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FACULDADE DE AMERICANA CURSO DE FARMÁCIA AMANDA AYUMI KETAYAMA SIOMARA ASSUNÇÃO SILVA SUZI ADRIANA FELIPE DE OLIVEIRA VALLADÃO PATOLOGIA PROF. DR. FÁBIO HAACH TÉO AULA PRÁTICA 1 LESÕES CELULARES AMERICANA 2019 1. INTRODUÇÃO 1.1 Fígado O fígado possui um suprimento sanguíneo duplo: a veia porta fornece 60% a 70% do fluxo sanguíneo hepático e a artéria hepática fornece 30% a 40%. A veia porta e a artéria hepática entram no fígado pelo hilo, que é uma fissura transversa na superfície inferior do fígado. No interior do fígado, os ramos das veias porta, artérias hepáticas e os ductos biliares seguem paralelamente em tratos portais, ramificando- se de modo variável. De acordo com o modelo lobular, o fígado é dividido em lóbulos hexagonais de 1 a 2 mm de diâmetro orientados ao redor das tributárias terminais da veia hepática (veias hepáticas terminais), com tratos portais na periferia do lóbulo. Os hepatócitos vizinhos à veia hepática terminal são chamados de “centrolobulares”; aqueles situados próximos ao trato portal são “periportais”. No modelo lobular, a veia hepática terminal (CV) está no centro de um “lóbulo,” enquanto os tratos portais (VP) estão na periferia, conforme representado na figura abaixo: 1.1.1 Esteatose Hepática (Lamina 11) Esteatose com ou sem uma inflamação inespecífica geralmente é uma condição estável, sem problemas clínicos significativos. Em contraste, a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) é uma condição na qual ocorre lesão de hepatócitos, a qual pode progredir para cirrose em 10% a 20% dos casos. Os principais componentes da EHNA são tumefação de hepatócitos, inflamação lobular e esteatose. Na Esteatose hepática, o acumulo hepatocelular de gordura começa tipicamente nos hepatócitos centrolobulares. As gotas lipídicas variam de pequenas a grandes; as maiores ocupam e expandem a célula e deslocam o núcleo para a periferia da célula. A medida que a esteatose se torna mais extensa, o acumulo de lipídios se dissemina a partir da veia central para hepatócitos no meio do lóbulo e nas regiões periportais. 1.2 Pulmão Os bronquíolos são ramificações dos brônquios, e são diferenciados deles pela ausência de cartilagem e glândulas submucosas. 1.2.1 Antracose A antracose pulmonar induzida por carvão é a lesão pulmonar mais inofensiva em mineiros de carvão, comumente observada em todos os moradores de zonas urbanas e fumantes. O pigmento de carbono inalado é fagocitado por macrófagos intersticiais e alveolares que se acumulam no tecido conjuntivo ao longo do sistema linfático, incluindo os vasos linfáticos pleurais ou linfonodos. 1.3 Rim O rim tem múltiplas funções e as principais são: excreção de produtos finais de diversos metabolismos; produção de hormônios; controle do equilíbrio hidroeletrolítico; controle do metabolismo ácido-básico e controle da pressão arterial. 1.3.1 Infarto renal Infarto renal é definido como a morte de uma área de tecido renal, resultante da obstrução da artéria renal, que é a principal artéria responsável pela irrigação dos rins. A obstrução da artéria renal não é comum, mas costuma ocorrer com maior frequência em situações nas quais partículas que se encontravam soltas na corrente sanguínea (um êmbolo) instala-se na artéria em questão. Pode ser causado também pela concepção de um coágulo sanguíneo (trombose aguda) dentro da própria artéria renal, como resultado de alguma lesão que pode ter origem em uma cirurgia, uma angiografia ou uma angioplastia. 1.3.2 Calcificação distrófica Os cristais de fosfato de cálcio depositados nas calcificações patológicas são similares à hidroxiapatita do osso. A deposição ocorre em duas etapas: iniciação (ou nucleação) e proliferação (ou crescimento). A nucleação é a acomodação dos hexágonos de hidroxiapatita na intimidade da molécula de colágeno ou de osteonectina. A etapa de proliferação do núcleo é a progressão autocatalítica da deposição dos sais e é influenciada por múltiplos fatores extracelulares, tais como: cálcio, fósforo e fosfatase alcalina, etc. 1.4 Necrose de liquefação Necrose liquefativa é observada em infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, nas infecções fúngicas porque os micróbios estimulam o acumulo de células inflamatórias e as enzimas dos leucócitos a digerem (“liquefazer”) o tecido. Seja qual for a patogenia, a liquefação digere completamente as cé lulas mortas, resultando em transformação do tecido em uma massa viscosa liquida. Finalmente, o tecido digerido é removido por fagocitose. Se o processo foi iniciado por inflamação aguda, como na infecção bacteriana, o material é frequentemente amarelo cremoso e é chamado de pus. 2 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 2.1 Esteatose Hepática (Lâmina 11) Este corte de fígado apresenta esteatose, ou seja, acúmulo de gorduras neutras no citoplasma, na forma de vacúolos grandes, arredondados e opticamente vazios. O álcool, se ingerido em altas doses, pode levar à precipitação de proteínas do citoesqueleto, que normalmente não são visíveis em microscopia óptica. Estas formam então os corpúsculos hialinos de Mallory, uma manifestação morfológica altamente característica, da ação tóxica do etanol sobre o fígado , encontrados muitas vezes junto aos vacúolos de gordura. Ambas as lesões são reversíveis. Portanto, neste corte observamos: A: Alteração hialina de Mallory B: Esteatose CONCLUSÃO: ESTEATOSE HEPÁTICA 2.2 Antracose (Lâmina 1) No corte histopatológico de um pulmão foi observado áreas alveolares apresentando intensa pigmentação de coloração escura, indicado pelas setas, caracterizando depósitos de carbono. CONCLUSÃO: ANTRACOSE PULMONAR A B 2.3 Infarto renal (Lâmina 22) Estrutura renal relativamente preservada possibilitando a identificação do órgão. Foi possível observar as estruturas histológicas características do órgão (glomérulos e túbulos renais). Em algumas células não é possível a visualização do núcleo (cariólise). Embora haja perda das características morfológicas celulares do tecido, ainda observa-se a persistência do arcabouço tecidual. A persistência do arcabouço celular eosinófilo e a ausência de núcleos são características da necrose de coagulação que permite, temporariamente, a identificação do órgão. Outra alteração observada foi a redução do espaço de Bowman que se fundiu com os tufos capilares. Portanto, neste corte observamos: A) Cariólise total B) Hemorragia C) Redução do espaço de Bowman CONCLUSÃO: NECROSE DE COAGULAÇÃO, INFARTO RENAL. 2.4 Calcificação distrófica (Lâmina 32) No corte histopatológico observou-se que os túbulos necróticos se apresentaram com depósitos de cálcio. Pois quando o cálcio é corado por HE, ele se caracteriza por apresentar granulações basofílicas grosseiras, como pode ser visto na imagem abaixo em roxo. Também observou-se picnose e cariólise. CONCLUSÃO: NECROSE DE COAGULAÇÃO E CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA. A B Tecido normal Necrose de coagulação C 2.5 Necrose de liquefação (Lâmina 35) No corte histopatológico de uma região cerebral, o arcabouço do tecido não foi preservado, apenas nota-se uma massa viscosa caracterizando uma necrose de liquefação. CONCLUSÃO: NECROSE DE LIQUEFAÇÃO. Picnose Cariólise Calcificação 3- CONCLUSÃO Ao visualizar os cortes histopatológicos na aula prática, compreender na aula teórica e pesquisar sobre o assunto, concluímos que no processo de adaptação, a célula sofre alterações no seu volume, no seu número e na sua diferenciação. Essas alterações ocorrem em decorrência da demanda funcional, como no caso da esteatose, por estímulo hormonal, em ambientes hostis ou por fatores genéticos. Já na pigmentação patológica, como na antracose pulmonar, a presença de acúmulo anormal de pigmentos tambémé indicativo de que a célula sofreu agressões. Também conseguimos diferenciar os tipos de necrose, como a de coagulação, a qual permanece o arcabouço tecidual por um tempo, ao contrário da necrose de liquefação. 4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANATPAT UNICAMP. Esteatohepatite alcoolica. Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/lamfig6.html. Acesso em 15 de setembro de 2019. 2. KUMAR, Vinay. Robbins, patologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 3. PATOLOGIA EM HIPERTEXTO UFMG. Calcificação Distrófica. Disponível em: http://depto.icb.ufmg.br/dpat/old/10mineral.htm. Acesso em 15 de setembro de 2019. 4. MINISTERIO DA SAUDE. Doenças renais. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais. Acesso em 15 de setembro de 2019.
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