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Planejamento de Comunicação Tema 07 – Legislação e Ética na Comunicação Bloco 1 Carla Patrícia Fregni Objetivos desta Aula • Conceituar o que é a ética na comunicação e conhecer as leis que amparam suas práticas. • Conhecer os fundamentos do Conar, do Código de Defesa do Consumidor e da Legislação Promocional. • Compreender a importância da viabilidade econômico-financeira da comunicação integrada de marketing. Reflexões Iniciais • Será que criar uma grande campanha promovendo cigarros, um produto que comprovadamente vicia e faz mal à saúde, é ético? • Mas se existe essa “necessidade” no mercado consumidor, por que não atender? (SANT’ANNA, 2011, p. 365) Reflexões Iniciais • É correto promover campanhas publicitárias que criam mundos fantasiosos, mergulhando o consumidor em uma ilusão de que ele pode “ser” se “tiver”? • Ou é apenas a exploração comercial de mais uma necessidade identificada? Estamos jogando pelas regras ou as estamos criando? (SANT’ANNA, 2011, p. 365) Responsabilidade do Profissional Ser responsável pela comunicação de marketing integrada não significa apenas responder pelos resultados empresariais, mas também responder pelos efeitos da mídia na sociedade. Isso requer não só competência técnica, como também atuação ética e obediência às leis que amparam as práticas da profissão. O Que É Ética? “A ética é o conjunto de valores e princípios que eu uso para a minha conduta no meio da sociedade, isto é, quais são os princípios para eu agir. Moral é a prática desses princípios.” Mario Sergio Cortella, filósofo e professor Valores e Princípios • Produções culturais: diferenças culturais • Temporais: de época para época • Valores e princípios são mutantes Quando uma sociedade tem princípios e valores que priorizam os interesses do todo e não apenas os interesses de uma parte desse todo = a ÉTICA está presente. Ética na Comunicação Um “todo” multifacetado = o governo, a sociedade civil, a comunidade étnica (ou geopolítica), a sociedade nacional etc. A importância de uma legislação que possa guiá-los e assegurar sua conduta. Leis e Regulamentos • Conar (Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária) • Código de Defesa do Consumidor • Legislação Promocional • ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados) • CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão) • AMPRO (Associação de Marketing Promocional) Conar Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária Organização não governamental formada por publicitários (e não publicitários), dedicada a “[...] promover a liberdade de expressão publicitária” e “[...] defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial”. (CONAR, s.d., s.p.) Atribuições do Conar • Recebimento de denúncias, seu julgamento (pelo Conselho de Ética), com total e plena garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. • Quando comprovada a procedência de uma denúncia, é sua responsabilidade recomendar alteração ou suspensão da veiculação do anúncio. • Não exerce censura prévia sobre peças publicitárias, já que se ocupa somente do que está sendo ou foi veiculado. CBARP Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária • Atua positivamente na fiscalização e no controle da atuação ética da propaganda, apesar de suas normas não carregarem o poder coercitivo da lei. Princípios Gerais do CBARP • Respeitabilidade – aos vários públicos, “[...] jamais estimulando a discriminação social, política, religiosa ou de nacionalidade” (CBARP, cap. 2, seção 1). • Decência – tanto em mensagens visuais como auditivas. • Honestidade – jamais abusar da confiança do consumidor e “[...] não se beneficiar de sua credulidade” (CBARP, cap. 2, seção 3). Princípios Gerais do CBARP • “Medo, supers�ção e violência – os anúncios não devem se apoiar em algum medo, explorar supers�ções ou conduzir mensagem que leve à violência” (CBARP, cap. 2, seção 4). • Apresentação verdadeira – “[...] os anúncios devem conter apresentações verdadeiras dos produtos oferecidos, em que todas as descrições e comparações anunciadas devem ser passíveis de comprovação” (CBARP, cap. 2, seção 5). Princípios Gerais do CBARP • Iden�ficação publicitária – o anúncio deve ser facilmente identificável como tal. “Isso não envolve as propagandas subliminares” (CBARP, cap. 2, seção 6). • Propaganda comparativa – permitida desde que “[...] não se caracterize por concorrência desleal por denegrir imagem de marcas de concorrentes” (CBARP, cap. 2, seção 7). • Segurança e acidentes – “[...] são condenados anúncios que manifestem descaso pela segurança” (CBARP, cap. 2, seção 8). Regras Específicas • O Conar ainda prevê regras específicas de anúncio para variadas categorias de bens/serviços, que já contam com os cuidados da lei (por exemplo, para a categoria de bebidas alcoólicas). Planejamento de Comunicação Tema 07 – Legislação e Ética na Comunicação Bloco 2 Carla Patrícia Fregni CDC Código de Defesa do Consumidor • Criado pela legislação que regulamenta, no Brasil, as relações de consumo, modificando normas tradicionais do direito civil, adequando-as à sociedade de consumo. Com o CDC • Surgem novas regras que orientam contratos, comércio, prestação de serviços, protegendo o consumidor de possíveis abusos de fornecedores. • Inclui-se a regulamentação para a oferta de bens/serviços e sua publicidade, fornecendo limiar ético para tais atividades. Artigos em Destaque • O artigo 30 versa sobre o comprometimento do anunciante em cumprir o que promete em suas mensagens publicitárias. • O artigo 36 determina que o anúncio deixe claro que se trata de uma mensagem publicitária com a intenção de venda, assim pretende-se evitar a prática da propaganda subliminar. Artigos em Destaque • O artigo 37 proíbe a publicidade enganosa ou abusiva (aquela que leva o consumidor ao erro, podendo ser visivelmente intencional ou não). Um anúncio com informações insuficientes ou conteúdo com difícil interpretação, levando o consumidor a decisões equivocadas, pode ser julgado como abusivo. Legislação Promocional • Dispõe sobre a distribuição gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale- brinde ou concurso, a título de propaganda, e estabelece normas de proteção à poupança popular. Legislação Promocional • As campanhas publicitárias com promoções não podem oferecer dinheiro como prêmio. Por isso, divulgam-se mensagens, como: “Prêmios no valor de até dez mil reais” (valores que sejam facilmente traduzidos). Premiações Permitidas • Mercadorias de produção nacional ou regularmente importadas; títulos da Dívida Pública e outros títulos de crédito que forem admitidos pelos ministros da Fazenda e do Planejamento; unidades residenciais, situadas no país, em zona urbana; viagens de turismo; bolsas de estudo. Premiações Proibidas • Medicamentos, armas, fumo, bebidas alcoólicas e alguns produtos indicados pelo Ministério da Fazenda. Viabilidade Econômico-Financeira • Falar de viabilidade é falar sobre algo que seja possível, factível. • Analisar se o orçamento proposto para a implementação do plano de comunicação é compatível com o budget disponibilizado pelo anunciante. • De nada adianta “[...] uma campanha viável economicamente, mas sem nenhum efeito do ponto de vista mercadológico”. (PÚBLIO, 2012, p. 217) Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • É importante levar em conta que o anunciante poderá financiar os gastos que terá com o plano de comunicação, assim, a demonstração do fluxo de caixa é mais uma ferramenta para ser utilizada na análise de viabilidade econômico-financeira, uma vez que a verba, geralmente, é diluída ao longo da duração da campanha. Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • É importante ressaltar que os valores em publicidade mudam no decorrer do tempo. Descontos concedidos hoje podem não ser os mesmos no mês que vem. Os descontos de fornecedores, por exemplo, dependem de negociações por período. • Assim, é importante que o estudo de viabilidade tenhasua validade determinada. Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • A porcentagem do faturamento a ser investido em comunicação depende principalmente do setor e do comportamento das empresas de mesma atuação. Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Públio (2012) apresenta três modelos genéricos para se apresentar a viabilidade econômica de programas de comunicação: • viabilidade de criação, • viabilidade de produção; • viabilidade de veiculação e distribuição. Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • Os descontos que uma agência está concedendo no momento da apresentação podem ter validade longa, dependendo da relação que a agência tem com o cliente. No entanto, os descontos de produção dependem das negociações com os fornecedores. Isso significa que é frequente a exigência de agilidade nas decisões do anunciante. Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • Não é raro que, diante de todos os custos de criação, produção, veiculação e distribuição, perceba-se que a campanha será inviável para a empresa. É papel do executivo da comunicação pensar em alternativas. Será que o corte da modernização da marca seria suficiente para tornar o investimento viável? E se o número de inserções fosse diminuído? Ou, quem sabe, o corte do anúncio em televisão? Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira • Cada uma das proposições em direção a viabilizar o plano de comunicação deve ser analisada com muita cautela, pois qualquer manobra pode impactar negativamente os resultados da campanha. Número do slide 1 Objetivos desta Aula Reflexões Iniciais Reflexões Iniciais Responsabilidade do Profissional O Que É Ética? Valores e Princípios Ética na Comunicação Leis e Regulamentos Conar Atribuições do Conar CBARP Princípios Gerais do CBARP Princípios Gerais do CBARP Princípios Gerais do CBARP Regras Específicas Número do slide 17 CDC Com o CDC Artigos em Destaque Artigos em Destaque Legislação Promocional Legislação Promocional Premiações Permitidas Premiações Proibidas Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Estudo da Viabilidade Econômico-Financeira Número do slide 34
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