WEBER E BENEDIKT 
 Lesão da base do mesencéfalo (Síndrome De Weber) 
Lesão do trato corticoespinhal e do nervo oculomotor (III). 
- Lesão do trato corticoespinhal: hemiparesia do lado oposto ao da lesão 
- Lesão do nervo oculomotor: impossibilidade de mover o globo ocular, diplopia, estrabismo 
divergente, ptose palpebral, midríase do mesmo lado da lesão 
 
 Lesão do tegmento do mesencéfalo 
Lesão do nervo oculomotor, do núcleo rubro e dos lemniscos medial, espinhal e trigeminal. 
- Lesão do nervo oculomotor: impossibilidade de mover o globo ocular, diplopia, estrabismo 
divergente, ptose palpebral, midríase do mesmo lado da lesão 
- Lesão do núcleo rubro: tremores do lado oposto ao da lesão 
- Lesão dos lemniscos espinhal, medial e trigeminal: anestesia da metade do corpo e da face 
do lado oposto ao da lesão 
 
 Síndrome de Parinaud 
Causada por tumores da glândula pineal que comprime o colículo superior. 
- Lesão do colículo superior: paralisia do olhar conjugado para cima 
Pode causar obstrução do aqueduto cerebral levando à hidrocefalia e paralisia ocular 
decorrente da compressão dos núcleos dos nervos oculomotor e troclear. 
 
16. REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO, CONSENSUAL 
REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO: 
1. Olho estimulado com feixe de luz. 
2. Impulso nervoso originado na retina é conduzido pelo nervo óptico > quiasma óptico > 
trato óptico > corpo geniculado lateral. 
3. Ao contrário das fibras da visão, as fibras ligadas a esse reflexo não fazem sinapse no 
corpo geniculado lateral, mas ganham o braço do colículo superior. 
4. As fibras terminam na área pré-tectal. 
5. Da área pré-tectal saem fibras que terminam fazendo sinapse com os neurônios do 
núcleo de Edinger-Westphal. 
6. Do núcleo de Edinger Westphal saem fibras pré-ganglionares que, pelo nervo 
oculomotor (III), vão para o gânglio ciliar. 
7. Do gânglio ciliar saem fibras pós-ganglionares que terminem no músculo esfíncter da 
pupila, determinando sua contração. 
 
Luz > Retina > Nervo óptico > Quiasma óptico > Trato óptico > Corpo geniculado lateral > Braço 
do colículo superior > Área pré-tectal > Núcleo de Edinger-Westphal > Nervo oculomotor (III) > 
Gânglio ciliar > Músculo esfíncter da pupila > Contração da pupila 
 
REFLEXO CONSENSUAL: 
O impulso nervoso cruza para o outro lado no quiasma óptico e na comissura posterior 
(através de fibras que, da área pré-tectal de um lado vão para o núcleo de Edinger-Westphal 
do outro). 
 
*Ausência do reflexo fotomotor em um paciente inconsciente indica lesão no mesencéfalo. 
 
Apenas resposta consensual: lesão da via eferente do olho estimulado. 
Lesão unilateral do nervo óptico: se a luz incidir sobre o olho cego, não há resposta em 
nenhum dos olhos. Mas, se a luz incidir sobre o olho contralateral, há resposta dos 2 olhos. 
 
 
 
17. COMPREENDER A OFTALMOPLEGIA, OFTALMOPLEGIA TOTAL E OFTALMOPLEGIA 
INTERNUCLEAR 
Oftalmoplegia total: lesão na fissura orbitária superior ou no seio cavernoso, lesando o III, IV e 
VI nervos cranianos. O olho não desvia para nenhum lado. 
 
Oftalmoplegia internuclear: lesão do fascículo longitudinal medial (liga o III ao VI). 
O fascículo longitudinal medial é formado por fibras que unem os núcleos vestibulares e os 
núcleos da motricidade ocular, permitindo que haja coordenação entre os movimentos da 
cabeça e dos olhos. 
- Preservação da movimentação extrínseca do olho, mas ao olhar lateralmente, o paciente 
apresenta diplopia. 
- Ausência de adução do mesmo lado da lesão e nistagmo do olho oposto que abduz. 
 
18. ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPIA DO HIPOTÁLAMO 
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo. 
O fórnix, divide o hipotálamo em: 
- Área medial: rico em substância cinzenta e onde estão os principais núcleos. 
- Área lateral: percorrida pelo feixe prosencefálico medial (fibras que estabelecem conexões 
entre a área septal e a formação reticular do mesencéfalo, nos 2 sentidos). 
 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Dividida em núcleos. 
 
Aréa pré-óptica 
Órgão vascular da lâmina terminal 
Núcleo pré-óptico medial 
Núcleo pré-óptico lateral 
Núcleo pré-óptico ventrolateral 
 
Hipotálamo supraóptico 
Núcleo supra quiasmático 
Núcleo supraóptico 
Núcleo paraventricular 
 
Hipotálamo tuberal 
Núcleo dorsomedial 
Núcleo ventromedial 
Núcleo arqueado (infundibular) 
 
Hipotálamo mamilar 
Núcleos mamilares 
Núcleo túberomamilar 
Núcleo posterior 
 
 Conexões do hipotálamo 
› CONEXÃO COM O SISTEMA LÍMBICO 
a) Hipocampo: liga-se pelo fórnix aos núcleos mamilares do hipotálamo, de onde os 
impulsos seguem para o núcleo anterior do tálamo através do fascículo 
mamilotalâmico, fazendo parte do Circuito de Papez, ou seguem para a formação 
reticular do mesencéfalo pelo fascículo mamilotegmentar. 
b) Corpo amigdaloide: fibras dos núcleos do corpo amigdaloide chegam ao hipotálamo 
através da estria terminal. 
c) Área septal: liga-se através de fibras do feixe prosencefálico medial. 
 
 
› CONEXÕES COM A ÁREA PRÉ-FRONTAL 
Mantém conexões com o hipotálamo diretamente ou através do núcleo dorsomedial do 
tálamo. 
 
› CONEXÕES VISCERAIS 
O hipotálamo mantem conexões aferentes e eferentes com os neurônios da medula e do 
tronco encefálico. 
a) Conexões viscerais aferentes: recebe informações sobre a atividade das vísceras, 
através das fibras solitário-hipotalâmicas (liga o núcleo do trato solitário ao 
hipotálamo). 
*O trato solitário recebe toda a sensibilidade visceral, tanto geral como especial (gustação) 
pelos nervos facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X). 
b) Conexões viscerais eferentes: controla o SNA. As conexões diretas se fazem através 
das fibras hipotálamo-espinhais e as indiretas se fazem através da formação reticular e 
tratos reticuloespinhais. 
 
› CONEXÕES COM A HIPÓFISE 
O hipotálamo tem apenas conexões eferentes com a hipófise. 
a) Trato hipotálamo-hipofisário: é formado por fibras que se originam no núcleo 
supraóptico e paraventricular e terminam na neuro-hipófise. Essas fibras transportam 
ADH e ocitocina. 
b) Trato túbero-infundibular (túbero-hipofisário): é formado por fibras que se originam 
no núcleo arqueado e terminam na eminência mediana e na haste infundibular. Essas 
fibras transportam os hormônios ativadores ou inibidores da secreção de hormônios 
pela adeno-hipófise. 
 
› CONEXÕES SENSORIAIS 
O hipotálamo recebe informações das áreas erógenas, como os mamilos e órgãos genitais, 
além de ter conexões com o córtex olfatório e com a retina (trato retino-hipotalâmico). 
 
 Funções do hipotálamo 
CONTROLE DO SNA 
Hipotálamo anterior: controla o sistema parassimpático. 
Hipótalamo posterior: controla do sistema simpático. 
 
REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
O hipotálamo é informado da temperatura corporal principalmente por neurônios que 
funcionam como termoceptores. Dessa forma, o hipotálamo é capaz de detectar as variações 
de temperatura do sangue que por ele passa e ativas os mecanismos de perda ou de 
conservação do calor. 
Hipotálamo anterior: centro da perda do calor. Vasodilatação periférica e sudorese. 
*Lesão do hipotálamo anterior causa elevação incontrolável da temperatura (febre central), 
quase sempre fatal. 
Hipotálamo posterior: centro da conservação do calor. Vasoconstrição periférica, tremores 
musculares (calafrios) e liberação do hormônio tireoidiano. 
 
REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Pertence ao sistema límbico. 
 
REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDROSSALINO E DA PRESSÃO ARTERIAL 
Os neurônios dos núcleossupraóptico e paraventriculares recebem informações do órgão 
vascular da lâmina terminal e do órgão subfornicial. Nesses órgãos não existe barreira 
hematocefálica, o que permite detectar a osmolaridade do sangue (órgão vascular da lâmina 
terminal) e os níveis circulantes de angiotensina II (órgão subfornicial). Em casos de diminuição 
da pressão, esses neurônios sintetizam ADH que será liberado pela neuro-hipófise. 
 
Outro mecanismo inclui os barorreceptores que percebem alterações da PA e transmitem aos 
núcleos do trato solitário, pelo nervo vago (X). Os núcleos do trato solitário conectam-se com 
os núcleos paraventricular e supraóptico e com neurônios da área pré-óptica. Quando detecta-
se diminuição da pressão, há secreção de ADH (vasoconstrição e reabsorção de sódio e água). 
Quando detecta-se hiponatremia, há secreção de ACTH pela hipófise (secreção de aldosterona 
pela suprarrenal, reabsorvendo sódio). 
 
Hipotálamo lateral: centro da sede devido à informações que recebe do órgão subfornicial. 
 
REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS 
Hipotálamo lateral: centro da fome. 
Núcleo ventromedial do hipotálamo: centro da saciedade. 
*Lesões da área lateral do hipotálamo causa anorexia e lesão do núcleo ventromedial causa 
hiperfagia. 
 
Outro mecanismo inclui a leptina (secretado pelos adipócitos) que informa ao núcleo arqueado 
do hipotálamo a abundância de gordura existente no corpo e o hipotálamo libera o hormônio 
alfa-melanócito-estimulante, responsável pela saciedade. 
 
REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO 
 Hipotálamo e neuro-hipófise 
O ADH e a ocitocina são sintetizados pelos neurônios dos núcleos supraóptico e 
paraventricular do hipotálamo e são transportados pelo trato hipotálamo-hipofisário até a 
neuro-hipófise, onde são liberados. 
 
Hipotálamo e adeno-hipófise 
O hipotálamo regula a secreção dos hormônios da adeno-hipófise (ACTH, TSH, FSH, LH, GH, 
MSH e prolactina) através de uma conexão nervosa e outra vascular. 
 
Conexão nervosa: neurônios do núcleo arqueado secretam substâncias ativas que descem pelo 
trato túbero-infundibular. 
Conexão vascular: se faz atrás do sistema porta-hipofisário. 
 
O hipotálamo é sensível a ação dos hormônios circulantes que, por retroalimentação, regulam 
sua secreção. 
 
GERAÇÃO E REGULAÇÃO DE RITMOS CIRCADIANOS 
O principal marca-passo situa-se no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, responsável pela 
maioria dos ritmos circadianos, inclusive os de sono-vigília. 
O núcleo supraquiasmático recebe informações sobre a luminosidade do meio ambiente 
através do trato retino-hipotálamo, sincronizando o ritmo natural de dia e noite com os ritmos 
circadianos de todos os relógios biológicos. 
 
Os relógios biológicos encontram-se nos núcleos supraóptico e arqueado, responsáveis pelos 
ritmos circadianos dos hormônios hipofisários. 
 
 
 
 
REGULAÇÃO DO SONO E DA VIGÍLIA 
A geração e sincronização deste ritmo inicia-se no núcleo supraquiasmático, que recebe 
informações do trato retino-hipotalâmico, e é repassado ao núcleo pré-óptico ventrolateral e 
aos neurônios orexinérgicos do hipotálamo lateral. 
Os neurônios do núcleo pré-óptico ventrolateral inibem os neurônios monoaminérgicos do 
sistema ativador, resultando em sono. Ao final do período de sono, sob ação do núcleo 
supraquiasmático, essa inibição cessa e começa a ação excitatória do neurônio orexinérgico 
sobre os neurônios deste sistema, iniciando a vigília. 
 
Os neurônios orexinérgicos também tem ação inibitória sobre os neurônios colinérgicos do 
núcleo pedúnculo-pontino, responsáveis pelo sono REM. 
 
INTEGRAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL 
A excitação está ligada diretamente aos 2 núcleos pré-ópticos. 
A ereção e a ejaculação dependem do SNA, regulado pelo hipotálamo. 
 
19. FISIOLOGIA E PATOLOGIAS RELACIONADAS AO HIPOTÁLAMO 
 Diabetes insípidus 
O ADH é sintetizado no núcleo supraóptico e uma lesão diminui essa produção hormonal. 
Sinais e sintomas: 
- Poliúria; 
- Polidipsia; 
- Nictúria; 
- Enurese (excreção involuntária de urina durante o sono); 
- Urina de cor pálida, incolor e de aparência aquosa. 
Causas: 
Quantidade insuficiente de ADH: diabetes insipidus central. 
Falha da resposta renal à ADH: diabetes insipidus nefrogênico. 
 
 Puberdade precoce 
Lesões hipotalâmicas que se instalam antes de 9 anos podem determinar produção excessiva 
de fatores de liberação de hormônios gonadotróficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. COMPREENDER A ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DO DIENCÉFALO 
 
O diencéfalo compreende: 
- tálamo 
- epitálamo 
- subtálamo 
- hipotálamo 
 
III VENTRÍCULO: se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos 
laterais pelos forames interventriculares (de Monro). Estruturas: 
- Sulco hipotalâmico: 
 Acima – tálamo 
 Abaixo – hipotálamo 
- Aderência intertalâmica: une os 2 tálamos 
- Quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo, corpos mamilares: formam o assoalho do III 
ventrículo e pertencem ao hipotálamo. 
- Estrias medulares do tálamo: onde se insere a tela corioide. 
- Tela corioide: forma o teto do III ventrículo. 
- Plexos corioides do III ventrículo: são contínuos com os plexos corioides dos ventrículos 
laterais. 
- Lâmina terminal: forma a parede anterior do III ventrículo e une os 2 hemisférios. 
a) TÁLAMO 
São 2 massas volumosas de substância cinzenta. 
*O corpo geniculado lateral faz parte da via óptica e o medial faz parte da via auditiva 
 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Se distinguem vários núcleos. 
 
 
 
GRUPO ANTERIOR 
 
 
Situados no 
tubérculo 
anterior do 
tálamo 
Recebem fibras 
dos núcleos 
mamilares pelo 
fascículo 
mamilotalâmico e 
projetam fibras 
para o córtex, 
integrando o 
Circuito de Papez 
Memória 
 
 
 
 
 
 
GRUPO 
POSTERIOR 
 
Pulvinar 
Conexões 
recíprocas com o 
córtex cerebral 
Processos de 
atenção seletiva 
 
 
Corpo 
geniculado 
medial 
Recebe fibras 
provenientes do 
colículo inferior ou 
diretamente do 
lemnisco lateral e 
projeta fibras para 
a área auditiva do 
córtex 
Via auditiva 
 
 
Corpo 
geniculado 
lateral 
Recebe fibras da 
retina pelo trato 
óptico e projeta 
fibras para a área 
visual do córtex 
pelo trato 
geniculo-calcarino 
Via óptica 
GRUPO MEDIANO Situados 
próximo à 
aderência 
intertalâmica 
Conexões com o 
hipotálamo 
Funções 
viscerais 
 
 
 
 
 
GRUPO MEDIAL 
Núcleos 
intralaminares 
(principalmente 
núcleo 
centromediano) 
Recebem fibras da 
formação reticular 
Integram o 
Sistema 
Ativados 
Reticular 
Ascendente 
(SARA) 
 
Núcleo 
dorsomedial 
Recebe fibras do 
corpo amigdaloide 
e tem conexões 
recíprocas com a 
área pré-frontal 
Comportamento 
emocional 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo ventral 
anterior 
Recebe fibras do 
globo pálido e 
projeta fibras para 
as áreas motoras 
do córtex cerebral 
Planejamento e 
execução da 
motricidade 
somática 
 Recebe fibras do Via cerebelo-
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO LATERAL 
Núcleo ventral 
lateral 
cerebelo e projeta 
fibras para as 
áreas motoras do 
córtex cerebral 
tálamo-cortical 
 
Núcleo ventral 
posterolateral 
Recebe fibras dos 
lemniscos medial 
e espinhal e 
projeta fibras para 
o córtex cerebral 
Vias sensitivas 
 
 
 
Núcleo ventral 
posteromedial 
Recebe fibras do 
lemnisco 
trigeminal e 
projeta fibras para 
a área 
somestésica e 
para a área 
gustativa do 
córtex 
Via sensitiva 
(sensibilidade 
somática geral 
de parte da 
cabeça e fibras 
gustativas do 
núcleo do trato 
solitário) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo reticular 
É atravessado 
pelas fibras 
tálamo-corticais 
que passam pela 
cápsula interna e 
que, ao atravessá-
lo, dão ramos 
colaterais que 
nele estabelecem 
sinapse. 
*Utiliza GABA 
como 
neurotransmissor 
*Não tem conexão 
direta com o 
córtex, e sim com 
outros núcleos 
talâmicos 
Modula a 
atividade dos 
núcleos 
talâmicos, 
atuando como 
um porteiro que 
barra ou deixa 
passar 
informações 
para o córtex 
cerebral 
 
 Relações tálamo-corticaisO tálamo é um elo essencial entre os receptores sensoriais (exceto olfação) e o córtex cerebral. 
Através do núcleo reticular ele age como comporta, facilitando ou impedindo a passagem de 
informações para o córtex. 
Todos os núcleos talâmicos (exceto o núcleo reticular) tem conexões recíprocas com o córtex. 
Essas fibras que conectam-se (talamocorticais e corticotalâmicas), constituem grande parte da 
cápsula interna. 
 
- NÚCLEOS TALÂMICOS ESPECÍFICOS: sua estimulação evoca potenciais apenas em certas 
áreas específicas do córtex. 
Ex: núcleo ventral posterolateral, corpo geniculado medial. 
 
- NÚCLEOS TALÂMICOS INESPECÍFICOS: sua estimulação evoca potenciais em áreas muito 
extensas do córtex cerebral e não apenas em áreas específicas. 
Recebem muitas fibras da formação reticular e o SARA exerce sua ação sobre o córtex através 
desses núcleos. 
Ex: núcleos intralaminares (principalmente núcleo centromediano). 
 Funções do tálamo 
SENSIBILIDADE 
Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, param em núcleo talâmico (exceto os 
impulsos olfatórios). O tálamo tem papel de distribuir às áreas específicas do córtex, 
integrando e modificando, impulsos que recebe das vias sensoriais. 
 
MOTRICIDADE 
Relaciona-se com a motricidade através dos núcleos ventral anterior e ventral lateral que 
fazem parte, respectivamente, dos circuitos palidocorticais e cerebelocorticais. 
 
COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Relaciona-se com o comportamento emocional através do núcleo dorsomedial com suas 
conexões com a área pré-frontal. 
 
MEMÓRIA 
Relaciona-se com a memória através do núcleo do grupo anterior e suas conexões com os 
núcleos mamilares no hipotálamo. 
 
ATIVAÇÃO DO CÓRTEX 
Relaciona-se com a ativação do córtex através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas 
conexões com a formação reticular, fazendo parte do SARA. 
b) EPITÁLAMO 
Estruturas: 
Comissura posterior: situa-se no ponto em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é 
considerada o limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. Prende a glândula pineal. 
Habênulas: participa da regulação dos níveis de dopamina na via mesolímbica. 
Comissura das habênulas: interpõe-se entre os trígonos da habênula. Prende a glândula 
pineal. 
Trígonos da habênula: situados entre a glândula pineal e o tálamo. 
Glândula pineal: repousa sobre o teto mesencefálico. 
 
 
 
 Glândula pineal 
- Secreção de melatonina: 
É produzida pelos pinealócitos e o processo de síntese é ativado pela noradrenalina. 
Durante o dia: níveis de melatonina na pineal e na circulação são muito baixos. 
Durante a noite: níveis de melatonina circulante aumentam. 
**Dessa forma, a concentração de melatonina no sangue obedece a um ritmo circadiano, com 
pico durante a noite. 
 
- Funções da pineal: 
FUNÇÃO ANTIGONADOTRÓPICA: 
Tem efeito inibidor sobre as gônadas via hipotálamo. Puberdade precoce ocorre em casos de 
tumores da pineal de crianças, quando há a destruição dos pinealócitos, cessando assim a ação 
frenadora que a pineal tem sobre as gônadas. 
 
SINCRONIZAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO DE VIGÍLIA-SONO: 
O ritmo vigília-sono é sincronizado com o ciclo dia-noite pelo núcleo supraquiasmático que, 
para isso, recebe informações sobre a luminosidade do ambiente pelo trato retino-
hipotalâmico. 
A melatonina age diretamente sobre os neurônios do núcleo supraquiasmático. 
 
REGULAÇÃO DA GLICEMIA: 
A melatonina inibe a secreção de insulina pelas células-beta das ilhotas pancreáticas. 
 
REGULAÇÃO DA MORTE CELULAR POR APOPTOSE: 
A melatonina inibe o aparecimento de células em apoptose, enquanto os corticoides ativam 
esse processo. 
*Nas células cancerosas, a melatonina aumenta a apoptose, contribuindo para a regressão de 
certos tipos de tumores. 
 
AÇÃO ANTIOXIDANTE: 
A melatonina não só remove os radicais livres, como também aumenta a capacidade 
antioxidante das células. 
 
REGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNITÁRIO: 
A melatonina aumenta as respostas imunes agindo sobre as células do baço, timo, medula 
óssea, macrófagos, neutrófilos e células T. 
c) SUBTÁLAMO 
Algumas estruturas mesencefálicas estendem-se até o subtálamo, como: núcleo rubro, 
substância negra e formação reticular (zona incerta do subtálamo). 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
 
 
Núcleo subtalâmico 
Tem conexões 
recíprocas com o globo 
pálido através do 
circuito pálido-
subtálamo-palidal 
Regulação da 
motricidade 
somática 
 
21. CONHECER AS SÍNDROMES RELACIONADAS AO DIENCÉFALO 
 Síndrome talâmica: 
Surge após um derrame talâmico (AVE que causa danos ao tálamo). 
Sinais e sintomas: 
- Aparecimento de crises de dor central (dor espontânea e pouco localizada, que 
frequentemente irradia a todo o hemicorpo do lado oposto ao da lesão); 
- Alodinia: certos estímulos térmicos ou táteis desencadeiam sensações desproporcionalmente 
intensas no hemicorpo do lado oposto ao da lesão; 
- Anestesia de todo o hemicorpo do lado oposto ao da lesão (porque vai lesar os lemniscos); 
 
**Quando o tálamo é lesado junto com o córtex, a perda da função cerebral é muito maior que 
quando apenas o córtex é lesado, pois é necessária a excitação talâmica para quase toda 
atividade cortical. 
 
 Hemibalismo: 
Há lesão do núcleo subtalâmico. 
Sinais e sintomas: 
- Movimentos anormais das extremidades. 
 
22. COMPREENDER A ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DO TELENCÉFALO 
 
- Os 2 hemisférios cerebrais são unidos pelo corpo caloso e abrigam os ventrículos laterais 
direito e esquerdo (comunicam-se com o III ventrículo pelos forames interventriculares). 
- Lobos cerebrais: 
Frontal 
Temporal 
Occipital 
Parietal 
Ínsula 
 
Em cada hemisfério cerebral, os 2 sulcos mais importantes são: 
- Sulco lateral (de Sylvius): termina dividindo-se em 3 ramos: ascendente, anterior e posterior. 
Separa o lobo frontal do lobo temporal. 
- Sulco central (de Rolando): é ladeado por 2 giros, o giro pré central e o giro pós central. 
 
Telencéfalo = 2 hemisférios cerebrais + lâmina terminal. 
 
 
a) FACE DORSOLATERAL 
LOBO FRONTAL: 
- Sulco pré-frontal 
- Sulco frontal superior 
- Sulco frontal inferior 
 
- Giro pré-central: principal área motora do cérebro. 
- Giro frontal superior 
- Giro frontal médio 
- Giro frontal inferior: subdividido em: orbital, triangular e opercular. 
 
LOBO TEMPORAL: 
- Sulco temporal superior 
- Sulco temporal inferior 
 
- Giro temporal superior 
- Giro temporal médio 
- Giro temporal inferior: 
- Giros temporais transversos: atravessa o assoalho dos lábios do sulco lateral, o mais evidente 
é o giro temporal transverso anterior, no qual está localizada a área da audição. 
 
LOBOS PARIETAL E OCCIPITAL: 
- Sulco pós-central 
- Sulco intraparietal 
 
- Giro pós-central: área somestésica, principal área sensitiva do córtex. 
- Giro supramarginal 
- Giro angular 
 
 
b) FACE MEDIAL 
Corpo caloso: possui fibras que unem áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. 
*A lâmina terminal é uma delgada lamina de substância branca que também une os 
hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. 
 
Fórnix: é um feixe complexo de fibras, constituído por 2 metades laterais e simétricas, 
afastadas nas extremidades e unidades entre si no trajeto abaixo do corpo caloso: 
 - corpo do fórnix: porção intermediária em que as 2 metades se unem. 
- colunas do fórnix: terminam no corpo mamilar. 
- pernas do fórnix: divergem e penetram de cada lado do ventrículo lateral, onde se ligam ao 
hipocampo. 
 
Septo pelúcido: constituído por 2 delgadas lâminas de tecido nervoso que separam os 2 
ventrículos laterais. 
 
 LOBO OCCIPITAL: 
- Sulco calcarino: área da visão (área estriada) **lábios do sulco calcarino 
- Sulco parietoccipital 
 
- Cúneus 
- Giro occipito-temporal medial 
 
LOBOS FRONTAL E PARIETAL: 
- Sulco do corpo caloso 
- Sulco do cíngulo: divide-se em ramo marginal e sulco subparietal. 
- Sulco paracentral: delimita o lóbuloparacentral. 
*Parte anterior do lóbulo paracentral = áreas motoras relacionadas com perna e pé. Parte 
posterior do lóbulo paracentral = áreas sensitivas relacionadas com perna e pé. 
*Área septal: centro de prazer. 
 
- Giro do cíngulo 
c) FACE INFERIOR 
LOBO TEMPORAL 
- Sulco occipito-temporal 
- Sulco colateral 
- Sulco rinal: o sulco rinal e o sulco colateral separam o paleocórtex do neocórtex. 
- Sulco do hipocampo 
 
- Giro temporal inferior 
- Giro occipito-temporal lateral (fusiforme) 
- Giro occipito-temporal medial 
- Giro para-hipocampal: sua parte anterior é o córtex entorrinal, importante para a memória e 
uma das primeiras regiões do cérebro a serem lesaddas no Alzheimer. 
- Istmo do giro do cíngulo 
- Úncus 
*Úncus + giro parahipocampal + isto do giro do cíngulo + giro do cíngulo = lobo límbico. 
 
LOBO FRONTAL 
- Sulco olfatório: aloja o bulbo olfatório e o trato olfatório. 
 
- Giro reto 
 
Rinencéfalo: 
Bulbo olfatório é uma dilatação de substância cinzenta que recebe filamentos do nervo 
olfatório (I) e que continua com o trato olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. Os 
filamentos do nervo olfatório atravessam a lamina crivosa do osso etmoide. 
O trato olfatório se bifurca e forma a estria olfatória medial e a estria olfatória lateral, que 
delimitam o trígono olfatório. 
Atrás do trígono olfatório, localiza-se a substância perfurada anterior, por onde passam vasos. 
 
 
 SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Divisão funcional: 
Áreas de projeção: recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a 
sensibilidade e com a motricidade. 
- são dividas em áreas sensitivas e áreas motoras. 
- são consideradas áreas primárias. 
 
Áreas de associação: estão relacionadas ao processamento mais complexo de informações. 
- podem ser divididas em áreas secundárias e terciárias. 
a) Áreas secundárias: são unimodais, pois ainda estão relacionadas, indiretamente, com 
determinada modalidade sensorial ou motora. 
b) Áreas terciárias: são supramodais, não se ocupam diretamente com as modalidades 
sensoriais ou motoras das funções cerebrais, mas estão envolvidas com atividades 
psíquicas superiores. 
**A área primária é responsável pela sensação e a secundária, pela interpretação dessa sensação. 
 
 SUBSTÂNCIA BRANCA 
Também chamada de centro branco medular e centro semioval. 
É constituído de fibras mielínicas que são classificadas em: 
- Fibras de projeção: ligam o córtex a centros subcorticais. 
- Fibras de associação: ligam áreas corticais em pontos diferentes do cérebro. 
 Fibras de associação intra-hemisféricas: associam áreas dentro do mesmo hemisfério. 
 Fibras de associação inter-hemisféricas: associam áreas entre 2 hemisférios. 
 
FIBAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA-HEMISFÉRICAS 
Classificam-se em: 
- Curtas (fibras arqueadas do cérebro): associam áreas vizinhas do córtex. 
- Longas: unem-se em fascículos. 
a) Fascículo do cíngulo: une o lobo frontal ao lobo temporal. 
Áreas funcionais 
do córtex cerebral 
De projeção 
(áreas primárias) 
Sensitivas 
Motoras 
De associação 
Secundárias 
Sensitivas 
Motoras 
Terciárias 
(supramodais) 
b) Fascículo longitudinal superior (fascículo arqueado): liga os lobos frontal, parietal e 
occipital. 
c) Fascículo longitudinal inferior: liga o lobo occipital ao lobo temporal. 
d) Fascículo unciforme: liga o lobo frontal ao lobo temporal. 
FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER-HEMISFÉRICAS 
Fazem a união entre áreas simétricas dos 2 hemisférios. 
Agrupam-se para formar 3 comissuras do telencéfalo: 
a) Comissura do fórnix: fibras que se dispõem entre as 2 pernas do fórnix e estabelecem 
conexão entre os 2 hipocampos. 
b) Comissura anterior: tem uma porção olfatória, que liga bulbos e tratos olfatórios, e 
uma porção não olfatória, que estabelece união entre os lobos temporais. 
c) Corpo caloso: estabelece conexão entre áreas corticais simétricas dos 2 hemisférios 
(exceto as do lobo temporal, que são unidas pela comissura anterior). Permite a 
transferência de conhecimentos e informações de um hemisfério para o outro, 
fazendo com que eles funcionem harmonicamente. 
FIBRAS DE PROJEÇÃO 
Fibras de projeção aferente: podem ter origem talâmica ou extratalâmica. 
- Fibras aferentes dos núcleos talâmicos inespecíficos: se distribuem por todo o córtex, sobre o 
qual exerce função ativadora como parte do SARA. 
- Fibras aferentes dos núcleos talâmicos específicos: terminam na camada IV (granular 
interna). 
 
Fibras de projeção eferente: estabelecem conexões com centros subcorticais e originam-se na 
camada V (piramidal interna). 
 
Agrupam-se para formar o fórnix e a cápsula interna. 
a) Fórnix: liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo e está relacionado com 
a memória. 
b) Cápsula interna: é um grande feixe de fibras que separa o tálamo do núcleo 
lentiforme. Acima do núcleo lentiforme, a cápsula interna continua como coroa 
radiada e abaixo, continua com a base do pedúnculo cerebral. Distinguem-se 3 partes: 
- Perna anterior 
- Perna posterior: trato corticoespinhal, radiações talâmicas que levam ao córtex a 
sensibilidade somática geral e radiações óptica e auditiva 
- Joelho: trato corticonuclear 
Pela cápsula interna passa a maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Entre 
as fibras que saem do córtex, temos os tratos corticoespinhal, corticonuclear e corticopontino, 
além de fibras corticorreticulares e corticoestriatais. As fibras que entram no córtex vem do 
tálamo e são denominadas radiações. Entre estas, temos as radiações óptica e auditiva. 
 
Essas fibras não estão misturadas e tem posições bem definidas na cápsula interna, podendo 
ser lesadas separadamente. 
 
23. COMPREENDER A ANATOMIA FUNCIONAL DO TELENCÉFALO 
o Áreas sensitivas 
› ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A SENSIBILIDADE SOMÁTICA 
Área somestésica primária (S1) 
- Giro pós-central (áreas 3, 2 1 de Brodmann). 
- Chegam radiações talâmicas que se origem nos núcleos ventral posterolateral e ventral 
posteromedial do tálamo e trazem impulsos nervosos relacionados a temperatura, dor, 
pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo. 
 
Área somestésica secundária (S2) 
- Lobo parietal superior (área 5 e 7 de Brodmann). 
 
 
 
› ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A VISÃO 
Área visual primária (V1) 
- Lábios do sulco calcarino (área 17 de Brodmann) e também é chamado de córtex estriado. 
- Chegam fibras do trato geniculo-calcarino originadas no corpo geniculado lateral. 
- O córtex primário V1 mostra principalmente o contorno dos objetos, resultando um esboço 
primitivo que é aperfeiçoado nas áreas visuais secundárias. 
 
Área visual secundária (V2) 
- Lobo occipital e estendem-se a quase todo o lobo temporal (áreas 20, 21 e 37 de Brodmann) 
e a uma pequena parte do lobo parietal. 
- Via ventral: estão áreas específicas para percepção de cores, reconhecimento de objetos e 
reconhecimento de faces. 
- Via dorsal: estão áreas para percepção de movimento, de velocidade e representação 
espacial do objeto. 
› ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A AUDIÇÃO 
Área auditiva primária (A1) 
- Giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) (áreas 41 e 42 de Brodmann). 
- Chegam fibras da radiação auditiva, que se origina no corpo geniculado medial. 
- Cada cóclea está representada no córtex dos 2 hemisférios. 
- Sons de determinada frequência projetam-se em partes específicas desta área, o que implica 
correspondência dessas partes com as partes da cóclea. 
 
Área auditiva secundária (A2) 
- Lobo temporal (área 22 de Brodmann) e sua função é pouco conhecida. 
› ÁREA VESTIBULAR 
- Lobo parietal. 
- Está mais relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a 
auditiva. 
- Os receptores do vestíbulo são proprioceptores especiais e informam sobre a posição e o 
movimento da cabeça. 
› ÁREA OLFATÓRIA 
- Parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal (córtex piriforme).› ÁREA GUSTATIVA 
Área gustativa primária 
- Ínsula posterior. 
- A simples visão ou o pensamento em um alimento saboroso ativa a área gustativa da ínsula. 
- Existem neurônios sensíveis não só ao paladar, mas também ao olfato e à sensibilidade 
somestésica da boca. 
 
Área gustativa secundária 
- Região orbitofrontal da área pré-frontal, recebendo aferências da ínsula. 
o Áreas motoras 
› ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A MOTRICIDADE 
A decisão de executar um determinado movimento depende da integração entre os sistemas 
sensoriais e motor. 
 
O objetivo do movimento é determinado pelo córtex pré-frontal, que passa sua decisão às 
áreas motoras do córtex que são: área motora primária (M1) e as áreas secundárias pré-
motora e motora suplementar. 
 
Área motora primária (M1) 
- Giro pré-central (área 4 de Brodmann). 
- Determina movimentos do lado oposto. 
- As principais conexões aferentes são com o tálamo, através do qual recebe informações do 
cerebelo e dos núcleos da base, com a área somestésica e com as áreas pré-motora e motora 
suplementar. 
- Essa área dá origem a grande parte das fibras dos tratos corticoespinhal e corticonuclear. 
 
Áreas motoras secundárias 
Área pré-motora 
- Lobo frontal (área 6 de Brodmann). 
- Através da via cortico-reticulo-espinhal, que nela se origina, a área pré-motora coloca o corpo 
em uma postura básica preparatória para a realização de movimentos mais delicados. 
- Projeta-se para a área motora primária e recebe aferências do cerebelo (via tálamo) e de 
várias áreas de associação do córtex. 
- Relacionada ao planejamento motor. 
- É ativada quando o gesto decorre de uma influência externa, como, por exemplo, o comando 
de alguém para que o gesto seja feito. 
 
Área motora suplementar 
- Giro frontal superior (área 6 de Brodmann). 
- Suas principais conexões são com o corpo estriado (via tálamo), com a área motora primária 
e com a área pré-frontal. 
- Relacionada ao planejamento motor, de sequências complexas de movimentos. 
- É ativada quando o gesto decorre da “decisão” do próprio córtex pré-frontal. 
 
*Homúnculo sensitivo: a extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende 
da importância funcional e da densidade de aferências dessa parte para a biologia da espécie. 
*Homúnculo motor: a extensão da representação cortical de uma parte do corpo é 
proporcional não ao seu tamanho, mas à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos 
musculares nela representados. 
 Planejamento motor 
1- A inciativa de fazer o planejamento visando realizar um gesto é feito para área pré-
frontal (tomada de decisão) que, após avaliar todas as implicações do gesto, como este 
deve ser feito, passa as informações para as áreas motoras secundárias. 
2- O planejamento motor é feito pelas áreas motoras secundárias. As áreas motoras 
secundárias recebem informações do córtex pré-frontal, do cerebelo e dos núcleos da 
base. Este planejamento envolve a escolha dos grupos musculares a serem contraídos 
em função da trajetória, da velocidade e da distancia a ser percorrida pelo ato motor 
de estender o braço para apanhar um objeto. 
3- Essas informações são passadas para a área M1, que executa o planejamento motor 
feito pelas áreas pré-motora ou motora suplementar. 
Área pré-frontal, cerebelo e núcleos da base > Áreas motoras secundárias (M2) > Área motora 
primária (M1) > Execução do movimento 
o Áreas de associação terciárias 
- São supramodais, não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial. 
- Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias. 
- São responsáveis pela elaboração de diversas estratégias comportamentais. 
 
Área pré-frontal 
- Parte anterior não motora do lobo frontal. 
- Tem conexões com quase todas as áreas corticais, vários núcleos talâmicos (núcleo 
dorsomedial), amígdala, hipocampo, núcleos da base, cerebelo, tronco encefálico. 
- Principal responsável pelo comportamento inteligente. 
- É divida em: 
ÁREA PRÉ FRONTAL DORSOLATERAL 
- Superfície anterior e dorsolateral do lobo frontal. 
- Liga-se ao corpo estriado integrando o circuito cortico-estriado-talâmico-cortical que tem 
papel extremamente importante na execução das estratégias comportamentais mais 
adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las 
quando tais situações se modificam. 
- Avaliação das consequências dessas ações e planejamento e organização, com inteligência, 
de ações e soluções de problemas novos. 
- Memória operacional (um tipo de memória de curto prazo) 
 
ÁREA PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL 
- Parte ventral do lobo frontal adjacente às orbitas. 
- Projeta-se para o núcleo caudado que, por sua vez, se projeta para o globo pálido, depois 
para o núcleo dorsomedial do tálamo que se projeta para área pré-frontal orbitofrontal. 
- Processamento das emoções, supressão de comportamentos socialmente indesejáveis e 
manutenção da atenção. 
 
Área parietal posterior 
- Lóbulo parietal inferior – giros supramarginal (área 40) e angular (área 39). 
- Centro que integra as áreas secundárias auditivas, visual e somestésica. 
- Reúne informações já processadas de diferentes modalidades para gerar uma imagem 
mental completa dos objetos sob a forma de percepções, podendo reunir, além da aparência 
do objeto, seu cheiro, som, tato, seu nome. 
- Planejamento de movimentos e atenção seletiva. 
- Percepção espacial, permitindo o indivíduo determinar as relações entre objetos no espaço 
extrapessoal. 
- Permite que se tenha uma imagem das partes componentes do próprio corpo e sua relação 
com o espaço. 
 
Córtex insular anterior 
- Empatia, isto é, a capacidade de se identificar com outras pessoas e perceber e se sensibilizar 
com seu estado emocional. 
- Conhecimento da própria fisionomia como diferente dos outros, como ser se reconhecer 
num espelho ou numa foto. 
- Sensação de nojo na presença ou simplesmente com imagens de situações consideradas 
nojentas. 
- Percepção dos componentes subjetivos das emoções. 
 
Áreas límbicas 
- Compreendem áreas do alocórtex (hipocampo, giro denteado, giro para-hipocampal), de 
mesocórtex (giro do cíngulo) e isocórtex (ínsula anterior) e a área pré-frontal orbitofrontal. 
- Relacionado com a memória e as emoções. 
- O cíngulo anterior relaciona-se com as emoções e a parte posterior relaciona-se com a 
memória. 
o Áreas relacionadas com a linguagem 
Área anterior da linguagem (área de Broca): responsável pela atividade motora relacionada 
com a expressão da linguagem. Situa-se nas partes opercular e triangular do giro frontal 
inferior (área 44 e área 45 de Brodmann). 
Área posterior da linguagem (área de Wernicke): relacionada com a percepção da linguagem. 
Situa-se na junção entre o lobo temporal e parietal (área 22 de Brodmann). 
*Modelo de Wernicke-Geschwind: a área de Broca contém os programas motores da fala e a 
de Wernicke, o significado, e a conexão entre as 2, pelo fascículo longitudinal superior 
(arqueado), possibilita entender e responder ao que os outros dizem. A leitura e a escrita 
também dependem dessas áreas (informações passariam do córtex visual para a área de Wernicke). 
24. CORRELACIONAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COM AS ÁREAS LESADAS 
Lesões do fascículo longitudinal superior (arqueado): graves perturbações da linguagem. 
Secção de corpo caloso: não causam alterações evidentes do comportamento ou de 
psiquismo, entretanto, não há transferência de informações de um hemisfério para o outro. 
Lesão da cápsula interna: causam hemiplegia proporcionada e diminuição da sensibilidade na 
metade oposta do corpo. 
Lesão da área de associação somestésica: causa agnosia tátil, ou seja, a pessoa não conseguirá 
reconhecer uma bola pelo tato, embora possa fazê-lo pela visão. Agnosias são, pois, quadros 
clínicos nos quais há perda da capacidade de reconhecer objetos por lesões das áreas corticais 
secundárias,

Mais conteúdos dessa disciplina