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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA Parte I Profª Patrícia da Costa Marisco Sinop, 2019 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=ufmt&source=images&cd=&cad=rja&docid=Z-blH9j0VJkPlM&tbnid=9Vke-cYCbhZCtM:&ved=&url=http%3A%2F%2Fwww.mundodastribos.com%2Fvagas-de-intercambio-ufmt-2013.html&ei=bbcvUbLZDIrc8AS7-4GYDA&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNFXhZBvQ2uqMFWgVRfs3UgYkFp42A&ust=1362168045609070 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=xHfRtf6JCazj5M&tbnid=vupPSLjbwyaLXM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http%3A%2F%2Ffarmaunipmanaus2010.blogspot.com%2F&ei=n9c5UcbHE5CG9gSQzYC4Dw&psig=AFQjCNH7nCnhQKJXwx7d394YtvbV0aBSUg&ust=1362831647346438 2 INFLAMAÇÃO VAGINA-ÚTERO VAGINITES 3 INFLAMAÇÃO VAGINA-ÚTERO CERVICITES Agentes agressores Animados: Bactérias, fungos, vírus, protozoários, parasitas Inanimados: Físicos: mecânicos, temperatura, radiações Químicos: substâncias químicas 4 INFLAMAÇÃO VAGINA-ÚTERO Presença de ISTs, como a gonorreia, a clamídia ou HPV; Vaginites infecciosas ou vaginose bacteriana Alergia ao material dos preservativos, do diafragma ou de produtos químicos como espermicidas; Falta de higiene na região íntima ou excesso de higiene, principalmente com o uso de duchas, pois isso altera o pH vaginal e favorece o crescimento de microrganismos que causam doenças; Lesões provocadas pelo parto. Lesões provocadas pelo ato sexual 5 6 CONDIÇÕES CLÍNICAS 7 Microbiota cérvico-vaginal Lactobacillus spp. Streptococcus spp. Staphylococcus epidermidis Bateriodes spp. Gardnerella vaginalis Corynebaterium spp. Fusobacterium spp. Escherichia coli Atopobium vaginae 8 Megasphaera spp. Bifidobacterium spp. Candida spp. FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA VAGINAL Gestação Parto Menstruação Menarca Uso de contraceptivos hormonais Desequilíbrios hormonais Drogas (antimicrobianos, semelhantes aos hormônios) Doenças (hepáticas, metabólicas) Traumatismos, ulcerações, erosões Outros: DIU, medicação local, duchas vaginais 9 10 Secreção normal da vagina Secreção Vaginal Normal 1. Inodora 2. Coloração clara ou branca ( podendo ser, algumas vezes, levemente amarelada); 3. Consistência viscosa ou não; 4. Aspecto homogêneo ou discretamente turvo com elementos grumosos; 5. pH menor do que 4,5;(N=3,8 a 4,2) 6. Ausência quase completa de leucócitos. De Carvalho,NS – Rev.Bras.Pat Trat Gen Inf.Colp,2013 O que é corrimento? Alterações caracterizadas por um fluxo vaginal anormal, geralmente com volume aumentado, podendo ter ou não cheiro desagradável, irritação, coceira ou ardência na vagina ou na vulva. É um dos problemas ginecológicos mais comuns e uma das causas mais frequentes de consulta ao ginecologista. LEUCORREIA Corrimento que, possuindo coloração esbranquiçada ou amarelada, tem origem vulvovaginal; Corrimento purulento e mucoso de origem vaginal. 13 Leucorreia- corrimento 14 15 Leucorreia- corrimento De Carvalho,NS – Rev.Bras.Pat Trat Gen Inf.Colp,2013 – in press 1)Vaginose É um desequilíbrio da microbiota normal A vaginose bacteriana é a mais comum infecção vaginal em mulheres na idade reprodutiva. Ela é causada por supercrescimento de bactérias que geralmente estão presentes na vagina. OBS: A mais comum vaginose bacteriana frequentemente causa corrimento vaginal leitoso e fino com odor de peixe*(Gardnerella). Muitas mulheres com vaginose bacteriana não apresentam sintomas e somente descobrem que a têm durante exame ginecológico de rotina. 18 2) Vaginites/colpites/ vulvovaginites É inflamação dos tecidos da vagina Causas: mais comuns são a candidíase, a tricomoníase, as vaginoses (vaginite infecciosa), uso de preservativos e diafragmas, cremes vaginais, roupas que retém a transpiração, absorventes internos, lesão física da área da vagina, esperma (vaginite não infecciosa), entre outros Sintomas: leucorreia (corrimento vaginal) com ou sem mau cheiro (dependendo do agente), em geral prurido, disúria e dispareunia 19 Vaginites não infecciosa Essa forma de vaginite é geralmente causada por reação alérgica ou irritação por sprays, gels, espermicidas ou outros produtos aplicados na vagina. Vaginite não infecciosa pode causar queimação, coceira ou corrimento vaginal, mesmo que não exista infecção. 20 3) Cervicites Inflamação dos epitélios do colo uterino Pode ser evolução de vaginites persistentes, mas na maioria das vezes ocorre concomitante à vaginite Mucosa glandular endocervicites Mucosa pavimentosa cervicocolpites (ectocervicite) 21 22 Cervicites 23 Cervicites Corrimento X Cervicite Quando cervicite purulenta por si só já pode produzir corrimento Quando não purulenta (maioria) pode produzir corrimento devido a potencialidade de alterar o meio ambiente vaginal Cervicites Causas: mais comuns são a candidíase, a tricomoníase, as vaginoses (desequilíbrio da microbiota normal), uso de preservativos e diafragmas, cremes vaginais, roupas que retém a transpiração, absorventes internos, lesão física da área da vagina, esperma, entre outros Causa sangramento fácil ao tocar no colo Sintomas: leucorreia (corrimento vaginal) com ou sem mau cheiro (dependendo do agente), em geral prurido, disúria e dispareunia 25 Tratamento A chave para o tratamento de vaginite e/ou cervicite é descobrir o seu tipo e tratar. O tratamento deve ser específico para cada tipo. É importante procurar um médico para que ele prescreva o tratamento adequado para o tipo de vaginite da paciente. Como alguns casos de vaginite e/ou cervicite não apresentam sintomas, é importante fazer exames ginecológicos regulares. 26 Clamídia / Gonococo Candida Candida, VB, Tricomonias e (V.O.) AGENTES BIOLÓGICOS DE CERVICITES/VAGINITES/VULVITES TRATAMENTO ORAL E/OU VAGINAL TRATAMENTO ORAL CLASSIFICAÇÃO VULVOVAGINITES OU CERVICOCOLPITES (epitélio escamoso da vagina e ectocérvice) 1. EROSIVAS (descamação epitelial) ATRÓFICA OU SENIL (infância e pós-menopausa) INFLAMATÓRIA (vida fértil) 2. ULCERATIVAS (descamação completa do epitélio → necrose→ ulceração) ex: herpes-vírus 3. PAPILOMATOSAS (espessamento do epitélio com projeções – papilas) ex: HPV 28 CLASSIFICAÇÃO 29 CERVICITES OU ENDOCERVICITES (epitélio glandular da endocérvice) Hipersecreção glandular, com muco turvo ou purulento 1. EROSIVAS 2. ULCERATIVAS 30 Conceito de Inflamação “Inflamação é uma reação complexa a vários agentes nocivos como microrganismos, células danificadas e agentes físicos e químicos, que consiste de respostas vasculares, migração e ativação de leucócitos e reações sistêmicas 31 Características A principal característica é a reação dos vasos sanguíneos, que leva ao acúmulo de fluido e leucócitos nos tecidos extravasculares. A inflamação é um mecanismo de defesa do organismo com o objetivo final de eliminação do agente agressor ou das consequências das lesões. 32 Inflamação X Reparo A resposta inflamatória está intimamente ligada ao processo de reparo: 1º) INFLAMAÇÃO: destrói e isola o agente agressor 2º) REPARO: reconstitui o tecido danificado através da substituição do tecido afetado por meio de regeneração das células→ regeneração ou formação de tecido fibroso no local→ cicatrização 33 Etapas da Resposta Inflamatória RESPOSTA VASCULAR RESPOSTA CELULAR MEDIADA POR FATORES QUÍMICOS DERIVADOS DAS CÉLULAS QUE SÃO ATIVADAS NA INFLAMAÇÃO (principalmente agentes quimiotáticos) 34 Sinais da inflamação 35 Tipos de Inflamação (geral) AGUDA CRÔNICA 36 Inflamação aguda Resposta rápida ao agente nocivo e é responsável por levar as células de defesa ao local da agressão Estímulos: - infecções (vírus, bactérias e fungos) - traumas - agentes físicos e químicos - corpos estranhos Ocorre: alteração vascular e migração dos leucócitos 37 Alteraçõesvasculares Papel importante já que as células de defesa estão na corrente sanguínea Principais alterações: - vasodilatação (calor e rubor): causada pela histamina - aumento da permeabilidade vascular com extravasamento de líquido intersticial - estase sanguínea: os leucócitos se acumulam no endotélio - marginação, rolamento e adesão leucocitária ao endotélio - diapedese - migração até o local da lesão 38 39 40 41 Inflamação crônica Devido à infecções persistentes Características: - Infiltrado de células mononucleares - Destruição tecidual 42 Reação inflamatória depende: Do local da agressão Do estado do tecido agredido Do tipo de agressão Do agente agressor Pode decorrer de: Ação DIRETA do agente agressor Ação INDIRETA do agente agressor 43 Agentes agressores ANIMADOS (VIVOS) Bactérias, fungos, vírus, protozoários, parasitas. INANIMADOS: Agentes Físicos: mecânicos (lesão de parto, cirurgia via vaginal, traumas), temperatura (crioterapia, laserterapia, eletrocutério), radiações, DIU e corpos estranhos. Agentes Químicos: anticoncepcionais intravaginais, espermicidas, antissépticos, cremes, xampus, desodorantes, lubrificantes, preservativos, sêmen, saliva, reações a drogas, dermatite por vestuário. 44 Tipos de Inflamação cérvico-vaginal AGUDA ou DE EVOLUÇÃO RÁPIDA SUBADUDA CRÔNICA ou DE EVOLUÇÃO LENTA GRANULOMATOSA 45 Tipos de Inflamação AGUDA ou DE EVOLUÇÃO RÁPIDA Dura poucos dias e gera necrose com destruição dos tecidos (pus), com presença de polimorfonucleares (neutrófilos) 46 Tipos de Inflamação SUBADUDA Dura mais tempo em relação ao agudo, o processo de destruição e reparo é de menor intensidade, com presença de polimorfonucleares (neutrófilos) e histiócitos 47 Tipos de Inflamação CRÔNICA ou DE EVOLUÇÃO LENTA A duração pode levar meses, sendo caracterizado pela persistência do agente lesivo, fazendo que a cicatriz não se complete. Há presença de histiócitos. 48 Tipos de Inflamação GRANULOMATOSO De evolução lenta, caracteriza-se por células diferenciadas denominadas células epitelióides. Consiste em reação vaginal rara, associada a agentes específicos como Mycobacterium tuberculosis. 49
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