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1ª dissertativa de Sociologia das Organizações - unidade 10

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São muitos os desafios que as organizações enfrentam frente a uma sociedade moderna, que a todo momento se depara com novas informações, tecnologias, comportamentos, e precisa se adaptar a novas realidades, demandas, qualificações que atendam às expectativas. De um lado observamos a corrida organizacional, e do outro a mesma corrida por parte das pessoas, também buscando adaptação às mesmas situações em igual velocidade para atender aos anseios dos empregadores, para se garantir como força de trabalho valiosa, atuante e atual (e não alguém “desantenado”, desatualizado, fora do esquadro).
O ambiente é turbulento para ambos. Em um mercado competitivo e com déficit de vagas em relação a candidatos, as empresas buscam profissionais com vasta gama de conhecimentos que serão pertinentes ao cargo e também capazes de assimilar e aderir aos valores corporativos disseminados. Em tempos de valorização do principal ativo corporativo – o trabalhador – foi preciso repensar nas relações de trabalho e reformulação dos processos dentro do setor de RH. Palavras como integração, cooperação, compartilhamento de conhecimentos, fazem parte da cartilha das empresas da era moderna. 
À frente encontramos líderes democráticos, dispostos a somar esforços junto à equipe para resolução dos desafios, aprimorando processos para alcançar maior produtividade. O poder é manipulativo com dominação legal, quesitos presentes em grande parte da cultura organizacional de um sistema capitalista. A hierarquia, quando bem conduzida, confere ordem e sentido aos subordinados. Somando boa gestão e orientação, bom clima organizacional, participação efetiva de todos os envolvidos com liberdade para sugestão de novas formas de se pensar e agir em prol de melhores resultados, e finalmente a conquista desses bons resultados, o alcance da meta gerando satisfação de todos, aí reside o segredo do sucesso de muitas empresas. Infelizmente cabe mencionar a resistente existência do poder coercitivo: se por um lado vivemos e experimentamos tantos avanços na esfera trabalhista, ainda nos deparamos com modelos de gestão retrógrados. 
Preparo profissional (estudos, especializações, experiências), disposição e comprometimento com o trabalho são sempre qualidades requeridas que vão de encontro com os anseios das atuais organizações, que também investem em desenvolvimento, pesquisa, agilidade de serviços e soluções, inovação. 
Essa relação simbiótica seria quase perfeita não fossem os conflitos experimentados pelos trabalhadores, empregados ou não. Aos inseridos no mercado de trabalho, são cobradas constantes atualizações, especializações, e ao mesmo tempo precisam ser funcionários polivalentes e capazes de desempenhar a função de 3 porque o quadro é enxuto. Cobranças, horas extras, pouca recompensa e tempo de qualidade com a família e amigos geram estresse, ansiedade, depressão, entre outras disfunções. Claro que existem as empresas exceções, mas de um modo geral este é o quadro que se apresenta. Aos desempregados, as mesmas cobranças por aprimoramento, mas isto não é garantia de um emprego que consiga suprir todas as necessidades básicas e compromissos do mesmo. Vê-se um mercado cada vez mais exigente cuja boa parte da população não está dando conta de acompanhar, seja por limitações de tempo, espaço ou financeira.
É para se refletir até que ponto estes tempos modernos podem alcançar, e até que ponto nós, ainda seres humanos, podemos nos aprimorar na busca constante por excelência. Seria possível transportar da ficção à vida real, como tantas coisas que foram feitas quando ainda eram apenas um sonho ou esboço, o desenvolvimento de super-humanos?

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